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Artigos Originais
Miomectomia em gestação de segundo trimestre: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(4):198-201
02/07/2010
Resumo
Artigos OriginaisMiomectomia em gestação de segundo trimestre: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(4):198-201
02/07/2010DOI 10.1590/S0100-72032010000400008
Visualizações58Ver maisOs leiomiomas uterinos caracterizam-se por doença benigna e são evidenciados em 2 a 3% de todas as gestações normais. Destes, cerca de 10% podem apresentar complicações durante a gravidez. Apresentamos um caso de paciente gestante que procurou o pronto-socorro obstétrico na 17ª semana, queixando-se de fortes dores, apresentava palpação abdominal dolorosa e descompressão brusca positiva. À ultrassonografia, apresentava nódulo de mioma medindo 9,1 x 7,7 cm, foi internada, medicada e devido à piora do quadro, submetida a laparotomia exploradora e miomectomia. O seguimento pré-natal se deu sem mais anormalidades, com resolução da gestação na 39ª semana. O recém-nascido pesou 3.315 g com Apgar 9 e 10. Deve-se sempre tentar o tratamento clínico nesses casos, e intervenções cirúrgicas devem ser consideradas para casos selecionados, principalmente na impossibilidade de tratamentos conservadores ou quando o quadro clínico da paciente exige intervenção imediata. Neste caso, a miomectomia mostrou-se eficaz para complicações obstétricas materno-fetais.
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Artigos Originais
Estratégias para redução da exposição de radiação ionizante em mulheres submetidas à embolização de miomas uterinos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(2):77-81
15/03/2010
Resumo
Artigos OriginaisEstratégias para redução da exposição de radiação ionizante em mulheres submetidas à embolização de miomas uterinos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(2):77-81
15/03/2010DOI 10.1590/S0100-72032010000200005
Visualizações61OBJETIVO: quantificar a dose de radiação ionizante absorvida pelo ovário e pela pele em pacientes submetidas à embolização de miomas uterinos (EMUT), assim como sugerir um protocolo radiológico voltado à redução dos riscos envolvidos neste procedimento. MÉTODOS: setenta e três mulheres consecutivas (média etária de 27 anos), participantes de protocolo de pesquisa institucional, portadoras de miomas uterinos sintomáticos com indicação de tratamento minimamente invasivo, foram submetidas a procedimento de EMUT. Foram calculadas a estimativa de radiação absorvida pelos ovários por meio de dosímetros vaginais e a estimativa de dose de entrada na pele, por cálculos indiretos de absorção de radiação. As primeiras 49 pacientes fizeram parte do Grupo Pré-alteração e as últimas 24, do Grupo Pós-alteração. O segundo grupo recebeu um protocolo modificado de imagem radiológica, com redução pela metade do número de quadros por segundo durante as arteriografias, idealizado na tentativa de enquadrar os valores obtidos aos existentes na literatura, assim como foi evitado ao máximo a exposição desnecessária ao feixe de raios X. RESULTADOS: não houve complicações técnicas em nenhum dos procedimentos realizados. Não houve diferenças entre o tempo médio de fluoroscopia ou entre o número médio de arteriografias entre os dois grupos. Foi obtida uma redução de 57% na estimativa de dose ovariana absorvida entre as pacientes dos dois grupos (29,0 versus 12,3 cGy), assim como uma redução de 30% na estimativa de dose absorvida pela pele (403,6 versus 283,8 cGy). CONCLUSÕES: a redução significativa da absorção de radiação em pacientes submetidas a procedimentos de EMUT pode ser alcançada pela modificação do número de quadros por segundo nas aquisições arteriográficas, assim como pela implantação rotineira das normas de proteção radiológica.
