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Review Article
Avaliação das desordens do assoalho pélvico decorrentes do diabetes gestacional usando a ultrassonografia tridimensional: Uma revisão narrativa
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(12):1134-1140
24/03/2022
Resumo
Review ArticleAvaliação das desordens do assoalho pélvico decorrentes do diabetes gestacional usando a ultrassonografia tridimensional: Uma revisão narrativa
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(12):1134-1140
24/03/2022Visualizações67Resumo
O diabetes gestacional (DG)é uma entidade com nuances conceituais em evolução que merecem total consideração. O DG leva a complicações e efeitos adversos na saúde da mãe e do bebê durante e após a gravidez. As mulheres também apresentam maior prevalência de incontinência urinária (IU) relacionada ao estado hiperglicêmico durante a gravidez. No entanto, o mecanismo fisiopatológico exato ainda é incerto. Realizamos uma revisão narrativa discutindo o impacto do DG no assoalho pélvico das mulheres e utilizamos o exame de ultrassonografia tridimensional para avaliar e predizer a ocorrência de IU.
Palavras-chave: Assoalho pélvicodesordens do assoalho pélvicoDiabetes gestacionalIncontinência urináriaUltrassonografiaVer mais -
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Desempenho do diagnóstico pré-natal do espectro da placenta acreta: Os resultados falso-positivos do ultrassom são aceitáveis em ambientes com recursos limitados?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(9):838-844
06/09/2022
Resumo
Original ArticleDesempenho do diagnóstico pré-natal do espectro da placenta acreta: Os resultados falso-positivos do ultrassom são aceitáveis em ambientes com recursos limitados?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(9):838-844
06/09/2022Visualizações105Resumo
Objetivo
Recomenda-se o encaminhamento imediato de pacientes com fatores de risco para espectro placentário acreta (PAS, na sigla em inglês) para centros especializados, favorecendo assim o diagnóstico precoce e o manejo interdisciplinar. No entanto, erros diagnósticos são frequentes, mesmo em centros de referência (CRs). Buscou-se avaliar o desempenho do diagnóstico pré-natal para PAS em um hospital latino-americano.
Métodos
Um estudo descritivo retrospectivo incluindo pacientes encaminhados por suspeita de SAP foi realizado. Os dados dos exames de imagem do pré-natal foram comparados com os diagnósticos finais (intraoperatórios e/ou histológicos).
Resultados
Foram incluídos 162 pacientes no presente estudo. A idade gestacional mediana no momento da primeira ultrassonografia suspeita de PAS foi de 29 semanas, mas as pacientes chegaram ao CR de PAS com 34 semanas. A frequência de resultados falso-positivos nos hospitais de referência foi de 68,5%. Sessenta e nove pacientes foram operadas com base na suspeita de PAS com 35 semanas e houve 28,9% de falso-positivos no CR. Em 93 pacientes, o diagnóstico de PAS foi descartado no CR, com frequência de falso-negativos de 2,1%.
Conclusão
O diagnóstico pré-natal de PAS é melhor no CR. Entretanto, mesmo nestes centros, resultados falso-positivos são comuns; portanto, a confirmação intraoperatória do diagnóstico de SAP é essencial.
Palavras-chave: diagnóstico ultrassônico pré-natalfalso positivoPlacenta acretaprocedimento cirúrgico operatórioUltrassonografiaVer mais -
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Comportamento dos marcadores genéticos na triagem durante o primeiro trimestre de gravidez em fetos euploides
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):646-653
01/06/2022
Resumo
Original ArticleComportamento dos marcadores genéticos na triagem durante o primeiro trimestre de gravidez em fetos euploides
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):646-653
01/06/2022Visualizações78Ver maisResumo
Objetivo
Este estudo tem como objetivo descrever o comportamento do rastreamento de cromossomopatias em fetos euploides.
Métodos
Trata-se de um estudo prospectivo descritivo com 566 pacientes, entre 11 e 14 semanas de gestação. A associação entre a ultrassonografia e as variáveis sorológicas foi estudada. Para as variáveis quantitativas foi utilizado o teste de Spearman; para as qualitativas com variáveis quantitativas foi utilizado o teste U de Mann-Whitney e para as variáveis qualitativas foi aplicado o teste X2. A significância foi fixada em p ≤ 0,05.
Resultados
Constatou-se que a idade gestacional tem correlação com o ducto venoso, translucência nucal, fração livre da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana, proteína plasmática A associada à gravidez e fator de crescimento placentário; há também correlação entre a história de abortos e o osso nasal. Além disso, correlacionamos o índice de massa corporal com translucência nucal, fração livre da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana e proteína plasmática A associada à gravidez. A idade materna foi relacionada com fração livre da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana e proteína plasmática A associada à gravidez.
