Avaliar as diferentes opções de tratamento para gravidez ectópica e a frequencia de complicações graves em um hospital universitário.
Estudo observacional com mulheres com gravidez ectópica admitidas no Hospital da Mulher da UNICAMP, no Brasill, entre 01/01/2000 e 31/12/2017. As variáveis de desfecho foram o tipo de tratamento (primeira escolha) e a presença de complicações graves. As variáveis independents foram dados clínicos e sociodemográficos. A análise estatística foi realizada pelo teste de Cochran–Armitage, teste de qui-quadrado, teste de Mann–Whitney e Regressão de Cox Múltipla.
No total, 673 mulheres foram incluídas no estudo. A idade médica foi de 29.0 anos (± 6.1) e a idade gestacional media foi de 7.7 (± 2.5). A frequencia de tratamento cirúrgico diminuiu significativamente ao longo dos anos(z = -4.69; p < 0.001). Simultaneamente, houve um aumento da frequencia do tratamento clínico(z = 4.73; p < 0.001). Setenta e uma mulheres (10.5%) desenvolveram algum tipo de complicação grave. No modelo estatístico final, a prevalência de complicações graves foi maior nas mulheres que tiveram diagnóstico de gestação ectópica rota à admissão (PR = 2.97; 95%CI: 1.61–5.46), que não apresentaram sangramento vaginal (PR = 2.45; 95%CI: 1.41–4.25), sem antecedentes de laparotomia/laparoscopia (PR = 6.69; 95%CI: 1.62–27.53), com gravidez ectópica não-tubária (PR = 4.61; 95%CI: 1.98–10.74), e não tabagistas (PR = 2.41; 95%CI: 1.08–5.36).
Houve uma mudança na escolha do primeiro tratamento indicado nos casos de gravidez ectópica durante o período analisado. Os fatores inerentes a doença relacionados a maior dificuldade de tratamento foram associados a maior frequencia de complicações graves.
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