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Expressão de oncoproteinas E6/e7 do HPV de alto risco em Mulheres com Lesão Intraepitelial Escamosa de alto grau
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(3):154-159
01/03/2016
Resumo
Original ArticlesExpressão de oncoproteinas E6/e7 do HPV de alto risco em Mulheres com Lesão Intraepitelial Escamosa de alto grau
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(3):154-159
01/03/2016Visualizações82Ver maisObjetivo
Correlacionar a expressão mRNAE6/E7 do HPV de alto risco com os exames de Papanicolau, colposcopia e biópsia em mulheres com lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL).
Métodos
Estudo transversal com mulheres encaminhadas aos serviços de atenção primária com diagnóstico citológico de HSIL. Foi avaliada a expressão do mRNAE6/E7 dos tipos de HPV 16,18,31,33 e 45, correlacionando-se a expressão com os exames de Papanicolau, colposcopia e biópsia. Para a amplificação/detecção demRNA de E6/E7 foi usado o kit NucliSENS EasyQ(r) HPV que detecta mRNA do HPV por meio da reação em cadeia da polimerase com primers/probes HPV dos tipos 16, 18, 31, 33 e 45.
Resultados
Foram obtidos 128 testes válidos. Destes: 30 (23,4%) foram negativos e 98 (70%) dos testes foram positivos. Foi encontrado apenas um tipo de HPV em 87,7% dos positivos. O HPV16 foi omais encontrado em61,2%, seguido pelos HPV33 (26,5%); HPV31 (17,34%); HPV 18 (10,0%) e HPV (45 4,0%). Quanto ao exame de Papanicolau, o teste E6/E7 foi positivo em 107 (83,8%) das mulheres com ASC-H, HSIL ou superior, enquanto em citologia negativa foi encontrado um resultado positivo em 69 (57,5%) colposcopia. A frequência de teste E6/E7 positivo aumentou com a gravidade da lesão, detectada na colposcopia variando de 57,1% em mulheres sem lesão identificada em colposcopia até 86,5% naqueles com achado de colposcopia de grau maior. Das 111 mulheres que se submeteram a biópsia e o teste E6/E7, o teste foi positivo em 84,7% das que apresentaramlesão igual ou superior a NIC 2 (neoplasia intraepitelial cervical) e 41,2% daqueles com biópsia negativa.
Conclusões
A expressão de E6, E7 RNAm ocorreu commaior frequência emlesões de alto grau citológica e em casos com biópsias de NIC2 ou maior.
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Perda da função ovariana resulta em perda de músculo esquelético aumentada em ratos artríticos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):56-64
01/02/2016
Resumo
Original ArticlesPerda da função ovariana resulta em perda de músculo esquelético aumentada em ratos artríticos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):56-64
01/02/2016Visualizações74Ver maisObjetivo
Foram estudados os efeitos da perda da função ovariana (ovariectomia) sobre músculo esquelético e os níveis de RNAm de IGF-1, atrogina-1, MuRF-1, e de miostatina em modelo experimental de artrite reumatóide em ratos.
Métodos
24 ratos Wistar (9 semanas, 195,3±17,4 gramas) foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: controle (CT-Sham, n = 6); artrite reumatóide (RA, n = 6); ovariectomia sem artrite reumatóide (OV; n = 6); ovariectomia com artrite reumatóide (RAOV; n = 6). Os procedimentos da ovariectomia (OV e RAOV) ou simulação da ovariectomia (CT-Shamou RA) foramrealizados aomesmo tempo, quinze dias antes da indução da artrite reumatóide. Os grupos RA e RAOV foramimunizados e, em seguida, foram injetados com Met-BSA na articulação tibiotársica. Após 15 dias das injeções intra-articulares, os animais foram eutanasiados. Foram avaliadas as manifestações externas da artrite reumatóide (perimetria articular), bem como o peso dos animais e a ingestão de alimentos ao longo do estudo. Além disso, as áreas de secção transversa (CSA) do músculo gastrocnêmio foram analisadas em 200 fibras (método H & E). No músculo gastrocnêmio, a expressão de RNAm foi analisada por PCR quantitativo em tempo real, seguido pelo método Livak (ΔΔCT).
Resultados
A artrite reumatoide reduziu a CSA das fibras do músculo gastrocnêmio. O grupo RAOV mostrou uma CSA menor nas fibras do músculo gastrocnêmio em comparação com os grupos RA e CT-Sham. O RNAm do IGF-1 do músculo esquelético aumentou nos ratos artríticos e ovariectomizados. O RNAm do IGF-1 foi maior nos grupos OV do que nos grupos RA e RAOV. A expressão de antrogina-1 também aumentou no músculo gastrocnêmio dos ratos artríticos e ovariectomizados. No entanto, o aumento do RNAm da atrogina-1 foi maior no grupo RAOV do que nos grupos RA e OV. O RNAm da MuRF-1 aumentou nos grupos OV e RAOV, mas não nos grupos RA e CT-Sham. Porém, o grupo RAOV apresentou maior expressão gênica de MuRF-1 do que o grupo OV. A expressão do gene da miostatina foi semelhante em todos os grupos.
