Artigos Originais Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Análise invasiva e não invasiva do fuso meiótico de oócitos humanos obtidos de ciclos estimulados: dados preliminares

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(11):524-529

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    Análise invasiva e não invasiva do fuso meiótico de oócitos humanos obtidos de ciclos estimulados: dados preliminares

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(11):524-529

    DOI 10.1590/S0100-72032012001100008

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    OBJETIVOS: Avaliar a concordância entre as técnicas de microscopia de polarização e microscopia confocal na avaliação do fuso meiótico de oócitos humanos maturados in vivo. MÉTODOS: Estudo prospectivo que avaliou oócitos com o primeiro corpúsculo polar extruído obtidos de mulheres inférteis submetidas à estimulação ovariana para realização de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Os oócitos com o primeiro corpúsculo polar extruído foram avaliados por meio da microscopia de polarização e, imediatamente após, foram fixados e corados para avaliação dos microtúbulos e cromatina pela microscopia confocal de alto desempenho. Foram comparadas as técnicas de microscopia de polarização e confocal, de acordo com a visualização ou não do fuso meiótico pela microscopia de polarização e a presença ou não de anomalias meióticas à análise pela microscopia confocal. Foram calculados os intervalos de confiança, o índice de Kappa e a concordância entre as metodologias, considerando a análise da microscopia de imunofluorescência como padrão-ouro para avaliação de normalidade do fuso e distribuição cromossômica oocitária. RESULTADOS: Observou-se que 72,7% dos oócitos em metáfase II com fuso celular não visível à polarização apresentaram anormalidades meióticas à análise confocal e que 55,6% dos oócitos em metáfase II com fuso celular visível à polarização apresentaram-se como oócitos anormais à análise confocal. Somente 44,4% dos oócitos com fuso celular visível à polarização apresentaram-se como normais à análise confocal. A concordância entre os métodos foi de 51,1% (Kappa: 0,11; IC95% -0,0958 - 0,319). CONCLUSÕES: A baixa concordância entre a microscopia de polarização e a confocal na avaliação do fuso meiótico oocitário sugere que a visualização do fuso meiótico de oócitos humanos em metáfase II pela microscopia de polarização tem limitado o valor preditivo de normalidade meiótica oocitária.

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    Sífilis em parturientes: aspectos relacionados ao parceiro sexual

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):397-402

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    Sífilis em parturientes: aspectos relacionados ao parceiro sexual

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):397-402

    DOI 10.1590/S0100-72032012000900002

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    OBJETIVOS: Analisar o perfil sociodemográfico e comportamental dos parceiros sexuais, a proporção daqueles inadequadamente tratados e os motivos da não realização do tratamento. MÉTODOS: Estudo quantitativo cuja coleta de dados ocorreu de maio a outubro de 2008, em cinco maternidades públicas de Fortaleza, Ceará. Foram aplicados questionários às parturientes internadas com sífilis que informaram ter parceiro sexual fixo. Foram analisadas as variáveis sociodemográficas e as relacionadas à comunicação, diagnóstico e tratamento dos parceiros sexuais. Os dados foram digitados no programa Statistical Package for the Social Sciences e foram analisados por meio de distribuições de frequências, de medidas de tendência central e de dispersão. RESULTADOS: Participaram do estudo 56 parturientes. Os parceiros sexuais tinham média de idade de 29 anos, menos de 7 anos de estudo (50%), atividade laboral (82,1%), renda familiar inferior a 1 salário-mínimo (6,4%). Eram o pai da criança 92,9 e 69,6% moravam com a parturiente. Faziam uso de álcool e drogas 50 e 12%, respectivamente. Foram comunicados do diagnóstico 75,0% parceiros, a comunicação foi feita pela própria mulher em 78,6% casos e ficaram sabendo do resultado do exame de VDRL antes ou durante o pré-natal, 59,5%. Não revelaram o diagnóstico 25,0% mulheres e os motivos alegados foram: desconhecer a importância do tratamento do parceiro (50,0%), não ter estado com este parceiro após o diagnóstico (42,9%) e estar brigada (7,1%). Dos que souberam do diagnóstico antes ou durante o pré-natal, 56,0% foram tratados e 6 (42,8%) foram considerados adequadamente tratados. Dentre os que não receberam tratamento, 63,6% se recusaram por não se sentir doentes, não acreditar no tratamento e medo de injeção. CONCLUSÕES: Os parceiros são comunicados do diagnóstico de sífilis da gestante; entretanto, poucos são adequadamente tratados.

