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A automatização da ultrassonografia mamária e o tempo médico dedicado ao método
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):409-414
08/09/2023
Resumo
Original ArticleA automatização da ultrassonografia mamária e o tempo médico dedicado ao método
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):409-414
08/09/2023Visualizações72Resumo
Na presente revisão integrativa, objetivamos descrever os registros de tempo dedicado pelos médicos à ultrassonografia mamária em revisão de artigos da literatura, visando observar se a automação do método possibilitou redução destes valores. Selecionamos artigos nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e MEDLINE, através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed e Scopus. Obtivemos 561 artigos e, após a exclusão de artigos duplicados e procedimentos de triagem, foram selecionados 9 artigos, cujas informações principais relativas à pergunta norteadora da pesquisa foram sintetizadas e analisadas. Foi concluído que a automação da ultrassonografia mamária representa uma possível estratégia de otimização do tempo médico dedicado ao método; porém, essa conclusão necessita ser melhor avaliada em estudos comparativos entre ambos os métodos (tradicional e automatizado), com metodologia direcionada à investigação específica desta potencialidade.
Palavras-chave: Diagnóstico por imagemimageamento tridimensionalNeoplasias da mamaUltrassonografia mamária;Ver mais -
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Efeito do treinamento combinado na imagem corporal, composição corporal e capacidade funcional em pacientes com câncer de mama: ensaio clínico controlado
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):242-252
07/08/2023
Resumo
Original ArticleEfeito do treinamento combinado na imagem corporal, composição corporal e capacidade funcional em pacientes com câncer de mama: ensaio clínico controlado
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):242-252
07/08/2023Visualizações83Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar o efeito do treinamento combinado na imagem corporal (IB), composição corporal e capacidade funcional em pacientes com câncer de mama. Assim como a relação do IB com a composição corporal e capacidade funcional.
Métodos
Este foi um estudo de Ensaio Clínico Controlado, este estudo incluiu 26 pacientes com câncer de mama (30 a 59 anos). O grupo de treinamento (n = 13) foi submetido a 12 semanas de treinamento, incluindo três sessões de 60 min de exercício aeróbio e treinamento de resistência, e duas sessões de treinamento de flexibilidade por semana; cada exercício de flexibilidade durou 20s. O Grupo Controle (n = 13) recebeu apenas o tratamento hospitalar padrão. Os participantes foram avaliados no início e após 12 semanas. O IB (desfechos primários) foi avaliado por meio do Body Image After Breast Cancer Questionnaire; A composição corporal foi estimada com os indicadores: índice de massa corporal; Peso, relação cintura-quadril; Relação da altura da cintura; Índice de conicidade; Índice ponderal recíproco; Porcentagem de gordura; Circunferência do abdômen e cintura; Capacidade funcional por aptidão cardiorrespiratória (cicloergômetro) e força (dinamômetro manual). A estatística foi realizada na Bioestatística e no Stata 14.0 (α = 5%).
Resultados
Os pacientes do grupo de treinamento apresentaram redução da dimensão da limitação (p = 0,036) no IB, porém, foi observado aumento da circunferência da cintura em ambos os grupos. Além disso, um aumento do VO2máx (p <0,001) e da força nos braços direito (p = 0,005) e esquerdo (p = 0,033).
Conclusão
O treinamento combinado demonstra ser uma estratégia eficaz e não farmacológica para pacientes com câncer de mama, com melhora do IB e da capacidade funcional, alterando variáveis relacionadas negativamente quando não há treinamento físico.
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Mastectomia preservadora demamilo com reconstrução imediata baseada em implante para pacientes com carcinoma ductal puro in situ
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):376-384
27/06/2022
Resumo
Original ArticleMastectomia preservadora demamilo com reconstrução imediata baseada em implante para pacientes com carcinoma ductal puro in situ
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):376-384
27/06/2022Visualizações74Ver maisResumo
Objetivo
A presença de componente intraductal extenso é associada ao risco aumentado de recorrência no complexo aréolo-mamilar. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados de pacientes diagnosticados com carcinoma ductal in situ (CDIS)submetidas a adenomastectomia (nipple-sparing mastectomy, NSM, em inglês) com reconstrução mamária imediata utilizando prótese de silicone.
