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Artigo Original08/09/2023
Características clínicas e desfechos de uma coorte de câncer endometrial de alto grau tratada no Instituto Nacional de Câncer, Brasil
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):401-408
Resumo
Artigo OriginalCaracterísticas clínicas e desfechos de uma coorte de câncer endometrial de alto grau tratada no Instituto Nacional de Câncer, Brasil
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):401-408
Visualizações96Resumo
Objetivo
Analisar os desfechos de uma coorte de pacientes com câncer de endométrio (CE) e histologias de alto risco atendida no Instituto Nacional do Câncer (INCA) entre 2010 e 2016.
Materiais e Métodos
Foram revisados prontuários de pacientes com histologias de alto risco de CE em qualquer estágio cadastradas no INCA entre 2010 e 2016 para realizar uma análise descritiva clínica e demográfica e avaliar os resultados em termos de recorrência e sobrevida.
Resultados
De 2010 a 2016, 2.145 pacientes com CE foram cadastradas e atendidas no INCA, e 466 tinham histologias de alto grau e atendiam aos critérios de inclusão. A média de idade das pacientes foi de 65 anos, 44,6% eram brancas, e 90% tinham performance status de 0 ou 1. A histologia mais comum foi endometrioide de alto grau (31,1%), seguida de carcinoma seroso (25,3%), misto (20,0%), carcinossarcoma (13,5%) e carcinoma de células claras (9,4%). Considerando o estadiamento da Fédération Internationale de Gynécologie et d’Obstétrique (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, FIGO, em francês) de 2018, 44,8%, 12,4%, 29,8% e 12,9% apresentaram estágios I, II, III ou IV, respectivamente. Idade (> 60 anos), mais de 50% de mioinvasão, estágio avançado, performance status ruim, histologias serosas e carcinossarcoma, e tratamento adjuvante foram fatores independentes associados à sobrevida livre de recorrência e sobrevida global na análise multivariada.
Conclusão
Os achados atuais reforçam os dados internacionais que demonstram o prognóstico ruim desses tumores, principalmente para as histologias serosas e carcinossarcomas e para estágios avançados, com menor sobrevida e altas taxas de recorrência à distância, independentemente do estágio da FIGO. A terapia adjuvante foi associada a melhor sobrevida.
Palavras-chave: análise demográficacâncer de endométriopatologia câncer de endométrioterapia para câncer de endométrioVer mais -
Artigo Original08/09/2023
Efeito da endometriose no cumulus ATP, número de mitocôndrias e maturidade oocitária no complexo oocitário cumulus em camundongos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):393-400
Resumo
Artigo OriginalEfeito da endometriose no cumulus ATP, número de mitocôndrias e maturidade oocitária no complexo oocitário cumulus em camundongos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):393-400
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Artigo Original08/09/2023
A influência do distrito de saúde e da distância viajada sobre o estado clínico na apresentação de pacientes com doença trofoblástica gestacional
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):384-392
Resumo
Artigo OriginalA influência do distrito de saúde e da distância viajada sobre o estado clínico na apresentação de pacientes com doença trofoblástica gestacional
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):384-392
Visualizações81Resumo
Objetivo
Avaliar a possível relação entre estado clínico na apresentação e distância percorrida a partir do distrito de saúde em mulheres com doença trofoblástica gestacional.
Métodos
Estudo transversal incluindo mulheres com doença trofoblástica gestacional dos 17 distritos de saúde do estado de São Paulo (I–XVII), Brasil, encaminhadas ao Centro de Doenças Trofoblásticas de Botucatu (distrito VI), entre 1990 e 2018. Na admissão, avaliaram-se mola hidatiforme pelo sistema de pontuação de risco de Berkowitz et al. e neoplasia trofoblástica gestacional pelo escore de risco/estadiamento Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia / Organização Mundial da Saúde (FIGO/OMS). Coletaram-se dados demográficos, clínicos e distância percorrida e análises de regressão múltipla foram realizadas.
Resultados
Este estudo incluiu 366 mulheres (335 mola hidatiforme, 31 neoplasia trofoblástica gestacional). O estado clínico na apresentação e distância percorrida diferiram significativamente entre o centro especializado e demais distritos. Nas pacientes encaminhadas pelos distritos IX (β = 2,38 [0,87–3,88], p = 0,002) e XVI (β = 0,78 [0,02–1,55], p = 0,045), os escores de mola hidatiforme foram maiores que no centro especializado. As pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional do distrito XVI apresentaram escores FIGO 3,32 vezes maior que no centro especializado (β = 3,32, 95% CI = 0,78–5,87, p = 0,010). A distância percorrida pelas pacientes dos distritos IX (200km) e XVI (203,5km) foi significativamente maior do que a percorrida pelas pacientes do centro especializado (76km).
