Resumo
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Além de ser um fenômeno médico, as pandemias também afetam o indivíduo e a sociedade em vários níveis, e causam perturbações. No processo de pandemia, diferentes grupos da população, incluindo mulheres grávidas como um grupo indefeso, estão sujeitos a ameaças psicológicas. Este estudo teve como objetivo determinar os níveis de ansiedade e depressão e os fatores relacionados em mulheres grávidas durante a pandemia de doença do coronavírus 2019 (coronavirus disease 2019, Covid-19, em inglês).
Este estudo transversal foi realizado com 269 mulheres grávidas por meio de entrevistas pessoais em Istambul, Turquia. Com relação às ferramentas de coleta de dados, o coeficiente de confiabilidade alfa de Cronbach foi de 0,90 para a Escala de Ansiedade de Beck, e de 0,85 para a Escala de Depressão de Beck.
Entre as gestantes participantes, 30,5% apresentaram sintomas de ansiedade leves, 17,5%, moderados, e 5,9%, graves, ao passo que 35,3% apresentaram sintomas de depressão leves, 16,7%, moderados, e 2,2%, graves. Verificou-se que as participantes que se preocupavam com sua saúde tinham 5,36 vezes (p=0,04) mais risco de desenvolver ansiedade e 4,82 vezes (p=0,01) mais risco de desenvolver depressão do que aquelas que não se preocupavam. As pacientes que tinham histórico de doença psiquiátrica tinham 3,92 vezes (p=0,02) mais risco de desenvolver ansiedade do que as que não tinham.
Determinou-se que cerca de metade das gestantes incluídas no estudo tiveram algum nível de ansiedade e depressão durante a pandemia de Covid-19. Os fatores de risco para ansiedade e depressão nas gestantes foram determinados como tabagismo, preocupação com a saúde e infecção pelo coronavírus, histórico de doença psiquiátrica, e cuidados pré-natais regulares.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2005;27(11):672-676
DOI 10.1590/S0100-72032005001100007
OBJETIVO: avaliar a influência do meio vaginal de gestantes na sobrevivência do estreptococo do grupo B (EGB) mantido por 8, 24 e 48 horas nos meios de transporte Amies e Stuart. MÉTODOS: foram coletados três swabs vaginais de 30 gestantes atendidas no Ambulatório de Pré-Natal do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O primeiro swab foi mergulhado diretamente no meio seletivo de Todd-Hewitt; o segundo foi utilizado para a realização da bacterioscopia corada pelo Gram e o terceiro foi mergulhado em 2 mL de solução salina à qual foram acrescentados 200 µL de uma suspensão contendo EGB na concentração de 1-2 x 10(8) unidades formadoras de colônia. Desta última suspensão de EGB, foram colhidos três swabs do meio Amies e três do meio Stuart, os quais foram mantidos em temperatura ambiente por 8, 24 e 48 horas, para posterior semeadura em ágar sangue. A leitura do crescimento das placas foi realizada após 24 horas de incubação e classificada semiquantitativamente (0-3 cruzes) de acordo com o número de colônias observadas. A análise estatística foi efetuada com o teste exato de Fisher. RESULTADOS: a recuperação do EGB nos meios de transporte Amies e Stuart após 48 horas de estocagem foi de 97 e 87%, respectivamente. Em um dos quatro casos em que não houve a recuperação do EGB após 48 horas de armazenamento, o pH vaginal foi superior a 4,5 e em dois casos havia a presença de vaginose citolítica. CONCLUSÕES: ambos os meios de transporte mostraram-se adequados para a recuperação do EGB em gestantes até 48 horas após a coleta. As características do meio vaginal não influenciaram a recuperação do EGB no presente estudo.