Original Articles Archives - Página 4 de 11 - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Qualidade da informação presente na Internet sobre Leiomioma uterino

    . ;:547-553

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    Qualidade da informação presente na Internet sobre Leiomioma uterino

    . ;:547-553

    DOI 10.1055/s-0038-1672163

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    Objetivos

    Não existem estudos publicados analisando a qualidade de informação para mulheres leigas na internet sobre o leiomioma uterino. A acurácia do material existente também não é conhecida. Portanto, realizamos um estudo transversal envolvendo 381 sites em língua inglesa e portuguesa de maio a dezembro de 2017.

    Métodos

    Dois pesquisadores fizeram a análise, e o coeficiente kappa de Cohen foi calculado para analisar a concordância entreambos. Termos de pesquisa (leiomioma uterino e derivados)eminglês e português foramusados. A acurácia foi analisada por meio de uma lista de 10 itens criados após a fusão de consensos da Sociedade Americana de Medicina da Reprodução (ASRM, na siglaeminglês), dos InstitutosNacionais de Saúde (NIH, na siglaem inglês) e da Sociedade Europeia de Menopausa e Andropausa (EMAS, na sigla em inglês) sobre leiomioma uterino. A correlação item-teste e o coeficiente intraclasse foram realizados nas 16 questões do questionário DISCERN, um instrumento desenvolvido para medir a qualidade da informação de saúde disponível na internet. O método de análise de variância (ANOVA, na sigla em inglês) foi utilizado para as variáveis independentes e as pontuações de acurácia e do DISCERN.

    Resultados

    O Google foi a ferramenta mais utilizada, e o leiomioma uterino foi o termo de busca que gerou a maior parte do material analisado. A pontuação média para a acurácia dos websites foi 5/10, e do questionário DISCERN, 38/80. Os sites de língua inglesa commaior pontuação foram os de organizações científicas e de governos federais, tanto no questionário DISCERN (Faculdade Americana de Obstetrícia e Ginecologia [ACOG, na sigla em inglês], Administração de Alimentos e Medicamentos [FDA, na sigla em inglês]) quanto na acurácia (NIH e FDA). Entretanto, em língua portuguesa, os sites com as maiores pontuações em ambos os instrumentos foram de revistas ou blogs médicos. O teste α de Cronbach evidenciou maior correlação entre os sites e o DISCERN (0,77-0,79); contudo, a correlação item-teste variou de 0,39 a 0,56.

    Conclusão

    Há necessidade demelhorar a qualidade da informação sobre o leiomioma uterino para mulheres leigas.

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    Qualidade da informação presente na Internet sobre Leiomioma uterino
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    Transmissão vertical do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil: 2006-2014

    . ;:59-65

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    Transmissão vertical do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil: 2006-2014

    . ;:59-65

    DOI 10.1055/s-0037-1613689

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    Objetivo

    Rever as taxas de transmissão vertical (TV) do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil, de janeiro de 2006 a dezembro de 2014.

    Métodos

    Estudo descritivo de uma coorte prospectiva de gestantes infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, monitorados pelo Grupo de Pesquisa em HIV/Aids Materno-Infantil, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.

    Resultados

    A taxa geral de TV foi de 1,9% (13/673; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,0-3,3). O uso extensivo de terapia antirretroviral combinada (TARVc) (89,7%; 583/ 650) impactou fortemente a redução de TV durante este período. Carga viral materna superior a 1.000 cópias/mL mostrou associação significante com TV (OR: 6,6; IC 95%:1,3-33,3). A amamentação materna foi descrita em 10 casos nesta coorte (1,5%; IC 95%: 0,7-2,7), mas não foi associada à TV.

    Conclusão

    Os dados atuais da coorte foram coerentes com a baixa taxa de TV descrita em outras populações globais, e foi consideravelmentemenor em comparação com os resultados da mesma coorte no período de 1998-2005, quando a taxa de TV foi de 6,2%. Esses dados confirmam a eficiência das Diretrizes Nacionais, e enfatizam a importância de adotar os procedimentos internacionais recomendados para a prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho.

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    Transmissão vertical do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil: 2006-2014
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    Influência da função sexual nas relações sociais e na qualidade de vida de mulheres com insuficiência ovariana prematura

    . ;:66-71

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    Influência da função sexual nas relações sociais e na qualidade de vida de mulheres com insuficiência ovariana prematura

    . ;:66-71

    DOI 10.1055/s-0037-1615289

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    Objetivo

    Avaliar o impacto da função sexual na qualidade de vida (QV) de mulheres com insuficiência ovariana prematura (IOP).