Conclusão
Nosso estudo demonstra pela primeira vez o comportamento dos marcadores bioquímicos e ultrassonográficos de triagem de cromossomas durante o primeiro trimestre em fetos euploides na Colômbia. Nossa informação é consistente com a referência de valores internacionais. Além disso, mostram-se as relações das diferentes variáveis com as características maternas para determinar as variáveis capazes de ajudar no desenvolvimento de um processo de rastreamento durante o primeiro trimestre com alta taxa de detecção.
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Resultados perinatais após oclusão traqueal endoscópica fetal por hérnia diafragmática congênita isolada: Revisão rápida
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(1):74-82
28/02/2022
Resumo
Review ArticleResultados perinatais após oclusão traqueal endoscópica fetal por hérnia diafragmática congênita isolada: Revisão rápida
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(1):74-82
28/02/2022Visualizações74Resumo
Objetivo
Comparar os resultados perinatais de fetos com hérnia diafragmática congênita após oclusão traqueal endoscópica fetal (OTEF) e conduta expectante pré-natal.
Fontes dos dados
Nesta revisão rápida, pesquisas foram conduzidas nas bases de dados MEDLINE, PMC, EMBASE e CENTRAL entre 10 de agosto de 2020 e 4 de setembro de 2020. Ensaios clínicos randomizados (ECRs), quase-ECRs e ECRs em cluster publicados em inglês nos últimos dez anos foram incluídos.
Seleção dos estudos
Foram recuperadas 203 publicações; 180 destas foram triadas pelo resumo. Fez-se a leitura do texto completo de 8 estudos, e 1 ECR cumpriu os critérios de inclusão (41 mulheres aleatorizadas; 20 no grupo OTEF e 21 no grupo de controle).
Coleta de dados
A coleta de dados realizada independentemente pelos dois autores, em duas etapas (título e resumo, e leitura do texto completo).
Síntese dos dados
Não houve casos de mortematerna. A idade gestacionalmédia no parto foi de 35,6±2,4 semanas no grupo de intervenção, e de 37,4±1,9 semanas entre os controles (p<0,01). A sobrevida até 6 meses de idade foi relatada em 50% do grupo de intervenção, e em 5,8% dos controles (p<0,01; risco relativo: 10,5; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,5-74,7). Hipertensão pulmonar grave ocorreu em 50% dos lactentes do grupo de intervenção, e em 85,7% dos controles (p = 0.02; risco relativo: 0,6; IC95%: 0,4-0,9). Uma análise do estudo indicou algumas preocupações quanto ao risco de viés. A qualidade da evidência foi considerada de moderada a baixa.
Conclusão
As evidências atuais são limitadas,mas sugeremque a OTEF pode ser uma intervenção eficaz para melhorar resultados perinatais.
Palavras-chave: hérnias diafragmáticas congênitasPrognósticorevisão sistemáticaUltrassonografiaUltrassonografia pré-natalVer mais -
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O tratamento com aspirina pode modificar a avaliação das artérias uterinas?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(3):231-237
09/02/2022
Resumo
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(3):231-237
09/02/2022Visualizações99Ver maisResumo
Objetivo
Analisar se a ingestão de acetilsalicílico (ASA) modifica o índice médio de pulsatilidade das artérias uterinas (UtA-PI) no 2° ou 3° trimestre em uma coorte de gestantes com média anormal de UtA-PI entre 11 e 14 semanas.
Métodos
Este é um estudo de coorte retrospectivo. Gravidezes únicas com média anormal de UtA-PI entre 11 e 14 semanas foram estudadas. As participantes foram divididas em 3 grupos: 1) Se a participante não tomou ASA durante a gravidez, 2) Se a participante tomou AAS antes das 14 semanas e 3) Se a participante tomou ASA após 14 semanas. A média do UtA-PI foi avaliada nos 2° e 3° trimestres e considerou-se que melhorava quando diminuía<95° percentil. Foram calculados a razão de prevalência (RP) e o número necessário para tratar (NNT).
Resultados
Foram avaliadas 72 participantes com média de UtA-PI>95° percentil no 1° trimestre de gravidez. Das 18 participantes que tomaram ASA, 8 participantes começaram antes de 14 semanas e 10 depois. Um total de 33,3% desses participantes melhoraram a média de UtA-PI nos 2° e 3° trimestres, embora não tenha sido estatisticamente significante (p=0,154). A razão de prevalência foi de 0,95 (intervalo de confiança [IC95%]: 0,31-1,89), mas entre os 1° e o 2° trimestres, a RP foi de 0,92 (IC95%: 0,21-0,99) e foi estatisticamente significativa.
