Resumo
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Explorar as principais queixas da sexualidade com sobreviventes de câncer ginecológico após o tratamento e identificar as estratégias de cuidados prestados.
As buscas foram realizadas em seis bases eletrônicas: Scopus, Web of Science, LILACS, MEDLINE, PsychINFO e EMBASE.
Foram selecionados artigos publicados entre 2010 e 2020 e os descritores utilizados (em inglês) foram female genital neoplasms e gynaecological cancer. A qualidade metodológica dos estudos utilizou a ferramenta Mixed Methods Appraisal Tool (MMAT).
Os principais dados extraídos foram: nomes dos autores, ano de publicação, país de origem, objetivo e tipo de estudo, instrumento para coleta de dados, tamanho da amostra e faixa etária, tipos de câncer, os sintomas acometidos e as estratégias adotadas.
Dos 2,536 artigos identificados, 34 foram incluídos. As principais estratégias encontradas para os cuidados aos pacientes foram a comunicação paciente-médico, práticas para os cuidados sexuais, plano de cuidados individualizado, apoio a equipes multiprofissionais e desenvolvimento de programas de reabilitação. Para os cuidados de sexualidade, as práticas mais comuns são sessões de fisioterapia pélvica e o uso de géis vaginais e hidratantes.
As principais queixas identificadas na literatura científica foram baixa libido e falta de interesse na atividade sexual, secura vaginal, dor durante a relação sexual e estenose. Diferentes estratégias de cuidados podem ser adotadas, como o acompanhamento com uma equipe de saúde multidisciplinar e programas de reabilitação da saúde sexual, as quais poderiam minimizar estes sintomas e garantir a qualidade de vida dos pacientes.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2015;37(3):119-126
DOI 10.1590/SO100-720320150005247
Avaliar a fadiga e a qualidade de vida de sobreviventes de câncer de mama, livres da doença, em relação a uma amostra de mulheres da mesma idade, sem histórico de câncer, e explorar a relação entre fadiga e qualidade de vida.
Estudo transversal realizado com uma amostra consecutiva de 202 pacientes brasileiras, sobreviventes de câncer de mama e livres da doença, que haviam completado o tratamento em 2 grandes hospitais. As pacientes foram comparadas com mulheres da mesma idade, sem história de câncer, acompanhadas em uma Unidade Básica de Saúde. A Escala de Fadiga de Piper-Revisada e o World Health Organization Quality of Life Instrument (WHOQOL-BREF) foram usados para avaliar a fadiga e a qualidade de vida, respectivamente. Dados sociodemográficos e clínicos também foram obtidos. O teste do χ2, modelo linear generalizado e coeficiente de correlação de Spearman foram utilizados para fins estatísticos. Foi adotado o nível de significância de 5%.
As sobreviventes de câncer de mama apresentaram significativamente maiores escores de fadiga total e das subescalas do que o grupo controle (todos os valores de p<0,05). Além disso, as sobreviventes relataram pior qualidade de vida nos domínios físico (p=0,002), psicológico (p=0,03) e relações sociais (p=0,03) do que o grupo controle. Nenhuma diferença foi encontrada para o domínio ambiental (p=0,08) entre os 2 grupos. Para as sobreviventes de câncer de mama e para o grupo controle, os escores de fadiga total e das subescalas estavam relacionados à baixa qualidade de vida (todos os valores de p<0,01).
Os resultados deste estudo destacam a importância de avaliar a fadiga e a qualidade de vida em pacientes sobreviventes de câncer de mama.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(10):453-458
DOI 10.1590/S0100-72032012001000004
OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida em mulheres sobreviventes de câncer de mama e comparar com mulheres saudáveis pareadas por idade. MÉTODOS: Estudo transversal com uma amostra de 199 pacientes sobreviventes de câncer de mama, incluídas consecutivamente um ano ou mais após o diagnóstico. As pacientes haviam sido tratadas em dois grandes hospitais. Essas pacientes foram comparadas com um grupo de mulheres saudáveis, pareadas por idade com as pacientes, composto por funcionárias e voluntárias dos dois hospitais. A avaliação da qualidade de vida foi realizada através do World Health Organization Quality of Life Questionnaire, version bref (WHOQOL-bref), e foram obtidos dados socioeconômicos, clínicos e do tratamento. Os testes estatísticos utilizados foram do χ² e modelo linear generalizado. Foi adotado o nível de significância de 5%. RESULTADOS: As sobreviventes de câncer de mama tinham média de idade de 54,4 anos (DP=10,4) e tempo médio de diagnóstico de 5,0 anos (DP=4,6). As pacientes sobreviventes relataram piores avaliações de qualidade de vida geral (p<0,001) e para os domínios físico (p<0,05), psicológico (p=0,002) e meio ambiente (p=0,02) em relação às mulheres saudáveis, após controle para potenciais variáveis de confusão. Não houve diferença significativa para o domínio relações sociais (p=0,9). CONCLUSÕES: Muitas pacientes sobreviventes de câncer de mama experimentaram piores avaliações na qualidade de vida quando comparadas às mulheres saudáveis. Esses resultados podem ser úteis para estabelecer estratégias para melhorar a qualidade de vida de mulheres com câncer de mama.