Resumo
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Septo vaginal transverso é uma anomalia rara do trato genital feminino, e pouco é descrito sobre o tratamento cirúrgico. Relatamos o caso de uma paciente que desejava preservar a integridade do hímen devido a crenças sociais e culturais. Realizamos ressecção vaginoscópica do septo sob visão laparoscópica, seguida da introdução de um cateter de Foley na vagina, preservando assim o hímen. Após 12 meses de acompanhamento, não havia fechamento do septo, e o fluxo menstrual era eficaz. A histeroscopia vaginoscópica é um método eficaz de ressecção dos septos vaginais, incluindo os casosemque a integridade do hímen deve ser mantida devido a crenças sociais e culturais.
Resumo
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avaliar a acurácia da ultrassonografia transvaginal, da histeroscopia e da curetagem uterina no diagnóstico de pólipo endometrial, mioma submucoso e hiperplasia de endométrio, utilizando como padrão-ouro a análise histopatológica de amostras obtidas por biópsia realizada durante a histeroscopia ou a curetagem.
estudo transversal realizado no Hospital Universitário de Brasília (HUB), cujas informações foram obtidas nos prontuários das pacientes que foram submetidas à histeroscopia ou curetagem uterina no período de julho de 2007 a julho de 2012.
Foram avaliadas 191 pacientes, sendo que 134 foram submetidas à histeroscopia e 57 à curetagem uterina. Observou-se acurácia diagnóstica maior que 90% para todas as patologias avaliadas por histeroscopia, enquanto que por ultrassonografia transvaginal observou-se acurácia de 65,9% para pólipo, 78,1% para mioma e 63,2% para hiperplasia endometrial. Nas 57 pacientes submetidas a curetagem uterina, observou-se acurácia de 56% para pólipo e de 54,6% para hiperplasia endometrial.
Idealmente, após a investigação inicial com ultrassonografia transvaginal, deveria, sempre que necessário, ser realizada histeroscopia com biópsia guiada da lesão, o que melhoraria a acurácia diagnóstica e posterior conduta clínica.
Resumo
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DOI 10.1590/S0100-720320140050.0001
Verificar o aspecto da cavidade uterina após a ablação endometrial histeroscópica, a prevalência de sinéquias após o procedimento e, com isso, avaliar a importância da histeroscopia realizada no pós-operatório dessas pacientes.
Foram avaliados, retrospectivamente, os laudos dos exames de 153 pacientes que haviam sido submetidas à histeroscopia ambulatorial após ablação do endométrio devido a sangramento uterino anormal de causa benigna, no período entre janeiro de 2006 e julho de 2011. As pacientes foram divididas em dois grupos: HIST≤60 (n=90), com pacientes submetidas ao exame no período de 40 a 60 dias após o procedimento, e grupo HIST>60 (n=63), das que foram examinadas entre 61 dias e 12 meses.
No grupo HIST≤60, 30% das pacientes apresentavam algum grau de sinéquia; aderências grau I foram descritas em 4,4%; grau II em 6,7%; grau IIa em 4,4%; grau III em 7,8%; e 2,2% apresentavam grau IV. No HIST>60, sinéquias foram descritas em 53,9% dos casos, 3,2% tinham sinéquias grau I; 11,1%, grau II; 7,9%, grau IIa; 15,9%, grau III; e 4,8%, grau IV. Hematometra foi descrito em 2,2% dos casos do HIST≤60 e em 6,3% no HIST>60.
