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Case Report
Será que grande significa maligno? Leiomioma gigante, porém benigno: Relato de caso e revisão de literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(1):66-71
08/03/2021
Resumo
Case ReportSerá que grande significa maligno? Leiomioma gigante, porém benigno: Relato de caso e revisão de literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(1):66-71
08/03/2021Visualizações148Ver maisResumo
Leiomioma uterino é o tumor benigno ginecológico de maior prevalência. Ele afeta mais de 80% das mulheres no mundo e, deste grupo, mais de 50% podem ser assintomáticas. Contudo, miomas de grande volume podem ser associados com sintomas de compressão extrínseca, e a maioria dos casos não apresentam células atípicas. Nós apresentamos o caso de uma mulher de 49 anos que foi submetida a histerectomia total abdominal de um espécime de 13,5 quilos sem malignidades ao exame histopatológico. Também revisamos a literatura sobre leiomiomas uterinos de grande volume e sua repercussão clínica. Concluímos que grandes volumes nem sempre representam um risco relacionado à malignidade; contudo, estudos moleculares futuros são necessários para investigar leiomiomas uterinos gigantes.
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Original Article
Fatores associados às complicações da miomectomia por histeroscopia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(8):476-485
25/09/2020
Resumo
Original ArticleFatores associados às complicações da miomectomia por histeroscopia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(8):476-485
25/09/2020Visualizações99Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar os fatores associados a miomectomia por histeroscopia completa em um único procedimento e as suas complicações.
Métodos
Estudo de corte transversal com mulheres submetidas a histeroscopia para exérese de miomas submucosos. As variáveis dependentes foram a miomectomia completa realizada em um tempo cirúrgico único, e a presença de complicações precoces relacionadas ao procedimento.
Resultados
Analisamos 338 mulheres que foram submetidas a miomectomia histeroscópica. Em 89,05% dos casos, o mioma a ser tratado era único. Quanto à classificação da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Fédération Internationale de Gynécologie et d’Obstétrique, FIGO, em francês), a maioria era de grau 0 (66,96%), seguidos pelos graus 1 (20,54%) e 2 (12,50%). As miomectomias foram completas em 63,31% das mulheres, sendo que os fatores independentemente associados à miomectomia completa foram o diâmetro do maior mioma (razão de prevalência [RP]: 0,97; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 0,96-0,98) e a classificação FIGO grau 0 (RP: 2,04; IC95%: 1,18-3,52). Foram observadas complicações precoces em 13,01% dos procedimentos (4,44% apresentaram sangramento excessivo durante o procedimento, 4,14%, perfuração uterina, 2,66%, falso pertuito, 1,78%, intoxicação hídrica, 0,59%, laparotomia exploradora, e 0,3%, infecção pósoperatória). O único fator independentemente associado à ocorrência de complicações precoces foi a realização de miomectomia incompleta (RP: 2,77; IC95%: 1,43-5,38).
Conclusão
Nossos resultados mostram que as complicações da miomectomia por histeroscopia podem ocorrer em até 13% dos procedimentos. A chance de ressecção completa é maior em miomas pequenos e completamente intracavitários; mulheres com miomas maiores e com maior grau de penetração miometrial têm maiores chances de desenvolver complicações.
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Original Article
Dopplervelocimetria da artéria uterina de leiomiomas uterinos em mulheres nigerianas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):464-470
01/09/2017
Resumo
Original ArticleDopplervelocimetria da artéria uterina de leiomiomas uterinos em mulheres nigerianas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):464-470
01/09/2017Visualizações58Ver maisResumo
Objetivo
Descrever as velocidades do fluxo sanguíneo e as alterações dos índices de impedância nas artérias uterinas leiomiomatoso utilizando a ultrassonografia Doppler.
Métodos
Estudo prospectivo, caso-controle, realizado em 140 mulheres pré-menopáusicas com diagnóstico ultrassonográfico de leiomioma uterino e em 140 controles na pré-menopausa sem leiomiomas. A ultrassonografia pélvica foi realizada para diagnosticar e caracterizar os leiomiomas. A hemodinâmica dos ramos ascendentes de ambas as artérias uterinas principais foi avaliada por meio de interrogatório Doppler. A análise estatística foi feita principalmente por meio de testes não paramétricos.