    Métodos

    Estudo de caso-controle que avaliou 80 mulheres com IOP usando terapia hormonal combinada (progestagênio e estrogênio), em comparação com80mulheres com função gonadal preservada pareadas por idade (2 anos). A função sexual (FS) foi avaliada por meio do índice de função sexual feminina (IFSF) e a QV, por meio do instrumento da Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliação da QV (WHOQoLBREF, na sigla em inglês).

    Resultados

    Amédia etária dasmulheres comIOP e do grupo controle foi de 38,4 ± 7,3 e 38,1 ± 7,3 anos, respectivamente. A QV do grupo com IOP foi pior, e verificou-se uma diferença significativa nos domínios físico (63,4 ± 17,4 e 72,7 ± 15,2, respectivamente, p = 0,0004) e psicológico (63,2 ± 14,6 e 69,3 ± 13,9, respectivamente, p = 0,0075) para asmulheres comIOP quando comparadas como grupo de controle.Mulheres comIOP apresentaram pior pontuação para excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação, dispareunia, e pior índice de FS emcomparação ao grupo controle. A piora em todos os aspectos da FS foi diretamente correlacionada com a piora no domínio das relações sociais da QV.

    Conclusão

    Mulheres comIOP apresentaram pior QV e FS do que o grupo controle. Os aspectos psicológicos (desejo, excitação, orgasmo e satisfação sexual) da FS exerceram grande influência na QV, enquanto os físicos (dor e lubrificação) exerceram pouca influência. A má função sexual em mulheres com IOP está diretamente correlacionada com uma piora em vários domínios da QV; porém, o impacto negativo é particularmente importante no domínio social, sugerindo que a melhora da sexualidade pode auxiliar na melhor integração social das mulheres com IOP.

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    Como o paciente reage depois de ler o termo de consentimento livre e esclarecido de uma cirurgia ginecológica? Um estudo qualitativo

    . ;:72-78

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    Como o paciente reage depois de ler o termo de consentimento livre e esclarecido de uma cirurgia ginecológica? Um estudo qualitativo

    . ;:72-78

    DOI 10.1055/s-0037-1621740

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    Objetivo

    Analisar a reação das mulheres após lerem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes de se submeterem a cirurgias ginecológicas/uroginecológicas eletivas.

    Métodos

    Um estudo qualitativo com 53 mulheres foi realizado entre setembro de 2014 e maio de 2015. A análise do conteúdo foi feita depois de uma entrevista que seguia um roteiro, que foi realizada em uma sala reservada e transcrita de forma fidedigna. Nós lemos de novo oTCLE na frente da paciente, e depois ela era entrevistada de acordo comumroteiro de questões sobre emoções e reações que ocorreram sobre o procedimento e suas expectativas sobre o período intra e pós-operatório.

    Resultados

    As mulheres tinham uma média de 52 anos, eram multíparas, e com poucos anos de educação (54,7%). A maioria (60,4%) já havia realizado cirurgias uroginecológicas. A histerectomia e a colpoperineoplastia foram as cirurgias mais frequentes. Dez mulheres não tinham sido submetidas a nenhum procedimento. O medo (34,6%) foi o sentimento que mais emergiu das entrevistas depois da leitura do TCLE, seguido da indiferença (30,8%) e da resignação (13,5%). Nove mulheres consideraram suas reações inesperadas depois da leitura do TCLE. Três pacientes não consideraram a informação do TCLE suficiente, e outras 3 tiveram dúvidas sobre a cirurgia depois de lerem o documento.

    Conclusão

    A leitura do TCLE desperta o medo namaioria dasmulheres; contudo, elas acreditam que este sentimento não interferiu na tomada de decisão relativa ao tratamento.

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    Avaliação da expressão do gene WWOX por avaliação imunohistoquímica, sua associação com marcador de angiogênese, expressão do p53, proliferação celular e parâmetros clinicopatológicos no câncer de colo uterino

    . ;:79-85

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    Avaliação da expressão do gene WWOX por avaliação imunohistoquímica, sua associação com marcador de angiogênese, expressão do p53, proliferação celular e parâmetros clinicopatológicos no câncer de colo uterino

    . ;:79-85

    DOI 10.1055/s-0037-1618597

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    Objetivo

    O presente estudo avaliou a expressão do WWOX, sua associação com características clinicopatológicas e com a expressão do p53, ki-67 (proliferação celular) e CD31 (angiogênese) em pacientes com carcinoma invasivo de células escamosas do colo uterino, ou simplesmente câncer do colo uterino (CCE).

