Histeroscopia Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    O uso do misoprostol prévio aos procedimentos histeroscópicos – Um estudo retrospectivo

    . ;:1102-1109

    Resumo

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    O uso do misoprostol prévio aos procedimentos histeroscópicos – Um estudo retrospectivo

    . ;:1102-1109

    DOI 10.1055/s-0042-1755462

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    Objetivo

    Avaliação do misoprostol prévio à histeroscopia quanto à facilidade técnica, efeitos colaterais e a ocorrência de complicações durante o procedimento.

    Métodos

    Estudo analítico observacional retrospectivo tipo caso controle com revisão de prontuários de 266 pacientes do Setor de Videoendoscopia Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (HCFMRP – USP), de 2014 a 2019, sendo comparadas 133 pacientes que utilizaram o medicamento prévio ao procedimento com 133 pacientes que não o utilizaram.

    Resultados

    Sangramento uterino após a menopausa foi a principal indicação de histeroscopia, apresentando diferença estatística (p < 0,001), estando presente em 93,23% das pacientes do grupo de estudo e em 69,17% das pacientes do grupo controle. Apenas 2 pacientes (1,5%) do grupo de estudo relataram efeitos adversos. Não foram observadas diferenças quanto à presença de complicações durante o procedimento (p = 0,0662), mas observamos um número total de complicações maior no grupo de estudo (n = 7; 5,26%) do que no grupo controle (n = 1; 0,75%), o que é clinicamente relevante. Não houve diferença entre os grupos quanto à facilidade técnica (p = 0,0586), mas o grupo controle apresentou mais do que o dobro de procedimentos não completamente realizados (n = 17) quando comparado com o grupo de estudo (n = 8), o que é clinicamente relevante.

    Conclusão

    O uso de misoprostol prévio à histeroscopia no nosso serviço demonstrou que ele pode facilitar a realização do procedimento, mas não é isento de efeitos colaterais e apresenta maiores taxas de complicações.

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    Acurácia da ultrasonografia tranvaginal no diagnóstico de lesões intrauterinas

    . ;:530-534

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    Acurácia da ultrasonografia tranvaginal no diagnóstico de lesões intrauterinas

    . ;:530-534

    DOI 10.1055/s-0041-1732462

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    Objetivo

    Avaliar a acurácia do ultrassom transvaginal para o diagnóstico de lesões intrauterinas, tendo a histeroscopia como padrão de referência.

    Métodos

    Foi realizado um estudo observacional prospectivo em 307 pacientes, submetidas à histeroscopia após ultrassonografia prévia para comparação dos resultados. A histeroscopia foi realizada por duas médicas com experiência, e os exames de ultrassom foram realizados em diversas fontes, públicas ou privadas, como ocorre no cotidiano da assistência à saúde em nosso meio. Foram avaliados sensibilidade, especificidade e acurácia, tendo a histeroscopia como padrão-ouro. O nível de concordância foi avaliado pelo teste de Kappa.

    Resultados

    A idade média foi de 56,55±12,3 anos. Os resultados para pólipo endometrial foram: sensibilidade 39.8%, especificidade 72,7%, acurácia de 52,8%, e índice Kappa 0,11 (p=0,025). Para mioma, sensibilidade 46,7%, especificidade 95,0%, acurácia 87,9%, e índice Kappa 0,46 (p<0,001). Para espessamento endometrial, sensibilidade 68,7%, especificidade 41,7%, acurácia 47,6%, e índice Kappa de 0,06 (p=0,126). Para atrofia, sensibilidade 6,7%, especificidade 99,3%, acurácia 90,2%, e índice Kappa 0,10 (p=0,006). Para outros achados, sensibilidade 15,6%, especificidade 99,6%, acurácia 87,3%, e índice Kappa 0,23 (p<0,001).

    Conclusão

    Nosso estudo demonstrou baixo nível de acurácia da ultrassonografia transvaginal para o diagnóstico de lesões endometriais, quando realizada por profissional não experiente. Assim, é importante considerar o uso da histeroscopia para evitar tratamentos desnecessários e inadequados.

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    Doença residual após histeroscopia cirúrgica em pacientes com câncer de endométrio endometrioide associado a pólipo endometrial

    . ;:35-40

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    Doença residual após histeroscopia cirúrgica em pacientes com câncer de endométrio endometrioide associado a pólipo endometrial

    . ;:35-40

    DOI 10.1055/s-0040-1719145

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    Objetivo

    Avaliar a presença de doença residual no exame anatomopatológico definitivo de pacientes com câncer de endométrio endometrioide após polipectomia ou biópsia de pólipo histeroscópica.

