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Artigo de Revisão17/12/2021
Associação da suplementação de ácido fólico materno com o transtorno do espectro do autismo: uma revisão sistemática
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):775-781
Resumo
Artigo de RevisãoAssociação da suplementação de ácido fólico materno com o transtorno do espectro do autismo: uma revisão sistemática
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):775-781
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Objetivo
Analisar a produção científica a respeito da suplementação de ácido fólico (AF) materno e sua relação com o transtorno do espectro autista (TEA).
Fontes de Dados
Realizamos buscas eletrônicas irrestritas nas bases de dados do banco virtual BIREME, Biblioteca Virtual em Saúde (VHL) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE / PubMed).
Seleção dos Estudos
Incluímos os artigos publicados em inglês, espanhol e português, com o uso dos DeCS: autistic OR autism AND autism spectrum disorder AND folic acid, e com o uso dos Medical Subject Headings (MeSH, na sigla em inglês): autistic OR autism AND Autistic Spectrum Disorder AND folic acid “.
Coleta de Dados
A extração de dados foi realizada pelos revisores com um formulário de coleta de dados pré-estabelecido.
Síntese dos Dados
Foram usados os itens de relatório preferidos para protocolos de revisão sistemática e meta-análise (PRISMA-P) com base em uma lista de verificação com 27 itens e um fluxograma de 4 etapas.
Resultados
Foram encontrados 384 artigos pelas estratégias de busca, dos quais 17 eram elegíveis segundo os critérios pré-estabelecidos. Os principais achados da presente revisão apontam para a suplementação de AF materno no período de preconcepção e início da gravidez como efeito protetor em relação ao TEA, que deve ser indicada neste período como prevenção do problema.
Conclusão
De acordo com as pesquisas analisadas, mais estudos são necessários para conhecer seus efeitos sobre a gravidez, uma vez que o consumo excessivo de AF pode não ser inócuo.
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Artigo Original17/12/2021
O impacto da pandemia de COVID-19 na depressão e na função sexual: as mulheres grávidas são afetadas de forma mais adversa?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):765-774
Resumo
Artigo OriginalO impacto da pandemia de COVID-19 na depressão e na função sexual: as mulheres grávidas são afetadas de forma mais adversa?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):765-774
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Objetivo
Investigar a depressão e as funções sexuais de mulheres grávidas e não grávidas durante a pandemia de Covid-19.
Métodos
Um total de 188 mulheres, 96 grávidas e 92 não grávidas, foram incluídas. O Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory, BDI, em inglês) e a Escala de Experiências Sexuais do Arizona (Arizona Sexual Experience Scale, ASEX, em inglês) foram aplicados aos participantes após a obtenção dos dados sociodemográficos.
Resultados
As pontuações de depressão de mulheres grávidas e não grávidas foram semelhantes (p = 0,846). Verificou-se que as pontuações de depressão foram significativamente maiores no grupo de participantes de menor nível econômico (p = 0,046). Além disso, a pontuação de depressão foi significativamente maior em mulheres que perderam sua renda durante a pandemia (p = 0,027). A pontuação na ASEX foi significativamente maior, e a disfunção sexual foi mais prevalente em pessoas com menores escolaridade e nível de renda (p < 0,05). Da mesma forma, as pontuações na ASEX foram significativamente mais altas (p = 0,019) no grupo que experimentou maior perda de renda durante a pandemia. Ao comparar os grupos de gestantes e não gestantes, detectou-se que a disfunção sexual apresentava índice significativamente
Conclusão
Em tempos de crise global, como a atual pandemia, famílias de baixa renda têm um risco maior de sofrer depressão e disfunção sexual. Quando comparamos mulheres grávidas e mulheres não grávidas, as pontuações de depressão foram semelhantes, mas as mulheres grávidas apresentaram um risco 6,2 vezes maior de desenvolver disfunção sexual.