Métodos
Restrospectivamente, foramanalisadas as complicações pós-operatórias e a segurança oncológica de 67 pacientes com câncer de mama diagnosticadas com CDIS puro, e submetidas a NSM com reconstrução mamária imediata utilizando prótese de silicone, entre 2004 e 2018.
Resultados
Entre os 127 procedimentos realizados, 2 hematomas (1,5%) e 1 necrose parcial de mamilo (0,7%) foram observados. Após um período médio de 60 meses de seguimento, a taxa de recorrência local foi de 8,9%, a sobrevida livre de doença, de 90%, e apenas 1 paciente foi a óbito.
Conclusão
Apesar da taxa de recorrência local, demostrou-se que NSM com reconstrução mamária imediata comprótese de silicone é umprocedimento viável, combaixa taxa de complicação e alta sobrevida para pacientes com diagnóstico de CDIS puro quando a cirurgia conservadora da mama não é uma opção.
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O impacto da pandemia de COVID-19 no diagnóstico de câncer de mama: Um estudo retrospectivo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(9):871-877
06/06/2022
Resumo
Original ArticleO impacto da pandemia de COVID-19 no diagnóstico de câncer de mama: Um estudo retrospectivo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(9):871-877
06/06/2022Visualizações81Resumo
Objetivo
Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil diagnóstico dos casos de câncer de mama na pandemia de coronavirus disease 2019 (COVID-19) em comparação com o ano anterior.
Métodos
Este é um estudo retrospectivo de casos diagnosticados em um serviço de referência da rede pública de saúde de Campinas, SP, Brasil. Foram analisados dois períodos: de março a outubro de 2019 (período pré-COVID) e de março a outubro de 2020 (período COVID). Todas as mulheres diagnosticadas durante os períodos foram incluídas. Foram utilizados os testes do qui-quadrado ou exato de Fisher e Mann-Whitney.
Resultados
Nos períodos pré-COVID e COVID, o câncer de mama foi diagnosticado, respectivamente, em 115 e 59 mulheres, e a média de idade no diagnóstico foi de 55 e 57 anos (p = 0,339). No período COVID, foram mais frequentes a história familiar de câncer de mama (9,6% vs 29,8%, p < 0,001), casos sintomáticos (50,4% vs 79,7%, p < 0,001) e com massas palpáveis (56,5% vs 79,7%, p = 0,003). Nas mulheres sintomáticas, a média de dias desde os sintomas até a mamografia foi de 233,6 (458,3) no pré-COVID e 152,1 (151,5) no COVID (p = 0,871). Entre os tumores invasivos no período COVID, a proporção de cânceres nos estágios I e II foi ligeiramente maior, porém não significativa (76,7% vs 82,4%, p = 0,428). Ainda no período COVID, a frequência de tumores tipo luminal A-like foi menor (29,2% vs 11,8%, p = 0,018), de tumores triplo-negativos foi duas vezes maior (10,1% vs 21,6%, p = 0,062), e de tumores positivos para receptor de estrogênio foi inferior (82,2% vs 66,0%, p = 0,030).
Conclusão
Durante a pandemia de COVID-19, houve uma redução no diagnóstico de câncer de mama. Os casos detectados eram sugestivos de pior prognóstico: mulheres sintomáticas com massas palpáveis e subtipos mais agressivos. Os tumores indolentes foram os mais sensíveis à interrupção do rastreamento.
Palavras-chave: covid-19detecção precoce de câncerMamografiaNeoplasias da mamaQualidade da assistência à saúdeVer mais -
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Mastectomia preservadora de mamilo para pacientes com recidiva de câncer de mama: Uma série de casos de pacientes brasileiras
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(5):489-496
24/02/2022
Resumo
Original ArticleMastectomia preservadora de mamilo para pacientes com recidiva de câncer de mama: Uma série de casos de pacientes brasileiras
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(5):489-496
24/02/2022Visualizações60Ver maisResumo
Objetivo
Há poucos estudos sobre a segurança de se realizar adenomastectomia (nipple-sparing mastectomy, NSM, em inglês) para tratamento de recidiva local. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados de pacientes com indicação para mastectomia que optaram por se submeter a NSM para o tratamento de recorrência local.
