Tratamento da vaginose bacteriana com gel vaginal de Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi): ensaio clínico randomizado - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Trabalhos Originais

Tratamento da vaginose bacteriana com gel vaginal de Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi): ensaio clínico randomizado

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(2):95-102

DOI: 10.1590/S0100-72032003000200004

Visualizações 3

OBJETIVOS: testar a eficácia e a tolerância do gel de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) para tratamento da vaginose bacteriana. MÉTODOS: quarenta e oito mulheres com vaginose bacteriana sintomática (de acordo com os critérios de Amsel) foram incluídas em ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado, comparando-se o uso do gel vaginal de aroeira (25 casos) com placebo (23 casos). Os principais desfechos avaliados foram: taxa de cura, presença de lactobacilos na colpocitologia depois do tratamento e efeitos colaterais. Realizou-se análise estatística usando os testes chi2 e exato de Fisher, ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: adotando-se os parâmetros clínicos de Amsel para vaginose bacteriana, a taxa de cura foi de 84% no grupo da aroeira e 47,8% no grupo placebo (p = 0,008). Observou-se freqüência significativamente maior de lactobacilos na colpocitologia entre as pacientes tratadas com aroeira (43,5%) em relação ao placebo (4,3%) (p = 0,002). Efeitos adversos relacionados ao tratamento não foram freqüentes em ambos os grupos. CONCLUSÕES: o presente estudo indica que o gel vaginal de aroeira é efetivo e seguro para o tratamento da vaginose bacteriana. Além disso, sugerem-se potenciais efeitos benéficos na flora vaginal.

Comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também