Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 19/06/2019;41(4):220-229
Diferentes ambientes intrauterinos podem influenciar a variação de peso corporal pré-gestacional materno até 6 meses pós-parto. O objetivo do presente estudo foi verificar a associação de fatores sociodemográficos, obstétricos, nutricionais e comportamentais com a variação de peso em mulheres divididas em quatro grupos: hipertensas (HM), diabéticas (DM), tabagistas (SM) e controles (CM).
Amostra de conveniência de 124 puérperas recrutadas em 3 hospitais públicos da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, entre 2011 e 2016. Regressões lineares múltiplas e modelos de equações de estimativas generalizadas (GEE) foram realizados para identificar os fatores associados à variação do peso materno. Para todas as GEE, as medidas de peso materno foram ajustadas para a estatura materna, paridade, escolaridade e tipo de parto, e três medidas de peso (prégravidez, anterior ao parto e 15 dias pós-parto) foram fixadas.
Um modelo hierárquico associou o diagnóstico materno de hipertensão e o índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional de sobrepeso com ganho de peso materno medido até o 6° mês pós-parto (diferença entre o peso materno aos 6 meses pós-parto e o peso pré-gestacional). Estes resultados mostraram que o grupo HM e mulheres comsobrepeso aumentaram o peso corporal em ~ 5,2 kg 6 meses pós-parto, em comparação com os demais grupos. Além disso, as mulheres classificadas com sobrepeso tiveram uma variação maior de peso corporal, de 3,150 kg.
Evidenciou-se a necessidade de diretrizes nutricionais específicas para distúrbios hipertensivos gestacionais, bem como de maior atenção dos serviços de saúde públicos para mulheres com excesso de peso em idade fértil.
Busca
Pesquisar em:
Diferentes ambientes intrauterinos podem influenciar a variação de peso corporal pré-gestacional materno até 6 meses pós-parto. O objetivo do presente estudo foi verificar a associação de fatores sociodemográficos, obstétricos, nutricionais e comportamentais com a variação de peso em mulheres divididas em quatro grupos: hipertensas (HM), diabéticas (DM), tabagistas (SM) e controles (CM).
Amostra de conveniência de 124 puérperas recrutadas em 3 hospitais públicos da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, entre 2011 e 2016. Regressões lineares múltiplas e modelos de equações de estimativas generalizadas (GEE) foram realizados para identificar os fatores associados à variação do peso materno. Para todas as GEE, as medidas de peso materno foram ajustadas para a estatura materna, paridade, escolaridade e tipo de parto, e três medidas de peso (prégravidez, anterior ao parto e 15 dias pós-parto) foram fixadas.
Um modelo hierárquico associou o diagnóstico materno de hipertensão e o índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional de sobrepeso com ganho de peso materno medido até o 6° mês pós-parto (diferença entre o peso materno aos 6 meses pós-parto e o peso pré-gestacional). Estes resultados mostraram que o grupo HM e mulheres comsobrepeso aumentaram o peso corporal em ~ 5,2 kg 6 meses pós-parto, em comparação com os demais grupos. Além disso, as mulheres classificadas com sobrepeso tiveram uma variação maior de peso corporal, de 3,150 kg.
Evidenciou-se a necessidade de diretrizes nutricionais específicas para distúrbios hipertensivos gestacionais, bem como de maior atenção dos serviços de saúde públicos para mulheres com excesso de peso em idade fértil.
Comentários