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Original Article
Síndrome dos ovários policísticos e síndrome metabólica: Achados clínicos e laboratoriais e doença hepática gordurosa não alcoólica avaliada por elastografia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(3):287-294
27/06/2022
Resumo
Original ArticleSíndrome dos ovários policísticos e síndrome metabólica: Achados clínicos e laboratoriais e doença hepática gordurosa não alcoólica avaliada por elastografia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(3):287-294
27/06/2022Visualizações85Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar a associação entre a síndrome do ovário policístico (SOP) e a síndrome metabólica (SM), agregando avaliação do fígado por elastografia e ultrassonografia, para correlação com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A SM ocorre em cerca de 43% dasmulheres comSOP, e DHGNA é a expressão hepática da SM.
Métodos
Foramincluídas 100 mulheres, pareadas por idade (18-35 anos) e índice de massa corporal (IMC), 50 comSOP e 50 controles com sobrepeso e obesidade grau I, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Brasil. Para o diagnóstico de SOP, adotamos os critérios de Rotterdam e, para o diagnóstico de SM, os critérios do National Cholesterol Education Program (NCEP/ATP III). Elastografia hepática e ultrassonografia foram realizadas para avaliar a rigidez e a ecotextura do fígado, respectivamente.
Resultados
As médias de idade foram de 29,1 (±5,3) e 30,54 (±4,39) anos para os grupos SOP e controle, respectivamente. Pacientes com SOP apresentaram risco 4 vezes maior de SM do que aquelas no grupo controle [[razão de chances (intervalo de confiança de 95%) = 4,14]. Mulheres com SOP tiveram maior média de circunferência abdominal (100,9±9,08cm vs 94,96±6,99 cm) e triglicérides (162±54,63 mg/dL vs 137,54±36,91 mg/dL) e menor média de colesterol HDL (45,66±6,88 mg/dL vs 49,78±7,05mg/dL), com diferença estatisticamente significativa. Esteatose hepática foi observada em ultrassonografias de mulheres com SOP, porém sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança para DHGNA na elastografia em nenhum dos grupos.
Conclusão
Mulheres com SOP tiveram frequência quatro vezes maior de SM e mais esteatose hepática, sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança na rigidez do fígado entre os grupos na elastografia. Os resultados podem ser estendidos apenas a populações com sobrepeso e obesidade grau 1, com SOP ou não. Eles não podem ser generalizados para outros grupos não testados.
Visualizações85This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. Resumo
Original ArticleSíndrome dos ovários policísticos e síndrome metabólica: Achados clínicos e laboratoriais e doença hepática gordurosa não alcoólica avaliada por elastografia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(3):287-294
27/06/2022Visualizações85Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar a associação entre a síndrome do ovário policístico (SOP) e a síndrome metabólica (SM), agregando avaliação do fígado por elastografia e ultrassonografia, para correlação com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A SM ocorre em cerca de 43% dasmulheres comSOP, e DHGNA é a expressão hepática da SM.
Métodos
Foramincluídas 100 mulheres, pareadas por idade (18-35 anos) e índice de massa corporal (IMC), 50 comSOP e 50 controles com sobrepeso e obesidade grau I, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Brasil. Para o diagnóstico de SOP, adotamos os critérios de Rotterdam e, para o diagnóstico de SM, os critérios do National Cholesterol Education Program (NCEP/ATP III). Elastografia hepática e ultrassonografia foram realizadas para avaliar a rigidez e a ecotextura do fígado, respectivamente.
Resultados
As médias de idade foram de 29,1 (±5,3) e 30,54 (±4,39) anos para os grupos SOP e controle, respectivamente. Pacientes com SOP apresentaram risco 4 vezes maior de SM do que aquelas no grupo controle [[razão de chances (intervalo de confiança de 95%) = 4,14]. Mulheres com SOP tiveram maior média de circunferência abdominal (100,9±9,08cm vs 94,96±6,99 cm) e triglicérides (162±54,63 mg/dL vs 137,54±36,91 mg/dL) e menor média de colesterol HDL (45,66±6,88 mg/dL vs 49,78±7,05mg/dL), com diferença estatisticamente significativa. Esteatose hepática foi observada em ultrassonografias de mulheres com SOP, porém sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança para DHGNA na elastografia em nenhum dos grupos.
Conclusão
Mulheres com SOP tiveram frequência quatro vezes maior de SM e mais esteatose hepática, sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança na rigidez do fígado entre os grupos na elastografia. Os resultados podem ser estendidos apenas a populações com sobrepeso e obesidade grau 1, com SOP ou não. Eles não podem ser generalizados para outros grupos não testados.
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Original Articles
Avaliação da Influência da Obesidade na Função Sexual de Mulheres após a Menopausa: um Estudo Transversal
- Gustavo Maximiliano Dutra da Silva
,
- Sônia Maria Rolim Rosa Lima,
- Benedito Fabiano dos Reis,
- Carolina Furtado Macruz,
- Sóstenes Postigo
20/12/2019
Resumo
Original ArticlesAvaliação da Influência da Obesidade na Função Sexual de Mulheres após a Menopausa: um Estudo Transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(11):660-667
20/12/2019- Gustavo Maximiliano Dutra da Silva
,
- Sônia Maria Rolim Rosa Lima,
- Benedito Fabiano dos Reis,
- Carolina Furtado Macruz,
- Sóstenes Postigo
Visualizações60Resumo
Objetivo
A incidência de obesidade, que é uma condição crônica, aumentou nos últimos anos. A associação entre obesidade e disfunção sexual feminina ainda não está clara, particularmente emmulheres após amenopausa. No presente estudo, avaliamos se a obesidade é um fator de risco para disfunção sexual em mulheres após a menopausa.
