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FEBRASGO POSITION STATEMENT29/11/2021
Management of placenta accreta spectrum Number 9 – September 2021
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):713-723
Resumo
FEBRASGO POSITION STATEMENTManagement of placenta accreta spectrum Number 9 – September 2021
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):713-723
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Relato de Caso29/11/2021
Síndrome de insensibilidade completa aos androgênios: um caso raro de diagnóstico pré-natal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):710-712
Resumo
Relato de CasoSíndrome de insensibilidade completa aos androgênios: um caso raro de diagnóstico pré-natal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):710-712
Visualizações104Resumo
Com a utilização generalizada de testes pré-natais não invasivos (TPNIs), uma crescente porção de mulheres tem acesso ao sexo cromossômico fetal, o que aumenta o potencial para identificar discordância sexual pré-natal. O diagnóstico pré-natal da síndrome de insensibilidade androgénica é um achado incidental e raro. Pretendemos apresentar um caso índice de diagnóstico pré-natal por meio de DNA fetal livre e incompatibilidade entre sexo fetal e fenótipo ecográfico. Neste caso particular, a análise molecular do gene do receptor de andrógenios (RA) revelou a presença de uma mutação patogênica, não relatada anteriormente, consistente com a síndrome de insensibilidade completa aos androgênios. A mãe revelou ser portadora da mesma variante, confirmando a hereditariedade hemizigótica. A identificação da base genética permite o diagnóstico pré-implantação ou pré-natal em futuras gestações.
Palavras-chave: aconselhamento genético pré-natalDiagnóstico pré-nataldistúrbios do desenvolvimento sexual, 46, XYreceptor de androgêniossíndrome de insensibilidade aos androgêniosVer mais -
Artigo Original29/11/2021
Exposição de prótese após reconstrução imediata da mama: apresentação e análise de protocolo clínico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):690-698
Resumo
Artigo OriginalExposição de prótese após reconstrução imediata da mama: apresentação e análise de protocolo clínico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):690-698
Visualizações109Ver maisResumo
Objectivo
Infecção e exposição da prótese são algumas das complicações mais comuns e preocupantes após reconstrução da mama com implantes. Atualmente, ainda não há consenso quanto ao manejo destas complicações. O objetivo deste estudo foi o de revisar os casos da nossa instituição e apresentar um protocolo clínico.
Métodos
Realizou-se uma revisão retrospectiva de todos os casos consecutivos submetidos a reconstrução mamária imediata com prótese entre 2014 e 2016. Todos os casos foram conduzidos de acordo com um protocolo específico e estruturado.
Resultados
A exposição do implante ocorreu em 33 de 227 reconstruções (11,9%). Dentre estas, duas pacientes tinham histórico de radioterapia, e foram submetidas a remoção da prótese e posterior reconstrução com retalho miocutâneo. Sinais de infecção local grave foram observados em 12 pacientes, e, em 5, necrose extensa de tecido, e todas foram submetidas a remoção dos implantes; destas, 8 foram recons truídas com expansor, e 2, com retalho miocutâneo. As 14 pacientes remanecentes não haviam sido submetidas previamente à radioterapia, não tinham sinais de infecção, nem necrose extensa; portanto, foram submetidas a sutura primária em uma tentativa de salvar a prótese. Dessas, 8 pacientes (57,1%) conseguiram manter os implantes originais.
Conclusão
Nosso protocolo clínico é baseado em três pontos principais: histórico de radioterapia, infecção grave, e necrose extensa de tecido. Ele constitui um método prático e potencialmente reprodutível de manejo de uma das complicações mais comuns da reconstrução mamária com implantes.
