-
Artigo de Revisão01/01/2018
Alterações oftalmológicas na gravidez
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(1):32-42
Resumo
Artigo de RevisãoAlterações oftalmológicas na gravidez
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(1):32-42
Visualizações72Ver maisResumo
A gravidez é necessária à perpetuação da espécie humana, levando a adaptações fisiológicas dos diversos órgãos e sistemas maternos. O olho, apesar de uma cavidade fechada, sofre também algumas modificações, a maioria relativamente inócuas, que pontualmente poderão se tornar patológicas. A gravidez assume-se como um período particular de suscetibilidade para a mulher; no entanto, muitos obstetras têm conhecimento limitado sobre as alterações oftalmológicas na gravidez. Por conseguinte, impõe-se o seu estudo, bem como a elaboração de diretrizes para lidar com essas mudanças. De igual importância são o conhecimento da eventual terapêutica para problemas oftalmológicos neste período e a avaliação do tipo do parto em condições particulares. Desta forma, foi efetuada uma revisão bibliográfica extensa e apresentada uma síntese do tema.
-
Artigo Original01/12/2017
Curso de educação a distância sobre sexualidade para residentes em Obstetrícia e Ginecologia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(12):670-675
Resumo
Artigo OriginalCurso de educação a distância sobre sexualidade para residentes em Obstetrícia e Ginecologia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(12):670-675
Visualizações83Resumo
Objetivos
Relatar a experiência de um curso de educação a distância sobre questões sexuais na gestação e puerpério para médicos residentes.
Métodos
Estudo prospectivo de intervenção educacional, realizado entre abril e setembro de 2014, por investigadores da Universidade Federal de São Paulo. Os participantes foram 219 médicos (R1 a R6). O curso teve carga horária de 24 horas (10 videoaulas e discussões online). No início do curso, os participantes responderam perguntas sobre treinamento, atitude e prática relativas a questões sexuais na gestação; antes e após o curso, responderam perguntas de conhecimento sobre o tema; ao final, preencheram questionário sobre a qualidade do curso. O teste t de Student foi utilizado para comparar os testes de conhecimento, antes e após o curso; valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes.
Resultados
Um total de 143 residentes concluiu o curso; a maioria estava no 1° (27,2%) ou 3° (29,4%) anos de residência. Houve aumento significativo nas notas médias dos questionários que avaliavam o conhecimento sobre o tema: 4,4 (1,6) versus 6,0 (1,3; nota máxima: 10), no início e final do curso, respectivamente (p < 0,0001). A maioria dos participantes (74,1%) declarou que a qualidade geral do curso atingiu suas expectativas, e 81,1% recomendariam o curso a um amigo.
Conclusões
O curso de Sexologia online para residentes de Ginecologia e Obstetrícia promoveu o aumento do conhecimento sobre questões sexuais no ciclo gravídico puerperal, e atendeu às expectativas dos participantes. Essa experiência pode servir de modelo para outros cursos de sexualidade voltados para esse público.
Palavras-chave: educação a distânciaEducação médicaGravidezObstetríciasexologiatreinamento de residentesVer mais -
Artigo Original01/12/2017
Pielonefrite na gestação: aspectos clínicos e laboratoriais e resultados perinatais
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(12):653-658
Resumo
Artigo OriginalPielonefrite na gestação: aspectos clínicos e laboratoriais e resultados perinatais
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(12):653-658
Visualizações95Ver maisResumo
Objetivo
Identificar a prevalência da pielonefrite durante a gestação, analisar seus aspectos clínicos e laboratoriais, resultados perinatais e complicações.
Métodos
Estudo transversal que incluiu 203 gestantes com pielonefrite durante a gestação e cujos partos aconteceram entre 2010 e 2016 em um hospital no estado de Santa Catarina, no Brasil. A análise foi feita através de informações coletadas de prontuários e da base de dados do hospital. Foram levados em consideração aspectos received
Resultados
Foi evidenciada uma prevalência de 1,97%, sendo que a maioria das pacientes se encontrava no segundo trimestre de gestação. A bactériamais encontrada nas uroculturas foi a Escherichia coli, em 76,6% dos casos, seguido pela Klebsiella pneumoniae (8,7%). A ceftriaxona, usada como primeira escolha, demonstrou ser o antibiótico commenor resistência bacteriana (apenas 3,5% dos casos). A ampicilina e a cefalotina apresentaram maiores resistências bacterianas, 52% e 36,2%, respectivamente. O risco de parto prematuro extremo (<32 semanas) foimais que 50% maior em pacientes com pielonefrite.