Resultados
A média do volume uterino dos das pacientes foi de 556 cm3, enquanto a dos controles foi de 90,5 cm3 (p < 0,001). A média de velocidade de pico sistólico (VPS), a velocidade diastólica final (VDF), a velocidade máxima do tempo médio (VMTM), a velocidade média do tempo médio (VMdTM), o tempo de aceleração (TA), o índice de aceleração (IA), a relação diástole/sístole (RDS), a proporção diastólica média (PDM) e o índice de pulsatilidade (IP) inversa foram significativamente maiores em pacientes (94,2 cm/s, 29,7 cm/s, 49,1 cm/s, 25,5 cm/s, 118 ms, 0,8, 0,3, 0,6 e 0,8, respectivamente) do que nos controles (54,2 cm/s, 7,7 cm/s, 20,0 cm/s, 10,0 cm/s, 92,0 ms, 0,6, 0,1, 0,4 e 0,4, respectivamente); p < 0,001 para todos os valores. Por outro lado, o IPmédio, o índice de resistividade (IR), a relação sístole/diástole (RSD) e o índice de impedância (II) nas pacientes (1,52, 0,70, 3,81 e 3,81, respectivamente) foram significativamente mais baixos do que os dos controles (2,38, 0,86, 7,23 e 7,24, respectivamente); p < 0,001 para todos os valores.
Conclusão
Existe um aumento significativo da perfusão dos úteros leiomiomatosos, que provavelmente se deve ao alargamento uterino.
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Case Report
Leiomioma dissecante cotiledonoide com aspectos simplásticos: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(8):436-440
01/08/2017
Resumo
Case ReportLeiomioma dissecante cotiledonoide com aspectos simplásticos: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(8):436-440
01/08/2017Visualizações65Ver maisResumo
Introdução
O leiomioma dissecante na forma cotiledonoide é uma variante de leiomioma com padrões raros de crescimento. Além de demonstrá-los, vamos apontar outro aspecto anteriormente não relatado.
Relato de Caso
Uma amostra congestionada, multinodular de miomectomia foi excisada. Histologicamente, detectaram-se fascículos de músculos lisos com marcada vascularidade e extensa degeneração hidrópica. Contaram-se 2mitoses por 10 campos de alta potência, e o índice Ki-67 foi de 2-3%. Encontramos células atípicas, bizarras, que não haviam sido relatadas anteriormente. Não foi observada necrose coagulativa. A paciente encontrava-se saudável e sem evidências de recorrência 36 meses após a cirurgia.
Conclusão
De aparência bruta e grosseira, os leiomiomas dissecantes na forma cotiledonoide têm natureza benigna. Até hoje, células atípicas não haviam sido relatadas nesse tipo de tumor. Apesar dos aspectos simplásticos, os leiomiomas dissecantes na forma cotiledonoide são entidades clínicas benignas. Cirurgiões e patologistas devem estar familiarizados com essa variante.
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Original Article
Tradução e validação para língua portuguesa do questionário Uterine Fibroid Symptom – Quality of Life
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(10):518-523
01/10/2016
Resumo
Original ArticleTradução e validação para língua portuguesa do questionário Uterine Fibroid Symptom – Quality of Life
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(10):518-523
01/10/2016Visualizações82Ver maisResumo
Objetivo
Traduzir para o português, adaptar culturalmente e validar o questionário Uterine Fibroid Symptom - Quality of Life (UFS-QoL) para as mulheres brasileiras com leiomioma uterino.
Métodos
Inicialmente, o questionário UFS-QoL foi traduzido para o português brasileiro, em conformidade com as normas internacionais, com adaptações culturais, estruturais, conceituais e semânticas subsequentes, de modo que as pacientes fossem capazes de responder o questionário de forma adequada. Cinquenta pacientes com leiomioma uterino e 19 pacientes sem a doença, confirmada por exame pélvico abdominal e/ou ultrassonografia transvaginal, foram selecionados nos ambulatórios do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A todas as mulheres foi administrado o questionário UFS-QoL por duas vezes no mesmo dia, por dois entrevistadores diferentes, com um intervalo de 15 minutos entre as entrevistas. Após 15 dias, o questionário foi novamente administrado pelo primeiro entrevistador. Confiabilidade (consistência interna e teste-reteste), constructo e validade discriminativa foram testados para ratificar o questionário.
