Resumo
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Explorar as principais queixas da sexualidade com sobreviventes de câncer ginecológico após o tratamento e identificar as estratégias de cuidados prestados.
As buscas foram realizadas em seis bases eletrônicas: Scopus, Web of Science, LILACS, MEDLINE, PsychINFO e EMBASE.
Foram selecionados artigos publicados entre 2010 e 2020 e os descritores utilizados (em inglês) foram female genital neoplasms e gynaecological cancer. A qualidade metodológica dos estudos utilizou a ferramenta Mixed Methods Appraisal Tool (MMAT).
Os principais dados extraídos foram: nomes dos autores, ano de publicação, país de origem, objetivo e tipo de estudo, instrumento para coleta de dados, tamanho da amostra e faixa etária, tipos de câncer, os sintomas acometidos e as estratégias adotadas.
Dos 2,536 artigos identificados, 34 foram incluídos. As principais estratégias encontradas para os cuidados aos pacientes foram a comunicação paciente-médico, práticas para os cuidados sexuais, plano de cuidados individualizado, apoio a equipes multiprofissionais e desenvolvimento de programas de reabilitação. Para os cuidados de sexualidade, as práticas mais comuns são sessões de fisioterapia pélvica e o uso de géis vaginais e hidratantes.
As principais queixas identificadas na literatura científica foram baixa libido e falta de interesse na atividade sexual, secura vaginal, dor durante a relação sexual e estenose. Diferentes estratégias de cuidados podem ser adotadas, como o acompanhamento com uma equipe de saúde multidisciplinar e programas de reabilitação da saúde sexual, as quais poderiam minimizar estes sintomas e garantir a qualidade de vida dos pacientes.
Resumo
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Avaliar o efeito de drogas neuromoduladoras na intensidade da dor pélvica crônica em mulheres.
As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Cochrane Central, Embase, Lilacs, OpenGrey e Clinical Trials.
As buscas foram realizadas por dois dos autores, não delimitando data de publicação ou idioma de publicação. Foram usados os seguintes descritores: chronic pelvic pain in women OR endometriosis, associated with MESH/ENTREE/DeCS: gabapentinoids, gabapentin, amitriptyline, antidepressant, pregabalin, anticonvulsant, sertraline, duloxetine, nortriptyline, citalopram, imipramine, venlafaxine, neuromodulation drugs, acyclic pelvic pain, serotonin, noradrenaline reuptake inhibitors e tricyclic antidepressants, com o operador booleano OR. Relatos de caso e revisões sistemáticas foram excluídos.
Foram extraídos os seguintes dados: autor, ano de publicação, local de origem, tipo de estudo, tamanho da amostra, detalhes da intervenção, tempo de seguimento e resultados.
Foram encontrados 218 artigos, sendo 79 deles excluídos por serem repetidos, restando 139 artigos para análise, dos quais 90 foram excluídos na análise dos títulos, 37 após a leitura do resumo e 4 após a leitura dos artigos na íntegra, e 1 não foi encontrado, restando, então, 7 artigos que foram incluídos na revisão.
A maioria dos estudos analisados mostrou melhora da dor crônica com auxílio de neuromoduladores. No entanto, nenhuma melhora foi encontrada no artigo com maior poder estatístico. Ainda não há evidências suficientes de que drogas neuromoduladoras reduzam a intensidade da dor pélvica crônica em mulheres.
Resumo
. ;:602-608
O objetivo do presente estudo é listar os ensaios clínicos publicados sobre as vacinas para coronavirus disease 2019 (COVID-19), descrever seus mecanismos de ação e descrever protocolos sobre segurança, status e priorização de pacientes oncológicos para vacinação.
Trata-se de uma revisão sistemática com uma pesquisa bibliográfica limitada conduzida por um especialista em informação; bases de dados como PubMed e sites das principais organizações de câncer foram pesquisados. Os principais termos de pesquisa foram COVID-19, vacinação, câncer e câncer de mama e ginecológico.
Pacientes com câncer infectados com o novo coronavírus têm alto risco de complicações e morte, mas ainda sabemos pouco sobre os riscos e benefícios da vacinação para COVID-19 nesses pacientes. Em um cenário ideal, todos os pacientes com câncer deveriam ter seu estado de imunização atualizado antes de iniciar o tratamento, mas nem sempre isso é possível.