    Métodos

    Analisamos 104 pacientes (92 casos do Hospital AC Camargo e 12 casos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo) com pólipos diagnosticados durante histeroscopia e cuja biópsia histeroscópica ou exame patológico final do útero acusaram câncer de endométrio endometrioide. As pacientes foram submetidas a cirurgia para câncer de endométrio de janeiro de 2002 a janeiro de 2017. Os dados clínicos e anatomopatológicos de cada paciente foram retirados dos prontuários médicos

    Resultados

    Em 78 casos (75%), o pólipo continha a neoplasia, e em 40 (38.5%), ela estava restrita ao tecido do pólipo, sem envolvimento endometrial adjacente. O estadio final foi IA em 96 casos (92.3%) e em 90 (86.5%) tratava-se de grau 1 ou 2. Em 18 casos (17.3%), não havia doença residual no espécime uterino, mas emapenas 9 deles a histeroscopia sugeriu doença restrita ao pólipo. Em 5 casos (4.8%), não havia doença aparente extrapólipo na histeroscopia, mas havia invasão miometrial, sugerindo extravasamento do tumor pela base do pólipo.

    Conclusão

    Pacientes com câncer de endométrio associado a pólipos podem ter o tumor completamente removido durante a histeroscopia, mas, com as variáveis avaliadas, é difícil predizer com segurança qual paciente ficará sem tumor residual.

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    Uso de análogo de GnRH na redução de mioma submucoso na histeroscopia cirúrgica: Revisão sistemática e meta-análise

    . ;:649-658

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    Uso de análogo de GnRH na redução de mioma submucoso na histeroscopia cirúrgica: Revisão sistemática e meta-análise

    . ;:649-658

    DOI 10.1055/s-0040-1712446

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    Objetivo

    Análogos de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH-a) têm sido usados no pré-operatório de miomectomia histeroscópica para reduzir o tamanho e vascularização dos miomas, mas a evidência que suporta essa prática é fraca. Nosso objetivo foi analisar o uso de GnRH-a na redução do mioma submucoso como um facilitador de histeroscopia cirúrgica em ensaios clínicos publicados.

    Fonte de dados

    Estudos de bases de dados eletrônicas (Pubmed, Scielo, EMBASE, Scopus, PROSPERO), publicados entre 1980 e dezembro de 2018. As palavras-chave usadas foram fibroid, GnRH analogue, submucous, histeroscopy, histeroscopic resection e seus correspondentes em português.

    Seleção dos estudos

    Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos controlados que avaliaram o tratamento com GnRH-a antes da ressecção histeroscópica de miomas submucosos. Quatro ensaios clínicos foram incluídos na meta-análise

    Coleta de dados

    Dois autores revisores extraíram os dados, sem modificarem os dados originais, usando a forma acordada. Nós resolvemos as discrepâncias através de discussão ou, se necessário, consultando um terceiro autor.

    Síntese dos dados

    A meta-análise incluiu um total de 213 mulheres e não demonstrou diferença estatisticamente significativa no uso de GnRH-a comparado com o grupo controle para ressecção completa de mioma submucoso (risco relativo [RR]: 0.94. índice de confiança [IC] 95%;: 0.80-1.11); tempo cirúrgico (diferença de média [MD]: - 3.81; IC95%;: -3.81-2.13); absorção de fluidos (MD: - 65.90; IC95%;: - 9.75-2.13); ou complicações (RR 0.92; IC95%;: 0.18-4.82).

    Conclusão

    A presente revisão sistemática não suporta o uso pré-operatório rotineiro de GnRH-a antes de miomectomia histeroscópica. No entanto, não é possível determinar sua inferioridade quando comparado aos outros métodos devido à heterogeneidade dos estudos existentes e ao pequeno tamanho da amostra.

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    Cirurgia ginecológica e COVID-19: Qual impacto e como devo conduzir?

    . ;:415-419

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    Cirurgia ginecológica e COVID-19: Qual impacto e como devo conduzir?

