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Gestação em útero unicorno não comunicante: dificuldade diagnóstica e desfechos – relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(11):640-644
01/11/2017
Resumo
Case ReportGestação em útero unicorno não comunicante: dificuldade diagnóstica e desfechos – relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(11):640-644
01/11/2017Visualizações85Ver maisResumo
Aproximadamente 1 em cada 76 mil gestações se desenvolvememútero unicorno sem comunicação com o colo uterino. Anomalias müllerianas uterinas são, na maioria das vezes, assintomáticas, tornando difícil o diagnóstico, que geralmente é esclarecido durante a gestação ou por conta das complicações gestacionais, como ruptura uterina, hipertensão gestacional, parto pré-termo, hemorragias pós-parto e crescimento intrauterino restrito (CIUR). Com o intuito de evitar cesáreas desnecessárias e os riscos que esse procedimento envolve, considerações devem ser feitas quanto aos diferentes métodos utilizados, e por quanto tempo é viável induzir o parto na possibilidade de útero não comunicante, mesmo sendo uma anomalia rara. Este relato descreve um caso de uma gestação que se desenvolveu em um útero unicorno não comunicante com o colo uterino e as consequências do diagnóstico tardio.
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Abdome agudo secundário à ruptura do câncer do ovário epitelial durante a gravidez: a importância do trabalho em equipe
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):513-515
01/09/2017
Resumo
Case ReportAbdome agudo secundário à ruptura do câncer do ovário epitelial durante a gravidez: a importância do trabalho em equipe
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):513-515
01/09/2017Visualizações75Ver maisResumo
O abdome agudo secundário à ruptura do câncer do ovário epitelial durante a gravidez é um evento raro. Nosso objetivo é apresentar como o trabalho de uma equipe multidisciplinar coordenada em um caso de ruptura do câncer de ovário epitelial durante a gravidez é viável para obter os melhores resultados possíveis. Umamulher de 34 anos de idade, durante a 37a semana de sua primeira gestação, apresentou um abdome agudo. Durante a laparotomia, foi detectado um tumor ovariano esquerdo com ruptura de 16,5 cm; O tumor foi extirpado e enviado para avaliação patológica. Enquanto isso, uma cesariana de Kerr foi feita, e uma recém-nascida saudável nasceu. O tumor foi diagnosticado como um cistoadenocarcinoma; então, a família e a equipe cirúrgica combinada (obstetras e oncologista cirúrgico) decidiram concluir uma cirurgia radical definitiva do câncer de ovário: histerectomia, salpingo-ooforectomia direita, linfadenectomia, omentectomia e apendicectomia. A evolução pós-operatória da paciente foi sem intercorrências, e ela foi enviada para quimioterapia adjuvante.
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Plasmocitoma extramedular uterino comomanifestação primária de mieloma múltiplo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):516-520
01/09/2017
Resumo
Case ReportPlasmocitoma extramedular uterino comomanifestação primária de mieloma múltiplo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(9):516-520
01/09/2017Visualizações56Resumo
A associação entre plasmocitomas e mieloma múltiplo (MM) encontra-se bem demonstrada, e em cerca de um terço dos casos de plasmocitoma o estudo adicional conduzirá ao diagnóstico de MM. O achado de plasmocitomas no trato genital é extremamente raro, havendo um número muito limitado de casos descritos na literatura, o que dificulta concluir sobre a melhor forma de orientação e tratamento destes casos. O presente trabalho descreve um caso de plasmocitoma extramedular uterino em mulher de 79 anos estudada por queixas de hemorragia uterina anômala pós-menopáusica. O estudo complementar levou ao diagnóstico de plasmocitoma uterino e, posteriormente, de MM. Apesar do desfecho desfavorável do caso, consideramos pertinente o seu relato por se tratar de um diagnóstico diferencial a levar em consideração na abordagem de massas pélvicas.
Palavras-chave: mieloma múltiploplasmocitomaVer mais -
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Leiomioma dissecante cotiledonoide com aspectos simplásticos: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(8):436-440
01/08/2017
Resumo
Case ReportLeiomioma dissecante cotiledonoide com aspectos simplásticos: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(8):436-440
01/08/2017Visualizações69Ver maisResumo
Introdução
O leiomioma dissecante na forma cotiledonoide é uma variante de leiomioma com padrões raros de crescimento. Além de demonstrá-los, vamos apontar outro aspecto anteriormente não relatado.
Relato de Caso
Uma amostra congestionada, multinodular de miomectomia foi excisada. Histologicamente, detectaram-se fascículos de músculos lisos com marcada vascularidade e extensa degeneração hidrópica. Contaram-se 2mitoses por 10 campos de alta potência, e o índice Ki-67 foi de 2-3%. Encontramos células atípicas, bizarras, que não haviam sido relatadas anteriormente. Não foi observada necrose coagulativa. A paciente encontrava-se saudável e sem evidências de recorrência 36 meses após a cirurgia.
Conclusão
De aparência bruta e grosseira, os leiomiomas dissecantes na forma cotiledonoide têm natureza benigna. Até hoje, células atípicas não haviam sido relatadas nesse tipo de tumor. Apesar dos aspectos simplásticos, os leiomiomas dissecantes na forma cotiledonoide são entidades clínicas benignas. Cirurgiões e patologistas devem estar familiarizados com essa variante.
