Transtornos puerperais Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Depressão com início após o parto: estudo de corte prospectivo em mulheres submetidas à cesárea eletiva em Brasília, Brasil

    . ;:130-135

    Resumo

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    Depressão com início após o parto: estudo de corte prospectivo em mulheres submetidas à cesárea eletiva em Brasília, Brasil

    . ;:130-135

    DOI 10.1590/S0100-72032013000300007

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    OBJETIVO: Foi determinar a prevalência de sintomas depressivos em uma amostra de puérperas da cidade de Brasília, Brasil, discriminando os casos com surgimento após o parto daqueles já presentes durante a gestação. MÉTODOS: Estudo de corte prospectivo. Amostragem por conveniência de pacientes que seriam submetidas à cesariana eletiva em dois hospitais privados. Como instrumento para avaliar os sintomas depressivos, foi utilizada a Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo, com ponto de corte >13, aplicada momentos antes do parto e quatro a oito semanas após o nascimento da criança. RESULTADOS: Das 107 mulheres que completaram o estudo, 11 (10,3%) apresentaram sintomas depressivos significativos na gestação e 12 (11,2%) no período pós-parto. Das 12 pacientes com sintomas no pós-parto, 6 já tinham os sintomas durante a gestação, de modo que 5,6% da amostra teve depressão com início após o parto. A frequência global de depressão foi significativamente maior entre as mulheres solteiras em comparação com mulheres casadas (p=0,04) por causa principalmente da maior frequência de mulheres solteiras apresentando sintomas depressivos persistentes, antes e depois do parto (p=0,002). O risco de depressão não foi influenciado pela idade, paridade e escolaridade. CONCLUSÃO: As mulheres com depressão reconhecida no período pós-parto compõem um grupo heterogêneo, no qual o quadro pode ter tido início antes da gestação, durante a gestação ou após o parto. Na amostra estudada, metade dos casos de depressão reconhecida após o parto já apresentava os sintomas no final da gestação. Uma vez que a depressão que surge antes e após o parto pode ter etiologia diferente e, portanto, apresentar resposta ao tratamento diferente, os clínicos e pesquisadores devem estar atentos a essa possibilidade.

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    Ansiedade no puerpério: prevalência e fatores de risco

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(3):171-178

    Resumo

    Artigos Originais

    Ansiedade no puerpério: prevalência e fatores de risco

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(3):171-178

    DOI 10.1590/S0100-72032006000300006

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    OBJETIVOS: estimar a prevalência de ansiedade puerperal (AP) e fatores de risco associados, em amostra de mulheres de clínica privada. MÉTODOS: foi realizado estudo de corte transversal com 299 mulheres, atendidas em consulta ginecológica de rotina, durante o período de agosto de 2000 a maio de 2003. Foram utilizados o STAIT (Spielberger State-Trait Anxiety Inventory), para avaliação de ansiedade puerperal, e um questionário com dados sociodemográficos e obstétricos. Os critérios de inclusão foram: puérperas sem história atual ou passada de depressão ou tratamento psiquiátrico, alcoolismo ou abuso de drogas e cujos filhos estavam vivos. As prevalências de AP-traço e AP-estado que avaliam, respectivamente, características de personalidade e ansiedade transitória, segundo o STAIT, foram estimadas, conjuntamente com o intervalo de confiança (IC) 95%. Estimaram-se os odds ratios (OR) e os intervalos de confiança de 95%, na avaliação da associação entre AP e as variáveis explicativas. Utilizou-se o teste do chi2 ou chi2 de tendência, quando as categorias foram ordenadas para análise estatística. Valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: a prevalência de AP foi de 44,8 (IC 95%: 39,1 - 50,7), para AP-estado, e 46,1% (IC 95%: 40,4 - 52,0), para AP-traço. A concordância formal entre as escalas foi moderada (kappa = 0,55, p<0,001). Na análise multivariada, AP-traço e AP-estado se associaram com maior renda da mulher (OR:0,39; IC 95%: 0,21 - 0,74, p=0,005); (OR: 0,46; IC 95%: 0,24 - 0,87, p=0,02) e com presença de intercorrências com o recém-nascido (OR:2,15; IC 95%: 1,02 - 4,54, p=0,04; OR:2,47; IC 95%: 1,16 - 5,25, p=0,02), respectivamente. AP-traço se associou com maior faixa etária (OR: 0,34; IC 95%: 0,13 - 0,88, p=0,008), ao passo que AP-estado se associou com maior número de filhos vivos (OR:1,82; IC 95: 1,01 - 3,29, p=0,04). CONCLUSÕES: AP foi muito prevalente nesta amostra de mulheres atendidas em clínica privada. Maior renda e maior faixa etária da mulher diminuem o risco, ao passo que a presença de intercorrências com o recém-nascido e maior número de filhos vivos aumentam o risco de AP.

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