Patologia do espectro do acretismo placentário – O impacto da criação de uma equipa multidisciplinar nos desfechos maternos em Portugal - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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Patologia do espectro do acretismo placentário – O impacto da criação de uma equipa multidisciplinar nos desfechos maternos em Portugal

Resumo

Objetivo

Descrever uma coorte de casos do espectro do acretismo placentário (PAS) de uma instituição terciária e comparar os resultados maternos antes e depois da criação de uma equipa multidisciplinar (MDT).

Métodos

Estudo retrospectivo utilizando bancos de dados hospitalares. Identificação de casos de PAS com confirmação patológica entre 2010 e 2021. Divisão em dois grupos: grupo Standard Care (SC) – 2010–2014; e grupo MDT – 2015–2021. Análise descritiva de suas características e desfechos maternos.

Resultados

Durante o período do estudo, houve 53 casos de PAS (24 – grupo SC; 29 – grupo MDT). Grupo Standard Care: 1 placenta increta e 3 percretas; 12,5% (3/24) tiveram suspeita anteparto; 4 casos tiveram histerectomia periparto – uma eletiva devido à suspeita anteparto de PAS; 3 devido a hemorragia pós-parto. A média de perda hemática estimada (EBL) foi de 2.469 mL; transfusão de concentrado eritrocitário (PRBC) em 25% (6/24) – mediana 7,5 unidades. Equipa multidisciplinar: 4 casos de placenta increta e 3 percretas. A taxa de suspeita anteparto foi de 24,1% (7/29); foram realizadas 9 histerectomias, 7 eletivas por suspeita anteparto de PAS, 1 após diagnóstico intraparto de PAS e 1 após rotura uterina após interrupção da gravidez no segundo trimestre. A EBL média foi de 1.250 mL, com transfusão de PRBC em 37,9% (11/29) – mediana de 2 unidades.

Conclusão

Após a criação da MDT, houve redução na média de EBL e na mediana do número de unidades de PRBC transfundidas, apesar do maior número de PAS invasivos.

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