Conclusão
A perda de função ovariana resulta em perda de músculo esquelético associado às ubiquitina-ligases atrogina-1 e MuRF-1 em ratos artríticos.
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Indicadores de qualidade dos exames citopatológicos da rede pública em Minas Gerais, Brasil
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):65-70
01/02/2016
Resumo
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):65-70
01/02/2016Visualizações54Objetivo
Avaliar o desempenho dos laboratórios de citopatologia prestadores de serviço para o Sistema Único de Saúde (SUS) no estado de Minas Gerais, Brasil.
Métodos
estudo descritivo combase nos dados obtidos do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero no período de janeiro a dezembro de 2012. Para avaliação da qualidade dos exames citopatológicos do colo do útero, foram analisados três indicadores de qualidade: índice de positividade, percentual de ASC (células escamosas atípicas) entre os exames alterados e percentual de exames compatíveis com HSIL (Lesão intraepitelial escamosa de alto grau). Os laboratórios foram classificados conforme escala de produção em:≤5.000; entre 5.001 e 10.000; entre 10.001 e 15.000 e 15.001. Após a coleta das variáveis e classificação dos laboratórios conforme escala de produção foi elaborado um banco de dados, o qual foi analisado por meio do programa Microsoft Office Excel 97-2003.
Resultados
Em 2012, no estado de Minas Gerais, 146 laboratórios prestaram serviço para o SUS realizando um total de 1.277.018 exames citopatológicos do colo do útero. Metade desses laboratórios apresentou escala de produção≤5.000 exames/ano, e efetuaram 13,1% do total de exames do estado, por outro lado 13,7% dos laboratórios apresentaram escala de produção > 15.001 exames/ano e efetuaram 49,2% do total de exames do estado. O índice de positividade apresentado pela maioria dos laboratórios que prestaram serviço para o SUS no ano de 2012, independente de sua escala de produção, foi abaixo ou muito abaixo do recomendado. Dentre os 20 laboratórios que efetuaram mais de 15.001 exames por ano, somente três apresentaram o percentual de exames compatíveis com HSIL acima do recomendado pelo Ministério da Saúde.
Conclusão
Amaioria dos laboratórios prestadores de serviço para o SUS no estado de Minas Gerais apresentou indicadores de qualidade fora dos parâmetros recomendados pelo Ministério da Saúde.
Palavras-chave: Câncer de colo do úteroControle de qualidadeEducação continuadaexame PapanicolauProgramas de rastreamentoVer mais -
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Associação entre lipid accumulation product (LAP) e hirsutismo na síndrome do ovário policístico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):71-76
01/02/2016
Resumo
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):71-76
01/02/2016Visualizações67Objetivo
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é o distúrbio endócrino mais comumemmulheres entre amenarca e a menopausa. O hiperandrogenismo clínico é o critério diagnóstico mais importante da síndrome, que se manifesta como hirsutismo em70% dos casos. Portadores de SOP hirsutas têmelevado risco cardiovascular. O Lipid accumulation product (LAP) é um índice para a avaliação da acumulação de lípidos nos adultos e é um preditor de risco cardiovascular. O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre LAP e hirsutismo em portadoras da SOP.
Métodos
Estudo observacional transversal de banco de dados secundário, que incluiu 263 pacientes do Ambulatório de Hiperandrogenismo no período de novembro de 2009 a julho de 2014. Foram excluídas pacientes sem o índice de Ferriman-Gallwey e/ ou LAP. Foram utilizados como critérios diagnósticos da SOP os critérios de Rotterdam. Todas as pacientes foram submetidas à avaliação médica seguida da aferição e registro dos dados antropométricos e a realização dos seguintes exames laboratoriais: hormônio estimulante da tireoide (TSH), hormônio folículo estimulante (FSH), prolactina (PRL), Testosterona total, globulina ligadora dos hormônios sexuais (SHBG), 17-α- hidroxiprogesterona, (fase folicular), perfil lipídico, teste oral de tolerância à glicose, glico-hemoglobina a1C, insulina basal. Outras dosagens laboratoriais foram determinadas à critério clínico. O LAP e o HOMA-IR (homeostatic model assessment) foram calculados com os dados obtidos. As pacientes foram divididas em dois grupos: grupo das portadoras de SOP com LAP normal (LAp < 34,5) e grupo das portadoras de SOP com LAP alterado (LAP >34,5) para as comparações do hirsutismo. Para a análise estatística, foram utilizados os programas SPSS Statistics for Windows(r) e Microsoft Excel(r), sendo feitas análises descritivas (frequências, percentuais, médias, desviospadrão) e comparativas (t-Student e qui-quadrado). Foram consideradas relações significativas quando p-valor foi menor ou igual a 0,05.
