Review Article Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Uma Revisão Crítica Sobre o Acompanhamento Obstétrico de Mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico

    . ;:209-224

    Resumo

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    Uma Revisão Crítica Sobre o Acompanhamento Obstétrico de Mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico

    . ;:209-224

    DOI 10.1055/s-0038-1625951

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    Objetivo

    Revisar as recomendações existentes sobre o cuidado pré-natal às mulheres comlúpus eritematoso sistêmico (LES), combase emevidências científicas atualmente disponíveis.

    Métodos

    Revisão integrativa realizada por dois pesquisadores independentes, com base na literatura disponível nos bancos de dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE e The Cochrane Library, usando os cabeçalhos de assuntos médicos, ou termos MeSH, “systemic lupus erythematosus” E “high-risk pregnancy” OU “prenatal care.” Estudos publicados em inglês entre 2007 e 2017 foram incluídos; estudos experimentais e relatos de caso foram excluídos. Em caso de desacordo, umterceiro pesquisador sênior foi consultado. Quarenta títulos foram inicialmente identificados; quatro duplicatas foram excluídas. Após leitura dos resumos, mais 7 artigos foramexcluídos e 29 foram selecionados para uma avaliação de texto completo.

    Resultados

    Surtos de LES, pré-eclâmpsia, perda de gestação, parto prematuro, restrição de crescimento fetal e síndromes de lúpus neonatal foram as principais complicações descritas. A equipe multidisciplinar deve adotar um monitoramento específico, com protocolos terapêuticos apropriados. Há drogas seguras e eficazes que devem ser prescritas para um bom controle do LES.

    Conclusão

    Gestantes com LES apresentam risco aumentado de complicações maternas, perda de gravidez e outros desfechos adversos. A atividade da doença pode piorar e, assim, aumentar o risco de outras complicações. Assim, manter um controle adequado da atividade da doença e tratar rapidamente os surtos deve ser um objetivo central durante o pré-natal.

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    Tratamento da bexiga hiperativa não neurogênica com toxina botulínica A: revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos prospectivos, randomizados e placebo-controlados

    . ;:225-231

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    Tratamento da bexiga hiperativa não neurogênica com toxina botulínica A: revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos prospectivos, randomizados e placebo-controlados

    . ;:225-231

    DOI 10.1055/s-0038-1642631

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    Realizou-se revisão sistemática emetanálise de estudos clínicos prospectivos, randomizados e placebo-controlados que comparavam a toxina botulínica ao placebo no tratamento da bexiga hiperativa. O objetivo primário desta metanálise foi avaliar a eficácia da toxina botulínica em relação à urgência urinária, frequência miccional, noctúria e episódios de incontinência. O objetivo secundário foi avaliar os efeitos adversos. Selecionamos estudos que incluíram somente pacientes com bexiga hiperativa não-neurogênica tratada com 100 unidades de onabotulinum toxina A ou placebo (grupo controle). Foram encontrados 532 estudos após as buscas iniciais, dos quais sete apresentaram todos os critérios de inclusão (estudos prospectivos, randomizados, placebo-controlados, ≥ 3pontosnaescalade Jadad) e fizeram parte desta análise. Para todos os objetivosprimários a toxina foimais eficaz do que o placebo, comp < 0,0001 e intervalo de confiança (IC) de 95%: urgência (diferençamédia = -2,07, IC=[-2,55; -1,58]), freqüênciamiccional (diferençamédia=-1,64, IC=[-2,10; -1,18]), noctúria (diferençamédia=-0,25, IC=[-0,39; -0,11]) e episódios de incontinência (diferença média = -2,06, IC= [-2,60; -1,52]). A necessidade de cateterização intermitente e a ocorrência de infecção urinária (ITU) forammais frequentes no grupo toxina na comparação como grupo placebo (p < 0,0001). A toxina botulínica promoveu melhora significativa dos sintomas de bexiga hiperativa na comparação com o placebo. Entretanto, está associada a uma maior incidência de cateterismo intermitente e infecção do trato urinário.

