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Diagnóstico de síndrome pré-menstrual: um estudo comparativo entre o relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) e o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(1):20-25
01/01/2018
Resumo
Original ArticlesDiagnóstico de síndrome pré-menstrual: um estudo comparativo entre o relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) e o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(1):20-25
01/01/2018Visualizações149Resumo
Objetivo
Validar o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST) em relação ao relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) para o diagnóstico de síndrome pré-menstrual (SPM) e de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).
Métodos
Um estudo transversal com 127 mulheres entre 20 e 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, à altura e ao índice de massa corporal (IMC). Depois de excluir o diagnóstico de depressão pelo questionário de avaliação de distúrbios mentais para atenção primária (PRIME-MD), o PSST foi respondido e as mulheres receberam orientações sobre como preencher o DRSP por dois meses. A concordância entre os dois questionários foi conduzida através do índice de Kapa (k) e pelo PABAK.
Resultados
Duzentos e oitenta e duas mulheres com critérios elegíveis responderam ao PSST. O DRSP foi preenchido por dois ciclos por 127 mulheres. As porcentagens de mulheres com diagnósticos de SPM e de TDPM pelo DRSP foram de 74,8% e 3,9%, respectivamente; pelo PSST, as porcentagens foram de 41,7% e 34,6%, respectivamente. O número de pacientes consideradas "normais" (com sintomas abaixo do necessário para o diagnóstico de SPM) foi similar nos dois questionários. Análises demonstraram não haver concordância entre ambos os instrumentos para os resultados diagnósticos de SPM e TDPM (Kappa = 0,12, coeficiente de PABAK = 0,39). Para o diagnóstico de SPM/TDPM, o PSST apresentou uma alta sensibilidade (79%) e baixa especificidade (33,3%).
Conclusão
O PSST é considerado uma ferramenta de triagem. Conclui-se que casos positivos de SPM/TDPM pelo PSST devem ser melhor investigados pelo DRSP para confirmar o diagnóstico.
Palavras-chave: DiagnósticoQuestionárioSinais e sintomassíndrome prémenstrualtranstorno disfórico prémenstrualVer mais -
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Avaliação terapêutica das lesões intraepiteliais escamosas da vulva com vaporização a laser CO2 em pacientes com imunossupressão
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(1):26-31
01/01/2018
Resumo
Original ArticlesAvaliação terapêutica das lesões intraepiteliais escamosas da vulva com vaporização a laser CO2 em pacientes com imunossupressão
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(1):26-31
01/01/2018Visualizações58Resumo
Objetivo
A lesão intraepitelial escamosa da vulva é considerada uma lesão precursora do câncer vulvar, emespecial emmulheres com idade inferior a 40 anos, portadoras de imunossupressão adquirida ou idiopática. Vários tratamentos têm sido utilizados para tratar esse tipo de lesão. Um dos métodos terapêuticos esteticamente aceitáveis é a vaporização a laser CO2.
Métodos
Em um estudo transversal, foram selecionados da análise retrospectiva de prontuários arquivados no setor de patologia do trato genital inferior 46 prontuários de mulheres comimunossupressão e portadoras de lesão intraepitelial escamosa de baixo grau e/ou alto grau computando-se: idade, data de registro, data do tratamento da lesão vulvar com laser CO2, tempo entre a primeira e a última consulta (em meses), número de consultas, presença ou ausência de lesões condilomatosas em outros locais do aparelho reprodutor feminino e a ocorrência ou não de recidivas e persistência de lesões intraepiteliais durante o período de acompanhamento.
Resultados
Pacientes com lesão intraepitelial de alto grau vulvar e imunocomprometidas (soropositivas para HIV ou com transplante de órgãos sólidos) mostraram maior índice de persistência das lesões e maior chance de ter outras áreas do órgão genital feminino comprometidas.
Conclusão
Embora a vaporização a laser CO2 seja o método mais conservador para o tratamento das lesões intraepiteliais vulvares de alto grau, está longe de ser o método ideal pelas características intrínsecas da afecção em foco. A possibilidade de persistência, recidivas e regressão espontânea limitada recomenda maior vigilância para os casos tratados a longo prazo, em especial para as pacientes com imunossupressão.