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Artigo Original29/11/2021
Vias de ativação de IFN-alfa em pacientes com Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):682-689
Resumo
Artigo OriginalVias de ativação de IFN-alfa em pacientes com Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):682-689
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Objetivo
O objetivo do presente estudo foi comparar a expressão local e sistêmica dos fatores ligados à via de ativação do interferon alfa (IFN-α) em diferentes graus de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e câncer cervical (CA)
Métodos
Foram avaliados 128 pacientes com NIC I, NIC II, NIC III e CA. A técnica de reação de cadeia de polimerase em tempo real (RT-PCR, na sigla em inglês) foi realizada para avaliar a expressão gênica do receptor de interferon (IFNR) 1, IFNR2, IFN-α, 2′-5′- oligoadenilato sintetase (2′5′OAS), supressor de sinalização de citocina (SOCS)1, SOCS3, transdutor de sinal e ativador de transcrição 1 (STAT1) e fator regulador de interferon 9 (IRF9) das 128 biópsias. Das 128 amostras, 46 foram avaliadas por citometria de fluxo para IFNAR1, IFNAR2, STAT1, IRF7 e IFN-α em células de sangue periférico.
Resultados
Pacientes com NIC II e III (63 amostras) tiveram baixa expressão local de IFNR1 mas não de IFNR2. Pacientes com algum grau de lesão apresentaram alta expressão de SOCS1 e SOCS3. Sistemicamente, os pacientes com NIC II e III (20 amostras) tiveram um aumento significativo de IFNR1, IFNR2, STAT1, IRF7 e IFN-α em linfócitos T auxiliares, citotóxicos e monócitos.
Conclusão
Pacientes com lesões de alto grau apresentam expressão sistêmica aumentada de IFN-α e suas vias de ativação em linfócitos T auxiliares e citotóxicos, bem como em monócitos, devido à exacerbação da resposta imune nesses pacientes. Este fenômeno não é acompanhado pela resolução da lesão devido a um defeito na via de ativação do IFN-α que é revelado pela baixa expressão local de IFNR1 e alta expressão local de SOCS1 e SOCS3.
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Artigo Original29/11/2021
Problemas psicológicos vivenciados por pacientes com endometriose intestinal aguardando cirurgia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):676-681
Resumo
Artigo OriginalProblemas psicológicos vivenciados por pacientes com endometriose intestinal aguardando cirurgia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):676-681
Visualizações113Resumo
Objetivo
Avaliar os distúrbios psicológicos mais comuns em mulheres com endometriose profunda e acometimento intestinal que aguardam tratamento cirúrgico e avaliar as formas de enfrentamento que são usadas para resolver o problema.
Métodos
Estudo observacional transversal com 40 mulheres com diagnóstico de endometriose profunda e acometimento intestinal. As pacientes responderam dois questionários: para ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale [HADS, na sigla em inglês) e outro para enfrentamento dos problemas (EMEP).
Resultados
Constatamos que 77% das pacientess apresentaram ansiedade e depressão, sendo a ansiedade a mais prevalente (87,5%); 90% das pacientes usaram a forma religiosa e focada no problema como sua principal estratégia de enfrentamento.
Conclusão
Os aspectos psicológicos mais encontrados em mulheres com endometriose profunda e intestinal que aguardam tratamento cirúrgico são ansiedade e depressão. As formas mais usadas de enfrentamento para resolver o problema foram práticas religiosas e focada no problema.
Palavras-chave: Adaptação psicológicaEndometrioseestudo transversaltranstorno de ansiedadetranstorno depressivoVer mais -
Artigo Original29/11/2021
Associação entre desfechos maternos adversos e desbalanço de citocinas e fatores angiogênicos em pré-eclâmpsia pré-termo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):669-675
Resumo
Artigo OriginalAssociação entre desfechos maternos adversos e desbalanço de citocinas e fatores angiogênicos em pré-eclâmpsia pré-termo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):669-675
Visualizações78Resumo
Objetivo
A pré-eclâmpsia (PE) é uma síndrome específica da gravidez caracterizada por níveis anormais de citocinas e fatores angiogênicos, que desempenham um papel no desenvolvimento da doença. Este estudo avaliou se os marcadores imunológicos estão associados à idade gestacional e à gravidade da doença em mulheres com pré-eclâmpsia.
Métodos
Noventa e cinco mulheres que desenvolveram PE foram estratificadas pela idade gestacional em PE pré-termo (< 37 semanas) e PE a termo (≥ 37 semanas de gestação) e comparadas quanto à gravidade da doença, bem como à concentração plasmática de fatores angiogênicos e citocinas. As concentrações de fator de crescimento placentário (PlGF), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), tirosina quinase solúvel semelhante a Fms (sFlt-1) e endoglina solúvel (sEng), bem como as citocinas, fator de necrose tumoral alfa (TNF- α) e interleucina 10 (IL-10), foram determinados porensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA, na sigla em inglês).
