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Original Article
Avaliação da mudança do esquema hormonioterápico em mulheres com câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(3):185-189
19/01/2021
Resumo
Original ArticleAvaliação da mudança do esquema hormonioterápico em mulheres com câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(3):185-189
19/01/2021Visualizações55Ver maisResumo
Objetivo
O objetivo do presente estudo foi analisar os motivos que levaram às mudanças no esquema hormonioterápico (HT) em mulheres com câncer de mama.
Métodos
Estudo transversal retrospectivo realizado no Hospital da Mulher de Campinas e consequente pesquisa de prontuários de mulheres diagnosticados com câncer de mama entre janeiro de 2012 e janeiro de 2017.
Resultados
De 1.555 mulheres em tratamento com HT, 213 (13,7%) mulheres tiveram HT alterado, tamoxifeno para anastrozol ou vice-versa. A maioria das mulheres incluídas no presente estudo que tiveram mudança de HT tinha > 50 anos, estava na pós-menopausa, era caucasiana e tinha pelo menos uma comorbidade. Os principais motivos de troca de HT foram devido a ’progressão da doença’, ocorrendo em 124 (58,2%) casos e a ’presença de efeitos colaterais’ (n = 65; 30,5%). Das mulheres que sofreram efeitos colaterais, 24 (36,9%) apresentaram comorbidades.
Conclusão
O presente estudo demonstrou uma baixa taxa na alteração de tamoxifeno para anastrozol. Entre as razõesmais comuns para alterar a HT estava a progressão da doença, que inclui recorrência do câncer, metástase ou aumento do tumor. Os efeitos colaterais foram a segunda causa e, além disso, a idade e as comorbidades foram fatores de risco para efeitos colaterais.
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Case Report
Neoplasias mamária e cerebelar metacrônicas em uma paciente jovem
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(2):114-119
17/04/2020
Resumo
Case ReportNeoplasias mamária e cerebelar metacrônicas em uma paciente jovem
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(2):114-119
17/04/2020Visualizações75Resumo
Diversos fatores desencadeiam o desenvolvimento de mutações genéticas que são responsáveis por originar uma neoplasia. O meduloblastoma é uma neoplasia cerebelar maligna e invasiva que acomete crianças e adultos jovens. O carcinoma mucinoso é um tipo de câncer de mama especial por ser um subtipo atípico de carcinoma invasivo, que acomete com maior frequência mulheres de idade avançada e representa entre 1 a 7% do total de neoplasias mamárias. O caso relatado tem como objetivo mostrar a raridade da ocorrência do meduloblastoma desmoplásico e carcinoma mucinoso mamário em uma paciente jovem em um curto período de tempo, em diferentes sítios sem ligação anatômica direta e sem ocorrência de metástase. Inicialmente, esta paciente possuía um meduloblastoma desmoplásico e foi tratada com tumorectomia e radioterapia. Após 13 meses, a paciente foi diagnosticada com carcinoma mucinoso de mama, sendo submetida a mastectomia, quimioterapia adjuvante e atualmente está sendo tratada com endocrinoterapia. Concluímos, com base na característica metacrônica da neoplasia e características clínicas, que a paciente apresenta a síndrome de Li-Fraumeni, doença autossômica dominante com mutação do gene TP53, que é o principal gene envolvido nesta síndrome. Por não apresentar as características completas do fenótipo da síndrome, a paciente pode assim ser classificada como portadora de uma variante da síndorme de Li-Fraumeni ou síndrome do tipo Li-Fraumeni.
Palavras-chave: Câncer de mamacarcinoma mucinoso mamáriomeduloblastoma desmoplásicosíndrome de Li-FraumeniVer mais -
Original Article
Identificação de um subtipo pouco diferenciado de carcinoma ductal invasivo de mama, baseado na expressão da vimentina e E-caderina
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(12):779-786
01/12/2018
Resumo
Original ArticleIdentificação de um subtipo pouco diferenciado de carcinoma ductal invasivo de mama, baseado na expressão da vimentina e E-caderina
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(12):779-786
01/12/2018Visualizações58Ver maisResumo
Objetivo
O uso de marcadores moleculares pode identificar subtipos tumorais com diferentes taxas de recidiva. O objetivo do presente estudo é caracterizar a expressão imunohistoquímica da vimentina (VIM), da E-caderina (CDH1) e de CK5 em pacientes com carcinoma ductal invasivo (CDI) da mama.