Palavras-chave: Angiografia digitalEmbolização da artéria uterinaLeiomiomaMedida de exposição à radiaçãoProteção radiológicaVer mais -
Artigos Originais
Avaliação da proporção de colágeno no tecido uterino antes e após tratamento do leiomioma uterino pela embolização arterial
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(12):598-603
18/01/2009
Resumo
Artigos OriginaisAvaliação da proporção de colágeno no tecido uterino antes e após tratamento do leiomioma uterino pela embolização arterial
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(12):598-603
18/01/2009DOI 10.1590/S0100-72032009001200004
Visualizações31Ver maisOBJETIVO: analisar as repercussões histomorfométricas da embolização das artérias uterinas (EAU) no tecido uterino, especialmente mediante quantificação de tecido colágeno, através de biópsia uterina antes e após tratamento de leiomioma uterino. MÉTODOS: participaram do estudo 15 pacientes portadoras de leiomiomas sintomáticos e/ou com infertilidade, submetidas à EAU após ciência do termo de consentimento livre e esclarecido, obedecendo aos critérios de exclusão do estudo. Foi realizada biópsia uterina na fase secretória do ciclo menstrual antes e três meses após o procedimento, para avaliação do colágeno. Após o processamento histológico do material, foram feitos cortes de 3µ, sendo alguns corados pela hematoxilina-eosina (HE), e outros pela coloração específica para fibras colágenas (Picrosirius red). Em seguida, foi realizada a leitura e interpretação das lâminas e a quantificação do colágeno. Sua quantificação foi calculada como o percentual da área composta por colágeno, e o resultado expresso em média±desvio padrão (DP). Os dados foram então submetidos à análise estatística pelo teste t de Student pareado (p<0,05). RESULTADOS: nas biópsias realizadas antes do tratamento, foi notada a presença de células musculares lisas, rodeadas por rica trama de fibras colágenas que compõem o tumor, vasos sanguíneos e núcleos de fibroblastos. Nas lâminas das biópsias realizadas após o tratamento, foi observada a presença de necrose de coagulação difusa, trombose vascular, áreas de calcificação e de infiltração linfoplasmocitária e nítida diminuição do componente colágeno. A porcentagem de fibras colágenas foi maior no grupo pré-EAU (84,07±1,41) do que no grupo pós-EAU, (81,05±1,50), com p<0,0001, e intervalo de confiança de 95% (IC95%) entre 2,080 e 3,827. CONCLUSÃO: a redução quantitativa e qualitativa do colágeno evidencia que o tratamento proposto é eficaz em reduzir a massa tumoral, composta principalmente por fibras colágenas de permeio às células musculares lisas neoplásicas. Todavia, são necessários estudos complementares a fim de se investigar a repercussão funcional e biológica dessas alterações histológicas.
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Artigos Originais
Avaliação da sexualidade em mulheres submetidas à histerectomia para tratamento do leiomioma uterino
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(10):503-507
19/11/2009
Resumo
Artigos OriginaisAvaliação da sexualidade em mulheres submetidas à histerectomia para tratamento do leiomioma uterino
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(10):503-507
19/11/2009DOI 10.1590/S0100-72032009001000006
Visualizações44Ver maisOBJETIVO: avaliar o impacto da histerectomia sobre a sexualidade de mulheres portadoras de leiomioma uterino. MÉTODOS: estudo prospectivo, no qual foram incluídas 33 mulheres sexualmente ativas, com idade de 35 a 50 anos, experiência orgástica e parceiro fixo capacitado para o coito. Todas as mulheres foram submetidas a dois instrumentos para avaliação da sexualidade: Quociente Sexual - Versão Feminina (QS-F) e Inventário de Satisfação Sexual - Versão Feminina (GRISS). Os mesmos instrumentos foram aplicados pelo mesmo examinador antes da histerectomia e seis meses após o procedimento. RESULTADOS: o QS-F apontou que 39,4% das pacientes apresentaram piora no relacionamento sexual, apesar de não ter sido encontrada associação entre os resultados obtidos no QS-F antes e depois da histerectomia (χ2=10,6; grau de liberdade=12; p=0,05). Os escores médios obtidos após a aplicação do questionário de GRISS mostraram piora significante nos parâmetros "satisfação sexual" (p=0,03); "expressão da sensualidade feminina" (p=0,01); "vaginismo/dispareunia" (p=0,02) e "anorgasmia" (p=0,04). CONCLUSÕES: a histerectomia parece impactar negativamente a vida sexual das mulheres, sendo referida pela diminuição do desejo, da excitação e da capacidade orgásmica.