Pacientes com câncer de mama ou ginecológico em tratamento ou no período pós-tratamento de 5 anos devem ser incluídos no grupo prioritário para vacinação contra severe acute respiratory syndrome coronavirus-2 (SARS-CoV-2.)
Resumo
. ;:609-613
A gravidez na hipertensão portal não cirrótica (HPNC) é uma condição incomum. Seu manejo é desafiador tanto para os obstetras quanto para os gastroenterologistas devido à falta de estudos mais extensos e diretrizes de prática clínica padrão. Esses pacientes apresentam risco aumentado de complicações da hipertensão portal (PTH) especialmente sangramento por varizes e têm maior incidência de desfechos maternos e fetais adversos. Portanto uma abordagem multidisciplinar é necessária para o manejo da gravidez na NCPH. Esta breve revisão descreve os diferentes aspectos da gravidez com HPNC enfatizando estratégias específicas para prevenção e manejo do PTH desde o período pré-concepcional até o pós-parto.
Resumo
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Dar más notícias é comum em obstetrícia e ginecologia. Porém, é difícil e poucos médicos recebem treinamento sobre como lidar com essa situação. Esta revisão narrativa tem como objetivo reunir, analisar e sintetizar parte do conhecimento sobre a área, com foco na obstetrícia. Dentre os 16 artigos selecionados, dois são estudos de intervenção randomizados e controlados, e a maioria dos estudos refere-se à obstetrícia. Os resultados encontrados ressaltaram que simulação, feedback/entrevistas, palestras e protocolos podem melhorar o desempenho dos médicos na comunicação de más notícias. Para os pacientes, o contexto e como as informações são transmitidas parecem ter maior impacto do que o conteúdo das notícias. Os obstetras e ginecologistas poderiam se beneficiar de cursos e protocolos específicos, dadas as particularidades da especialidade. Faltam evidências sobre a forma mais eficaz de realizar esse treinamento. Encontrar formas validadas de quantificar e classificar os resultados dos estudos na área, permitindo uma análise objetiva dos resultados, é um dos maiores desafios neste tema.
Resumo
. ;:771-775
A pré-eclâmpsia, uma síndrome da gestação humana, é caracterizada por elevação da pressão arterial e proteinúria patológica após a 20ª semana de gestação. Sua etiologia permanece desconhecida, e seus mecanismos fisiopatológicos estão relacionados à hipoperfusão placentária, disfunção endotelial, inflamação, e ativação da cascata de coagulação. Recentemente, o papel do sistema do complemento foi considerado. Essa síndrome é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Este artigo discute a hipótese de a pré-eclâmpsia ser desencadeada pela ocorrência da implantação inadequada do sinciciotrofoblasto, associada ao sangramento durante o primeiro trimestre da gravidez com aumento da geração de trombina. A trombina ativa plaquetas, aumentando a liberação de fatores antiangiogênicos na circulação e ativando o sistema do complemento, especialmente o complexo de ataque de membrana (C5b9). Portanto, a fração de plaquetas imaturas e a geração de trombina podem ser possíveis biomarcadores sanguíneos para auxílio no diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia.
Resumo
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Apesar de 0,7% da população brasileira se identificar como transgênera, não existe treinamento para que o profissional de saúde realize um acolhimento de maneira integral a estes pacientes, incluindo a discussão do planejamento reprodutivo. O uso de testosterona promove a amenorreia nos primeiros 6 meses de uso; entretanto, este efeito não garante eficácia contraceptiva, e, consequentemente, aumenta os riscos de uma gravidez não planejada. O presente artigo é uma revisão integrativa com o objetivo de avaliar e organizar uma abordagem do aconselhamento contraceptivo na população transgênera que foi designada mulher ao nascimento. Para a estratégia de busca, foram pesquisados os bancos de dados PubMed e Embase, incluindo diretrizes internacionais sobre cuidados à população transgênera. De 88 artigos, 7 foram utilizados para desenvolver o modelo de aconselhamento contraceptivo. O modelo segue as seguintes etapas: 1. Abordagem das informações relacionadas à necessidade de contracepção; 2. Avaliação das contraindicações ao uso dos métodos contraceptivos (hormonais e não hormonais); 3. Efeitos colaterais e possíveis desconfortos associados ao uso do contraceptivo. O modelo de aconselhamento contraceptivo é composto por 18 questões que abordam as indicações e contraindicações ao uso destes métodos e um fluxograma que auxilia na escolha dentre os métodos permitidos ao paciente de acordo com a sua necessidade.