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Artigo Original17/12/2021
Avaliação intraoperatória da microbiota endógena da mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):759-764
Resumo
Artigo OriginalAvaliação intraoperatória da microbiota endógena da mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):759-764
Visualizações83Resumo
Objetivo:
A cirurgia de mama é considerada uma cirurgia limpa; entretanto, as taxas de infecção variam entre 3 e 15%. O objetivo deste estudo foi investigar no intraoperatório a presença de microbiota autóctone na mama.
Métodos:
Pedaços de tecido mamário coletados de 49 pacientes submetidas à cirurgia eletiva da mama (reconstrutiva, diagnóstica ou oncológica) foram cultivados. Os pedaços de tecido mamário tinham aproximadamente 1 cm de diâmetro e foram removidos da área retroareolar e dos quadrantes medial e lateral. Cada pedaço de tecido foi incubado em caldo BHI (brain heart infusion) por 7 dias a 37 ° C, e nos casos em que o meio ficou turvo devido ao crescimento de microrganismos, as amostras foram colocadas em placas de Petri para cultivo e isolamento de cepas e para identificação de espécies usando um contador automatizado.
Resultados:
O crescimento do microrganismo foi observado nas amostras de 10 das 49 pacientes (20,4%) e em 11 dos 218 pedaços de tecido (5%). As espécies detectadas foram Staphylococcus lugdunensis, Staphylococcus hominis, Staphylococcus epidermidis, Sphingomonas paucimobilis e Aeromonas salmonicida. Nenhum paciente com amostras positivas apresentou infecção clínica no pós-operatório.
Conclusão:
A presença dessas bactérias no tecido mamário em aproximadamente 20% das pacientes desta série sugere que a cirurgia mamária deve ser considerada uma fonte potencial de contaminação que pode ter implicações nas reações adversas aos implantes mamários e deve ser estudada em um futuro próximo por suas implicações oncológicas na etiologia do linfoma de células grandes associado ao implante de mama.
Palavras-chave: biofilmecirurgia conservadora da mamacontratura capsularinfecção cirúrgicamastectomia com preservação do mamiloVer mais -
Artigo Original17/12/2021
Melhorando a taxa de implantação no 2° ciclo de ICSI através do estímulo ovariano com FSH e LH no regime com antagonista do GnRH
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):749-758
Resumo
Artigo OriginalMelhorando a taxa de implantação no 2° ciclo de ICSI através do estímulo ovariano com FSH e LH no regime com antagonista do GnRH
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):749-758
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Objetivo:
Investigar se há algum efeito da suplementação com hormônio luteinizante (LH, na sigla em inglês) no regime com antagonista do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH, na sigla em inglês) sobre os resultados dos ciclos consecutivos de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI, na sigla em inglês).
Métodos
Para o presente estudo retrospectivo de caso-controle, foram avaliados 228 ciclos de microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI, na sigla em inglês) realizados em 114 pacientes entre 2015 e 2018 em um centro privado de fertilização in vitro (FIV) afiliado a uma universidade. O estímulo ovariano controlado (EOC) foi feito com hormônio folículo- estimulante recombinante (rFSH, na sigla em inglês) (Gonal-f, Serono, Genebra, Suíça) no primeiro ciclo de ICSI (grupo rFSH), e com rFSH e rLH (Pergoveris, Merck Serono S.p.A, Bari, Itália) no segundo ciclo (grupo rFSH + rLH). Os desfechos dos ciclos de ICSI foram comparados entre os grupos.
Resultados
Níveis mais elevados de estradiol, de recuperação oocitária, taxa de embriões de alta qualidade no 3° dia e taxa de implantação, e menor taxa de aborto foram observados no grupo rFSH + rLH. Em pacientes < 35 anos, a taxa de implantação foi maior no grupo rFSH + rLH em comparação com o grupo rFSH. Em pacientes com ≥ 35 anos, maiores níveis de estradiol, recuperação oocitária, a taxa de embriões de alta qualidade no 3° dia e a taxa de implantação foram observados no grupo rFSH + rLH. Em pacientes com baixa resposta ao EOC (≤ 4 oócitos recuperados), a recuperação oocitária, a taxa de oócitos maduros, a taxa de velocidade normal de clivagem, a taxa de implantação e a taxa de aborto foram melhoradas no grupo rFSH + rLH. Em pacientes com resposta normal ao EOC (≥ 5 oócitos recuperados), níveis mais elevados de estradiol, recuperação oocitária e taxa de implantação foram observados no grupo rFSH + rLH.