A cavidade uterina de pacientes submetidas à histeroscopia ambulatorial até 60 dias após a ablação endometrial mostrou menor número de sinéquias quando comparada com as cavidades uterinas de pacientes que foram submetidas ao exame após 60 dias. Acompanhamento em longo prazo é necessário para avaliar plenamente o impacto da histeroscopia ambulatorial após a ablação endometrial.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(6):243-248
DOI 10.1590/S0100-72032013000600002
OBJETIVO: Avaliar a acurácia da espessura endometrial ecográfica e características histeroscópicas em predizer malignidade em mulheres na pós-menopausa submetidas à ressecção cirúrgica de pólipos endometriais. MÉTODOS: Quinhentos e vinte e uma (521) mulheres na pós-menopausa submetidas à ressecção histeroscópica de pólipo endometrial entre janeiro de 1998 e dezembro de 2008 foram incluídas no estudo. Para cada valor de espessura endometrial ecográfica e tamanho dos pólipos na histeroscopia, a sensibilidade, a especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) foram calculados em relação ao diagnóstico histológico de malignidade. Os melhores valores de sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de malignidade foram determinados pela curva Receiver Operating Characteristic (ROC). RESULTADOS: O diagnóstico histológico identificou a presença de pré-malignidade ou malignidade em 4,1% dos casos. A espessura endometrial medida por ultrassonografia em casos de pólipos malignos foi maior quando comparado com pólipos benignos e pré-malignos. Na histeroscopia os pólipos malignos também foram maiores. A espessura endometrial de 13 mm mostrou uma sensibilidade de 69,6%, especificidade de 68,5%, VPP de 9,3% e VPN de 98% para predizer malignidade em pólipo endometrial. A medida do pólipo por histeroscopia mostrou que para pólipos de 30 mm de tamanho, a sensibilidade foi de 47,8%, a especificidade foi de 66,1%, VPP foi de 6,1% e VPN foi de 96,5% para predizer o câncer. CONCLUSÕES: A espessura endometrial ultrassonográfica mostrou uma maior acurácia que a avaliação histeroscópica do tamanho do pólipo para predizer malignidade nessas lesões endometriais. Apesar disso, ambas as técnicas não mostraram boa acurácia para excluir a necessidade de fazer a avaliação histológica dos casos suspeitos.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(3):122-127
DOI 10.1590/S0100-72032012000300006
OBJETIVO: Comparar a acurácia diagnóstica da histerossonografia (HSN) com a da ultrassonografia transvaginal convencional (USG) na avaliação da cavidade uterina de mulheres inférteis candidatas às técnicas de reprodução assistida (TRA). MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal comparativo com 120 mulheres inférteis candidatas à TRA, acompanhadas no Centro de Reprodução Assistida (CRA) do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), Brasília - DF, no período compreendido entre agosto de 2009 e novembro de 2010. A HSN foi realizada com infusão de soro fisiológico em sistema fechado. Comparou-se o achado da HSN com o resultado da USG prévia. A cavidade uterina foi considerada anormal quando se visualizava: endométrio com espessura superior à esperada para a fase do ciclo; pólipo endometrial; mioma submucoso e alteração do formato da cavidade do útero. A análise estatística foi feita utilizando-se frequências absolutas, valores percentuais e o teste χ² com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Observamos que 92 (76,7%) mulheres inférteis, candidatas à TRA, apresentavam cavidade uterina normal pela HSN e em 28 (23,3%) foram detectadas as seguintes alterações: 15 pólipos (12,5%), nove alterações no formato da cavidade uterina (7,5%), 6 miomas submucosos (5%), 4 espessura endometrial anormal (3,3%) para a fase do ciclo menstrual e 2 septos uterinos (1,7%); 5 mulheres apresentavam mais de uma alteração (4,2%). Enquanto a USG observou alterações da cavidade uterina apenas em 5 (4,2%) mulheres, a HSN confirmou 4 das 5 alterações detectadas pela USG e detectou alterações na cavidade uterina em outras 24 mulheres que não tinham sido detectadas na USG, ou seja, a HSN foi capaz de detectar mais alterações na cavidade uterina do que a USG, com diferença significativa (p=0,002). CONCLUSÃO: A HSN tem maior acurácia que a USG na avaliação da cavidade uterina, neste grupo de mulheres inférteis candidatas às TRA. A HSN poderá ser facilmente incorporada à propedêutica das candidatas às TRA e contribuir para reduzir as falhas de implantação embrionária.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(2):80-85
