taxa de mortalidade Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Mortes maternas por COVID-19 no Brasil: Aumento durante a segunda onda da pandemia

    . ;:567-572

    Resumo

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    Mortes maternas por COVID-19 no Brasil: Aumento durante a segunda onda da pandemia

    . ;:567-572

    DOI 10.1055/s-0042-1748975

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    Resumo

    Objetivo

    Comparar as taxas de mortalidade por COVID-19 entre gestantes ou puérperas e não gestantes durante a primeira e segunda ondas da pandemia brasileira.

    Métodos

    Na presente avaliação dos dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), incluímos mulheres com síndrome respiratória aguda grave por COVID-19: 47.768 em 2020 (4.853 obstétricas versus 42.915 não obstétricas) e 66.689 em 2021 (5.208 obstétricas versus 61.481 não obstétricas) e estimamos a frequência de óbito intra-hospitalar.

    Resultados

    Identificamos 377 óbitos maternos em 2020 e 804 em 2021. A taxa de mortalidade por COVID-19 aumentou 2,0 vezes no grupo obstétrico (de 7,7 para 15,4%) e 1,6 vezes no grupo não obstétrico (de 13,9 para 22,9%) de 2020 a 2021 (odds ratio [OR]: 0,52; intervalo de confiança [IC] 95%: 0,47–0,58 em 2020 e OR: 0,61; IC95%: 0,56–0,66 em 2021; p <0,05). Em mulheres com comorbidades, a taxa de óbitos aumentou 1,7 vezes (de 13,3 para 23,3%) e 1,4 vezes (de 22,8 para 31,4%) para os grupos obstétricos e não obstétricos, respectivamente (OR: 0,52; IC95%: 0,44–0,61 em 2020 para OR: 0,66; IC95%: 0,59–0,73 em 2021; p <0,05). Em mulheres sem comorbidades, a taxa de mortalidade foi maior para as não obstétricas (2,4 vezes; de 6,6% para 15,7%) do que para mulheres obstétricas (1,8 vezes; de 5,5 para 10,1%; OR: 0,81; IC95%: 0,69–0,95 em 2020 e OR: 0,60; IC95%: 0,58–0,68 em 2021; p < 0,05).

    Conclusão

    Houve aumento das mortes maternas por COVID-19 em 2021 em relação a 2020, principalmente naquelas com comorbidades. As taxas de mortalidade foram ainda maiores em mulheres não grávidas, com ou sem comorbidades.

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