Resumo
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Avaliar recidiva e seus fatores de risco em mulheres com câncer do colo do útero estádio IA1 sem invasão do espaço linfovascular tratadas conservadoramente.
Estudo de coorte retrospectivo de pacientes com câncer do colo do útero IA1 escamoso submetidas a cone do colo do útero, entre 1994 e 2015, em um centro de ginecologia oncológica do sul do Brasil. Foram revisados e analisados idade no diagnóstico, achados pré-conização, método de conização, margens, doença residual, recorrência e sobrevida.
26 mulheres diagnosticadas com câncer do colo do útero estádio escamoso sem invasão do espaço linfovascular foram submetidas a tratamento conservador, com seguimento mínimo de 12 meses. O tempo médio de seguimento foi 44,6 meses. A média de idade no diagnóstico foi 40,9 anos. A primeira relação sexual ocorreu aos 16 anos (mediana), 11,5% eram nulíparas e 30,8% eram tabagistas atuais ou passadas. Houve um caso de recidiva de neoplasia intraepitelial cervical grau 2 aos 30 meses em uma paciente com vírus da imunodeficiência humana. Não houve pacientes diagnosticados com câncer de colo do útero invasor recorrente, e não houve mortes por câncer do colo do útero ou outras causas.
Os resultados observados após tratamento conservador em mulheres com câncer cervical escamoso IA1 sem invasão do espaço linfovascular com margens negativas foram excelentes, mesmo em um país em desenvolvimento.
Resumo
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A síndrome da rede axilar (ou cordão axilar) é uma complicação físico-funcional que interfere na qualidade de vida de mulheres que foram submetidas a tratamento para o câncer de mama. O objetivo do presente estudo foi verificar os tratamentos fisioterapêuticos disponíveis para a síndrome da rede axilar após o tratamento cirúrgico do câncer de mama no contexto da prática clínica baseada em evidências. Utilizou-se como critério de inclusão artigos que discutissem protocolos de tratamento para a síndrome da rede axilar após o tratamento para o câncer de mama. A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE, Scopus, PEDro e LILACS, utilizando como palavras-chave síndrome da rede axilar linfadenectomia e câncer de mama, com foco em mulheres com diagnóstico de câncer de mama que realizaram cirurgia com linfadenectomia como parte do tratamento. Dos 262 estudos encontrados, foram selecionados 4 artigos que utilizaram fisioterapia, os quais incluíram drenagem linfática, mobilização tecidual, alongamento e fortalecimento. Os quatro artigos selecionados tiveram desfechos similares: melhora da dor no membro superior e na função do ombro e/ou desaparecimento do cordão axilar. Embora a síndrome da rede axilar seja tão frequente e prejudicial quanto as outras morbidades após tratamento para o câncer, existem poucos estudos sobre esse tema. As publicações são ainda mais escassas quando se considera uma abordagem intervencionista. Estudos randomizados controlados são necessários para embasar as técnicas de reabilitação na síndrome da rede axilar após tratamento para o câncer de mama.