Resultados
A confiabilidade do instrumento foi avaliada pelo coeficiente α de Cronbach com um resultado global de 0,97, indicando alta confiabilidade. Os resultados da pesquisa mostraram uma correlação elevada (p= 0,94; p 0,001).
Conclusão
O questionário UFS-QoL foi adaptado com sucesso para a língua portuguesa e cultura brasileira, mostrando confiabilidade e validade.
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Article
Leiomiomas extrauterinos com sepse que exigem hemicolectomia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(6):285-289
13/07/2012
Resumo
ArticleLeiomiomas extrauterinos com sepse que exigem hemicolectomia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(6):285-289
13/07/2012DOI 10.1590/S0100-72032012000600008
Visualizações76Ver maisLeiomiomas extrauterinos são raros e benignos e podem surgir em qualquer local anatômico. O padrão de crescimento não-usual destas lesões pode até mesmo imitar malignidade e resultar em dilema clínico. Ocasionalmente, os leiomiomas uterinos aderem-se às estruturas circunvizinhas, desenvolvem suprimento sanguíneo auxiliar e perdem sua ligação original ao útero, tornando-se assim "parasíticos". Os miomas parasíticos podem também ser criados iatrogenicamente após cirurgia fibroide uterina, especialmente se for utilizada morcelação. Este relato apresentou dois casos de miomas parasíticos com sepse, ambos exigindo hemicolectomia à direita, bem como revisão da literatura pertinente.
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Artigos Originais
Embolização de mioma uterino em mulheres portadoras de miomas volumosos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(11):530-535
20/01/2010
Resumo
Artigos OriginaisEmbolização de mioma uterino em mulheres portadoras de miomas volumosos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(11):530-535
20/01/2010DOI 10.1590/S0100-72032010001100003
Visualizações38OBJETIVO: avaliar a eficácia da embolização de mioma uterino (EMUT) em pacientes com miomas volumosos no que diz respeito tanto à evolução clínica quanto à redução do tamanho dos mesmos. MÉTODOS: vinte e seis pacientes com média etária de 36,5 anos, portadoras de miomas uterinos sintomáticos com volume acima de 1.000 cm³, foram submetidas à EMUT. Todas possuíam indicação para tratamento percutâneo. Os procedimentos foram realizados sob anestesia epidural e sedação, empregando-se protocolo institucional de analgesia. Após punção femoral unilateral, foi realizado o cateterismo seletivo das artérias uterinas e infusão de microesferas calibradas por meio de microcateter. A avaliação clínica pós-procedimento foi realizada em ambulatório de ginecologia segundo o protocolo de atendimento. Todas as pacientes tinham ressonância nuclear magnética (RNM) antes do procedimento e 15 pacientes RNM de controle após 6 meses. RESULTADOS: o sucesso técnico foi de 100%. Não houve complicação relacionada aos procedimentos. A média de volume uterino das 15 pacientes foi 1.401 cm³ antes da embolização (min. 1.045 cm³, max. 2.137 cm³) e, após 6 meses 799 cm³ (min. 525 cm³, max. 1.604 cm³), constituindo uma redução média de 42,9%. A melhora clínica foi constatada em 25 das 26 pacientes. Uma paciente com útero de 1.098 cm³ apresentou necrose e expulsão parcial do mioma, sendo submetida à miomectomia. Outra paciente foi submetida à miomectomia após seis meses devido ao desejo de gravidez, apesar da redução parcial do volume dos miomas. Uma paciente com volume uterino de 2.201 cm³ necessitou de segunda intervenção para alcançar um resultado adequado. Nenhuma paciente foi submetida à histerectomia. Foram utilizadas em média 9,2 seringas de microesferas por paciente. CONCLUSÃO: a embolização de miomas uterinos de grande volume é um procedimento factível, com aceitáveis resultados clínico e radiológico. Pode ser considerada uma opção para as pacientes que desejam a preservação uterina e também servir como terapêutica adjuvante à miomectomia de alto risco.
Palavras-chave: Angiografia digitalEmbolização da artéria uterinaEmbolização terapêuticaHisterectomiaImagem por ressonância magnéticaLeiomiomaVer mais