Conclusão
A estimulação ovariana com suplementação de LH resultou em taxas de implantação mais altas, independentemente da idade materna e da resposta ao EOC, em comparação com os ciclos anteriores estimulados apenas com rFSH. Melhorias também foram observadas nos resultados da ICSI e na taxa de aborto quando as pacientes foram estratificadas por idade e número de oócitos recuperados.
Palavras-chave: estímulo ovariano IntroductionHormônio folículo estimulanteHormônio luteinizantemicroinjeção intracitoplasmática de espermatozoidesVer mais -
Artigo Original17/12/2021
A avaliação dos níveis de vitamina D em gestantes não está associada à restrição do crescimento fetal: um estudo transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):743-748
Resumo
Artigo OriginalA avaliação dos níveis de vitamina D em gestantes não está associada à restrição do crescimento fetal: um estudo transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):743-748
Visualizações114Resumo
Objetivo
Avaliar o nível sérico materno de vitamina D em fetos adequados para idade gestacional (AIG), pequenos para idade gestacional (PIG) e com restrição de crescimento (RCF) de acordo com a estimativa de peso fetal (EPF).
Métodos
Realizou-se um estudo transversal envolvendo 87 gestantes entre 26 e 36 semanas, sendo: 38 do grupo AIG, 24 do grupo PIG e 25 do grupo RCF. A dosagem sérica materna de vitamina D foi realizada pelo método de quimiluminescência. Para as comparações entre os grupos, utilizou-se o teste exato de Fisher.
Resultados
A média ± desvio-padrão (DP) da idade materna (anos) e do índice de massa corporal (kg/m2) nos grupos AIG, PIG e RCF foram 25,26 ± 8,40 / 26,57 ± 4,37; 25,04 ± 8,44 / 26,09 ± 3,94; e 25,48 ± 7,52 / 26,24 ± 4,66, respectivamente (p>0,05). A concentração sérica materna de vitamina D (médias ± desvios-padrão) dos grupos AIG, PG e RCF foram 22,47±8,35 ng/ml; 24,80_10,76 ng/ml; e 23,61 ± 9,98 ng/ml, respectivamente, contudo, sem diferenças significativas entre os grupos (p=0,672).
Conclusão
A concentração sérica materna de vitamina D não apresentou diferenças significantes entre gestantes com fetos AIG, PIG ou RCF entre 26 e 36 semanas de acordo com a EPF.
Palavras-chave: concentração sérica maternaGestaçãopequeno para idade gestacionalRestrição de crescimento fetalvitamina DVer mais -
Artigo Original17/12/2021
Função tireoidiana de mulheres grávidas e resultados perinatais na Macedônia do Norte
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):736-742
Resumo
Artigo OriginalFunção tireoidiana de mulheres grávidas e resultados perinatais na Macedônia do Norte
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):736-742
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Objetivo
As doenças da tireoide são as segundas doenças endócrinas mais comuns no período reprodutivo das mulheres. Elas podem estar associadas à restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro, baixo índice de Apgar, baixo peso ao nascer (BPN) ou morte fetal. O objetivo do presente estudo é explorar a disfunção tireoidiana e sua relação com alguns resultados perinatais insatisfatórios (índice de Apgar, baixo peso ao nascer e parto prematuro).
Métodos
Amostras secas de sangue em 358 gestantes saudáveis foram analisadas para hormônio estimulador da tireoide (TSH), tiroxina total (TT4) e tireoglobulina (Tg). Os dados neonatais foram coletados no momento do parto. Quatro grupos foram formados com base em testes de função tireoidiana (TFT).