    Métodos

    Foram avaliadas prospectivamente pacientes com CCE no estágio IB (n = 20) e mulheres com mioma uterino, no grupo controle (n = 20). As pacientes com CCE foram submetidas à histerectomia radical e à linfadenectomia pélvica do tipo B-C1. As mulheres no grupo-controle foram submetidas à histerectomia vaginal. As amostras de tecido foramcoradas comhematoxilina e eosina para avaliação histológica e a expressão das proteínas foi detectada por imuno-histoquímico.

    Resultados

    A expressão do WWOX foi significativamente menor no tumor quando comparada com sua expressão no colo do útero benigno (p = 0,019). A expressão tumoral de CD31 foi inversamente associada à expressão de WWOX (p = 0,018). Sua expressão não foi associada à expressão tumoral de p53 e Ki-67 em pacientes com CCE (p = 0,464 e p = 0,360, respectivamente). Não houve associação entre a expressão de WWOX e o tamanho do tumor (p = 0,156), grau de diferenciação (p = 0,914), presença de invasão vascular linfática (p = 0,155), comprometimento do paramétrio (p = 0,421) ou metástase dos linfonodos pélvicos (p = 0,310) em pacientes com CCE.

    Conclusão

    Os resultados sugeriram que o WWOX pode estar envolvido na carcinogênese do CICECU e esse marcador foi associado à angiogênese tumoral.

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    Avaliação da expressão do gene WWOX por avaliação imunohistoquímica, sua associação com marcador de angiogênese, expressão do p53, proliferação celular e parâmetros clinicopatológicos no câncer de colo uterino
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    Comparação de amostras citopatológicas cérvicovaginais coletadas nas unidades básicas de saúde e em clínicas privadas no meio-oeste de Santa Catarina

    . ;:86-91

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    Comparação de amostras citopatológicas cérvicovaginais coletadas nas unidades básicas de saúde e em clínicas privadas no meio-oeste de Santa Catarina

    . ;:86-91

    DOI 10.1055/s-0037-1609050

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    Objetivo

    Comparar a qualidade das amostras cérvico-vaginais colhidas no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas clínicas privadas para rastrear lesões precursoras de câncer do colo uterino.

    Métodos

    Estudo de intervenção cujas variáveis estudadas foram: adequabilidade da amostra, representação de epitélios na amostra, e resultado do exame citopatológico. Um total de 940 formulários contendo as análises das amostras biológicas foram examinados: 470 formulários de mulheres atendidas nas unidades básicas de saúde do SUS, e 470 formulários de mulheres atendidas em clínicas privadas no período de janeiro a fevereiro de 2016.

    Resultados

    Todas as amostras insatisfatórias foram coletadas nas unidades básicas de saúde do SUS e corresponderam a 4% do total neste setor (p < 0,0001). Observou-se um índice maior de amostras com representatividade somente de células escamosas no SUS (43,9%). Houve representatividade das células da junção escamo-colunar (JEC) em 82,1% das amostras colhidas no setor privado (p < 0,0001). Em relação aos resultados negativos para lesão intraepitelial e/ou malignidade, os percentuais obtidos foram 95,95% e 99,1% (p < 0,0049) para os exames coletados no sistema privado e no SUS, respectivamente. Em relação às lesões menos graves, no SUS obteve-se um resultado de 0,89% e no sistema privado de 2,56%; as lesões mais graves não foram diagnosticadas no SUS, enquanto que no setor privado representaram 1,49% dos exames.

    Conclusão

    As amostras cérvico-vaginais insatisfatórias foram observadas somente em exames realizados no SUS; há necessidade de orientação e capacitação dos profissionais que realizam a coleta do exame citopatológico, possibilitando uma maior confiabilidade nos resultados e mais segurança à mulher que se submete a este exame preventivo.

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    Utilização do modelo de prognóstico Newman-Peacock numa população obstétrica portuguesa – uma ferramenta útil?

    . ;:04-10

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    Utilização do modelo de prognóstico Newman-Peacock numa população obstétrica portuguesa – uma ferramenta útil?