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Relato de Caso
Leiomioma uterino metastatizante benigno: relato de dois casos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(8):411-414
09/10/2009
Resumo
Relato de CasoLeiomioma uterino metastatizante benigno: relato de dois casos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(8):411-414
09/10/2009DOI 10.1590/S0100-72032009000800007
Visualizações40Leiomiomatose metastatizante benigna (LMB) é uma doença rara na qual o pulmão é o órgão extrauterino mais afetado. A histologia da LMB é compatível com benignidade e semelhante à encontrada nos leiomiomas miometriais. Uma história de miomatose uterina tratada cirurgicamente é relatada por quase todas as pacientes com a doença metastática. Relatamos dois casos de pacientes com leiomiomatose uterina metastatizante. No primeiro caso, uma paciente de 55 anos de idade apresentou nódulos pulmonares mais de 20 anos após ter sido submetida a uma histerectomia por leiomioma uterino. Os estudos histológico e imunoistoquímico do nódulo pulmonar revelaram tratar-se de implante de leiomioma benigno. A segunda paciente, de 65 anos de idade, apresentou nódulos pulmonares e retroperitoneais 20 anos após ter sido submetida a uma histerectomia em razão de um leiomioma uterino.
Palavras-chave: HisterectomiaLeiomiomaLeiomiomatoseNeoplasias pulmonaresNeoplasias retroperitoneaisNeoplasias uterinasRelatos de casosVer mais -
Artigo de Revisão
Tratamento atual dos miomas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(6):324-328
08/10/2007
Resumo
Artigo de RevisãoTratamento atual dos miomas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(6):324-328
08/10/2007DOI 10.1590/S0100-72032007000600008
Visualizações55Leiomiomas são tumores benignos. Eles surgem no miométrio e contêm quantidade variável de tecido conjuntivo fibroso. Cerca de 75% dos casos são assintomáticos, encontrados ocasionalmente durante exame abdominal, pélvico bimanual ou ultra-sonografia. Os sintomas são relacionados diretamente ao tamanho, ao número e à localização dos miomas. Nessa revisão, são apresentadas as abordagens terapêuticas atuais clínicas (anticoncepcionais orais, progestágenos e antiprogestágenos, análogos do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), e antiinflamatórios não esteróides) e cirúrgicas (histerectomia, miomectomia e embolização) para o tratamento de leiomiomas.
Palavras-chave: Embolização terapêuticaHisterectomiaHormônio liberador de gonadotropinaLeiomiomaMiomaReceptores de progesteronaVer mais -
Relatos de Casos
Leiomioma de uretra feminina: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(4):217-219
12/04/1998
Resumo
Relatos de CasosLeiomioma de uretra feminina: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(4):217-219
12/04/1998DOI 10.1590/S0100-72031998000400007
Visualizações66Ver maisOs autores apresentam um caso de tumor em uretra feminina que se apresentou como massa de 5 cm de diâmetro e localizava-se no contorno superior do meato uretral externo. A paciente foi submetida a excisão cirúrgica do tumor e o estudo histopatológico e a imuno-histoquímica revelaram tratar-se de leiomioma. Este tumor é sempre uma neoplasia benigna, rara, que dificilmente retorna após excisão cirúrgica. Sua patogenia, bem como seus aspectos clínicos, são também objeto de discussão no presente trabalho.
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Artigos Originais
Gravidez e parto após embolização arterial para tratamento de leiomioma uterino
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(10):596-600
07/02/2006
Resumo
Artigos OriginaisGravidez e parto após embolização arterial para tratamento de leiomioma uterino
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(10):596-600
07/02/2006DOI 10.1590/S0100-72032006001000005
Visualizações37Ver maisOBJETIVO: Analisar a evolução da gestação e partos após tratamento de leiomioma uterino por embolização das artérias uterinas. MÉTODOS: Foram incluídas na avaliação inicial 112 pacientes submetidas a embolização de artérias uterinas para tratamento de mioma uterino. Destas, somente nove desejavam o tratamento conservador para manter a capacidade reprodutiva. Este procedimento foi indicado para estas nove pacientes, pois elas não eram susceptíveis ao tratamento conservador cirúrgico. Submeteram-se a embolização das artérias uterinas com partículas de álcool polivinílico ou embosferas com diâmetro de 500 a 700 µm e evoluíram sem intercorrências. RESULTADOS: Durante o acompanhamento dessas nove pacientes houve boa resposta clínica, com redução significativa no volume do útero e dos miomas. Dessas nove, quatro engravidaram, sendo que duas tiveram abortamento precoce e duas evoluíram normalmente até o final da gestação com parto a termo, sendo um deles gemelar. CONCLUSÃO: A embolização de artérias uterinas é uma opção para o tratamento de miomas uterinos e apresenta bons resultados clínicos e anatômicos, permitindo manter a capacidade reprodutiva.