Conclusão
A ampicilina e cefalosporinas de primeira geração estão associadas à maior resistência bacteriana enquanto a ceftriaxona provou ter uma alta eficácia para o tratamento da pielonefrite devido à baixa resistência bacteriana. Pacientes com pielonefrite têm maior risco para parto prematuro extremo (< 32 semanas). Nesta casuística, não houveram outras diferenças significativas nos resultados perinatais gerais quando comparados com a série de serviços de rotina.
-
Relato de Caso01/11/2017
Gestação em útero unicorno não comunicante: dificuldade diagnóstica e desfechos – relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(11):640-644
Resumo
Relato de CasoGestação em útero unicorno não comunicante: dificuldade diagnóstica e desfechos – relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(11):640-644
Visualizações99Ver maisResumo
Aproximadamente 1 em cada 76 mil gestações se desenvolvememútero unicorno sem comunicação com o colo uterino. Anomalias müllerianas uterinas são, na maioria das vezes, assintomáticas, tornando difícil o diagnóstico, que geralmente é esclarecido durante a gestação ou por conta das complicações gestacionais, como ruptura uterina, hipertensão gestacional, parto pré-termo, hemorragias pós-parto e crescimento intrauterino restrito (CIUR). Com o intuito de evitar cesáreas desnecessárias e os riscos que esse procedimento envolve, considerações devem ser feitas quanto aos diferentes métodos utilizados, e por quanto tempo é viável induzir o parto na possibilidade de útero não comunicante, mesmo sendo uma anomalia rara. Este relato descreve um caso de uma gestação que se desenvolveu em um útero unicorno não comunicante com o colo uterino e as consequências do diagnóstico tardio.
-
Artigo de Revisão01/10/2017
Doenças neurológicas de início durante a gravidez: análise crítica da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(10):560-568
Resumo
Artigo de RevisãoDoenças neurológicas de início durante a gravidez: análise crítica da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(10):560-568
Visualizações83Resumo
Objetivos
Caracterizar as alterações neurológicas centrais e periféricas mais comuns durante a gravidez.
Métodos
Foi efetuada uma revisão da literatura acerca de complicações neurológicas durante a gravidez. Foram utilizadas diversas bases de dados usando palavras-chave relacionadas com o tema.
Resultados
A gravidez envolve alterações fisiológicas que podem desencadear alterações neurológicas periféricas e/ou do sistema nervoso central, por vezes associadas a distúrbios hipertensivos. Um diagnóstico definitivo pode ser feito tendo em conta o trimestre de gravidez e os achados clínicos encontrados. A síndrome do túnel carpal e a paralisia facial periférica são alterações neurológicas periféricas comuns que ocorrem mais frequentemente na segunda metade da gravidez. As alterações em termos do sistema nervoso central são mais complexas. Um diagnóstico preciso é fulcral, não só para melhorar os desfechos perinatais, mas também para efetuar uma vigilância e tratamento adequados e para prevenir complicações agudas e a longo prazo.
Conclusões
Um diagnóstico preciso e um acompanhamento e tratamento apropriados dos distúrbios neurológicos durante a gravidez são ações exequíveis. Contudo, requerem uma abordagem multidisciplinar, crucial para melhorar os desfechos perinatais.
Palavras-chave: Cefaleiacomplicações cerebrovascularesGravidezParalisia de Bellsíndrome do túnel cárpicovigilânciaVer mais -
Relato de Caso01/09/2017
Abdome agudo secundário à ruptura do câncer do ovário epitelial durante a gravidez: a importância do trabalho em equipe
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):513-515
Resumo
Relato de CasoAbdome agudo secundário à ruptura do câncer do ovário epitelial durante a gravidez: a importância do trabalho em equipe
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):513-515
Visualizações86Ver maisResumo
O abdome agudo secundário à ruptura do câncer do ovário epitelial durante a gravidez é um evento raro. Nosso objetivo é apresentar como o trabalho de uma equipe multidisciplinar coordenada em um caso de ruptura do câncer de ovário epitelial durante a gravidez é viável para obter os melhores resultados possíveis. Umamulher de 34 anos de idade, durante a 37a semana de sua primeira gestação, apresentou um abdome agudo. Durante a laparotomia, foi detectado um tumor ovariano esquerdo com ruptura de 16,5 cm; O tumor foi extirpado e enviado para avaliação patológica. Enquanto isso, uma cesariana de Kerr foi feita, e uma recém-nascida saudável nasceu. O tumor foi diagnosticado como um cistoadenocarcinoma; então, a família e a equipe cirúrgica combinada (obstetras e oncologista cirúrgico) decidiram concluir uma cirurgia radical definitiva do câncer de ovário: histerectomia, salpingo-ooforectomia direita, linfadenectomia, omentectomia e apendicectomia. A evolução pós-operatória da paciente foi sem intercorrências, e ela foi enviada para quimioterapia adjuvante.
