Prevalência da incontinência urinária em praticantes de CrossFit antes e durante a quarentena pelo COVID-19 e sua relação com o nível de treinamento: Um estudo observacional - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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Prevalência da incontinência urinária em praticantes de CrossFit antes e durante a quarentena pelo COVID-19 e sua relação com o nível de treinamento: Um estudo observacional

Resumo

Objetivo

Comparar a prevalência de incontinência urinária (IU) no CrossFit, antes e durante a quarentena por COVID-19, e sua relação com a intensidade do treinamento.

Métodos

Estudo observacional com 197 atletas de CrossFit. Os critérios de inclusão foram: nulíparas, 18 a 45 anos, treinando antes da quarentena em academias credenciadas. Os critérios de exclusão foram: não seguir os protocolos de prevenção da COVID-19 e ter IU em outras ocasiões que não apenas no esporte. Utilizou-se um questionário online com perguntas sobre frequência, duração e intensidade do treinamento e dados relacionados à pandemia, além de caso tivessem tido infecção pelo SARS-COV2, qual tratamento/recomendação seguiram. Caso a IU tenha parado entre as participantes, elas foram perguntadas quanto quais as possíveis razões pelas quais isso aconteceu. A intensidade do treinamento foi categorizada como “igual,” “diminuída” ou “aumentada “.

Resultados

A média de idade foi de 32 anos e a maioria (98,5%) conseguiu praticar CrossFit durante a pandemia. Houve uma diminuição na intensidade do treinamento em 64% das entrevistadas. Exercícios com o próprio peso corporal, como agachamento no ar (98,2%), foram os mais realizados. Incontinência urinária foi relatada por 32% das participantes antes da pandemia e por apenas 14% durante a pandemia (odds ratio [OR]=0,32 [0,19-0,53]; p<0,01). As atletas relataram que o motivo possivelmente relacionado à melhora da IU foi a redução da intensidade do treinamento e não realizar o exercício doubleunder.

Conclusão

A redução da intensidade do treinamento de CrossFit durante a quarentena por COVID-19 diminuiu a prevalência de IU entre as atletas.

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