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Embolia do líquido amniótico. Será uma nova gestação possível? Relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(7):369-372
01/07/2017
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Case ReportEmbolia do líquido amniótico. Será uma nova gestação possível? Relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(7):369-372
01/07/2017Visualizações64Resumo
A embolia do liquido amniótico (ELA) é uma situação clínica rara, mas potencialmente catastrófica, que se caracteriza por uma combinação de sinais e sintomas clínicos que refletem insuficiência respiratória aguda, colapso cardiovascular e coagulação intravascular disseminada (CID). A sua patogênese ainda não é totalmente compreendida. Mais recentemente, a visão tradicional de obstrução dos capilares pulmonares por êmbolo de líquido amniótico, como explicação principal para a etiologia desta síndrome, tem sido desconsiderada, assumindo os fatores imunológicos e a ativação das cascatas de resposta inflamatória um papel importante. A embolia do líquido amniótico tem um carácter imprevisível, e o seu diagnóstico é exclusivamente clínico, sendo o tratamento sobretudo de suporte respiratório e cardiovascular, com a concomitante administração de derivados do sangue para corrigir a CID. Nenhum teste de diagnóstico é recomendado até o momento, embora vários marcadores do sangue periférico se encontrem em estudo. Os autores apresentam um caso clínico de uma mulher que sobreviveu a um quadro de embolia de líquido amniótico na sua gravidez prévia, e que teve uma gravidez subsequente sem recorrência do quadro, contribuindo com mais um testemunho clínico do baixo risco na gravidez pós-ELA.
Palavras-chave: coagulação intravascular disseminadacolapso cardiovascularembolia do líquido amnióticoMorte maternaVer mais -
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Diagnóstico do aneurisma de veia de Galeno por meio de ultrassonografia e ressonância magnética e resultados perinatais e neurológicos: série de casos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(6):309-314
01/06/2017
Resumo
Case ReportDiagnóstico do aneurisma de veia de Galeno por meio de ultrassonografia e ressonância magnética e resultados perinatais e neurológicos: série de casos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(6):309-314
01/06/2017Visualizações73Resumo
Objetivo
Descrever o diagnóstico pré-natal de uma série de casos de aneurisma de veia de Galeno (AVG) por meio de ultrassonografia e ressonância magnética (RM), bem como os resultados pós-natais e acompanhamento até 4 anos de vida.
Métodos
Realizou-se um estudo retrospectivo longitudinal com análise de banco de dados de sete casos de diagnóstico pré-natal de AVG em dois serviços brasileiros entre fevereiro de 2000 e maio de 2012. Foram avaliados a idade gestacional ao diagnóstico, dimensões do AVG na ultrassonografia, alterações fetais associadas, achados da ecocardiografia fetal, idade gestacional ao parto, tipo de parto, peso ao nascimento, índice de Apgar no 1° e 5° minutos, resultados neonatais, e sobrevida com acompanhamento até 4 anos de idade. Perinatais
Resultados
A idade gestacional média±desvio-padrão ao diagnóstico pré-natal do AVG pela ultrassonografia foi de 25±4,9 semanas. O comprimento médio do AVG foi 3,2±0,4 cm. A idade gestacional média ao nascimento foi 37,5±0,7 semanas, sendo que, em 85,7% dos casos (6/7) o parto foi cesáreo. O peso médio ao nascimento foi de 3.070±240,4 gramas. A sobrevida total foi de 42,8% (4/7), com três óbitos neonatais. Dos quatro sobreviventes, três apresentaram desenvolvimento neuropsicomotor normal até a idade de 4 anos, sendo que apenas um apresentou sequelas neurológicas graves. Ultrassonografia e RM apresentaram achados semelhantes nos sete casos.
Conclusões
O AVG está associado à elevada taxa de óbito neonatal, sendo, portanto, fundamental o seu diagnóstico pré-natal precoce para aconselhamento dos pais e seguimento em serviço terciário.
Palavras-chave: Aneurisma da veia de GalenoDiagnóstico pré-natalressonância magnéticaResultadosUltrassonografiaVer mais -
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Esquistossomose mansônica no ovário: diagnóstico raro ou prevalência subestimada?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):249-254
01/05/2017
Resumo
Case ReportEsquistossomose mansônica no ovário: diagnóstico raro ou prevalência subestimada?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):249-254
01/05/2017Visualizações44Resumo
A ocorrência da esquistossomose mansônica em órgãos do aparelho reprodutor feminino é um evento pouco comum, tendo em vista que o agente etiológico desta doença é um parasito sanguíneo que habita as veias mesentéricas. Neste relato decaso, uma paciente de 45 anos referiu como primeira sintomatologia fortes dores na região ilíaca esquerda há cerca de 2 anos. Uma ultrassonografia pélvica endovaginal identificou aumento do ovário esquerdo, e o laudo sugeriu correlacionar tal achado com dados clínicos e marcadores tumorais. Após passar por vários serviços de saúde, a paciente foi encaminhada para um serviço de oncologia por suspeita de neoplasia, sendo submetida a uma ovariectomia à esquerda. O resultado do exame histopatológico evidenciou a presença de processos inflamatórios granulomatosos em torno de ovos viáveis e calcificados de Schistosoma mansoni. Não houve qualquer evidência de tecido neoplásico. A paciente foi medicada, e seguiu em acompanhamento ambulatorial.
Palavras-chave: esquistossomose de ovárioesquistossomose ectópicagranulomaNeoplasiaSchistosoma mansoniVer mais