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Case Report
Coronavírus 2019, trombocitopenia e síndrome HELLP: Associação ou coincidência?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(10):669-671
21/12/2020
Resumo
Case ReportCoronavírus 2019, trombocitopenia e síndrome HELLP: Associação ou coincidência?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(10):669-671
21/12/2020Visualizações75Resumo
O presente relato descreve o caso de uma gestante de 31 anos, gemelar dicoriônica com 31 semanas, com queixa de mialgia, icterícia e desconforto abdominal. A paciente não apresentava sintomas gripais como febre ou tosse e não tinha conhecimento de exposição ao COVID-19. Pressão arterial e saturação de oxigênio normais. Os exames laboratoriais apresentaram contagem de plaquetas de 218,000 mm3, ALT 558 IU e creatinina 2.3 mg/dl. Doppler compatível com centralização de um dos fetos. Síndrome de hemolysis, elevated liver enzymes, low platelet count (HELLP) parcial foi a hipótese diagnóstica inicial e a cesariana foi realizada. No segundo dia, a paciente apresentou leucócitos de 33.730 com queda do nível de consciência e desconforto respiratório leve. A tomografia revelou opacidade pulmonar em vidro fosco bilateralmente. A pesquisa de COVID-19 por polymerase chain reaction (PCR)/swab teve resultado positivo. Trombocitopenia em pacientes com COVID-19 é multifatorial, semelhante ao que ocorre na pré-eclâmpsia e na síndrome HELLP. Acreditamos que o sinergismo da fisiopatologia das doenças em questão pode acelerar o comprometimento materno e deve servir de alerta para a prática obstétrica.
Palavras-chave: Complicações na gravidezinfecções por coronavírusPré-eclâmpsiaSíndrome HELLPTrombocitopeniaVer mais -
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Embolização após sling transobturatório em paciente com choque hipovolêmico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(11):769-771
21/12/2020
Resumo
Case ReportEmbolização após sling transobturatório em paciente com choque hipovolêmico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(11):769-771
21/12/2020Visualizações78Resumo
Sling de uretra média é o tratamento padrão para a incontinência urinária de esforço. A abordagem transobturatória (TOT) surgiu como alternativa para minimizar os riscos da inserção às cegas das agulhas com taxa de complicações perfurativas menores quando comparadas à abordagem retropúbica. Apresentamos um caso de lesão em ramo da artéria obturatória esquerda após sling TOT que evoluiu com sangramento intenso e instabilidade hemodinâmica, sendo tratado com embolização.
Palavras-chave: Choque hemorrágicoComplicações pós-operatóriasembolizaçãoIncontinência urináriaslingVer mais -
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Encefalopatia de Wernicke como complicação de hiperêmese gravídica: Relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(10):672-675
21/12/2020
Resumo
Case ReportEncefalopatia de Wernicke como complicação de hiperêmese gravídica: Relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(10):672-675
21/12/2020Visualizações103Ver maisResumo
A encefalopatia de Wernicke (EW) é uma condição neurológica aguda resultada da deficiência de vitamina B1, muito comum em etilistas crônicos. Relatamos um caso de EW secundário a um quadro de hiperêmese gravídica em uma gestante de 25 anos de idade e 13 semanas e 5 dias de idade gestacional. Inicialmente essa desordem se manifestou como fraqueza, confusão mental, amnésia anterógrada, e alucinações auditivas e visuais. O diagnóstico foi estabelecido depois da detecção de achados sugestivos de EW na ressonância nuclear magnética e da melhora do quadro clínico com reposição de tiamina. A hiperêmese gravídica não é uma causa comum de EW, o que faz com que o presente relato de caso tenha importância na literatura e reforça a necessidade de atenção na prática clínica para complicações raras mas importantes desse quadro tão comum (hiperêmese gravídica).
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Bloqueio atrioventricular completo congênito em uma mulher grávida com síndrome de Sjögren: seguimento pré-natal e desafio do tratamento intrauterino
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(4):228-232
18/05/2020
Resumo
Case ReportBloqueio atrioventricular completo congênito em uma mulher grávida com síndrome de Sjögren: seguimento pré-natal e desafio do tratamento intrauterino
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(4):228-232
18/05/2020Visualizações88Resumo
Este relato descreve um caso de bloqueio atrioventricular completo (BAVC) diagnosticado com 25 semanas de gestação em uma mulher com síndrome de Sjögren e anticorpos anti-Ro/SSA positivos. Esteroides fluoretados (dexametasona e betametasona) e terbulina foram utilizados para aumentar a frequência cardíaca fetal, mas o bloqueio cardíaco fetal não foi reversível, e a administração dos medicamentos foi interrompida devido a efeitos colaterais maternos. Ecocardiogramas fetais de acompanhamento foram realizados, e o feto evoluiu com derrame pericárdico, presença de fibroelastose no ventrículo direito, e disfunção ventricular. A interrupção da gravidez por cesariana foi indicada com 34 semanas, e um marca-passo cardíaco foi implantado no recém-nascido do sexo masculino imediatamente após o nascimento. A terapia para fetos com BAVC é controversa, principalmente no que diz respeito ao uso ou não de corticosteroides; no entanto, o monitoramento do intervalo atrioventricular pela ecocardiografia fetal deve ser feito em fetos de mulheres grávidas com autoanticorpos positivos anti-Ro/SSA e/ou anti-La/SSB para impedir a progressão para o BAVC.