Métodos
Utilizamos uma matriz de amostras teciduais (TMA, na sigla em inglês) de 87 pacientes com CDI da mama. Para avaliar a expressão dos receptores de estrogênio (RE) e receptores de progesterona (RP), HER2, VIM, CDH1, CK5 e Ki67, utilizamos imunohistoquímica. Os tumores foram classificados como luminal A e B (n = 39), HER2+ (n = 25) e triplo negativo (TNBC) (n = 23).
Resultados
Foi observado que tumores luminais A e B não expressaram o fenótipo VIM+/CDH1-/low. Este fenótipo foi observado em 16,5% dos tumores HER2+ e em 60% dos tumores TNBC (p = 0,0001). Dos 20 tumores TNBC, a CK5 (marcador de tumor basalóide) foi super expressa em 11 amostras. O fenótipo VIM+/CDH1-/low foi observado em 5 tumores CK5+ TNBC (45%) e em 7 dos 9 tumores CK5- TNBC (78%) (p = 0,02). A expressão média de Ki67 nos tumores VIM+/CDH1-/low foi 13.6 (amplitude de 17,8 a 45,4) comparado com 9,8 (amplitude de 4,1 a 38,1) nos outros tumores (p = 0,0007). A presença demetástase linfonodal foimenor em tumores com fenótipo VIM+/CDH1-/low (23% contra 61%; teste X2; p = 0,01).
Conclusão
Nossos achados sugerem que a expressão de VIM e CDH1 pode identificar um subtipo de CDI da mama com fenótipo mesenquimal associado a pior prognóstico, lesões de alto grau e alto índice mitótico.
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Original Articles
Influência do polimorfismo do gene CYP3A4 nos esteroides sexuais como fator de risco para câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(11):699-704
01/11/2018
Resumo
Original ArticlesInfluência do polimorfismo do gene CYP3A4 nos esteroides sexuais como fator de risco para câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(11):699-704
01/11/2018Visualizações88Ver maisResumo
Objetivo
Estudos epidemiológicos têm mostrado evidências da influência dos hormônios sexuais na patogênese do câncer de mama, e têm sugerido uma relação entre a doença e variações em genes envolvidos na síntese e/ou metabolização de estrógenos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo do gene CYP3A4*1B (rs2740574) e o risco de desenvolvimento da neoplasia mamária.
Métodos
No presente estudo de caso-controle, a frequência de polimorfismo do gene CYP3A4*1B foi determinada em 148 mulheres com câncer de mama, e em 245 mulheres sem a doença. O DNA das participantes foi extraído do plasma, e o gene foi amplificado por meio de reação em cadeia da polimerase, enquanto o polimorfismo foi determinado por enzimas de restrição.
Resultados
O polimorfismo, após o ajuste para variáveis de confusão, não foi associado à ocorrência de câncer de mama (razão de possibilidades = 1,151; intervalo de confiança de 95%: 0,714–1,856; p= 0,564). Também não observamos associação com a presença de receptores hormonais, superexpressão do receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2, na sigla em inglês), ou com a taxa de proliferação celular do tumor.
Conclusão
Não observamos relação entre o polimorfismo do gene CYP3A4*1B e a ocorrência de câncer de mama.
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Case Report
Citologia de aspiração com agulha fina para identificar um simulador raro de câncer de mama: mastite celular plasmática
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(8):491-493
01/08/2018
Resumo
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(8):491-493
01/08/2018Visualizações66Resumo
Existem doenças benignas raras que podem mimetizar neoplasias malignas de mama no exame clínico e na mamografia. Avaliamos o valor de um procedimento acessível para a maioria dos clínicos, a citologia por aspiração com agulha fina, para identificar um imitador raro de neoplasias malignas de mama. Uma mulher de 85 anos com diabetes tipo 2 apresentou histórico de 6 meses de um nódulo no seio esquerdo. O exame físico e a mamografia foram compatíveis com câncer de mama. No entanto, após realizar uma citologia por aspiração com agulha fina, o diagnóstico foi mastite celular plasmática. Uma vez que este diagnóstico raro foi estabelecido, o tumor foi extraído e o diagnóstico histológico final corroborou a mastite crônica das células plasmáticas. A paciente teve uma boa evolução pós-operatória, e nenhum outro tratamento foi necessário. A citologia por aspiração com agulha fina pode ser uma ferramenta valiosa para identificar os raros mimetizadores de neoplasias malignas da mama.