Conclusão
O presente trabalho demonstra uma modificação da média de UtA-PI em participantes que faziam uso de ASA em comparação com aqueles que não faziam. É importante verificar se o ASA pode modificar os limites normais das artérias uterinas porque isso pode ter um impacto na vigilância.
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Diagnóstico ecográfico de alterações biométricas no cérebro de fetos comrestrição do crescimento fetal. Uma revisão sistemática da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(7):545-559
18/10/2021
Resumo
Review ArticleDiagnóstico ecográfico de alterações biométricas no cérebro de fetos comrestrição do crescimento fetal. Uma revisão sistemática da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(7):545-559
18/10/2021Visualizações68Resumo
A restrição do crescimento fetal (RCF) ocorre quando umfeto não consegue atingir seu potencial de crescimento intrauterino, na maioria das vezes por compromisso da função placentária. É uma condição que afeta de 5 a 10% das gravidezes e é a segunda causa mais comum de morbidade e mortalidade perinatal. Crianças nascidas com RCF incorrem em maior risco de atraso no desenvolvimento neurológico e cognitivo, bem como de doenças cardiovasculares e/ou endócrinas, na idade adulta. O objetivo desta revisão foi o de pesquisar na literatura evidência sobre o diagnóstico pré-natal por ecografia de lesões cerebrais relacionadas com a RCF. Utilizando uma abordagem sistemática, avaliamos de forma quantitativa a metodologia dos oito estudos que preencheram os critérios de inclusão e foram, assim, incluídos nesta revisão. Foram identificados estudos de alta qualidade para a medição dos volumes cerebrais;medição do corpo caloso; medição da profundidade das incisuras cerebrais emedição do cavum do septo pelúcido. Os autores identificaram um estudo de qualidade inferior sobre a medição transversal do diâmetro transcerebelar em fetos com RCF. Mais estudos prospectivos randomizados são necessários para perceber quais as alterações que ocorrem no cerébro dos fetos com restrição do seu crescimento, bem como, a sua correlação com as alterações do desenvolvimento cognitivo observadas.
Palavras-chave: imagem de diagnosticlesões cerebraisneurosonografiaRestrição de crescimento fetalUltrassonografiaVer mais -
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Medida do ângulo do arco púbico por ultrassonografia transperineal: um estudo prospectivo transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(4):181-187
18/05/2020
Resumo
Original ArticleMedida do ângulo do arco púbico por ultrassonografia transperineal: um estudo prospectivo transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(4):181-187
18/05/2020Visualizações83Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar a medida do ângulo do arco púbico (AAP) por ultrassonografia transperineal durante trabalho de parto em predizer tipo de parto e modo de desprendimento do polo cefálico.
Métodos
Um estudo prospectivo transversal foi conduzido com 221 mulheres em trabalho de parto com gestação única ≥ 37 semanas, com fetos em apresentação cefálica, foram submetidas à avaliação ultrassonográfica por via transperineal para aferição do AAP. Correlações com tipo de parto, modo de desprendimento do polo cefálico e características fetais e maternas foram realizadas.
Resultados
Um total de 153 (69,2%) mulheres apresentaram parto vaginal espontâneo, 7 (3,2%) parto a fórceps e 61 (27,6%) parto cesárea. Para fins de análise, dividiu-se os partos em dois grupos: partos vaginais e cirúrgicos (fórceps e cesáreas). A média do AAP foi 102 ± 7,5º (variação: 79,3-117,7º). Não foi observada significância estatística do AAP em relação ao tipo de parto (102,6 ± 7,2º versus 100,8 ± 7,9º; p = 0,105). Um total de 94,1% dos fetos desprenderam em variedade de posição occipito anterior e 5,8% em occipito posterior. Encontrou-se AAP mais estreitado no grupo de partos cirúrgicos (97,9 ± 9,6º versus 102,6 ± 7,3º; p = 0,049). A análise de regressão multivariada demonstrou que AAP foi uma variável de proteção para a ocorrência de desprendimento da cabeça em variedades occipito posteriores ao nascimento (odds ratio [OR]= 0,9; índice de confiança (IC) 95%: 0,82-0,99; p = 0,026).
Conclusão
A medida ultrassonográfica do AAP não foi preditora do tipo de parto, porém demonstrou associação com persistência de variedades occipito posteriores ao nascimento.