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Original Article
Triagem citológica de neoplasia intraepitelial anal em mulheres brasileiras imunocompetentes com histórico de neoplasia intraepitelial cervical de alto grau ou câncer
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):678-685
29/08/2022
Resumo
Original ArticleTriagem citológica de neoplasia intraepitelial anal em mulheres brasileiras imunocompetentes com histórico de neoplasia intraepitelial cervical de alto grau ou câncer
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):678-685
29/08/2022Visualizações64Resumo
Objetivo
Determinar a prevalência e as possíveis variáveis associadas à neoplasia intraepitelial anal e ao câncer anal em mulheres imunocompetentes com neoplasia intraepitelial cervical de alto grau.
Métodos
Estudo transversal em mulheres imunocompetentes com diagnóstico histológico de neoplasia intraepitelial cervical de alto grau e câncer cervical, feito entre janeiro de 2016 e setembro de 2020. Todas as mulheres foram submetidas a citologia anal e responderam a um questionário de caracterização e potenciais fatores de risco. Mulheres com citologia alterada foram submetidas a anuscopia e biópsia.
Resultados
No total, 69 mulheres foram incluídas no estudo. Destas, 7 (10,1%) tiveram resultados anormais de citologia anal (lesão de alto grau, células escamosas atípicas de significado indeterminado, e células escamosas atípicas, não se pode excluir lesões de alto grau: 28,5% cada; lesão de baixo grau: 14,3%). Das anuscopias, 3 (42,8%) demonstraram alterações. Das 2 biópsias realizadas, apenas 1 apresentou neoplasia intraepitelial anal de baixo grau. O número médio de gestações, partos vaginais e abortos estava associado à citologia anal anormal. No entanto, a maior média de partos cesáreos estava associada à citologia normal.
Conclusão
A prevalência de neoplasia intraepitelial anal foi compatível com dados de estudos recentes, principalmente daqueles feitos no Brasil. O rastreamento oportunista para neoplasia intraepitelial anal nesta população de alto risco deve ser considerado. A citologia anal é adequada para esse fim, devido ao seu baixo custo e viabilidade nos serviços públicos de saúde.
Palavras-chave: câncer anallesão intraepitelial escamosa de alto grautriagemvírus do papiloma humanoVer mais -
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Comportamento dos marcadores genéticos na triagem durante o primeiro trimestre de gravidez em fetos euploides
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):646-653
01/06/2022
Resumo
Original ArticleComportamento dos marcadores genéticos na triagem durante o primeiro trimestre de gravidez em fetos euploides
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(7):646-653
01/06/2022Visualizações80Ver maisResumo
Objetivo
Este estudo tem como objetivo descrever o comportamento do rastreamento de cromossomopatias em fetos euploides.
Métodos
Trata-se de um estudo prospectivo descritivo com 566 pacientes, entre 11 e 14 semanas de gestação. A associação entre a ultrassonografia e as variáveis sorológicas foi estudada. Para as variáveis quantitativas foi utilizado o teste de Spearman; para as qualitativas com variáveis quantitativas foi utilizado o teste U de Mann-Whitney e para as variáveis qualitativas foi aplicado o teste X2. A significância foi fixada em p ≤ 0,05.
Resultados
Constatou-se que a idade gestacional tem correlação com o ducto venoso, translucência nucal, fração livre da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana, proteína plasmática A associada à gravidez e fator de crescimento placentário; há também correlação entre a história de abortos e o osso nasal. Além disso, correlacionamos o índice de massa corporal com translucência nucal, fração livre da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana e proteína plasmática A associada à gravidez. A idade materna foi relacionada com fração livre da subunidade β da gonadotrofina coriônica humana e proteína plasmática A associada à gravidez.
Conclusão
Nosso estudo demonstra pela primeira vez o comportamento dos marcadores bioquímicos e ultrassonográficos de triagem de cromossomas durante o primeiro trimestre em fetos euploides na Colômbia. Nossa informação é consistente com a referência de valores internacionais. Além disso, mostram-se as relações das diferentes variáveis com as características maternas para determinar as variáveis capazes de ajudar no desenvolvimento de um processo de rastreamento durante o primeiro trimestre com alta taxa de detecção.
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Índice de pulsatilidade da artéria uterina como preditor de pré-eclâmpsia nos 3 trimestres em mulheres com gestações únicas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(12):904-910
24/01/2021
Resumo
Original ArticleÍndice de pulsatilidade da artéria uterina como preditor de pré-eclâmpsia nos 3 trimestres em mulheres com gestações únicas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(12):904-910
24/01/2021Visualizações103Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar o índice médio de pulsatilidade da artéria uterina (UtAPI) em cada trimestre da gravidez como preditor de pré-eclâmpsia (PE) precoce ou tardia em gestantes colombianas.
Métodos
O UtAPI foi medido em gestações únicas em cada trimestre. O UtAPI como preditor de PE foi avaliado por odds ratio (OR), curvas receiver operating characteristic (ROC) e diagrama de Kaplan-Meier.
