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    O Impacto da pandemia de COVID-19 no atendimento de mulheres que vivenciam o aborto em um hospital universitário no Brasil

    . ;:113-120

    Resumo

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    O Impacto da pandemia de COVID-19 no atendimento de mulheres que vivenciam o aborto em um hospital universitário no Brasil

    . ;:113-120

    DOI 10.1055/s-0042-1759749

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    Resumo

    Objetivo

    Avaliar o impacto da pandemia de coronavirus disease 2019 (Covid-19) no atendimento de pacientes com aborto espontâneo e interrupção legal da gravidez em um hospital universitário no Brasil.

    Métodos

    Estudo transversal com mulheres admitidas por aborto por qualquer causa no Hospital da Mulher Prof. Dr. J. A. Pinotti da Universidade de Campinas (UNICAMP), Brasil, entre julho de 2017 e setembro de 2021. As variáveis dependentes foram complicações relacionadas ao aborto e interrupção legal da gravidez. As variáveis independentes foram período pré-pandemia (até fevereiro de 2020) e período pandêmico (a partir de março de 2020). O teste de Cochran-Armitage, teste do qui-quadrado, teste de Mann-Whitney e regressão logística múltipla foram utilizados para análise estatística.

    Resultados

    Foram incluídas 561 mulheres, 376 no período pré-pandemia e 185 no período pandêmico. A maioria das pacientes durante a pandemia era solteira, sem comorbidades, teve gravidez não planejada e optou por iniciar método anticoncepcional após a alta hospitalar. Não houve tendência significativa para mudanças no número de interrupções legais ou complicações. As complicações foram associadas a: falha do método contraceptivo (razão de chances [RC] 2,44; intervalo de confiança [IC] 95% 1,23–4,84), idade gestacional (RC 1,126; IC 95% 1,039–1,219) e preparo do colo uterino com misoprostol (RC 1,99; IC 95% 1,01–3,96).

    Conclusão

    Não houve diferenças significativas na duração dos sintomas, transporte ao hospital ou tendência de redução do número de abortos legais e aumento de complicações. O perfil das pacientes provavelmente reflete o impacto da pandemia no planejamento familiar.

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    O Impacto da pandemia de COVID-19 no atendimento de mulheres que vivenciam o aborto em um hospital universitário no Brasil
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    Fatores associados a complicações do aborto após a implementação de um sistema de vigilância (Rede MUSA) em um hospital universitário

    . ;:507-512

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    Fatores associados a complicações do aborto após a implementação de um sistema de vigilância (Rede MUSA) em um hospital universitário

    . ;:507-512

    DOI 10.1055/s-0041-1735129

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    Resumo

    Objetivo

    Avaliar os fatores associados às complicações em casos de aborto após a implementação da rede de vigilância de boas práticas Mujeres en Situación de Aborto (Mulheres em Situação de Aborto, MUSA, em espanhol).

    Métodos

    Um estudo transversal, com mulheres admitidas por aborto de qualquer causa e em qualquer faixa etária, no Hospital da Mulher da UNICAMP (parte da rede MUSA), Campinas, Brasil, entre julho de 2017 e agosto de 2019. A variável dependente foi a presença de qualquer complicação relacionada ao quadro de aborto durante a hospitalização. As variáveis independentes foram dados clínicos e sociodemográficos. O teste de qui-quadrado, o teste de Mann-Whitney, e a regressão logística múltipla foram usados na análise estatística.

    Resultados

    Foram incluídas 305 mulheres (média±desvio padrão [DP] da idade: 29,79±7,54 anos). A idade gestacional média foi de 11,17 (±3,63) semanas. A gravidez não foi planejada em 196 (64,5%) casos, 91 (29,8%) devido a falha de contraceptivo. Pelo menos 1 complicação foi observada em 23 (7,64%) mulheres, 8 (34,8%) das quais apresentaram mais de uma complicação. As complicações mais frequentes foram sangramento excessivo e infecção. Os fatores independentemente associados à maior prevalência de complicações foram idades gestacionais maiores (razão de chances [OR]: 1.22; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1.09 a 1.37) e falha de contraceptivo (OR: 3.4; IC95%: 1.32 a 8.71).

    Conclusão

    Maior idade gestacional e falha de contraceptivo estiveram associados à maior prevalência de complicações. As informações obtidas pela rede de vigilância podem ser usadas para melhorar o cuidado, particularmente nas mulheres mais suscetíveis a desfechos desfavoráveis.

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