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Artigo Original11/12/2023
Avaliando a performance em sutura endoscópica de residentes de ginecologia e obstetrícia após treinamento metódico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):603-608
Resumo
Artigo OriginalAvaliando a performance em sutura endoscópica de residentes de ginecologia e obstetrícia após treinamento metódico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):603-608
Visualizações100Resumo
Objetivo
Avaliar a performance de residentes em ginecologia e obstetrícia antes e depois de praticarem suturas laparoscópicas, com o intuito de estabelecer quando o treinamento mostra os melhores resultados, comparando se estar em diferentes da residência influencia essa progressão.
Métodos
Um estudo coorte prospectivo envolvendo 32 médicos residentes avaliados com um teste pré-treinamento para avaliar seus conhecimentos prévios em sutura laparoscópica. Esse teste consistia em atar nós em dois fios, um de polipropileno e o outro de poliglactina, com uma sequencia de bloqueio de cinco seminós. Definiu-se um limite de 30 minutos para se completar a tarefa. Depois, os residentes tiveram quatro reuniões de treinamento, focadas em sutura, técnica da Regra do Gladiador, nós e simetria, executando, ainda, uma sequência de pontos. Um segundo teste foi feito para avaliar o progresso.
Resultados
Com relação ao tempo para realizarem os pontos com fio de poliglactina, uma melhora de tempo estatisticamente significativa (p< 0.01) foi observada, com uma mediana de 10.67 minutos no pré-treinamento (média de 12.24 minutos) e uma mediana de 2.53 minutos no pós-treinamento (média de 3.25 minutos). Com relação ao fio de polipropileno, uma melhora de tempo estatisticamente significativa (p< 0.05) também foi observada, com uma mediana de pré-treinamento de 9.38 minutos (média de 15.43 minutos) e uma mediana de pós-treinamento de 3.65 minutos (média de 4.54 minutos). Um total de 64.2% dos residentes foram capazes de realizar os nós com polipropileno inicialmente. Cem por cento do residentes foram capazes de completar a tarefa no pós-teste.
Conclusão
O modelo de treino usando a técnica da Regra do Gladiador para sutura laparoscópica melhora o tempo de atar nós com uma performance estatisticamente similar, não havendo diferenças quanto ao ano da residência, após treinamento sistematizado.
Palavras-chave: Capacitação em serviçoEducação médicaLaparoscopiatécnicas de suturatreinamento por simulaçãoVer mais -
Artigo Original11/12/2023
Imobilização, linfedema e obesidade são fatores preditivos no desenvolvimento de capsulite adesiva em pacientes com câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):594-602
Resumo
Artigo OriginalImobilização, linfedema e obesidade são fatores preditivos no desenvolvimento de capsulite adesiva em pacientes com câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):594-602
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Objetivo
Capsulite adesiva é uma afecção caracterizada por dor e limitação dos movimentos do ombro. O tratamento do câncer de mama está relacionado ao desenvolvimento dessa doença por meio de mecanismos ainda pouco conhecidos. O objetivo do estudo foi identificar os fatores associados ao desenvolvimento de capsulite adesiva em pacientes com câncer de mama.
Métodos
Um estudo caso-controle foi realizado com mulheres em tratamento para câncer de mama em um centro único. A amostra foi consecutiva e não-probabilística. A capsulite adesiva foi pré-definida como dor constante e diminuição da amplitude de movimentos em elevação anterior, rotação externa em 0°/90° abdução e rotação interna em 90° abdução. O grupo caso foi constituído por pacientes com dor e limitação de todos os movimentos do ombro, enquanto o controle por pacientes sem qualquer alteração nesta articulação. Variáveis sociodemográficas e clínicas foram coletadas. Foi realizada uma análise de regressão logística univariada para avaliar a influência das variáveis em relação ao desfecho estudado. Para valores de p< 0,20, realizou-se a análise de regressão logística multivariada. A probabilidade de se rejeitar a hipótese nula foi de 5%.
Resultados
Foram avaliadas 145 mulheres, sendo 39 casos (26,9%) casos e 106 controles (73,1%). Na análise multivariada, as variáveis associadas ao desfecho estudado foram imobilização do ombro (OR = 3,09; 95% IC: 1,33–7,18; p = 0,009), linfedema (OR = 5,09; 95% IC: 1,81–14,35; p = 0,002) e obesidade (OR = 3,91; 95% IC: 1,27–12,01; p = 0,017).
Conclusão
Linfedema, imobilização pós-cirúrgica e obesidade são fatores preditores associados ao desenvolvimento de capsulite adesiva em pacientes com câncer de mama.