Resultados
O LAP foi elevado na maioria das pacientes (n = 177; 67,3%) e o índice de Ferriman-Gallwey (IF) demonstrou que 58,5% das pacientes (n = 154) eram hirsutas. A análise por quartis de LAP, demonstrou correlação positiva (p = 0,04) entre pacientes comIF elevado e LAP no quartil superior (>79,5) quando comparadas àquelas com LAP menor que 29,0 (quartil inferior).
Conclusão
O estudo demonstrou associação do LAP elevado e hirsutismo. O escore de Ferriman-Gallwey poderia representar uma ferramenta simples e de baixo custo para inferir risco cardiovascular aumentado em portadoras da síndrome.
Palavras-chave: Doença cardiovascularHirsutismoResistência a insulinaSíndrome dos ovários policísticosVer mais -
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Resultados da colpofixação sacroespinal associada a colporrafia anterior para o tratamento do prolapso de cúpula vaginal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):77-81
01/02/2016
Resumo
Original ArticlesResultados da colpofixação sacroespinal associada a colporrafia anterior para o tratamento do prolapso de cúpula vaginal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):77-81
01/02/2016Visualizações62Ver maisObjetivo
Avaliar os resultados da cirurgia de colpofixação sacroespinal associada a colporrafia anterior, para o tratamento de mulheres com prolapso de cúpula vaginal pós-histerectomia.
Métodos
Estudo prospectivo que incluiu 20 mulheres com prolapso de cúpula em estágio≥2 de acordo com o Sistema de Quantificação do Prolapso Genital (POP-Q) tratadas no período de janeiro de 2003 a fevereiro de 2006 e avaliadas emrevisão tardia (maior que um ano). O prolapso genital foi avaliado qualitativamente em estágios e, quantitativamente, emcentímetros. Como critério de cura, consideramos prolapso em estágio < 2. Para análise estatística, foi utilizado teste de Wilcoxon (amostras pareadas) para comparar os pontos e estágios dos prolapsos antes e depois da cirurgia.
Resultados
Na cúpula vaginal a avaliação após um ano mostrou 95% em estágio zero e 5% em estágio 1. Cistocele: 50% em estágio 1, 10% em estágio zero (curadas) e 40% emestágio 2. Retocele: trêsmulheres apresentavamestágio 1 (15%), uma emestágio 2 (5%) e dezesseis não apresentavam prolapso posterior. As complicações mais frequentes foramdor no glúteo direito com remissão do sintoma emtodos os três casos após três meses da cirurgia.
Conclusões
Neste estudo retrospectivo, a cirurgia de correção do prolapso de cúpula pela técnica de fixação no ligamento sacroespinal, associada à colporrafia anterior, se mostrou efetiva na resolução do prolapso genital com baixa taxa de complicações; porém com alta taxa de cistocele - o que pode ter sido decorrente do desvio vaginal posterior pela técnica, ou ainda uma supervalorização pelo sistema POP-Q.
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Reprodutibilidade do diagnóstico das neoplasias intraepiteliais cervicais e a influência dos marcadores imuno-histoquímicos p16 e Ki-67 como ferramentas auxiliares
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):82-87
01/02/2016
Resumo
Original ArticlesReprodutibilidade do diagnóstico das neoplasias intraepiteliais cervicais e a influência dos marcadores imuno-histoquímicos p16 e Ki-67 como ferramentas auxiliares
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):82-87
01/02/2016Visualizações60Ver maisObjetivo
Observar a expressão dos marcadores imuno-histoquímicos p16 e Ki-67 em neoplasias intraepiteliais cervicais e sua influência na concordância entre observadores diferentes e, entre o mesmo observador.
Métodos
Foram incluídas no estudo 184 pacientes com neoplasias cervicais intraepiteliais confirmadas por biópsia realizadas durante os anos de 2005 e 2006. As biópsias foram revistas, primeiramente, por três patologistas utilizando-se apenas a coloração de Hematoxilina-Eosina. Foi realizado um consenso acerca do diagnóstico. Posteriormente, foi realizado o estudo imuno-histoquímico e analisada a expressão de p16 e Ki- 67 nesses casos.