    . ;:415-419

    DOI 10.1055/s-0040-1715146

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    Estima-se que cerca de 28 milhões de cirurgias sejam postergadas ou canceladas nomundo em decorrência desta pandemia, causando atraso no diagnóstico e tratamento de mais de 2 milhões de casos oncológicos. No Brasil, tanto a ANS (Agencia Nacional de Saúde) comoa ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) orientaram o adiamento das cirurgias eletivas e não essenciais, tendo um impacto considerável no número de procedimentos cirúrgicos comdiminuição de 33,4% neste período no Brasil.No entanto, algumasmulheres necessitam de tratamento para várias doenças ginecológicas, algumas das quais não podem ser adiadas. O objetivo deste artigo é apresentar recomendações sobre o tratamento cirúrgico durante a pandemia de COVID-19.

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    Resultados da inserção de dispositivos de esterilização histeroscópica em um hospital público brasileiro

    . ;:325-332

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    Resultados da inserção de dispositivos de esterilização histeroscópica em um hospital público brasileiro

    . ;:325-332

    DOI 10.1055/s-0040-1712129

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    Objetivo

    Avaliar a inserção de dispositivo intratubário de esterilização histeroscópica com relação à viabilidade e à técnica.

    Métodos

    Estudo retrospectivo com coleta de dados de prontuários das pacientes submetidas à inserção do dispositivo entre janeiro e setembro de 2016 emumhospital público do Rio de Janeiro, comanálise dos dados e realização de estatísticas descritivas.

    Resultados

    Foram incluídos 904 casos no estudo. Em 85,8% dos casos, a cavidade uterina estava normal, e os achados mais comumente descritos à histeroscopia foram as sinequias (9,5%). O tempomédio do procedimento foi de 3,56minutos (gama: de 1 a 10 minutos); a dor foi considerada de ausente a leve em 58,6% dos casos, de leve a moderada em32,8% dos casos, e de forte à pior dor possível emmenos de 1% dos casos (0,8%). A taxa de inserções bem-sucedidas foi de 85,0%, e a colocação tubária foi bemsucedida em 99,5% dos casos. Não foram identificadas complicações graves, mas reações vasovagais transitórias ocorreram em 5 mulheres (0,6%).

    Conclusão

    A esterilização feminina por histeroscopia é um procedimento seguro, viável, rápido, e bem tolerado. As taxas de inserção bem-sucedida e de colocação tubária foram altas. Houve poucos e leves efeitos colaterais durante o procedimento, e não foram observadas complicações graves no curto prazo.

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    Tuberculose endometrial: Achados histeroscópicos de um caso clínico

    . ;:409-411

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    Case Report

    Tuberculose endometrial: Achados histeroscópicos de um caso clínico

    . ;:409-411

    DOI 10.1055/s-0039-1692634

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    Resumo

    A tuberculose endometrial é um diagnóstico raro na pós-menopausa e podemimetizar um carcinoma. O presente artigo descreve o caso de uma paciente de 54 anos com perda de peso, dor abdominal e ascite. A ultrassonografia mostrou espessamento endometrial, e a histeroscopia por vídeo revelou uma cavidade uterina com formações que apresentavam aspecto de algodão cobrindo toda a superfície endometrial e os óstios tubários. Uma avaliação anatomopatológica diagnosticou tuberculose endometrial. O tratamento foi com esquema terapêutico padronizado (etambutol, isoniazida, pirazinamida e rifampicina), e a paciente evoluiu com melhora clínica e cavidade uterina normal na histeroscopia. Considerando a falta de achados histeroscópicos patognomônicos do distúrbio, é importante divulgar as imagens do caso.

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    Tuberculose endometrial: Achados histeroscópicos de um caso clínico
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    Istmocele: de fatores de risco ao manejo

    . ;:44-52

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    Istmocele: de fatores de risco ao manejo

    . ;:44-52

    DOI 10.1055/s-0038-1676109

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    Objetivo

    O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão abrangente da literatura a fim de fornecer um quadro completo e claro da istmocele-uma área hipoecoica dentro domiométrio no local da cicatriz uterina de uma cesariana anterior- aprofundando todos os aspectos desta condição

    Métodos

    Uma revisão abrangente da literatura foi realizada para identificar os estudos mais relevantes sobre este tema.

    Resultados

    Todos os aspectos da istmocele foram estudados e descritos: fisiopatologia, sintomas clínicos, classificação e diagnóstico. Os tratamentos médico e cirúrgico também foram relatados de acordo com os dados reais da literatura.

    Conclusão

    A cesárea é o procedimento cirúrgico mais comum realizado em todo o mundo, e uma das consequências desta técnica é a istmocele. Uma classificação única e sistemática da istmocele é necessária para melhorar seu diagnóstico e manejo. Novos estudos devem ser realizados para melhor entender sua patogênese.

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