Métodos
Foram analisadas 24 pacientes submetidas a NSM para tratamento de recidiva local após tratamento conservador entre janeiro de 2001 e dezembro de 2018.
Resultados
As pacientes foramacompanhadas por um períodomédio de 132meses a partir da primeira cirurgia. Após a NSM, 5 (20,8%) pacientes foram diagnosticadas com recorrência local, e apenas 1 paciente foi a óbito. As pacientes apresentaram 4,8% de necrose parcial e 2,4% de necrose total do mamilo.
Conclusão
Em um longo período de acompanhamento desde a primeira cirurgia, foram observadas baixas taxas de complicação pós-operatória e boa sobrevida, porém, associadas comuma alta taxa de recorrência local em pacientes submetidas a NSM para tratamento de recidiva local após cirurgia conservadora. Neste estudo, demonstrou-se que a NSM pode ser considerada uma opção cirúrgica para pacientes que não querem se submeter a mastectomia total.
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Estudo sociodemográfico e clínico-patológico de legendas moleculares de carcinoma de mama em uma unidade de referência do Maranhão
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(12):820-828
11/01/2020
Resumo
Original ArticleEstudo sociodemográfico e clínico-patológico de legendas moleculares de carcinoma de mama em uma unidade de referência do Maranhão
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(12):820-828
11/01/2020Visualizações95Resumo
Objetivo
Avaliar a distribuição das principais características sociodemográficas e clínico-patológicas em mulheres com câncer de mama segundo o perfil molecular pela imunohistoquímica.
Métodos
Estudo transversal, retrospectivo, analítico, descritivo e quantitativo, com análise de 137 prontuários do período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018 de mulheres atendidas na Unidade de Assistência da Alta Complexidade em Oncologia da cidade de Imperatriz, MA, Brasil. Foi definido o perfil imunohistoquímico dos tumores baseado na avaliação dos receptores de estrogênio e progesterona, superexpressão de HER2 e índice de proliferação celular Ki67, de onde foram determinados seis subtipos moleculares: luminal A, luminal B-HER2 negativo, luminal B-HER2 positivo, triplo negativo, superexpressão de HER2 e inconclusivo.
Resultados
Foi demonstrado que 52,6% das pacientes eram pós-menopausadas, com idademédia de 52,1 anos, pardas (56,2%), tinhamgrau de escolaridade < 9 anos (40%), estadiamento > IIB (52,6%) e 23,4% tinham metástase. Carcinoma ductal invasivo representou 84,7%, o tamanho tumoral foi de 2 a 5 cm (48,9%), com comprometimento linfonodal (56,2%), com linfadenectomia axilar em 67,2% e mastectomia em 73,7% das pacientes. O subtipo molecularmais frequente foi o luminal B-HER2 negativo (36,5%), e o subtipo luminal A apresentou características de melhor prognóstico em relação aos demais.
Conclusão
Concluiu-se que na associação dos subtipos moleculares com as características sociodemográficas e clínico-patológicas não se obteve resultados com significância estatística, exceto para terapia complementar, referente à hormonioterapia, e houve elevado índice de metástase ao diagnóstico, o que representou um fator preocupante e indicativo de falhas no rastreio e diagnóstico precoce dessa população.
Palavras-chave: Estadiamento de neoplasiasImunohistoquímicaNeoplasias da mamaoncologiaPerfil de saúdeVer mais -
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Associação de status menopausal, expressão de receptor de progesterona e de Ki67 à resposta clínica à quimioterapia neoadjuvante no câncer luminal de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(12):710-717
03/02/2019
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Original ArticlesAssociação de status menopausal, expressão de receptor de progesterona e de Ki67 à resposta clínica à quimioterapia neoadjuvante no câncer luminal de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(12):710-717
03/02/2019Visualizações55Resumo
Objetivo
Identificar biomarcadores de resposta à quimioterapia neoadjuvante em câncer luminal de mama.
