Terapia intensiva neonatal Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Ruptura prematura das membranas antes da 35a semana: resultados perinatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(7):296-302

    Resumo

    Artigos Originais

    Ruptura prematura das membranas antes da 35a semana: resultados perinatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(7):296-302

    DOI 10.1590/SO100-720320140004958

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    OBJETIVO:

    Descrever os resultados perinatais na ruptura prematura das membranas pré-termo.

    MÉTODOS:

    Estudo observacional do tipo coorte retrospectivo, realizado no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - IMIP, de janeiro de 2008 a dezembro de 2012. Foram incluídas 124 gestantes com ruptura prematura das membranas pré-termo, com feto único e idade gestacional <35 semanas. Gestantes com malformações fetais, síndromes hipertensivas, diabetes e diagnóstico de infecção na admissão foram excluídas. As gestantes foram internadas para realização de conduta conservadora, sendo realizada corticoterapia, antibioticoterapia e tocólise com nifepina, se necessário. Os resultados foram apresentados como distribuição de frequências e medidas de tendência central e de dispersão.

    RESULTADOS:

    Dezessete mulheres (13,7%) tinham idade gestacional menor que a 24a semana. As médias foram as seguintes: idade materna - 25,7 anos, idade gestacional no diagnóstico da ruptura prematura das membranas pré-termo - 29 semanas, índice de líquido amniótico - 3,5 cm e período de latência - 10,5 dias. A maioria das mulheres desencadeou o trabalho de parto espontâneo até a 30a semana, e a taxa de parto vaginal foi de 88,2%. A principal complicação materna foi a corioamnionite (34,7%). A sepse neonatal foi observada em 12%, e a mortalidade perinatal foi de 21,5% no grupo a partir da 24asemana e de 76,5% nas gestantes antes da 24a semana.

    CONCLUSÕES:

    Na ruptura prematura das membranas pré-termo, foi observada uma baixa frequência de morbidade e mortalidade materna, porém com altas taxas de complicações e óbito perinatais, sugerindo que outros protocolos de conduta nessas pacientes sejam estudados.

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