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Artigo de Revisão15/08/2022
Vacinação para COVID-19 em pacientes oncológicos: Risco ou benefício?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(6):602-608
Resumo
Artigo de RevisãoVacinação para COVID-19 em pacientes oncológicos: Risco ou benefício?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(6):602-608
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Objetivo
O objetivo do presente estudo é listar os ensaios clínicos publicados sobre as vacinas para coronavirus disease 2019 (COVID-19), descrever seus mecanismos de ação e descrever protocolos sobre segurança, status e priorização de pacientes oncológicos para vacinação.
Métodos
Trata-se de uma revisão sistemática com uma pesquisa bibliográfica limitada conduzida por um especialista em informação; bases de dados como PubMed e sites das principais organizações de câncer foram pesquisados. Os principais termos de pesquisa foram COVID-19, vacinação, câncer e câncer de mama e ginecológico.
Resultados
Pacientes com câncer infectados com o novo coronavírus têm alto risco de complicações e morte, mas ainda sabemos pouco sobre os riscos e benefícios da vacinação para COVID-19 nesses pacientes. Em um cenário ideal, todos os pacientes com câncer deveriam ter seu estado de imunização atualizado antes de iniciar o tratamento, mas nem sempre isso é possível.
Conclusão
Pacientes com câncer de mama ou ginecológico em tratamento ou no período pós-tratamento de 5 anos devem ser incluídos no grupo prioritário para vacinação contra severe acute respiratory syndrome coronavirus-2 (SARS-CoV-2.)
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Artigo de Revisão15/08/2022
Gravidez em pacientes com hipertensão portal não cirrótica: Uma revisão da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(6):609-613
Resumo
Artigo de RevisãoGravidez em pacientes com hipertensão portal não cirrótica: Uma revisão da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(6):609-613
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A gravidez na hipertensão portal não cirrótica (HPNC) é uma condição incomum. Seu manejo é desafiador tanto para os obstetras quanto para os gastroenterologistas devido à falta de estudos mais extensos e diretrizes de prática clínica padrão. Esses pacientes apresentam risco aumentado de complicações da hipertensão portal (PTH) especialmente sangramento por varizes e têm maior incidência de desfechos maternos e fetais adversos. Portanto uma abordagem multidisciplinar é necessária para o manejo da gravidez na NCPH. Esta breve revisão descreve os diferentes aspectos da gravidez com HPNC enfatizando estratégias específicas para prevenção e manejo do PTH desde o período pré-concepcional até o pós-parto.
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Artigo de Revisão15/08/2022
Más notícias em obstetrícia e ginecologia: Devemos falar sobre isso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(6):621-628
Resumo
Artigo de RevisãoMás notícias em obstetrícia e ginecologia: Devemos falar sobre isso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(6):621-628
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Dar más notícias é comum em obstetrícia e ginecologia. Porém, é difícil e poucos médicos recebem treinamento sobre como lidar com essa situação. Esta revisão narrativa tem como objetivo reunir, analisar e sintetizar parte do conhecimento sobre a área, com foco na obstetrícia. Dentre os 16 artigos selecionados, dois são estudos de intervenção randomizados e controlados, e a maioria dos estudos refere-se à obstetrícia. Os resultados encontrados ressaltaram que simulação, feedback/entrevistas, palestras e protocolos podem melhorar o desempenho dos médicos na comunicação de más notícias. Para os pacientes, o contexto e como as informações são transmitidas parecem ter maior impacto do que o conteúdo das notícias. Os obstetras e ginecologistas poderiam se beneficiar de cursos e protocolos específicos, dadas as particularidades da especialidade. Faltam evidências sobre a forma mais eficaz de realizar esse treinamento. Encontrar formas validadas de quantificar e classificar os resultados dos estudos na área, permitindo uma análise objetiva dos resultados, é um dos maiores desafios neste tema.
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Artigo de Revisão11/07/2022
Fração de plaquetas imaturas e geração de trombina: Biomarcadores da pré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(8):771-775
Resumo
Artigo de RevisãoFração de plaquetas imaturas e geração de trombina: Biomarcadores da pré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(8):771-775
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A pré-eclâmpsia, uma síndrome da gestação humana, é caracterizada por elevação da pressão arterial e proteinúria patológica após a 20ª semana de gestação. Sua etiologia permanece desconhecida, e seus mecanismos fisiopatológicos estão relacionados à hipoperfusão placentária, disfunção endotelial, inflamação, e ativação da cascata de coagulação. Recentemente, o papel do sistema do complemento foi considerado. Essa síndrome é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Este artigo discute a hipótese de a pré-eclâmpsia ser desencadeada pela ocorrência da implantação inadequada do sinciciotrofoblasto, associada ao sangramento durante o primeiro trimestre da gravidez com aumento da geração de trombina. A trombina ativa plaquetas, aumentando a liberação de fatores antiangiogênicos na circulação e ativando o sistema do complemento, especialmente o complexo de ataque de membrana (C5b9). Portanto, a fração de plaquetas imaturas e a geração de trombina podem ser possíveis biomarcadores sanguíneos para auxílio no diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia.