Resultados
A comparação entre os grupos com pré-eclâmpsia mostrou maior porcentagem de casos graves em PE pré-termo (82,1%) do que em PE a termo (35,9%). Da mesma forma, as concentrações de TNF-α, sFlt-1 e sEng, bem como as razões TNF-α/IL-10 e sFlt-1/PlGF foram significativamente maiores no grupo de PE pré-termo. Em contraste, as concentrações de PlGF, VEGF e IL-10 foram significativamente menores em mulheres com PE pré-termo. Correlações negativas entre TNF-α e IL-10 (r = 0.5232) e entre PlGF e sFlt1 (r = 0.4158) foram detectadas no grupo de PE pré-termo.
Conclusão
Em gestantes com PE pré-termo, ocorre um desequilíbrio entre os marcadores imunológicos, com predomínio de fatores antiangiogênicos e TNF-α, associados a desfechos clínicos maternos adversos.
Palavras-chave: Citocinasdesfechos clínicos adversosfatores angiogênicospré-eclâmpsia a termopré-eclâmpsia pré termoVer mais -
Artigo Original29/11/2021
Evolução temporal da mortalidade materna: 1980-2019
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):662-668
Resumo
Artigo OriginalEvolução temporal da mortalidade materna: 1980-2019
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(9):662-668
Visualizações113Resumo
Objetivo
Determinar o perfil dos óbitos maternos ocorridos no período de 2000 a 2019 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e comparar com os óbitos maternos entre 1980 e 1999 na mesma instituição.
Métodos
Estudo retrospectivo que analisou 2.400 prontuários de mulheres entre 10 e 49 anos que morreram entre 2000 e 2019. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE 78021417600005327).
Resultados
Após revisão de 2.481 prontuários de mulheres que morreram em idade reprodutiva, 43 mortes ocorreram durante a gravidez ou no período pós-parto. Destas, 28 foram considerados óbitos maternos. A taxa de mortalidade materna foi de 37.6 por 100.000 nascidos vivos. Em relação às causas, 16 óbitos (57.1%) estiveram diretamente associados à gravidez, 10 (35.1%) estiveram indiretamente associados e 2 (7.1%) não estiveram relacionados. A principal causa de morte foi hipertensão na gravidez (31.2%) seguida de esteatose hepática aguda da gravidez (25%). No estudo anterior, publicado em 2003 na mesma instituição4, a taxa de mortalidade foi de 129 por 100.000 nascidos vivos, e a maioria dos óbitos estava relacionada a causas obstétricas diretas (62%). As principais causas de óbito neste período foram por complicações hipertensivas (17.2%), seguidas de infecção pós-cesárea (16%).
Conclusão
Em comparação com os dados anteriores à década de 2000, houve uma redução importante das mortes maternas por causas infecciosas.