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Artigo Original11/12/2023
Eficácia da fixação sacroespinhal ou da suspensão do ligamento útero-sacro no prolapso de órgãos pélvicos nos estágios III e IV: Ensaio clínico randomizado
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):584-593
Resumo
Artigo OriginalEficácia da fixação sacroespinhal ou da suspensão do ligamento útero-sacro no prolapso de órgãos pélvicos nos estágios III e IV: Ensaio clínico randomizado
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):584-593
Visualizações85Resumo
Objetivo
Avaliar a eficácia e os resultados do tratamento cirúrgico para prolapso de órgãos pélvicos (POP) nos estágios III e IV, por meio da técnica de fixação do ligamento sacroespinal (FLSE) ou suspensão do ligamento útero-sacro (SLUS), ao comparar os índices de cura anatômicos, subjetivos, e os parâmetros de qualidade de vida (por meio do questionário Prolapse Quality of Life [P-QoL] validado para a língua portuguesa) sob duas definições: prolapso genital Ba, Bp e C< −1 (estágio I) e Ba, Bp e C ≤ 0 (estágio II).
Materiais e Métodos
Após aprovação do Comitê de Ética (CAAE 0833/06) e registro no ClinicalTrials.gov (NCT 01347021), 51 pacientes foram randomizadas em dois grupos: grupo SLUS (N = 26) e (2) grupo FLSE (N = 25), com seguimento de 6 e 12 meses.
Resultados
Houve melhora significativa nas pontuações no P-QoL e nas medidas anatômicas de todos os compartimentos em ambos os grupos após 12 meses (p< 0,001). As taxas de cura anatômica nos grupos SLUS e FLSE , considerando o estágio 1, foram de 34,6% e 40% (anterior), respectivamente; de 100% em ambos os grupos (apical); e de 73,1% e 92% (posterior), respectivamente. As taxas de resultados adversos foram de 42% (N = 11) e 36% (N = 11), respectivamente, nos grupos SLUS e FLSE (p = 0,654), e elas foram sangramento excessivo, perfuração da bexiga (intraoperatória) ou dor glútea, e infecção urinária (pós-operatória), entre outras, sem diferenças entre os grupos.
Conclusão
Altas taxas de cura em todos os compartimentos foram observadas segundo critério anatômico (estágio I), sem diferença quanto às pontuações no P-QoL e às complicações tanto com SLUS quanto com FLSE para o tratamento cirúrgico de POP acentuado.
Palavras-chave: distúrbios do assoalho pélvicomedidas de resultados relatadas pela pacienteprocedimentos cirúrgicos reconstrutivosprolapso de órgão pélvicoquestionário de saúde da pacienteVer mais -
Artigo Original11/12/2023
Adaptação e validação do questionário de qualidade de vida da International Pelvic Pain Society em português
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):575-583
Resumo
Artigo OriginalAdaptação e validação do questionário de qualidade de vida da International Pelvic Pain Society em português
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):575-583
Visualizações80Resumo
Objetivo
Realizar a tradução, adaptação e validação do questionário de qualidade de vida Pelvic Health History Form da International Pelvic Pain Society (IPPS, na sigla em inglês) para a língua portuguesa.
Métodos
Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) e consentimento do IPPS. A metodologia “Adaptação Transcultural” foi utilizada em cinco etapas: (I) tradução; (II) síntese; (III) retradução; (IV) revisão pelo comitê de especialistas; (V) pré-teste, seguido de adaptação cultural e validação por meio de entrevista cognitiva e análise estatística da taxa de ausência de respostas> 15% após aplicação do instrumento em 14 pacientes do ambulatório de DPC e endometriose da Santa Casa de São Paulo.
Resultados
Equivalências semântica, idiomática, experiencial e conceitual entre o questionário de país fonte (EUA) e alvo (Brasil) foram bem estabelecidas. Dezoito itens culturalmente impróprios, de acordo com o índice de ausência de respostas revisados, adaptados e realizada validade de face e de constructo, avaliando forma subjetiva, confiável que o instrumento mede o que pretende medir.
Conclusão
A metodologia utilizada foi eficiente, com boa equivalência com o material de origem concluindo a sua validade. Formulário de formato simples, fácil aplicação e compreensão, composto por diversos instrumentos já traduzidos, adaptados e validados em nossa língua. O formulário auxilia avaliação multidimensional da saúde pélvica destas pacientes e poderá ser utilizado em estudos futuros.
Palavras-chave: Dor crônicaDor pélvicaestudo de validaçãoinquéritos e questionáriosQualidade de vidaTraduçãoVer mais -
Artigo Original11/12/2023
Desfechos obstétricos e perinatais de grávidas com lúpus: Estudo retrospectivo em um centro terciário português
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):568-574
Resumo
Artigo OriginalDesfechos obstétricos e perinatais de grávidas com lúpus: Estudo retrospectivo em um centro terciário português
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):568-574
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Objetivo
A gravidez em mulheres com lúpus representa um risco maior de complicações em comparação com a população em geral. O presente estudo teve como objetivo determinar e descrever os resultados obstétricos e neonatais de gestantes com lúpus.
Materiais e Métodos
Realizamos um estudo retrospectivo observacional de gestantes com diagnóstico de lúpus, selecionadas e acompanhadas no Ambulatório de Medicina Materno-Fetal de nossa instituição entre janeiro de 2013 e julho de 2018. Analisamos 59 gestações e 52 recém-nascidos e coletamos dados referentes às características sociodemográficas, período pré-concepcional, gravidez, parto, pós-parto e nascimento. Foi realizada uma análise descritiva das variáveis.