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    Endometriose com ascite e peritonite encapsulante: uma revisão sistemática com descrição de um caso clínico

    . ;:147-155

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    Endometriose com ascite e peritonite encapsulante: uma revisão sistemática com descrição de um caso clínico

    . ;:147-155

    DOI 10.1055/s-0038-1626700

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    A endometriose pode ter várias apresentações, incluindo ascite e peritonite, que são apresentações incomuns. O aumento da conscientização sobre essa doença podemelhorar a precisão diagnóstica e os resultados das pacientes. Nosso objetivo é fornecer uma revisão sistemática e relatar um caso de endometriose com esta apresentação clínica incomum. O banco de dados PubMed/MEDLINE foi revisado sistematicamente até outubro de 2016. Foram incluídas mulheres comendometriosedemonstrada histologicamente, compresença de ascite clinicamente significativa e/ou abdômen congelado e/ou peritonite encapsulante; foram excluídas aquelas com comorbidades que pudessem provocar confusão. A pesquisa selecionou 37 artigos que descrevem42mulheres, todas emidade reprodutiva. A ascite foi principalmente hemorrágica, recorrente, e não indicada pelos níveis de antígeno associado ao câncer 125 (AC-125). Por sua vez, a dismenorreia, a dispareunia e a infertilidade não foram relatadas de forma consistente. As escolhas e os resultados do tratamento foram diferentes entre os estudos, e são descritos em detalhes. A endometriose deveria ser um diagnóstico diferencial de ascite hemorrágica maciça em mulheres em idade reprodutiva.

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    Tromboembolismo venoso e via de parto – revisão da literatura

    . ;:156-162

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    Tromboembolismo venoso e via de parto – revisão da literatura

    . ;:156-162

    DOI 10.1055/s-0037-1621742

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    Os eventos de tromboembolismo venoso são causas importantes de morte materna durante a gravidez e o período do pós-parto em todo o mundo. Foi realizada uma revisão da literatura com o objetivo de avaliar os eventos de tromboembolismo venoso no puerpério de acordo com a via de parto utilizada, por meio de uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Medline, LILACS e Scielo. Observou-se que as pacientes submetidas a cesariana apresentam um risco significativamente maior de desenvolver tromboembolismo venoso do que aquelas que se submetem a parto vaginal espontâneo. As bases fisiopatológicas desta diferença foram exploradas e descritas nesta revisão, bem como as indicações de profilaxia e tratamento. O alerta contínuo dos médicos e profissionais de saúde é necessário, uma vez que se trata de uma condição comum associada a alta morbidade e mortalidade.

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    Revisão sistemática sobre terapia oral para tratamento dos sintomas da síndrome da bexiga dolorosa: as diretrizes brasileiras

    . ;:96-102

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    Revisão sistemática sobre terapia oral para tratamento dos sintomas da síndrome da bexiga dolorosa: as diretrizes brasileiras

    . ;:96-102

    DOI 10.1055/s-0037-1609049

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    Cistite intersticial (IC), incluindo a síndrome da bexiga dolorosa (SBD), é uma doença crônica e debilitante que afeta principalmente mulheres. É caracterizada por dor pélvica associada à urgência miccional, frequência urinária, noctúria e exame cultural de urina negativo, com citologia normal. A cistite intersticial pode ser suficientemente severa para ter um efeito devastador na qualidade de vida, mas também pode estar associada a sintomas moderados e menos debilitantes. Embora existam vários ensaios clínicos para avaliar terapias orais e intravesicais, o tratamento para IC permanece longe do ideal. Esta revisão sistemática avaliou ensaios clínicos randomizados publicados sobre medicamentos orais usados para tratar sintomas de SBD. Este estudo foi realizado de acordo com ométodo preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses (PRISMA). Dois revisores independentes examinaram os estudos para determinar sua inclusão ou exclusão e para realizar a análise metodológica. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados publicados entre abril de 1988 e abril de 2016 que usaram medicações orais no tratamento dos sintomas da SBD ou CI. De acordo com a revisão sistemática realizada, a melhor opção de medicação oral para o tratamento dos SBD é o pentosano polissulfato sódico. No entanto, esta droga não está disponível no Brasil. A amitriptilina administrada por via oral é um tratamento eficaz para SBD e deve ser oferecida como primeira escolha.