Métodos
Estudo transversal em que foram incluídas todas as pacientes com câncer luminal de mama em estádio inicial ou localmente avançado que foram submetidas a quimioterapia neoadjuvante nos anos de 2013 e 2014. Dados demográficos, clínicos e patológicos foram obtidos de prontuários médicos. As expressões de receptor de estrogênio (RE), de receptor de progesterona (RP), e de Ki67 foram avaliadas por imuno-histoquímica (IHQ). A expressão do receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (human epidermal growth factor receptor 2, HER2) foi avaliada por IHQ e hibridização in situ por imunofluorescência (HISI). Análises de regressão logística e de curva de característica de operação do receptor (COR) foram usadas para investigar fatores preditivos independentes de resposta clínica e patológica.
Resultados
De 298 pacientes identificadas, 115 foram incluídas na análise. Resposta clínica completa (RCc) foi observada em 43.4% das pacientes (49/113), e resposta patológica completa (RPc), em 7.1% (8/115). Os fatores preditivos independentes de RCc foram status menopausal (p < 0.001), baixa expressão de RP (≤ 50% versus > 50%; p = 0.048), e expressão de Ki67 ≥ 14% (versus < 14%; p = 0.01). Pacientes com RCc apresentaram maior probabilidade de serem submetidas a cirurgia conservadora da mama (34.7% versus 7.8%; p < 0.001). Aumento no ponto de corte para expressão de Ki67 foi associado a aumento da especificidade e redução da sensibilidade na identificação de pacientes com RCc.
Conclusão
Status premenopausal, baixa expressão de RP e maior expressão de Ki67 estiveram associados a maior taxa de RCc à quimioterapia neoadjuvante no câncer luminal de mama.
Palavras-chave: agentes antineoplásicosMastectomia segmentarNeoplasias da mamaReceptores estrogênicosTerapia neoadjuvanteVer mais -
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Conhecer alguém com câncer de mama influencia a prevalência da adesão ao rastreamento dos cânceres de mama e colo uterino?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(4):203-208
01/04/2018
Resumo
Original ArticleConhecer alguém com câncer de mama influencia a prevalência da adesão ao rastreamento dos cânceres de mama e colo uterino?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(4):203-208
01/04/2018Visualizações50Resumo
Objetivos
Avaliar a prevalência da adesão aosmétodos de rastreamento dos cânceres de mama e de colo uterino em pacientes atendidas em um hospital universitário e investigar se conhecer alguém com câncer de mama e, o fato de este pertencer à família, modifica a adesão às recomendações de rastreamento.
Métodos
Estudo transversal e quantitativo. Uma entrevista estruturada foi aplicada a uma amostra de 820 pacientes do sexo feminino, entre 20 e 69 anos, usuárias de um hospital universitário na cidade de Juiz de Fora, MG. Para a análise, o Teste Quiquadrado foi usado para avaliar a possibilidade de associação entre as varáveis, e o valor de significância foi determinado em valor-p ≤ 0,05 para um intervalo de confiança (IC) de 95%.
Resultados
Mais de 95,0% da amostra realizava os exames de mamografia e colpocitologia; 62,9% relataram conhecer alguém que teve ou tem câncer de mama, sendo que este grupo realizou, com maior frequência, autoexame (64,9%; razão de prevalência [RP] 1,5; IC 95% 1,12-2,00), exame clínico (91,5%; RP 2,11; IC 95% 1,37- 3,36) e ultrassonografia das mamas (32,9%; RP 1,81, IC 95% 1,30-2,51) e consulta ao mastologista (28,5%; RP 1,98, IC 95% 1,38-2,82). Mulheres com história familiar de câncer de mama realizaramcommaior prevalência o autoexame das mamas (71,0%; RP 1,53 IC 95% 1,04-2,26).
Conclusão
A amostra apresentou elevada adesão aos métodos de rastreamento preconizados; conhecer alguém com câncer de mama pode tornar as mulheres mais sensíveis a essa questão, aumentando a realização de medidas não recomendadas para o rastreamento da população geral, como ultrassonografia das mamas e consulta com médico especialista; a história familiar possivelmente implica em um fator de preocupação adicional.
Palavras-chave: autoexame de mamaNeoplasias da mamaNeoplasias do colo do úteroProgramas de rastreamentoSaúde públicaVer mais