Resultados
Das 358 mulheres testadas, 218 (60,72%) eram eutireoidianas. Hipotiroxinemia isolada estava presente em 132 mulheres (36,76%), hipertireoidismo subclínico em 7 mulheres (1,94%) e hipotireoidismo evidente em 1 (0,28%). Os resultados perinatais RCIU (p = 0,028) e índice de Apgar de 1 minuto (p = 0,015) foram significativamente diferentes entre os grupos distintos de TFT. Na análise de regressão múltipla, TT4 mostrou impacto preditivo inverso estatisticamente significativo no BPN (p < 0,0001), mas impacto positivo da Tg no BPN (p = 0,0351).
Conclusão
Isoladamente, os hormônios tireoidianos não têm impacto direto no desfecho neonatal, mas o percentual de sua participação no processo total não pode ser desprezado. Com base na análise de regressão, podemos concluir que TT4 e Tg podem ser usados como preditores do resultado neonatal, expressos por meio do peso ao nascer e do índice de Apgar. O presente estudo tem como objetivo contribuir para que um teste para verificar o estado da tireoide deva se tornar um rastreamento de rotina durante a gravidez.
Palavras-chave: baixo peso de nascimentohormônio estimulante da tireoideResultados perinataisTireoglobulinatiroxina totalVer mais -
Artigo Original17/12/2021
Investigando a relação entre o tipo de parto e o padrão de amamentação com base no sistema de pontuação LATCH em mães que amamentam
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):728-735
Resumo
Artigo OriginalInvestigando a relação entre o tipo de parto e o padrão de amamentação com base no sistema de pontuação LATCH em mães que amamentam
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):728-735
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Objetivo
É sabido o papel do leite materno na saúde física e mental dos bebês e na prevenção da mortalidade infantil. Os benefícios da amamentação para mães e bebês foram comprovados, mas vários fatores podem afetar a amamentação. O parto é um dos fatores mais influentes. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito do tipo de parto (parto Natural e cesariana) na amamentação com base no sistema de pontuação agarramento, deglutição audível, tipo de mamilo, conforto, segurar (latch, audible swallowing, type of nipple, comfort, hold, LATCH, em inglês).
Métodos
Este estudo transversal e observacional foi realizado pelo método do censo entre mulheres que buscaram atendimento no Hospital Afzalipour para parto em maio de 2020; o padrão de amamentação foi completado por observação e in-case, pela lista de verificação do LATCH. Os dados foram analisados usando o programa Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS for Windows, IBM Corp., Armonk, NY, Estados Unidos), versão 19.0, análise de variância (analysis of variance, ANOVA, em inglês) e o teste estatístico do qui-quadrado.
Resultados
De um total de 254 partos (127 parto naturais e 127 cesarianas), não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de estudo em termos de idade, situação laboral materna e peso do bebê, mas houve uma relação estatisticamente significativa entre os tipo de parto, a escolaridade materna e o índice de aparência, frequência cardíaca, irritabilidade reflexa, tônus muscular, e respiração appearance, pulse, grimace, activity, and respiration (Apgar), no primeiro minuto. A pontuação média do padrão de amamentação no grupo do parto natural (9,33) foi maior do que a do grupo da cesariana (7,21).
Conclusão
O tipo de parto afeta desempenho da mãe durante a amamentação, e as mães submetidas a cesariana necessitam de mais apoio e ajuda na amamentação.
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Editorial17/12/2021
Pink October and Breast Cancer in Brazil
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):725-727
Resumo
EditorialPink October and Breast Cancer in Brazil
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(10):725-727
Visualizações157The National Cancer Institute of the Brazilian Ministry of Health has launched this October, as it has been done since 2010, the Pink October campaign. Since 1990, this campaign has been performed worldwide annually, when there is extensive dissemination through the media, social events and educational programs which aims to alert women and society about […]Ver mais
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