Resultados
A análise no 1° e 3° trimestres mostrou que um UtAPI anormal foi associado com PE inicial (OR: 5,99; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,64–21,13; OR: 10,32; IC95%: 2,75–42,49, respectivamente). A sensibilidade e a especificidade foram de 71,4 e 79,6%, respectivamente, para o desenvolvimento de PE (area under the curve [AUC]: 0,922). A curva de Kaplan-Meier mostrou que um UtAPI de 0,76 (IC95%: 0,58– 1,0) no 1° trimestre foi associado com PE precoce, e que um UtAPI de 0,73 (IC95%: 0,55–0,97) no 3° trimestre foi associado com PE tardia.
Conclusão
As artérias uterinas mostraram ser uma ferramenta preditora útil no 1° e 3° trimestres para PE inicial e no 3° trimestre para PE tardia em uma população de gestantes com alta prevalência de PE.
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Diagnóstico pré-natal de artéria subclávia direita anômala: associação com anormalidades genéticas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(6):452-456
27/07/2021
Resumo
Original ArticleDiagnóstico pré-natal de artéria subclávia direita anômala: associação com anormalidades genéticas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2021;43(6):452-456
27/07/2021Visualizações73Resumo
Objetivo
O objetivo do presente estudo foi determinar a frequência demalformaçães e anomalias cromossômicas em uma população de fetos com artéria subclávia direita aberrante (ARSA).
Métodos
Este é um estudo retrospectivo de 6 anos de fetos com diagnóstico prénatal de ARSA realizado durante o período de setembro de 2013 a junho de 2019 em uma unidade de medicina fetal. Os dados foram coletados de ultrassom, ecocardiograma fetal, estudos genéticos e registros neonatais.
Resultados
Um ARSA foi diagnosticado em 22 fetos. Um ARSA foi um achado isolado em 18 dos 22 casos (82%). Achados ultrassonográficos anormais associados foram encontrados em 4 casos. Todos os casos foram submetidos a testes invasivos. Em um dos casos, foi detectada uma anormalidade cromossômica (mos 45, X [13] / 46, X, e (X) (p22.1q22.1)). Nenhum caso de doença cardíaca congênita foi encontrado em qualquer um desses fetos. Houve dois casos em que a avaliação pós-natal revelou a malformação: um caso de hipospádia e 1 caso de fenda palatina.
Conclusão
A presença de ARSA isolado é benigna e não está associada a anormalidades cromossômicas. O achado de ARSA, no entanto, justifica uma ultrassonografia fetal detalhada para excluir anormalidades fetais importantes e outros marcadores leves.
Palavras-chave: anormalidades genéticasartéria subclávia direita aberranteDiagnóstico pré-nataltriagemVer mais -
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Propriedades psicométricas de instrumentos de triagem de consumo de álcool durante gestação na Argentina
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(7):322-329
01/07/2017
Resumo
Original ArticlePropriedades psicométricas de instrumentos de triagem de consumo de álcool durante gestação na Argentina
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(7):322-329
01/07/2017Visualizações59Ver maisResumo
Introdução
Considerando os problemas físicos, mentais e comportamentais relacionados à exposição fetal ao álcool, as orientações clínicas pré-natais sugerem uma breve avaliação do consumo de álcool durante a gravidez para detectar o consumo de álcool e ajustar as intervenções, se necessário. Ainda que qualquer uso de álcool deva ser considerado arriscado durante a gravidez, identificar as mulheres com transtornos de uso de álcool é importante, porque elas podem precisar de uma intervenção mais específica do que um simples conselho para se abster. A maioria dos testes de triagem tem sido desenvolvidos e validados em populações masculinas, e estão focados nas consequências em longo prazo do uso excessivo de álcool, de modo que eles podem ser inadequados para avaliar o consumo em mulheres grávidas.
Objetivo
Analisar a confiabilidade e a validade internas dos instrumentos de triagem de álcool Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT), Alcohol Use Disorders Identification Test - Consumption (AUDIT-C), Tolerance, Worried, Eye-Opener, Amnesia and Cut-Down (TWEAK), Rapid Alcohol Problems Screen - Quantity Frequency (RAPS-QF) e Tolerance, Annoyed, Cut-Down and Eye-Opener (T-ACE) para identificar transtornos por uso de álcool em mulheres grávidas.
Método
Um total de 641 puérperas foram entrevistadas pessoalmente durante as 48 horas após o parto. As curvas receiver operating characteristic (ROC), a sensibilidade e a especificidadede cada instrumento foramanalisadas utilizandodiferentespontosde corte. Resultados Todos os instrumentos mostraram áreas sob as curvas ROC acima de 0.80. Foram encontradas áreas maiores para o TWEAK e para o AUDIT. O TWEAK, o TACE e o AUDIT-C apresentaram maior sensibilidade, enquanto o AUDIT e o RAPS-QF apresentaram maior especificidade. A confiabilidade (consistência interna) foi baixa para todos os instrumentos, melhorando quando foram utilizados pontos de corte ótimos, especialmente para o AUDIT, o AUDIT-C e o RAPS-QF.
Conclusões
em outros contextos culturais, estudos concluíram que o T-ACE e o TWEAK são os melhores instrumentos para avaliar mulheres grávidas. Em contrapartida, nossos resultados evidenciaram baixa confiabilidade desses instrumentos e melhor desempenho do AUDIT nessa população.