Resumo
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Identificar quais são as condutas recomendadas para a prevenção de pré-eclâmpsia em gestantes.
Foi feita uma revisão sistemática da literatura, e foram desenvolvidas estratégias detalhadas de busca individual nas bases de dados PubMed/MEDLINE, CINAHL, Web of Science, Cochrane e LILACS pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Uma pesquisa manual também foi realizada para encontrar referências adicionais. O risco de viés, a qualidade da evidência, e a classificação da força das recomendações foram avaliadas usando a abordagem Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Análises (Gradings of Recommendations, Assessment, Development and Evaluations, GRADE).
No total, foram encontrados 351 artigos na busca inicial nas bases de dados consultadas e 2 na busca manual; após exclusões por duplicidade, 333 artigos permaneceram. Após a leitura de títulos e resumos, 315 referências foram excluídas. Portanto, 18 artigos foram mantidos para a seleção do texto completo (fase 2); esse processo levou à exclusão de 6 artigos. Após as exclusões por incompatibilidade com os critérios de inclusão, 12 artigos compuseram a amostra.
Os artigos selecionados para o estudo foram analisados, e a digitação da síntese das evidências foi realizada no software online GRADEpro Guideline Development Tool (GDT) (McMaster University and Evidence Prime Inc. Todos os direitos reservados. McMaster University, Hamilton, Ontário, Canadá), o que possibilitou a elaboração de uma tabela de evidências, com a qualidade das evidências e a classificação da força das recomendações.
No total, sete estudos recomendaram o uso individual de aspirina, ou aspirina combinada com cálcio, heparina ou dipiridamol. O uso de cálcio isolado ou em combinação com fitonutrientes também foi destacado. Todos os estudos foram realizados com mulheres com alto risco de desenvolver pré-eclâmpsia.
De acordo com os estudos avaliados, a administração de aspirina ainda é a melhor conduta a ser utilizada na prática clínica para prevenir a pré-eclâmpsia.
Resumo
. ;:147-153
Comparar a capacidade preditiva dotesteHPVcomoexame de Papanicolau para a detecção de lesões precursoras do câncer do colo do útero, em três anos de seguimento, numa população de usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).
Estudo de coorte retrospectiva de 2.032 mulheres com resultados satisfatórios para exame de Papanicolaou e teste HPV, por captura híbrida de segunda geração, realizados em estudo prévio. Foi realizado seguimento durante 36 meses por meio da busca em prontuários, Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). O desfecho foi o diagnóstico histopatológico de neoplasia intraepitelial cervical grau 2 ou lesão mais grave (NIC2ş). Curvas de progressão foram construídas, para o período, utilizando o método de Kaplan-Meier, com base nos resultados dos exames na entrada do estudo; e estimadas a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, e a razão de verossimilhança positiva e negativa, para cada teste.
Um total de 1.440 mulheres foram submetidas a pelo menos um exame no período de seguimento. As curvas de progressão demonstraram diferenças na capacidade de predição para NIC2ş conforme os resultados dos testes (p < 0,001), sendo expressivamente maior quando ambos os exames estavam alterados, seguido de ter apenas o teste HPV positivo. O teste HPV apresentou maior sensibilidade do que o exame de Papanicolau (88,7% e 73,6%, respectivamente; p < 0,05) emelhor razão de verossimilhança negativa (0,13 e 0,30, respectivamente). Já a especificidade e a razão de verossimilhança positiva foram semelhantes.
Os resultados sinalizam a importância da inclusão do teste HPV no rastreamento primário do câncer do colo do útero.