Palavras-chave: Aborto sépticoesteatose hepática aguda da gravidezHipertensão na gravidezinfecção pós-cesáreamorbidade materna graveMortalidade maternamorte relacionada à gravidezrazão de mortalidade maternaVer mais
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Carta ao Editor26/08/2020
Overuse of Diagnostic Tests in Clinical Practice: Are Gynecologists Aware of the Scientific Guidelines?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(7):436-437
Resumo
Carta ao EditorOveruse of Diagnostic Tests in Clinical Practice: Are Gynecologists Aware of the Scientific Guidelines?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(7):436-437
Visualizações126Dear Editor,In the past decades, the technological arsenal available in the clinical practice to doctors has provided a significant increase in clinical propaedeutics. Advanced and expensive imaging tests (magnetic resonance imaging tests, computed tomography scans, ultrasound, and others) and modern blood tests (sex hormones, vitamins, serology tests, etc.) have allowed doctors to better diagnose and […]Ver mais -
Artigo Original07/08/1999
Avaliação do estado imune de mulheres em idade reprodutiva em relação ao vírus da rubéola
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(5):261-266
Resumo
Artigo OriginalAvaliação do estado imune de mulheres em idade reprodutiva em relação ao vírus da rubéola
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(5):261-266
DOI 10.1590/S0100-72031999000500003
Visualizações54Ver maisObjetivo: avaliar o estado imune de mulheres em idade reprodutiva, em relação ao vírus da rubéola. Métodos: foram analisadas alíquotas de soros de 2.243 mulheres na faixa etária dos 15 aos 45 anos (média de 26 anos), residentes na área urbana de Natal, RN, para avaliação do estado imune em relação ao vírus da rubéola. Do total das mulheres examinadas, 1.170 (52,1%) eram gestantes e 1.073 (47,9%) não-gestantes. Foi pesquisada a presença de anticorpos das classes IgM e IgG no soro de todas as pacientes, empregando-se a técnica de ELISA em fase sólida, revelada mediante fluorescência (ELFA). Resultados: do total das pacientes analisadas, 1.632 se apresentaram imunes e 611 se mostraram suscetíveis ao vírus da rubéola. Os índices médios de imunidade e de suscetibilidade observados nos 4 anos estudados foram 73,0 e 27,0% respectivamente. No grupo das mulheres consideradas suscetíveis, 14,5% não apresentaram qualquer sinal da presença de anticorpos contra o vírus da rubéola, 7,7% apresentaram anticorpos da classe IgM isoladamente e em 4,8% delas foi detectada a presença simultânea de anticorpos IgM e IgG. Conclusão: os achados revelaram que uma parcela significativa da população feminina de Natal, em idade reprodutiva, ainda se encontra suscetível ao vírus da rubéola, revelando a existência real de risco de infecção congênita por esse patógeno. Recomenda-se a vacinação seletiva dessas mulheres contra a rubéola, como forma segura de prevenir as manifestações relacionadas à síndrome de rubéola congênita.
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Artigo Original01/07/2001
Avaliação da Velocidade Média na Aorta Torácica Descendente em Fetos com Anemia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2001;23(10):653-657
Resumo
Artigo OriginalAvaliação da Velocidade Média na Aorta Torácica Descendente em Fetos com Anemia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2001;23(10):653-657
DOI 10.1590/S0100-72032001001000007
Visualizações52Ver maisObjetivo: verificar se existe correlação significativa entre a velocidade média na dopplerfluxometria da artéria aorta torácica descendente e o grau de anemia fetal. Métodos: estudo prospectivo, transversal, no qual foram analisados 66 fetos de gestantes isoimunizadas, em que se realizou a cordocentese para a realização de transfusões intra-uterinas pela via intravascular (66,7%). Nos fetos que foram submetidos à transfusão intra-uterina pela via intraperitoneal, ou naqueles casos em que não houve necessidade de tratamento intra-uterino (33,3%), a determinação da concentração de hemoglobina do cordão foi realizada pela punção do cordão umbilical, no momento da interrupção da gestação. Neste grupo de fetos estudados, foi realizado exame dopplerfluxométrico da artéria aorta torácica descendente, sendo calculada a velocidade média de fluxo. Foi realizado estudo de associação entre as variáveis. Foram também calculados os valores de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo. Resultados: observou-se correlação significativa e inversa entre a velocidade média na artéria aorta torácica descendente e o nível de hemoglobina fetal. A velocidade média na dopplerfluxometria da artéria aorta torácica descendente apresentou sensibilidade de 47,5% para anemia fetal moderada (Hg<10 g/dL), com o teste exato de Fisher apresentando valor de p<0,01, e de 54,5% para anemia fetal grave (Hg<7,0 g/dL), com um valor de p=0,01. Conclusões: houve associação significativa entre a velocidade média na aorta torácica descendente e o grau de diagnóstico de anemia fetal.