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    Alterações oftalmológicas na gravidez

    . ;:32-42

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    Alterações oftalmológicas na gravidez

    . ;:32-42

    DOI 10.1055/s-0037-1605366

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    A gravidez é necessária à perpetuação da espécie humana, levando a adaptações fisiológicas dos diversos órgãos e sistemas maternos. O olho, apesar de uma cavidade fechada, sofre também algumas modificações, a maioria relativamente inócuas, que pontualmente poderão se tornar patológicas. A gravidez assume-se como um período particular de suscetibilidade para a mulher; no entanto, muitos obstetras têm conhecimento limitado sobre as alterações oftalmológicas na gravidez. Por conseguinte, impõe-se o seu estudo, bem como a elaboração de diretrizes para lidar com essas mudanças. De igual importância são o conhecimento da eventual terapêutica para problemas oftalmológicos neste período e a avaliação do tipo do parto em condições particulares. Desta forma, foi efetuada uma revisão bibliográfica extensa e apresentada uma síntese do tema.

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    A prevenção do câncer de ovário ainda é uma recomendação de nossos avós?

    . ;:676-685

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    A prevenção do câncer de ovário ainda é uma recomendação de nossos avós?

    . ;:676-685

    DOI 10.1055/s-0037-1608867

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    O câncer de ovário é a principal causa de morte entre os tumores ginecológicos, já que na maioria dos casos (75%) o diagnóstico ocorre em estádios avançados. Métodos de rastreamento não estão disponíveis, já que a doença é rara, e osmétodos diagnósticos, como ultrassonografia e CA 125, não são capazes de reduzir a taxa de mortalidade desse câncer. Este artigo discute os principais fatores de risco para o câncer de ovário e as possíveis estratégias clínicas e cirúrgicas para a prevenção dessa doença.

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    Doenças neurológicas de início durante a gravidez: análise crítica da literatura

    . ;:560-568

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    Doenças neurológicas de início durante a gravidez: análise crítica da literatura

    . ;:560-568

    DOI 10.1055/s-0037-1604058

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    Objetivos

    Caracterizar as alterações neurológicas centrais e periféricas mais comuns durante a gravidez.

    Métodos

    Foi efetuada uma revisão da literatura acerca de complicações neurológicas durante a gravidez. Foram utilizadas diversas bases de dados usando palavras-chave relacionadas com o tema.

    Resultados

    A gravidez envolve alterações fisiológicas que podem desencadear alterações neurológicas periféricas e/ou do sistema nervoso central, por vezes associadas a distúrbios hipertensivos. Um diagnóstico definitivo pode ser feito tendo em conta o trimestre de gravidez e os achados clínicos encontrados. A síndrome do túnel carpal e a paralisia facial periférica são alterações neurológicas periféricas comuns que ocorrem mais frequentemente na segunda metade da gravidez. As alterações em termos do sistema nervoso central são mais complexas. Um diagnóstico preciso é fulcral, não só para melhorar os desfechos perinatais, mas também para efetuar uma vigilância e tratamento adequados e para prevenir complicações agudas e a longo prazo.

    Conclusões

    Um diagnóstico preciso e um acompanhamento e tratamento apropriados dos distúrbios neurológicos durante a gravidez são ações exequíveis. Contudo, requerem uma abordagem multidisciplinar, crucial para melhorar os desfechos perinatais.

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