Conclusão
Pacientes de distritos de saúde fora da cobertura do centro especializado apresentaram escores de risco mais alto para mola hidatiforme e para neoplasia trofoblástica gestacional na admissão. Longas distâncias (>80 km) pareceram influenciar negativamente o estado clínico da doença trofoblástica gestacional na apresentação, indicando barreiras no acesso a centros especializados.
Palavras-chave: centro de referênciadistância viajadadistrito de saúdeDoença trofoblástica gestacionalestado clínicoVer mais -
Artigo Original08/09/2023
Um estudo do cenário atual da residência em obstetrícia e ginecologia durante a pandemia de COVID-19
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):377-383
Resumo
Artigo OriginalUm estudo do cenário atual da residência em obstetrícia e ginecologia durante a pandemia de COVID-19
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):377-383
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Objetivo
Analisar o impacto pandemia de COVID-19 sobre a residência de ginecologia e obstetrícia do Estado de São Paulo.
Métodos
Estudo transversal desenvolvido por representantes dos residentes da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP). Foram coletados dados de questionários aplicados aos residentes de ginecologia e obstetrícia cadastrados no site da SOGESP em fevereiro de 2022. Os entrevistados responderam sobre repercussões da pandemia sobre a residência médica e se tiveram suporte técnico e psicológico durante o período.
Resultados
Foram levantados 247 questionários de residentes de ginecologia e obstetrícia. Os residentes apresentaram idade de 28,3 ± 3 anos, sendo a maioria do sexo feminino (88,4%). O deslocamento para “covidários” foi referido por 62,34% dos avaliados, porém somente 35,6% referiram equipamento de proteção individual completamente adequado e apenas 7,7% referiram instrução completa teórica e técnica para o suporte destes pacientes. Quase a totalidade dos entrevistados afirmou que o setor de ginecologia foi o mais afetado. A maioria dos entrevistados considerou que o os residentes do segundo ano foram os que tiveram maior prejuízo, sendo que mais da metade dos residentes do 1° e 2° ano afirmou ter desejado desistir da residência durante a pandemia. Mais de 80% dos residentes referiram aulas teóricas e/ou apresentação de artigos online, reforçando o fato de que as atividades virtuais ganharam um espaço maior dentro da residência médica.
Conclusão
A pandemia impactou nas residências em maior proporção nos ambulatórios e cirurgias ginecológicas, interferindo também sobre o desejo do médico de seguir com o programa.
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Artigo Original08/09/2023
Aumento das taxas de cesárea durante a pandemia de COVID-19: procurando explicações por meio da Classificação de Robson
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):371-376
Resumo
Artigo OriginalAumento das taxas de cesárea durante a pandemia de COVID-19: procurando explicações por meio da Classificação de Robson
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):371-376
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Objetivo
Comparar as taxas de cesárea segundo a Classificação de Robson, assim como suas indicações, em mulheres admitidas para parto durante a primeira onda de doença do coronavírus 2019 (coronavirus disease 2019, COVID-19, em inglês), com as do ano anterior.
Materiais e Métodos
Conduzimos um estudo transversal que comparou as mulheres admitidas para parto entre abril e outubro de 2019 (pré-pandemia) e entre março e setembro de 2020 (durante a pandemia). As cesarianas e as suas indicações foram classificadas conforme o sistema proposto por Robson, e obteve-se a via de parto (vaginal ou cesárea). Ambos os períodos foram comparados usando-se os testes do Qui quadrado ou o exato de Fisher.
Resultados
Ao todo, 2.943 mulheres foram incluídas, das quais 1.291 antes da pandemia e 1.202 durante a pandemia. A taxa de cesárea aumentou significativamente (de 39.66% para 44,01%; p = 0,028), principalmente devido a desejo materno (de 9,58% para 25,38%; p < 0,01). Os grupos 5 e 2 foram os que mais contribuíram para as taxas de cesárea. Durante a pandemia, o grupo 1 reduziu sua frequência, enquanto o grupo 2 a aumentou.
Conclusão
Houve uma aparente mudança nas características da população conforme a classificação de Robson. Observou-se significativo aumento nas taxas de cesárea, principalmente por desejo materno, o que reflete possíveis incertezas e medos relacionados à COVID-19.
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Editorial08/09/2023
RBGO – First Impact Factor: 1.2
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):369-370
Resumo
EditorialRBGO – First Impact Factor: 1.2
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):369-370
Visualizações156RBGO – Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia is proud to announce the achievement of its first Impact Factor. This accomplishment supports RBGO’s position as the leading Gynecology and Obstetrics journal in Latin America.Having a high-quality ObGyn journal published in Brazil has been the goal of Brazilian researchers so that the high-quality science produced here […]Ver mais -
FEBRASGO POSITION STATEMENT07/08/2023
Cervical cancer in pregnancy
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):293-296
Resumo
FEBRASGO POSITION STATEMENTCervical cancer in pregnancy
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):293-296
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Carta ao Editor07/08/2023
Reply from the authors
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):291-292
Resumo
Carta ao EditorReply from the authors
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):291-292
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