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    Dificuldades para a identificação da causa do óbito fetal: como resolver?

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):403-408

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    Dificuldades para a identificação da causa do óbito fetal: como resolver?

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):403-408

    DOI 10.1590/S0100-72032012000900003

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    OBJETIVO: Identificar as causas dos óbitos fetais (OF) e avaliar as causas deste desfecho. Propor o emprego do sistema Relevant Condition of Death (ReCoDe) na elucidação das causas de OF para minimizar o número de causas desconhecidas. MÉTODOS: Estudo transversal relacionado às mortes fetais atendidas em um hospital universitário especializado do Sul do Brasil, de Janeiro de 2000 a dezembro de 2009. Os dados foram coletados das Declarações de Óbito, dos prontuários maternos e dos laudos de estudo dos fetos e anexos, sendo os achados comparados. A análise dos dados foi realizada pelo programa SPSS versão 17.0. RESULTADOS: Foram incluídos neste estudo 111 fetos e suas respectivas mães. A comparação entre o diagnóstico das causas encontradas nos laudos do exame dos fetos e anexos e o diagnóstico clínico foi de 74 (66,7%) e 73 (65,8%), respectivamente. Em 48,7% dos casos, ambas encontraram uma potencial causa e 16,2% permaneceram desconhecidas. Utilizando-se a classificação ReCoDe, somente 9,9% dos OFs ficaram como "não classificados". CONCLUSÕES: Os laudos da autópsia fetal e exame anatomopatológico e as avaliações clínicas não apresentaram diferenças significativas na identificação da causa do OF. Ao se comparar os resultados do ReCoDe com as causas de óbito da clínica/patologia, verificou-se que ela é uma ferramenta importante no esclarecimento da causa mortis, reduzindo a quantidade daqueles OFs que permaneceram sem uma possível etiologia.

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    Função sexual e qualidade de vida em gestantes de baixo risco

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):409-413

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    Função sexual e qualidade de vida em gestantes de baixo risco

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):409-413

    DOI 10.1590/S0100-72032012000900004

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    OBJETIVO: Avaliar em gestantes saudáveis no segundo trimestre a associação entre função sexual e qualidade de vida, e função sexual e satisfação sexual. MÉTODOS: Estudo transversal com 51 gestantes em acompanhamento em ambulatório de pré-natal de baixo risco. A função sexual foi aferida por meio do Quociente Sexual - Versão Feminina (QS-F). A qualidade de vida e a satisfação sexual foram avaliadas pelo Instrumento Abreviado de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-bref). Os critérios de inclusão foram idade gestacional entre a 15ª e a 26ª semana, idade materna igual ou superior a 20 anos, mínimo de 5 anos de educação escolar, ter parceiro fixo há pelo menos 6 meses, ter tido relação sexual com penetração vaginal nos últimos 15 dias. Foram excluídas mulheres vítimas de violência sexual, com história pregressa ou atual de depressão, antecedente de aborto habitual ou complicações na gestação atual (amniorrexe prematura, trabalho de parto prematuro ou hemorragia). Para a análise dos dados foram utilizados os testes do χ² e exato de Fisher e p<0,05 foi considerado significante. A análise estatística foi realizada com o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). RESULTADOS: A maioria das gestantes (64,8%) obteve o QS-F de "regular a excelente" e 58,8% classificaram sua qualidade de vida como "boa". Assinalaram que estavam satisfeitas com a vida sexual 35,3% das gestantes, e 15,7% estavam muito satisfeitas. O estudo mostrou que existe associação entre QS-F "nulo a ruim" com qualidade de vida "ruim" (p=0,002) e que QS-F "regular a bom" e "bom a excelente" estão associados com "satisfação" e "muita satisfação" sexual (p<0,001). CONCLUSÃO: A função sexual está associada à qualidade de vida e à satisfação sexual em gestantes saudáveis, no segundo trimestre da gestação.