    . ;:04-10

    DOI 10.1055/s-0037-1606243

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    Âmbito

    A versão cefálica externa (VCE) é uma manobra que permite a obtenção de uma apresentação cefálica em fetos não-cefálicos. O índice de Newman-Peacock (NP), proposto por Newman et al em um estudo publicado em 1993, foi descrito como preditivo do sucesso desta manobra; ele foi validado numa população norte-americana, e três grupos de prognóstico diferentes foram identificados.

    Objectivo

    Avaliação do valor preditivo do índice de NP para o sucesso da VCE numa população obstétrica portuguesa, bem como da segurança materno-fetal.

    Métodos

    Foi realizado no nosso departamento umestudo observacional entre 1997- 2016 em grávidas candidatas a VCE entre as 36 e as 38 semanas de gravidez. Foram colhidos dados demográficos e obstétricos, incluindo os parâmetros incluídos no índice de NP (a paridade, a dilatação cervical, a estimativa do peso fetal, a localização placentária e a altura da apresentação fetal). A pontuação das candidatas de acordo como índice de NP e a percentagemde sucesso da VCE foramcomparadas entre os três grupos de prognóstico, e também com o estudo original de Newman et al. O desempenho deste índice foi avaliado recorrendo aos testes t de Student, qui-quadrado e curva receiver operating characteristic (ROC).

    Resultados

    Foram incluídas 337 mulheres. A taxa de sucesso da manobra foi de 43,6%. A análise univariada mostrou que a multiparidade, a placentação posterior e uma apresentação não encravada foram favoráveis para o sucesso do procedimento (p < 0,05). Adicionalmente, um maior índice de líquido amniótico revelou-se também como um fator preditivo significativo (p < 0,05). O índice de Newman-Peacock apresentou um desempenho inferior na nossa população comparativamente à sua descrição original, porém continuou a verificar-se uma relação positiva entre pontuações mais elevadas e uma maior percentagem de sucesso (p < 0,001).

    Conclusão

    No nosso trabalho, o índice de Newman-Peacock apresentou um valor preditivo inferior comparativamente ao estudo original, porém os resultados mostram que se mantém uma ferramenta com utilidade para a prática clínica e para o aconselhamento das candidatas a versão cefálica externa.

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    Utilização do modelo de prognóstico Newman-Peacock numa população obstétrica portuguesa – uma ferramenta útil?
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    Mudanças do índice de massa corporal na gravidez e resultados perinatais – um estudo transversal

    . ;:11-19

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    Mudanças do índice de massa corporal na gravidez e resultados perinatais – um estudo transversal

    . ;:11-19

    DOI 10.1055/s-0037-1608885

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    Objetivo

    Avaliar a relação entre mudanças no percentual do índice de massa corporal (IMC), refletidas na curva de Atalah, e resultados perinatais.

    Métodos

    Foi realizado um estudo transversal com 1.279 mulheres. Os dados sobre o peso na gestação, características sociodemográficas e resultados perinatais foram coletados através de prontuários, cartão pré-natal e entrevistas no pós-parto. As mulheres foramclassificadas de acordo coma curva de Atalah nas seguintes categorias: baixo peso, peso adequado, sobrepeso e obesidade. O IMC foi calculado na primeira e na última visita ao pré-natal e esses valores foram comparados.

    Resultados

    Houve aumento na categoria do IMC segundo a classificação de Atalah em 19,9% das mulheres grávidas e um aumento de 3,4; 5,8 e 6,4 pontos do IMC foram encontrados para mulheres respectivamente classificadas nas categorias peso adequado, sobrepeso e obesidade na primeira consulta pré-natal. As mulheres com educação secundária apresentaram menor chance de aumentar sua classificação de IMC (odds ratio [OR] 0:47 [0,24- 0,95]). As mulheres que evoluíram com o aumento na classificação de Atalah foramassociadas a cesariana (OR 1,97-2,28),macrossomia fetal (OR 4,13-12,54) e recém-nascido grande para a idade gestacional (OR 2,88-9,83).

    Conclusão

    Gestantes com ganho de peso excessivo, o suficiente para aumentar sua classificação do IMC segundo a curva de Atalah, tiverammaiores chances de cesariana e macrossomia. As mulheres classificadas como obesas na primeira visita pré-natal, de acordo com a curva de Atalah, tiveram uma grande chance de cesariana e recémnascido grande para a idade gestacional.

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