Frequência de células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS) em mulheres grávidas e não grávidas - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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Frequência de células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS) em mulheres grávidas e não grávidas

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2015;37(5):229-232

DOI: 10.1590/SO100-720320150005295

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OBJETIVO:

Comparar a frequência do resultado citopatológico de ASCUS em mulheres gestantes e não gestantes, estratificadas em grupos etários.

MÉTODOS:

Foram analisados 1.336.180 resultados de exames citopatológicos realizados de forma oportunística, no período entre 2000 e 2009 (10 anos) com a finalidade de rastreamento do carcinoma do colo do útero. Foram feitas comparações entre gestantes e não gestantes, com estratificação das amostras em três grupos etários (20-24, 25-29 e 30-34 anos). Foi utilizado o teste do χ2 e a medida da magnitude da associação foi analisada por valores estimados de Odds Ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% (IC95%).

RESULTADOS:

Ao total, 447.489 amostras foram excluídas com base nos critérios adotados, totalizando uma amostra final de 37.137 mulheres gestantes e 851.554 não gestantes. O resultado citopatológico de ASCUS foi detectado em 1,2% dos casos, havendo diferença significante entre gestantes e não gestantes nas faixas etárias entre 20-24 anos (OR=0,85; IC95% 0,75-0,97) e 25-29 anos (OR=0,78; IC95% 0,63-0,96). Não houve diferença no grupo entre 30-34 anos (OR=0,76; IC95% 0,57-1,03).

CONCLUSÕES:

Este estudo sugeriu que mulheres não gestantes apresentam maior prevalência de ASCUS, mais evidente no grupo etário de 20 a 29 anos. A coleta do exame citopatológico não deve ser um exame compulsório na rotina do pré-natal.

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