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    Impacto de um programa de exercício físico na adiposidade e na condição muscular de mulheres pós-menopáusicas

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):414-419

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    Impacto de um programa de exercício físico na adiposidade e na condição muscular de mulheres pós-menopáusicas

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):414-419

    DOI 10.1590/S0100-72032012000900005

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    OBJETIVO: Avaliar o efeito de um programa de exercício na massa gorda (MG), área de adiposidade visceral (AAV), massa muscular esquelética (MME) e índice de massa muscular esquelética (IMME) de mulheres pós-menopáusicas. MÉTODOS: A amostra com 169 mulheres (56,8±6,4 anos) foi randomizada em grupo de exercício (GE, n=91) e controle (GC=78). O primeiro realizou 12 meses de exercício físico de step, musculação e flexibilidade, envolvendo 3 sessões semanais de 60 minutos cada. A taxa metabólica basal (TMB) e a composição corporal foram avaliadas por meio da bioimpedância octopolar InBody 720 e o método de registro alimentar foi considerado. Determinou-se a taxa de modificação (D) das variáveis e a comparação dos valores médios foi realizada por testes t de Student, sendo respeitado grau de significância estatística de 5%. RESULTADOS: Em termos absolutos, o GC aumentou (p<0,01) a MG (0,9%) e a AAV (3,9 cm²) e apresentou piora da condição muscular (-1,06%), com reflexos na TMB (-27,9 kcal/dia). Foram identificadas diferenças (p<0,05) entre o GE e o GC para a Δ%MG (-4,2%), ΔAAV (-4,0 cm²), ΔMME (3,09%), ΔIMME (0,03%) e ΔTMB (2,9%). CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que o exercício atenuou o aumento dos níveis de adiposidade total e central e a perda muscular associada à menopausa e ao envelhecimento.

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    Associação entre endometrioma ovariano e endometriose profunda infiltrativa

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):420-424

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    Associação entre endometrioma ovariano e endometriose profunda infiltrativa

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):420-424

    DOI 10.1590/S0100-72032012000900006

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    OBJETIVO: Avaliar a associação do endometrioma ovariano e a presença de lesões de endometriose profunda infiltrativa (EPI) em uma amostra de mulheres do Sul do Brasil. MÉTODOS: Foi conduzida uma análise retrospectiva com informações dos prontuários de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de endometriose durante o período de janeiro de 2010 e junho de 2012. As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com a presença ou não de endometrioma ovariano. As pacientes portadoras de endometrioma ovariano foram subdivididas em dois grupos de acordo com o diâmetro do endometrioma (<40 e >40 mm). Os parâmetros comparados entre os grupos incluíram: dosagem sérica de cancer antigen (CA) 125, tamanho do endometrioma, presença e número de lesões profundas. A análise estatística foi conduzida com o programa Statistica versão 8.0, utilizando-se o teste exato de Fisher, o teste t de Student e o teste de Mann-Whitney, quando necessário. Os valores p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. RESULTADOS: Durante o período de estudo, um total de 201 mulheres foram submetidas a tratamento cirúrgico laparoscópico de endometriose. Cinquenta e seis pacientes (27,9%) eram portadoras de endometrioma ovariano e 180 pacientes (89,5%) apresentaram EPI confirmada histologicamente. As mulheres com endometrioma ovariano apresentaram um CA 125 sérico mais alto (39,5 versus 24,1 U/mL; p<0,01) e uma maior associação com a presença de lesões de EPI (98,2 versus 86,2%; p=0,01) e de EPI intestinal (57,1 versus 37,9%; p=0,01). Não houve diferença significativa quando se comparou os grupos com endometriomas <40 e >40 mm. CONCLUSÕES: O endometrioma ovariano é um marcador para a presença de lesões de EPI, incluindo EPI com comprometimento intestinal.