Palavras-chave: CO2 laserlesão intraepitelial vulvar de alto grauneoplasia intraepitelial vulvarneoplasia intraepitelial vulvar usualTerapia a laserVer mais -
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Assistência para parto normal em duas maternidades públicas: percepção dos profissionais da saúde
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):202-208
01/05/2017
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Original ArticlesAssistência para parto normal em duas maternidades públicas: percepção dos profissionais da saúde
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):202-208
01/05/2017Visualizações45Ver maisResumo
Objetivos
avaliar a percepção dos profissionais de saúde envolvidos no processo do trabalho de parto quanto à assistência ao parto normal, e comparar duas maternidades de Goiânia quanto à percepção desses profissionais na realização das rotinas e práticas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Métodos
Trata-se de um estudo analítico, comparativo, com abordagem quantitativa, realizado em duas maternidades públicas da cidade de Goiânia-GO. Participaram do estudo 86 profissionais que atuavam na assistência ao trabalho de parto imediato nas duas maternidades. Foi utilizado um questionário contendo 40 questões relacionadas ao programa de humanização no pré-natal e nascimento (PHPN) do Ministério da Saúde (MS), presença do acompanhante, e os procedimentos realizados. Para a análise dos dados, utilizou-se os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher.
Resultados
A maioria dos profissionais afirmou conhecer sobre o PHPN proposto pelo MS nas duas maternidades. Com relação às boas práticas recomendadas, a maioria dos profissionais afirmou que elas são aplicadas na maternidade 2, enquanto, na maternidade 1, apesar de muitas delas estarem presentes, ainda há muitas intervenções desnecessárias.
Conclusão
quando comparadas as duas maternidades, a maternidade 2, que foi criada como modelo de humanização, a rotina se adéqua mais às recomendações da OMS. Já na maternidade 1, observou-se uma série de intervenções consideradas pela OMS como ineficazes ou utilizadas de forma inadequada.
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Cor de pele e Near Miss materno: explorando um inquérito demográfico de saúde no Brasil
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):209-216
01/05/2017
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):209-216
01/05/2017Visualizações74Resumo
Objetivo
Estima-se que em 2013 tenham ocorrido 289.000 mortes maternas no mundo. Observou-se uma redução na razão de mortalidade materna em muitos países nas últimas décadas, e isso se deveu à identificação e tratamento precoce das complicações obstétricas, embora de forma não similar entre os diversos locais e populações. As mulheres negras, por exemplo, sempre estiveram mais sujeitas à ocorrência de mortalidade materna e de morbidade grave. Então, o objetivo desse estudo foi avaliar a cor da pele como fator preditor de Near Miss materno (NMM) em uma amostra de mulheres brasileiras entrevistadas na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 2006.
Método
Análise secundária do banco de dados da PNDS, um estudo transversal de base populacional e com representatividade nacional, sendo este banco de dados de domínio público. Avaliou-se o risco de complicações maternas por grupo de cor da pele e as características sociodemográficas associadas. Para a análise dos dados, as razões de possibilidades e os respectivos intervalos de confiança de 95% foram calculados.
Resultados
Na amostra entrevistada, 59% das mulheres eram negras ou pardas. Aproximadamente 23% das mulheres apresentaram alguma complicação, e 2% delas, pelo menos um critério pragmático de NMM. A taxa de NMM foi de 31 por 1.000 nascidos vivos, e sua ocorrência não foi estatisticamente diferente entre os grupos de cor da pele. Os únicos fatores identificados como associados à ocorrência de NMM foram a idade materna acima de 40 anos e não estar atualmente estudando, mas apenas entre as mulheres brancas.
Conclusão
Os resultados da PNDS 2006 não mostraram uma maior ocorrência de complicações maternas e especificamente de NMM associadas à cor da pele negra/ parda.
