Resumo
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Este artigo tem como objetivo avaliar o impacto do tratamento com testosterona na expansão dos tecidos adiposos visceral, subcutâneo e intramedular de ratas ovariectomizadas e a expressão de receptores ativados por proliferadores de peroxissoma (RAPPs) gama nas gorduras visceral e subcutânea.
No total, 48 ratas Wistar foram castradas e divididas aleatoriamente em 6 grupos de tratamento: o grupo E2 recebeu estradiol 5 μg/dia; o grupo T, testosterona 5 μg/dia; o grupo E2 + T, estradiol 5 μg/dia + testosterona 5 μg/dia; o grupo TT, testosterona 30 μg/dia; o grupo E2 + TT, estradiol 5 μg/dia + testosterona 30 μg/dia; e o grupo P recebeu placebo. Após 5 semanas, as ratas foram submetidas a eutanásia, o tecido adiposo inguinal e visceral foi coletado, pesado, e se avaliou a expressão dos RAPP gama por reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa quantitativa (RCP-TRq). Os ossos do fêmur direito foram colhidos e processados histologicamente para contagem de números de adipócitos intramedulares.
A expansão do tecido adiposo visceral foi muito maior no grupo TT quando comparado a outros grupos tratados (p < 0,001). O grupo TT também apresentou maior expansão da gordura inguinal (p < 0,01), e os grupos E2 +T e E2 + TT apresentaram menor crescimento em relação ao grupo P (p < 0,01). O número de adipócitos intramedulares no fêmur mostrou apenas diferenças significativas entre os grupos TT e E2 + TT (p < 0,05). A expressão de RAPP gama não mostrou diferenças entre os grupos.
O uso de testosterona emaltas doses leva a uma importante expansão nos tecidos adiposos visceral e inguinal. A associação com o estradiol exerce um efeito repressivo de expansão nos tecidos adiposos visceral e inguinal.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(2):84-89
DOI 10.1590/S0100-72032014000200007
Identificar e relacionar a composição corporal, baseada na porcentagem de gordura corporal e o índice de massa corpórea (IMC), e a idade da menarca, com a capacidade aeróbia, utilizando-se os valores de VO2 máximo indireto, de estudantes do segundo ciclo do ensino fundamental.
Foram avaliadas 197 meninas com média de idade de 13,0±1,2 anos, estudantes de duas escolas estaduais de Atibaia-SP. Para estimar a porcentagem de gordura corporal, foi realizada uma avaliação de dobras cutâneas utilizando-se o protocolo de Slaughter para meninas adolescentes. Já o índice de massa corpórea (IMC), medido em quilogramas por metro quadrado (kg/m2), seguiu as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para a avaliação aeróbia, foi utilizado o teste de corrida proposto por Léger, determinando o volume de oxigênio máximo de forma indireta (VO2 máx). Para a análise estatística, foi utilizada a regressão linear de Pearson, o teste t de Student e a análise multivariada.
22,3% das meninas apresentaram sobrepeso e 3,5% obesidade, de acordo com o IMC. Na amostra estudada, 140 (71,1%) adolescentes relataram a ocorrência de menarca. A média de idade da menarca foi de 12,0±1,0 anos. A média de idade de menarca para o grupo com IMC normal foi significativamente maior (12,2±0,9 anos) do que nas estudantes com sobrepeso ou obesidade (11,6±1,0 anos). A média do VO2 máx indireto foi de 39,6±3,7 mL/kg/min, variando de 30,3 a 50,5 mL/kg/min. O avanço da idade cronológica e a precocidade da menarca correlacionaram-se positivamente com os menores valores de VO2 máx.
Meninas com maiores valores de IMC e percentual de gordura corporal apresentaram menores valores de VO2 máx. A precocidade da menarca e o avanço da idade cronológica foram os fatores mais importantes para a redução da capacidade aeróbia. A idade da menarca foi mais elevada em meninas com IMC adequado quando comparadas com as meninas com sobrepeso ou obesidade.