Palavras-chave: ativação plaquetáriacoagulação sanguíneaHipertensão induzida pela gravidezPlaquetasproteínas do sistema do complementoVer mais -
Artigo de Revisão06/07/2022
Aconselhamento contraceptivo para a pessoa transgênera designada mulher ao nascimento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(9):884-890
Resumo
Artigo de RevisãoAconselhamento contraceptivo para a pessoa transgênera designada mulher ao nascimento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(9):884-890
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Apesar de 0,7% da população brasileira se identificar como transgênera, não existe treinamento para que o profissional de saúde realize um acolhimento de maneira integral a estes pacientes, incluindo a discussão do planejamento reprodutivo. O uso de testosterona promove a amenorreia nos primeiros 6 meses de uso; entretanto, este efeito não garante eficácia contraceptiva, e, consequentemente, aumenta os riscos de uma gravidez não planejada. O presente artigo é uma revisão integrativa com o objetivo de avaliar e organizar uma abordagem do aconselhamento contraceptivo na população transgênera que foi designada mulher ao nascimento. Para a estratégia de busca, foram pesquisados os bancos de dados PubMed e Embase, incluindo diretrizes internacionais sobre cuidados à população transgênera. De 88 artigos, 7 foram utilizados para desenvolver o modelo de aconselhamento contraceptivo. O modelo segue as seguintes etapas: 1. Abordagem das informações relacionadas à necessidade de contracepção; 2. Avaliação das contraindicações ao uso dos métodos contraceptivos (hormonais e não hormonais); 3. Efeitos colaterais e possíveis desconfortos associados ao uso do contraceptivo. O modelo de aconselhamento contraceptivo é composto por 18 questões que abordam as indicações e contraindicações ao uso destes métodos e um fluxograma que auxilia na escolha dentre os métodos permitidos ao paciente de acordo com a sua necessidade.
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Artigo de Revisão29/06/2022
É necessário avaliar o medo do parto em gestantes? Uma revisão de escopo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):692-700
Resumo
Artigo de RevisãoÉ necessário avaliar o medo do parto em gestantes? Uma revisão de escopo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):692-700
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Objetivo
Revisar conceitos, definições e achados sobre medo do parto (MDP).
Métodos
Foi realizada uma revisão bibliográfica nas principais bases de dados científicas em 2020.
Resultados
Foram analisados todos os 32 artigos considerados potencialmente relevantes. Um estudo recente sugere que a prevalência global do MDP pode chegar a 14%. Fatores como paridade, idade gestacional, experiência anterior de parto, idade da mulher e nacionalidade parecem influenciar o MDC.
Conclusão
O MDC pode estar relacionado ao aumento do risco de desfechos obstétricos adversos, como solicitação materna de cesariana, parto prematuro, trabalho de parto prolongado, depressão pós-parto e estresse pós-traumático. Estas evidências destacam a importância da discussão sobre este tema.
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Artigo de Revisão27/06/2022
Síndrome do ovário policístico na adolescência: Desafios no diagnóstico e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):425-433
Resumo
Artigo de RevisãoSíndrome do ovário policístico na adolescência: Desafios no diagnóstico e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):425-433
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Diagnosticar a síndrome do ovário policístico (SOP) durante a adolescência é um desafio, uma vez que o desenvolvimento puberal normal se sobrepõe às características típicas desta síndrome. Os autores têm por objetivo resumir as evidências existentes sobre a SOP na adolescência, particularmente seus critérios diagnósticos e opções terapêuticas. Uma pesquisa em bases de dados médicas como PubMed e MedScape foi realizada. Os critérios de diagnóstico incluem ciclos menstruais irregulares de acordo com o tempo pós-menarca e evidência de hiperandrogenismo clínico e/ou hiperandrogenismo bioquímico, após exclusão de outras causas. A morfologia policística dos ovários não deve ser usada como um critério diagnóstico. O tratamento deve ser direcionado às manifestações e/ou comorbilidades, mesmo na ausência de um diagnóstico definitivo. As intervenções no estilo de vida são o tratamento de primeira linha. Contraceptivos orais combinados, metformina ou antiandrogênios também podem ser considerados como adjuvantes. O rastreamento da SOP na adolescência é fundamental, pois permite uma intervenção precoce ao nível dos sintomas e comorbilidades presentes levando a melhores resultados reprodutivos e metabólicos a longo prazo.