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Artigo Original13/04/2003
Adequação do processo de assistência pré-natal entre as usuárias do Sistema Único de Saúde em Juiz de Fora-MG
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(10):717-724
Resumo
Artigo OriginalAdequação do processo de assistência pré-natal entre as usuárias do Sistema Único de Saúde em Juiz de Fora-MG
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(10):717-724
DOI 10.1590/S0100-72032003001000004
Visualizações52Ver maisOBJETIVOS: avaliar a adequação do processo da assistência pré-natal oferecida às usuárias do SUS em Juiz de Fora/MG e comparar o atendimento nos principais serviços municipais. MÉTODOS: estudo transversal desenvolvido com auditoria em 370 Cartões da Gestante selecionados por amostragem sistemática entre as pacientes a termo que utilizaram o SUS no atendimento ao parto, no primeiro semestre de 2002 e com pré-natal freqüentado em Juiz de Fora. Foi utilizado o teste do c² para comparar os serviços de procedência das pacientes (nível de significância: 5%). A avaliação obedeceu a uma seqüência em três níveis complementares, sendo examinados: a utilização da assistência pré-natal (índice de Kessner: início e freqüência dos atendimentos) no nível 1; a utilização do pré-natal e dos exames laboratoriais básicos, segundo o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (tipagem ABO/Rh, hemoglobina/hematócrito, VDRL, glicemia e exame de urina tipo 1), no nível 2; e a utilização de exames laboratoriais básicos e de procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios numa consulta pré-natal (aferições de pressão arterial, peso, edema, altura uterina, idade gestacional, batimentos cardiofetais e apresentação fetal), no nível 3. RESULTADOS: a adequação do processo foi de apenas 26,7% (nível 1), 1,9% (nível 2) e 1,1% (nível 3). Foram também observados cobertura pré-natal de 99,04%, média de 6,4 consultas/gestante, além da média de 17,4 semanas de idade gestacional na primeira consulta. Não houve diferenças significativas entre os diversos serviços municipais analisados. CONCLUSÕES: o pré-natal das usuárias do SUS na cidade deve ser revisto qualitativamente, recomendando-se avaliações periódicas como instrumentos imprescindíveis de aperfeiçoamento. Aos gestores e profissionais de saúde cabem ações que aumentem a adesão às normas/rotinas do programa – principalmente a solicitação/registro dos exames complementares básicos – e propiciem melhor utilização do pré-natal pelas pacientes.
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Artigo Original04/09/2003
A prova de trabalho de parto aumenta a morbidade materna e neonatal em primíparas com uma cesárea anterior?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(4):255-260
Resumo
Artigo OriginalA prova de trabalho de parto aumenta a morbidade materna e neonatal em primíparas com uma cesárea anterior?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(4):255-260
DOI 10.1590/S0100-72032003000400006
Visualizações56Ver maisOBJETIVO: comparar a morbidade materna e os resultados neonatais, bem como algumas características clínicas e epidemiológicas de primíparas com uma cesárea anterior, segundo a realização de cesárea eletiva (CE) ou prova de trabalho de parto (PTP) no segundo parto. PACIENTES E MÉTODO: trata-se de estudo de corte transversal retrospectivo do segundo parto em mulheres com uma cesárea prévia, atendidas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM)/UNICAMP, no período de 1986 a 1998. Os dados foram obtidos de 2068 prontuários clínicos que correspondiam a 322 casos de CE e 1746 de PTP. A análise dos dados foi realizada pela distribuição percentual dos casos de CE e PTP e das categorias das variáveis nestes dois grupos, com a diferença estatística avaliada pelos testes chi2, chi2 para tendência (chi2 trend) e exato de Fisher, com nível de significância de 95%. RESULTADO: a indicação de CE diminuiu progressivamente com o tempo, passando de 22,6% em 1986 para 5% em 1998. A morbidade materna foi semelhante e reduzida nos dois grupos (1,24 e 1,21%). Não houve diferença significativa entre os grupos quanto ao índice de Apgar e natimortalidade, mas notou-se proporção significativamente maior de RN prematuros e com peso <2.500 g e >4.000 g no grupo submetido à CE. A prevalência de CE foi significativamente maior em mulheres com idade >35 anos, história pregressa ou atual de síndrome hipertensiva, diabetes ou primeiro filho morto, bem como com alterações no volume do líquido amniótico. CONCLUSÕES: A realização da PTP aumentou progressivamente ao longo dos treze anos, sem aumento na morbidade materna e/ou neonatal. As indicações de CE obedeceram critério médico relacionado às condições clínicas maternas e/ou fetais desfavoráveis ao parto vaginal.