DOI 10.1590/S0100-72032012000200007
OBJETIVO: Avaliar os resultados clínicos, após seguimento mínimo de 5 anos, de pacientes com sangramento uterino anormal de etiologia benigna que realizaram ablação endometrial, analisando a taxa de sucesso do tratamento em relação ao método, compreendida como satisfação da paciente e melhora do sangramento uterino anormal, bem como complicações tardias, fatores associados e recorrência dos sintomas. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido após período mínimo de 5 anos de cirurgia em pacientes submetidas ao procedimento entre 1999 e 2004. Foram analisados os seguintes dados: faixa etária quando da realização da cirurgia, complicações imediatas e tardias, e fatores associados. Foi utilizado o modelo de regressão logística com cálculo da respectiva Odds Ratio (OR) para se observarem as possíveis associações existentes entre a taxa de sucesso da cirurgia e as variáveis analisadas. RESULTADOS: Cento e quatorze pacientes foram submetidas à ablação endometrial no período de Março de 1999 a Abril de 2004. O tempo mediano de seguimento foi de 82 meses. O modelo de regressão logística permitiu a predição correta do sucesso da ablação endometrial em 80,6%. A idade relacionou-se diretamente com o sucesso do procedimento (OR=1,2; p=0,003) e a ligadura tubária pregressa mostrou relação inversa com o sucesso da ablação endometrial (OR=0,3; p=0,049). Dentre as pacientes com falha terapêutica, 21 (72,4%) foram tratadas com histerectomia. Em uma das pacientes submetidas à histerectomia foi confirmada a presença de hidro-hematossalpinge ao exame anatomopatológico, caracterizando a síndrome da ligadura tubária pós-ablação. CONCLUSÃO: A ablação endometrial tem se mostrado uma opção de tratamento vantajosa, mantendo altos índices de satisfação das pacientes, mesmo em seguimentos a longo prazo A idade quando da ablação endometrial influenciou no sucesso terapêutico e mais estudos são necessários para avaliar os fatores que poderão futuramente influenciar na indicação do procedimento em casos selecionados.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(8):393-397
DOI 10.1590/S0100-72032010000800006
OBJETIVO: descrever os achados da histeroscopia em pacientes com infertilidade. MÉTODOS: série retrospectiva de 953 pacientes com diagnóstico de infertilidade avaliadas por histeroscopia. As 957 pacientes em pesquisa de infertilidade foram submetidas à histeroscopia, preferencialmente na primeira fase do ciclo menstrual. Quando necessário, foram realizadas as biópsias, dirigida (sob visão direta durante o exame) ou orientada, utilizando uma cureta de Novak após definir o local a ser biopsiado durante o exame histeroscópico. Foram utilizadas porcentagens para determinação da frequência dos desfechos e teste de χ2 para correlações. O programa estatístico EpiInfo 2000 (CDC) foi utilizado para análise dos dados. RESULTADOS: cavidade uterina normal foi encontrada em 436 casos (45,8%). Esse foi o diagnóstico mais frequente em mulheres com infertilidade primária e naquelas com nenhum ou um aborto (p<0,05). Achados anormais foram diagnosticados em 517 de 953 casos (54,2%) e incluíram sinéquias intrauterinas em 185 pacientes (19,4%), pólipo endometrial em 115 (12,1%), pólipos endocervicais em 66 (6,0%), miomas submucosos em 47 (4,9%), hiperplasia endometrial em 39 (4,1%), adenomiose em cinco (0,5%), endometrite (com confirmação histopatológica) em quatro (0,4%), metaplasia óssea endometrial em dois (0,4%) e câncer do endométrio em um caso (0,1%). Alterações morfológicas e funcionais do útero foram detectadas em 5,6% dos casos, incluindo malformações uterinas em 32 (3,4%) e incompetência istmo-cervical em 21 (2,2%). CONCLUSÕES: sinéquias intrauterinas foram os achados anormais mais frequentes em pacientes avaliadas para infertilidade. Pacientes com histórico de aborto e infertilidade devem ser submetidas à histeroscopia para descartar sinéquias intrauterinas como uma possível causa de infertilidade.