Palavras-chave: Complicações da gestaçãoetniamorbidade materna gravenear miss maternosaúde materna e infantilVer mais -
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O efeito das células-tronco mesenquimais na fertilidade em endometriose retrocervical experimental
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):217-223
01/05/2017
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Original ArticlesO efeito das células-tronco mesenquimais na fertilidade em endometriose retrocervical experimental
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):217-223
01/05/2017Visualizações70Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar o efeito das células-tronco mesenquimais sobre a fertilidade na endometriose retrocervical experimental.
Métodos
Um total de 27 coelhas da raça Nova Zelândia foram divididas em três grupos: endometriose, em que os implantes endometriais foram criados; mesenquimal, em que as células-tronco mesenquimais foram aplicadas complementarmente à criação implantes endometriais; e controle, sem endometriose. O teste exato de Fisher foi realizado para comparar variáveis dicotômicas qualitativas entre os grupos. As variáveis quantitativas foram comparadas pelos testes não paramétricos de MannWhitney e Kruskal-Wallis. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para a comparação múltipla pós-hoc com correção de Boniferroni.
Resultados
em relação ao início do período fértil, os grupos endometriose, mesenquimal e controle tiveram medianas de 14±12,7; 40±5; e 33±8,9 dias, respectivamente (p = 0,005). Sobre a taxa de fertilidade (número de gravidezes), os grupos endometriose e controle mostraram uma taxa de 77,78%, enquanto o grupo mesenquimal mostrou uma taxa de 11,20% (p = 0,015). Não foram observadas diferenças na classificação histológica de Keenan entre os grupos (p = 0,730). No que diz respeito à aparência macroscópica das lesões, o grupo mesenquimal mostrou maiores adesões pélvicas.
Conclusão
O uso de células-tronco mesenquimais na endometriose contribuiu negativamente para a fertilidade, sugerindo o papel dessas células no desenvolvimento da doença.
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Hormônio tireoestimulante e resistência insulínica: sua associação com a síndrome do ovário policístico sem hipotireoidismo clínico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):224-228
01/05/2017
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Original ArticlesHormônio tireoestimulante e resistência insulínica: sua associação com a síndrome do ovário policístico sem hipotireoidismo clínico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):224-228
01/05/2017Visualizações82Resumo
Objetivo
Este estudo analisou a efetividade do hormônio tireoestimulante (TSH) como preditor da resistência insulínica (IR), bem como a associação do TSH com os parâmetros clínicos e metabólicos de mulheres com síndrome do ovário policístico (PCOS) sem hipotireoidismo clínico.
Desenho do Estudo
Estudo de corte transversal com inclusão de mulheres com PCOS e sem hipotireoidismo clínico (n =168).
Métodos
Utilizou-se análise através de curva ROC (Receiver operating characteristic) para determinar o valor de corte para o nível sérico de TSH que poderia maximizar a sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de IR considerada com avaliação da homeostase de resistência insulínica (HOMA-IR) ≥ 2.71. Parâmetros clínicos e metabólicos foram comparados de acordo com o ponto de corte de TSH determinado e com a presença de IR.
Resultados
Níveis séricos de TSH ≥2.77 mIU/L estiveram associados com o diagnóstico de IR, com sensibilidade de 47.9% e especificidade de 65.3%. Não foram evidenciadas diferenças nos parâmetros clínicos, hormonais e metabólicos quando TSH < 2.77 ou TSH de 2.77 - 10 mIU/L.
Conclusão
Em mulheres com PCOS sem hipotireoidismo, TSH ≥2.77 mIU/L está associado a IR, porém com baixa sensibilidade, mostrando que a dosagem de TSH não é um bom preditor de IR nesta população. Também não se evidenciou alteração clínica ou metabólica que justificasse alteração na investigação desta população. Assim, a resistência insulínica deve ser investigada em todas as mulheres com PCOS, independente dos níveis séricos de TSH.