Palavras-chave: biopsia por aspiração com agulha finaCâncerCâncer de mamagranulomaMamaMamografiaMastiteVer mais -
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Influência da imagem corporal em mulheres em tratamento contra câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(4):175-183
01/04/2017
Resumo
Original ArticleInfluência da imagem corporal em mulheres em tratamento contra câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(4):175-183
01/04/2017Visualizações83Ver maisResumo
Objetivo
O presente estudo investigou a influência da imagem corporal na autoestima de mulheres em tratamento de câncer de mama.
Método
Estudo caso-controle. Para o grupo caso, foram avaliadas 90 pacientes em tratamento quimioterápico e cirúrgico; e para o grupo controle, 77 mulheres sem câncer de mama. Para a coleta de dados, foi utilizada a escala de satisfação com a imagem corporal (ESIC) e o questionário da autoestima de Rosenberg. Para a análise estatística dos dados, foi utilizado o programa Statistical Package of the Social Sciences (IBM-SPSS, Chicago, Il, EUA), versão 16.0.
Resultados
As mulheres com câncer de mama apresentaram maior insatisfação com a imagem corporal relacionada à aparência do que aquelas sem câncer de mama. Aquelas em processo de quimioterapia e as submetidas a mastectomia apresentaram mais insatisfação com a sua imagem corporal relacionada à aparência do que as mulheres submetidas à cirurgia conservadora, que apresentaram maior nível de satisfação. As mulheres submetidas a reconstrução mamária não apresentaram prejuízo na percepção da sua imagem corporal relacionada à aparência. Assim, a percepção da imagem corporal relacionada à aparência pode ser influenciada pela insatisfação em casos de pacientes submetidas a mastectomia ou a quimioterapia.
Conclusão
As mulheres com câncer de mama apresentaram maior insatisfação com a sua imagem corporal do que aquelas sem câncer de mama, sobretudo após mastectomia ou durante a quimioterapia. A autoestima foi negativamente afetada em pacientes insatisfeitas com a sua imagem corporal.
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Perfil apócrino em carcinomas mamários triplonegativos de pacientes até 45 anos: característica favorável, ainda que rara
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(10):512-517
01/10/2016
Resumo
Original ArticlePerfil apócrino em carcinomas mamários triplonegativos de pacientes até 45 anos: característica favorável, ainda que rara
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(10):512-517
01/10/2016Visualizações76Resumo
Objetivo
Carcinomas mamários triplo-negativos representam um grupo heterogêneo de neoplasias, embora geralmente exibam fenótipo clinicamente mais agressivo e sejam mais prevalentes em mulheres jovens. Até o presente, terapias-alvo para esses grupos não foram definidas. O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência do subtipo apócrino em carcinomas mamários triplo-negativos de mulheres na pré-menopausa, definido pela expressão imuno-histoquímica do receptor de androgênio, e sua associação com tipo histológico, grau histológico, atividade proliferativa, expressão do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) e o fenótipo basal-símile.
Métodos
Foram selecionadas 118 amostras de tecido tumoral de pacientes com até 45 anos de idade. As amostras foram revisadas quanto a tipo e grau histológicos e expressão do Ki-67. A expressão imuno-histoquímica de receptor de androgênio, citoqueratina basal ⅚, e do EGFR foram analisadas em amostras de microarranjos de tecido. O subtipo apócrino foi definido pela positividade do receptor de androgênio. O fenótipo basal-símile foi caracterizado pela expressão da citoqueratina ⅚ e/ou do EGFR.
Resultados
O perfil apócrino foi identificado em 6/118 (5,1%) casos. Este subgrupo apresentou menor fração de expressão do Ki-67 (17,5% versus 70,0%, p= 0,02) e uma tendência a menor grau histológico (66,7% versus 27,9%, p= 0,06).
Conclusões
O subtipo apócrino dos carcinomas mamários triplo-negativos é raro em mulheres na pré-menopausa, e tende a se apresentar como carcinomas de menor grau e menor atividade proliferativa, sugerindo fenótipo biológico menos agressivo.
Palavras-chave: apócrinoCâncer de mamaImuno-histoquímicaKi-67receptor de androgênioreceptor do fator de crescimento epidérmicotriplo-negativoVer mais