-
Artigo de Revisão01/08/2017
Atividade física durante a gestação: recomendações e ferramentas de avaliação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(8):424-432
Resumo
Artigo de RevisãoAtividade física durante a gestação: recomendações e ferramentas de avaliação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(8):424-432
Visualizações99Ver maisResumo
A literatura que apoia e recomenda a prática do exercício durante a gravidez é extensa. Apesar disso, embora tenha sido feita uma pesquisa mais completa sobre as formas de avaliar a atividade física realizada por mulheres grávidas, verifica-se que não há padrão ouro, e que os artigos na área são inconclusivos. Assim, o objetivo do presente artigo é revisar aspectos relevantes, como a técnica e a aplicabilidade dos diferentes métodos de avaliação da atividade física durante a gestação, a fim de fornecer aos profissionais de saúde informações mais confiáveis e seguras para encorajar as pacientes grávidas à prática de atividade física. Esta revisão concluiu que todas as ferramentas para a análise da atividade física têm limitações. Assim, é necessário estabelecer os objetivos da avaliação de forma adequada, bem como determinar a sua viabilidade e custoefetividade para a população em estudo.
-
Artigo Original01/07/2017
Propriedades psicométricas de instrumentos de triagem de consumo de álcool durante gestação na Argentina
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(7):322-329
Resumo
Artigo OriginalPropriedades psicométricas de instrumentos de triagem de consumo de álcool durante gestação na Argentina
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(7):322-329
Visualizações69Ver maisResumo
Introdução
Considerando os problemas físicos, mentais e comportamentais relacionados à exposição fetal ao álcool, as orientações clínicas pré-natais sugerem uma breve avaliação do consumo de álcool durante a gravidez para detectar o consumo de álcool e ajustar as intervenções, se necessário. Ainda que qualquer uso de álcool deva ser considerado arriscado durante a gravidez, identificar as mulheres com transtornos de uso de álcool é importante, porque elas podem precisar de uma intervenção mais específica do que um simples conselho para se abster. A maioria dos testes de triagem tem sido desenvolvidos e validados em populações masculinas, e estão focados nas consequências em longo prazo do uso excessivo de álcool, de modo que eles podem ser inadequados para avaliar o consumo em mulheres grávidas.
Objetivo
Analisar a confiabilidade e a validade internas dos instrumentos de triagem de álcool Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT), Alcohol Use Disorders Identification Test - Consumption (AUDIT-C), Tolerance, Worried, Eye-Opener, Amnesia and Cut-Down (TWEAK), Rapid Alcohol Problems Screen - Quantity Frequency (RAPS-QF) e Tolerance, Annoyed, Cut-Down and Eye-Opener (T-ACE) para identificar transtornos por uso de álcool em mulheres grávidas.
Método
Um total de 641 puérperas foram entrevistadas pessoalmente durante as 48 horas após o parto. As curvas receiver operating characteristic (ROC), a sensibilidade e a especificidadede cada instrumento foramanalisadas utilizandodiferentespontosde corte. Resultados Todos os instrumentos mostraram áreas sob as curvas ROC acima de 0.80. Foram encontradas áreas maiores para o TWEAK e para o AUDIT. O TWEAK, o TACE e o AUDIT-C apresentaram maior sensibilidade, enquanto o AUDIT e o RAPS-QF apresentaram maior especificidade. A confiabilidade (consistência interna) foi baixa para todos os instrumentos, melhorando quando foram utilizados pontos de corte ótimos, especialmente para o AUDIT, o AUDIT-C e o RAPS-QF.
Conclusões
em outros contextos culturais, estudos concluíram que o T-ACE e o TWEAK são os melhores instrumentos para avaliar mulheres grávidas. Em contrapartida, nossos resultados evidenciaram baixa confiabilidade desses instrumentos e melhor desempenho do AUDIT nessa população.