Esse estudo avaliou a mortalidade materna (MM) e fatores relacionados em um município de grande porte da região sudeste do Brasil (Campinas, São Paulo) no período de 2000-2015.
Esse estudo consistiu de duas fases: 1. Uma fase analítica de caso-controle que avaliou o impacto de variáveis individuais e contextuais na MM; 2. Uma fase ecológica delineada para contextualizar as mortes maternas por meio de análise espacial. O grupo caso consistiu de 87 mortes maternas e o grupo controle de 348 mulheres que tiveram bebês durante o mesmo período. Os dados foram analisados por estatística descritiva, testes de associação e regressão logística múltipla (RLM) (p < 0,05) assim como análise espacial.
A taxa de mortalidade materna foi de 37 mortes para cada 100.000 nascidos vivos. As mortes foram dispersas por todo o território urbano e não se observou formação de clusters. Na RLM observou-se que mulheres grávidas com idade > 35 anos (OR = 2,63) ou aquelas que passaram por cesárea (OR = 2,51) foram mais propensas à morte materna.
As mortes maternas foram distribuídas dispersamente entre os diferentes níveis socioeconômicos e mais propensas a ocorrer entre mulheres > 35 anos de idade ou que passaram por cesárea.
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