Resultados
Em 58% dos casos, a gravidez transcorreu sem intercorrências. Registramos surtos em 25% dos casos, pré-eclâmpsia em 3%, restrição do crescimento fetal em 12%, perda gestacional em 10%, trabalho de parto prematuro em 10%, complicações pós-parto em 20% e recém-nascidos pequenos para a idade gestacional em 17% dos casos.
Conclusões
A maioria das gestações em mulheres com lúpus tem resultados obstétricos e neonatais favoráveis. Aconselhamento pré-natal, vigilância multidisciplinar adequada e tratamento otimizado da doença são pilares fundamentais para esses bons resultados.
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Artigo Original11/12/2023
O volume tireoidiano em gestantes está associado à paridade, idade gestacional e índice de massa corporal em uma área suficiente em iodo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):557-561
Resumo
Artigo OriginalO volume tireoidiano em gestantes está associado à paridade, idade gestacional e índice de massa corporal em uma área suficiente em iodo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(10):557-561
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Objetivo
Comparamos o volume tireoidiano (VT) e a presença de bócio nodular (BN) em mulheres grávidas e não grávidas em uma área suficiente em iodo. Também avaliamos a relação entre idade gestacional, paridade e VT no grupo de gestantes e determinamos os percentis 2,5 e 97,5 de VT normal na gestação.
Métodos
Este estudo transversal incluiu 299 mulheres saudáveis (216 grávidas) sem doenças tireoidianas prévias. Ultrassonografias de tireoide foram realizadas e comparadas entre mulheres grávidas e não grávidas. A faixa de distribuição normal de VT (percentis 2,5 e 97,5) na gestação foi determinada após a exclusão de indivíduos com anticorpos tireoidianos positivos, BN e/ou tireotropina sérica (TSH) ou tiroxina livre (T4L) anormais.
Resultados
O VT foi maior entre as gestantes em comparação com as mulheres não grávidas (8,6 vs 6,1 cm3; p< 0,001) e foi positivamente correlacionado com a idade gestacional (rs = 0,221; p = 0,001), índice de massa corporal (IMC, rs 0,165; p = 0,002) e níveis de T4L (rs 0,118 p = 0,021). A frequência de BN não diferiu entre os dois grupos. Houve correlação negativa entre VT e TSH (rs -0,13; p = 0,014). O VT foi menor entre as primíparas em comparação com as multíparas (7,8 vs 8,9; p< 0,001) e foi positivamente correlacionado com a paridade (rs 0,161; p = 0,016). Os percentis 2,5 e 97,5 de VT foram 4,23 e 16,47 cm3, respectivamente.
Conclusão
O VT foi maior em gestantes em comparação com mulheres não grávidas e foi positivamente relacionado à paridade, IMC e idade gestacional em uma população com status iódico normal. A gravidez não interferiu no desenvolvimento de BN.
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Artigo de Revisão05/12/2023
Função sexual em pacientes com endometriose profunda após o tratamento cirúrgico: Revisão sistemática
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(11):729-744
Resumo
Artigo de RevisãoFunção sexual em pacientes com endometriose profunda após o tratamento cirúrgico: Revisão sistemática
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(11):729-744
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Objetivo
Revisar a literatura publicada sobre o impacto do tratamento cirúrgico na função sexual e na dispareunia de pacientes com endometriose profunda.
Fonte de Dados
Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes Meta-Analysis of Observational Studies in Epidemiology (MOOSE). Realizamos pesquisas sistemáticas nas bases de dados PubMed, EMBASE, LILACS e Web of Science desde o início até dezembro de 2022. Os critérios de elegibilidade foram estudos que incluíam: análises comparativas pré- e pós-operatórias; pacientes com diagnóstico de endometriose profunda; e a aplicação de questionários para avaliar a função sexual.
Seleção dos Estudos
Dois revisores selecionaram e revisaram 1.100 artigos para analisar a da função sexual após o tratamento cirúrgico da endometriose profunda. O risco de viés foi calculado usando-se a escala de Newcastle-Ottawa para estudos observacionais e a ferramenta para ensaios clínicos randomizados da Cochrane Collaboration. O estudo foi cadastrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO; cadastro CRD42021289742).
Coleta de dados
Variáveis gerais sobre os estudos, a técnica cirúrgica, os tratamentos complementares e os questionários foram inseridas em uma planilha do Microsoft Excel 2010 (Microsoft Corp., Redmond, WA, Estados Unidos).
Síntese dos dados
Foram incluídos 20 estudos em que se usou a técnica de videolaparoscopia para a excisão da endometriose profunda. Uma meta-análise não pôde ser realizada devido à heterogeneidade substancial entre os estudos incluídos. As classes III e IV da escala revisada da American Fertility Society foram predominantes, e múltiplas técnicas cirúrgicas foram usadas para o tratamento da endometriose. Questionários padronizados e validados foram aplicados para avaliar a função sexual.
Conclusão
A cirurgia laparoscópica é um procedimento complexo que envolve múltiplos órgãos, e provou ser eficaz na melhora da função sexual e da dispareunia em mulheres com endometriose profunda.
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