Palavras-chave: autoanticorpos maternosbloqueio cardíaco congênito completoDiagnóstico pré-natalPrevençãotratamento intrauterinoVer mais -
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Neoplasias mamária e cerebelar metacrônicas em uma paciente jovem
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(2):114-119
17/04/2020
Resumo
Case ReportNeoplasias mamária e cerebelar metacrônicas em uma paciente jovem
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(2):114-119
17/04/2020Visualizações76Resumo
Diversos fatores desencadeiam o desenvolvimento de mutações genéticas que são responsáveis por originar uma neoplasia. O meduloblastoma é uma neoplasia cerebelar maligna e invasiva que acomete crianças e adultos jovens. O carcinoma mucinoso é um tipo de câncer de mama especial por ser um subtipo atípico de carcinoma invasivo, que acomete com maior frequência mulheres de idade avançada e representa entre 1 a 7% do total de neoplasias mamárias. O caso relatado tem como objetivo mostrar a raridade da ocorrência do meduloblastoma desmoplásico e carcinoma mucinoso mamário em uma paciente jovem em um curto período de tempo, em diferentes sítios sem ligação anatômica direta e sem ocorrência de metástase. Inicialmente, esta paciente possuía um meduloblastoma desmoplásico e foi tratada com tumorectomia e radioterapia. Após 13 meses, a paciente foi diagnosticada com carcinoma mucinoso de mama, sendo submetida a mastectomia, quimioterapia adjuvante e atualmente está sendo tratada com endocrinoterapia. Concluímos, com base na característica metacrônica da neoplasia e características clínicas, que a paciente apresenta a síndrome de Li-Fraumeni, doença autossômica dominante com mutação do gene TP53, que é o principal gene envolvido nesta síndrome. Por não apresentar as características completas do fenótipo da síndrome, a paciente pode assim ser classificada como portadora de uma variante da síndorme de Li-Fraumeni ou síndrome do tipo Li-Fraumeni.
Palavras-chave: Câncer de mamacarcinoma mucinoso mamáriomeduloblastoma desmoplásicosíndrome de Li-FraumeniVer mais -
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Parto diferido emg ravidez gemelar bicoriônica: Um caso com 154 dias de latência
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(1):61-64
27/03/2020
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Case ReportParto diferido emg ravidez gemelar bicoriônica: Um caso com 154 dias de latência
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(1):61-64
27/03/2020Visualizações56Ver maisResumo
O parto pré-termo espontâneo complica frequentemente as gestações multifetais, condicionando elevada morbimortalidade perinatal. Em determinados casos, o nascimento prematuro do primeiro feto pode não requerer o nascimento do(s) feto(s) restante(s), que podem permanecer in utero, com o objetivo de diminuir a morbidade e mortalidade neonatal. Atualmente, não existe consenso quanto à melhor atitude clínica nas situações de parto diferido. Descrevemos um caso de parto diferido de gravidez bicoriônica vigiado no nosso centro. Neste caso, a realização de cerclagem, a terapêutica tocolítica e a administração de antibioticoterapia de largo espectro permitiu o parto às 37 semanas do segundo gêmeo, o que corresponde a 154 dias de latência, que, segundo o nosso conhecimento, é o intervalo de diferimento mais longo descrito na literatura. A tentativa de diferir o parto do segundo feto na periviabilidade é uma opção que deve ser oferecida aos progenitores, após aconselhamento e desde que se cumpram os critérios clínicos de elegibilidade. A seleção correta das candidatas, em conjunto com a realização de corretos procedimentos, monitorização fetal e materna e identificação precoce de complicações aumentam a possibilidade de sucesso deste tipo de parto.
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Caso raro de carcinoma espinocelular sarcomatoide que surge em um teratoma ovariano maduro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(10):628-632
07/11/2019
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Case ReportCaso raro de carcinoma espinocelular sarcomatoide que surge em um teratoma ovariano maduro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(10):628-632
07/11/2019Visualizações71Ver maisResumo
Embora o teratoma cístico maduro (MCT) seja benigno, a transformação maligna (MT) ocorre em cerca de 1% a 2% dos casos, e geralmente apresenta-se sob a forma de carcinoma espinocelular (CEC), responsável por cerca de 80% dos casos. O carcinoma (sarcomatoide) de células fusiformes (CSCF) é um tipo incomum de CEC, compreendendo até 3% de todos os casos. A falta de sintomas característicos e achados imagiológicos específicos pode levar a erros diagnósticos pré-operatórios. Além disso, as características clinico-patológicas, o tratamento, os fatores prognósticos e o mecanismo da MT ainda não são bem compreendidos devido à raridade de tais tumores, principalmente em mulheres em idade reprodutiva. Os autores apresentam um caso de uma paciente de 34 anos com 14 semanas de gestação que foi diagnosticada comumamassa anexial sugestiva de teratoma do ovário. A anexectomia laparoscópica foi realizada após 6 meses do parto, e o exame histológico revelou um CEC sarcomatoide tendo como origem um MCT.
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Tuberculose vulvar – Uma manifestação rara da doença
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(9):575-578
30/09/2019
Resumo
Case ReportTuberculose vulvar – Uma manifestação rara da doença
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(9):575-578
30/09/2019Visualizações74Ver maisResumo
A tuberculose é uma doença infeciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, esta doença mantém-se entre as principais causas demorte nomundo. Embora afetemais frequentemente os pulmões, a tuberculose pode comprometer qualquer órgão. O presente artigo relata um caso raro de tuberculose vulvar numa mulher na pós-menopausa, com antecedentes de tuberculose pleural e pulmonar assintomática, sem contato documentado com o bacilo. O diagnóstico foi feito com base na biópsia da lesão vulvar, com achados histológicos sugestivos da infeção e isolamento do M. tuberculosis pormeios de cultura e pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). Após terapêutica tuberculostática, as lesões reverteram.