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Artigo de Revisão23/02/2010
Tratamento das malformações fetais intraútero
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(1):47-54
Resumo
Artigo de RevisãoTratamento das malformações fetais intraútero
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(1):47-54
DOI 10.1590/S0100-72032010000100008
Visualizações54Ver maisRESUMO Aproximadamente 1% das gestações apresenta anomalias estruturais. Durante as últimas três décadas, vários estudos experimentais em animais de grande porte associados ao avanço tecnológico dos equipamentos de imagem diagnóstica e de fetoscopia permitiram grande evolução no conhecimento da fisiopatologia de vários defeitos congênitos. Tais conhecimentos aplicados na correção intraútero das anomalias transformaram a história natural de muitas doenças que passaram do óbito para um considerável número de sobreviventes. Intervenção fetal, como a cirurgia fetal aberta, pode ser indicada na meningomielocele ou na malformação adenomatoide cística congênita e no teratoma sacrococcígeo, que levam à hidropsia fetal secundária. Além disso, procedimentos minimamente invasivos utilizando fetoscópios podem ter aplicação na hérnia diafragmática congênita, nas transfusões feto-fetais, na gravidez gemelar com feto acárdico, na válvula de uretra posterior e na hipoplasia de câmaras cardíacas com bons resultados. Embora cirurgia fetal aberta e procedimentos minimamente invasivos ainda sejam experimentais e necessitem ser plenamente validados, o diagnóstico ecográfico correto e o encaminhamento da paciente para centros terciários com atendimento multidisciplinar de medicina fetal permitem oferecer aumento da sobrevivência de muitas doenças congênitas de evolução fatal.
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Editorial20/05/2011
A orientação dietética e a qualidade da assistência pré-natal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(1):09-12
Resumo
EditorialA orientação dietética e a qualidade da assistência pré-natal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(1):09-12
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Artigo Original17/02/2022
Adequação da assistência pré-natal durante a pandemia de covid-19: Estudo observacional com puérperas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):398-408
Resumo
Artigo OriginalAdequação da assistência pré-natal durante a pandemia de covid-19: Estudo observacional com puérperas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):398-408
Visualizações50Ver maisResumo
Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar a adequabilidade do pré-natal de puérperas atendidas no hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, durante a pandemia de COVID-19 e avaliar a associação de características sociodemográficas, clínicas e de acesso com essa adequabilidade.
Métodos
Este estudo foi realizado de outubro a dezembro de 2020, com 254 puérperas que tiveram seus partos no hospital universitário. Os dados foram obtidos a partir de questionários respondidos pelas pacientes e dos seus cartões de pré-natal e prontuários para obter demais dados clínicos. O pré-natal foi classificado como adequado, intermediário ou inadequado segundo o número de consultas, idade gestacional ao início do pré-natal, e realização de exames. Inicialmente, se realizou uma análise estatística descritiva e, após, bivariada/com razão de chance quanto às variáveis maternas sociodemográficas, clínicas, e de acesso a saúde comparados com adequabilidade do pré-natal.
Resultados
O pré-natal foi considerado adequado em 35,8%, intermediário em 46,8% e inadequado em 17,4% dos casos. Estiveram associados a uma assistência pré-natal não-adequada (pré-natal intermediário ou inadequado) as seguintes variáveis maternas: cor de pele preta, parda, ou indígena, ter dois ou mais filhos, ser de nacionalidade estrangeira, não possuir fluência em português, uso de drogas ilícitas durante a gestação; as variáveis clinicas foram: lacuna de mais de 6 semanas entre consultas e não ser atendida em pré-natal de alto risco; quanto a acesso, as variáveis foram: dificuldade de ir e de agendar as consultas e ter tido consultas virtuais.
Conclusão
Em uma amostra de gestantes de um hospital universitário de Florianópolis durante a pandemia do Covid-19, a assistência pré-natal foi considerada adequada em 35,8%, intermediária em 46,8%, e inadequada em 17,4% dos casos.
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