Resultados
A comparação entre os patologistas revisoresmostrou uma concordância apenas regular (k = 0,44. A concordância foi melhor quando analisada apenas a capacidade de diferenciar lesões de alto grau (NIC 3) (k = 0,59). A marcação de p16 mostrou alto valor preditivo negativo e sensibilidade, porém baixa especificidade. Em geral, tanto p16 qualitativo, quanto p16 quantitativo e Ki-67 quantitativo mostraram baixa acurácia geral. A concordância entre os diagnósticos antes da imuno-histoquímica obteve k = 0,47, e após o auxílio da imuno-histoquímica houve um aumento do Kappa para 0,68. A marcação de p16 mostrou alto valor preditivo negativo e sensibilidade, porém baixa especificidade. Em geral, tanto p16 qualitativo, quanto p16 quantitativo e Ki-67 quantitativo mostraram baixa acurácia geral.
Conclusão
Nosso estudo mostrou que a concordância no diagnóstico tradicional de lesões intraepiteliais cervicais é regular e que pode ser melhorada como o auxílio da imuno-histoquímica.
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Tradução e adaptação transcultural do Lymphoedema Functioning, Disability and Health Questionnaire for Lower Limb Lymphoedema para o português brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):88-96
01/02/2016
Resumo
Original ArticlesTradução e adaptação transcultural do Lymphoedema Functioning, Disability and Health Questionnaire for Lower Limb Lymphoedema para o português brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(2):88-96
01/02/2016Visualizações62Ver maisObjetivo
Descrever o processo de tradução e adaptação transcultural para o português (Brasil) do instrumento Lymphoedema Functioning, Disability and Health Questionnaire for Lower Limb Lymphoedema (Lymph-ICF-LL).
Métodos
O processo foi realizado em cinco fases: tradução, retro-tradução, revisão por um comitê de especialistas, pré-teste e tradução final. A tradução inicial foi realizada por dois profissionais e a retro-tradução por dois tradutores. Um comitê de especialistas avaliou a semântica, equivalências idiomática, cultural, e conceitual das questões. Foi realizado um pré-teste em 10 pacientes com linfedema.
Resultados
Durante o processo de tradução e retro-tradução, foram identificadas pequenas diferenças que foram revisadas pelo comitê. Os pacientes incluídos no préteste identificaram 10 questões como sendo de difícil compreensão, as quais foram reavaliadas pelo mesmo comitê de especialistas.
Conclusão
Os resultados obtidos após o processo de tradução e adaptação transcultural permitiram a criação de uminstrumento que necessita ser validado emdiferentes populações brasileiras.
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Estimativa do peso fetal intraparto: ainda um desafio
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(1):04-08
01/01/2016
Resumo
Original ArticlesEstimativa do peso fetal intraparto: ainda um desafio
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(1):04-08
01/01/2016Visualizações73Ver maisObjetivo
Avaliar a precisão da determinação ultrassonográfica da estimativa de peso fetal recorrendo apenas a parâmetros lineares (comprimento do fémur - FL - e espessura de tecido mole a meio da coxa fetal - STT), no período precedente ao parto.
Métodos
Realizamos umestudo prospectivo que incluiu gestações simples de termo, comfeto cefálico, nas quais o parto ocorreu nas 48h seguintes à avaliação ecográfica. A inclusão no estudo foi feita nomomento de admissão ao bloco de partos para cesariana eletiva, indução do trabalho de parto ou trabalho de parto espontâneo. Foram excluídas todas as grávidas não caucasianas, com diagnóstico de diabetes gestacional ou evidência de rotura de membranas. A estimativa de peso fetal foi calculada através de uma fórmula previamente publicada [estimativa de peso fetal = [1]1687,47 + (54,1 x FL) + (76,68 x STT). A relação entre o peso real e o peso estimado foi analisada através da correlação de Pearson. O desempenho desta fórmula foi avaliado através do cálculo da percentagem de erro absoluto e não absoluto. Os recém-nascidos foram divididos em3 grupos consoante o peso real: < 3000 g; 3000 g - 4000 g; e > 4000 g; para cada grupo foi calculada diferençamédia entre a estimativa de peso e o peso real e a percentagem de erro associada.
Resultados
Incluímos 145 casos no estudo, cuja estimativa de peso e peso real se correlacionaram significativamente, apesar do valor de correlação ser pouco elevado (p < 0,001; R2 = 0,197). Globalmente, a percentagem de erro absoluto foi 10,6%. A percentagem de erro mais baixa correspondeu ao grupo com peso real entre 3000 g e 4000 g.
Conclusões
Comeste estudo demonstramos uma correlação fraca entre o peso real e a estimativa de peso fetal ultrassonográfica, quando calculada combase numa fórmula que usa o comprimento do fémur e a espessura de tecido mole a meio da coxa fetal, ambos parâmetros lineares. Ainda que a exclusão de parâmetros circunferenciais no cálculo da estimativa de peso fetal se venha a provar benéfica, esta não parece ser uma fórmula simultaneamente simples e precisa no cálculo da estimativa de peso fetal.