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    Prevalência de infecção por Chlamydia trachomatis em mulheres candidatas à fertilização in vitro em serviço público de referência do Estado de São Paulo

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):425-431

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    Prevalência de infecção por Chlamydia trachomatis em mulheres candidatas à fertilização in vitro em serviço público de referência do Estado de São Paulo

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):425-431

    DOI 10.1590/S0100-72032012000900007

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    OBJETIVO: Avaliar a prevalência de infecção por Chlamydia trachomatis (CT) e Neisseria gonorrhoeae (NG) em mulheres candidatas ao tratamento tópico e de fertilização in vitro (FIV) em serviço público de referência da Região Sudeste do Brasil. MÉTODOS: Mulheres que tiveram indicação de FIV, no período de 1º de abril de 2008 a 31 de outubro de 2009, foram admitidas sequencialmente no estudo. Foi aplicado um questionário sobre antecedentes ginecológicos e obstétricos e coletada amostra de swab endocervical para pesquisa de CT e NG através de captura híbrida e PCR. As variáveis estudadas foram: faixa etária, cor, escolaridade, tempo de infertilidade, número de gestações e filhos vivos, antecedentes de aborto, gestação ectópica, número de parceiros, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), cirurgia pélvica, manipulação de cavidade uterina, tabagismo e uso de drogas ilícitas. As mulheres foram distribuídas segundo presença ou não de infecção por clamídia e a análise foi descritiva. RESULTADOS: Entre as 176 mulheres estudadas a prevalência de infecção por CT foi de 1,1%, não houve infecção por NG. Dois terços das mulheres tinham idade >30 anos, escolaridade >8 anos, <5 anos de infertilidade e 56,2% não tinham filhos. Os principais antecedentes foram cirurgia pélvica (77,8%), manipulação de cavidade uterina (62,5%) e DIP (27,8%). O fator tubário foi o mais prevalente, em 129 mulheres (73,3%), 37,5% com e 35,8% sem laqueadura, os demais fatores tiveram prevalência <30%. CONCLUSÕES: As infecções por CT e NG tiveram baixa prevalência na amostra estudada e são necessários estudos em outros centros do país para confirmar a prevalência de infecções nesse grupo particular de mulheres inférteis.

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    Fatores associados à utilização do teste de Papanicolaou entre mulheres idosas no interior do Brasil

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):432-437

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    Fatores associados à utilização do teste de Papanicolaou entre mulheres idosas no interior do Brasil

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(9):432-437

    DOI 10.1590/S0100-72032012000900008

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    OBJETIVOS: Verificar a cobertura, pelo teste de Papanicolaou, de idosas e os fatores associados. MÉTODOS: Foi desenvolvido um estudo de base populacional com inquérito domiciliar. Os critérios de inclusão foram mulheres com 60 anos de idade ou mais, com residência na zona norte do município de Juiz de Fora, com independência para responder ao questionário ou que dispusessem de informante. A entrevista foi composta por questões sociodemográficas, referentes ao estado geral de saúde das idosas, e sobre a prática preventiva em saúde da mulher. A seleção se deu por amostragem aleatória estratificada e conglomerada em múltiplos estágios. Para a análise dos fatores de associação, elaborou-se um modelo teórico com três blocos hierarquizados de variáveis, ajustadas entre si em cada um deles. As variáveis que obtiveram nível de significância menor ou igual a 0,2 foram incluídas no modelo de regressão de Poisson e ajustadas ao nível superior ao seu (p<0,1). RESULTADOS: A submissão ao Papanicolaou foi de 84,1% (IC95% 79,0-88,4). A partir da regressão multivariada, três variáveis permaneceram associadas ao acesso ao teste de Papanicolaou: a situação conjugal "sem companheiro" (idosas solteiras, viúvas, separadas e divorciadas), a independência para execução das Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs) e a adesão ao exame de mamografia. Na análise interblocos estas variáveis continuaram significativamente associadas à de desfecho, e a independência para as AIVDs apresentou o mais alto poder de associação. CONCLUSÕES: Entre as idosas que compuseram a amostra estudada, observou-se variação acerca da utilização do teste de Papanicolaou. Uma adequação das políticas públicas de saúde em prol da formulação de diretrizes que priorizem o atendimento preventivo em caráter universal pode ser uma alternativa para solucionar as disparidades encontradas.

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