Palavras-chave: dislipidemiaHipotireoidismohormônio tireoestimulanteresistência insulínicaSíndrome do ovário policísticoVer mais -
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Avaliação de massas anexiais benignas em mulheres pós-menopáusicas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):229-234
01/05/2017
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):229-234
01/05/2017Visualizações52Ver maisResumo
Introdução
É fundamental identificar o potencial maligno de massas anexiais pósmenopáusicas no período pré-operatório.
Objetivo
Avaliar a efetividade do risco de malignidade (risk of malignancy index-2, RMI2) em massas anexiais benignas presumíveis em mulheres na pós-menopausa.
Desenho do Estudo
Estudo observacional retrospectivo.
Métodos
Este estudo foi conduzido em nossa clínica de cirurgia de endoscopia e endoscopia de nosso hospital entre janeiro de 2013 e setembro de 2015. Um total de 119 mulheres com massas anexiais pós-menopausa com diagnóstico preliminar de tumores benignos de acordo com o RMI-2. A idade, a duração da menopausa, os achados ultrassonográficos e os níveis séricos de CA-125 foram registados no préoperatório. O diagnóstico definitivo foi baseado no exame histopatológico pósoperatório.
Resultados
A média de idade dos pacientes foi de 55,4 6,71 anos. O exame histopatológico revelou que 8,4% das massas anexiais eram tumores malignos ou limítrofes, enquanto 91,6% eram benignos. Não houve diferença estatisticamente significante quanto ao tamanho do tumor e do tamanho das lesões entre patologias malignas e benignas. Não houve diferença estatisticamente significativa entre pacientes benignos e malignos quanto à idade e tamanho do tumor. Os dois parâmetros ultrasonográficos estatisticamente significativos entre os grupos foram a presença de área sólida na massa e bilateralidade. Além disso, se o ponto de corte para CA-125 sérico fosse ajustado para 14,75 UI/mL de acordo com a curva receiver operating characteristic (ROC), um valor de sensibilidade de 80% e um valor de especificidade de 72% poderiam ser conseguidos para discriminar cistos benignos e malignos (área sob a curva [ASC]: 0,89).
Conclusão
No diagnóstico diferencial de massas anexiais benignas e malignas em mulheres pós-menopáusicas, a presença de um componente sólido, bilaterais com base na ultra-sonografia e valores elevados de CA-125 podem ser utilizados como critério discriminatório. Parece que não há relação direta entre o tamanho da massa anexial eo potencial maligno. Portanto, nos índices de malignidade de mulheres pósmenopáusicas, recomendamos valores de corte mais baixos de CA-125 para aumentar a sensibilidade dos testes de avaliação pré-operatória sem ter grande impacto em valores preditivos negativos.
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Expressão imunhistoquímica da proteína de supressão tumoral p16 INK4a em adenocarcinoma cervical
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(1):21-25
01/01/2017
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Original ArticlesExpressão imunhistoquímica da proteína de supressão tumoral p16 INK4a em adenocarcinoma cervical
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(1):21-25
01/01/2017Visualizações69Ver maisRESUMO
Objetivo:
Avaliar a utilidade diagnóstica da expressão da proteína p16ink4a como marcador de adenocarcinoma do colo.
Métodos:
Em estudo transversal, a expressão de p16ink4a foi avaliada em 30 biópsias cervicais de pacientes diagnosticadas com adenocarcinoma invasivo de colo uterino provenientes de dois serviços de referência no Brasil, comparando com achados em 18 biópsias de pólipos endocervicais (grupo de controle). Para avaliar a performance do teste, foi utilizada tabela de contingência convencional, e para avaliar a concordância com o diagnóstico, foi aplicado o índice de Kappa (k).
Resultados:
No total, 66% dos casos de adenocarcinoma invasivo foram positivos para p16ink4a. Todos os pólipos adenomatosos foram negativos para p16ink4a. O marcador mostrou uma alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo. O índice de Kappa foi bom para p16ink4a (k 1/4 0.6).
Conclusion:
Considerando a forte associação entre o marcador p16ink4a e o adenocarcinoma cervical, seu uso representa uma ferramenta importante para reduzir o risco de diagnóstico incorreto de adenocarcinoma e, por conseguinte, evitar o excesso de tratamentos.