Métodos
Este é umestudo transversal que analisou dados de entrevistas demulheres após a menopausa no Ambulatório de Climatério a partir de 2015 até 2018. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 221 mulheres com idade entre 40 e 65 anos foram selecionadas e convidadas a participar do estudo. Obesidade foi diagnosticada de acordo com o índice de massa corpórea (IMC). Os participantes foram agrupados nas seguintes categorias de IMC: grupo 1: 18,5-24,9 kg/m2 (normal); grupo 2: 25,0-29,9 kg/m2 (sobrepeso); e grupo 3: ≥30,0 kg/m2 (obesidade). A função sexual foi avaliada através do questionário Female Sexual Function Index (FSFI, na sigla em inglês). Pontos de corte de ≥23 e ≥26,5 foram adotados para definir um diagnóstico de disfunção sexual feminina (DSF) com base no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4ª Edição, Texto Revisto DSM-IV-TR.
Resultados
Os escores de desejo e excitação foram estatisticamente maiores no grupo com IMC normal do que no grupo obesidade (p=0,028 e p=0,043, respectivamente). Os escores de satisfação foram estatisticamente maiores no grupo com IMC normal do que nos grupos comsobrepeso e obesidade (p<0,05). A pontuação total do FSFI diferiu estatisticamente entre as categorias de IMC (p=0,027).
Conclusão
No presente estudo,mulheres após a menopausa obesas e com sobrepeso tiveram escores totais mais altos do que mulheres com IMC normal. Nossos resultados mostram que mulheres obesas e com sobrepeso após a menopausa apresentaram índices mais altos de disfunção no desejo e excitação e menor satisfação sexual do que mulheres com peso normal.
Palavras-chave: disfunção sexual femininaÍndice de massa corporalMenopausaObesidadesíndrome metabólicaVer maisVisualizações60This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. Resumo
Original ArticlesAvaliação da Influência da Obesidade na Função Sexual de Mulheres após a Menopausa: um Estudo Transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(11):660-667
20/12/2019- Gustavo Maximiliano Dutra da Silva
,
- Sônia Maria Rolim Rosa Lima,
- Benedito Fabiano dos Reis,
- Carolina Furtado Macruz,
- Sóstenes Postigo
Visualizações60Resumo
Objetivo
A incidência de obesidade, que é uma condição crônica, aumentou nos últimos anos. A associação entre obesidade e disfunção sexual feminina ainda não está clara, particularmente emmulheres após amenopausa. No presente estudo, avaliamos se a obesidade é um fator de risco para disfunção sexual em mulheres após a menopausa.
Métodos
Este é umestudo transversal que analisou dados de entrevistas demulheres após a menopausa no Ambulatório de Climatério a partir de 2015 até 2018. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 221 mulheres com idade entre 40 e 65 anos foram selecionadas e convidadas a participar do estudo. Obesidade foi diagnosticada de acordo com o índice de massa corpórea (IMC). Os participantes foram agrupados nas seguintes categorias de IMC: grupo 1: 18,5-24,9 kg/m2 (normal); grupo 2: 25,0-29,9 kg/m2 (sobrepeso); e grupo 3: ≥30,0 kg/m2 (obesidade). A função sexual foi avaliada através do questionário Female Sexual Function Index (FSFI, na sigla em inglês). Pontos de corte de ≥23 e ≥26,5 foram adotados para definir um diagnóstico de disfunção sexual feminina (DSF) com base no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4ª Edição, Texto Revisto DSM-IV-TR.
Resultados
Os escores de desejo e excitação foram estatisticamente maiores no grupo com IMC normal do que no grupo obesidade (p=0,028 e p=0,043, respectivamente). Os escores de satisfação foram estatisticamente maiores no grupo com IMC normal do que nos grupos comsobrepeso e obesidade (p<0,05). A pontuação total do FSFI diferiu estatisticamente entre as categorias de IMC (p=0,027).
Conclusão
No presente estudo,mulheres após a menopausa obesas e com sobrepeso tiveram escores totais mais altos do que mulheres com IMC normal. Nossos resultados mostram que mulheres obesas e com sobrepeso após a menopausa apresentaram índices mais altos de disfunção no desejo e excitação e menor satisfação sexual do que mulheres com peso normal.
Palavras-chave: disfunção sexual femininaÍndice de massa corporalMenopausaObesidadesíndrome metabólicaVer maisThis is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. - Gustavo Maximiliano Dutra da Silva
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Original Articles
A prevalência da síndrome metabólica nos diferentes fenótipos da síndrome do ovário policístico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(1):37-43
15/04/2019
Resumo
Original ArticlesA prevalência da síndrome metabólica nos diferentes fenótipos da síndrome do ovário policístico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(1):37-43
15/04/2019Visualizações75Resumo
Objetivo
Avaliar a prevalência da síndromemetabólica nos fenótipos da síndrome do ovário policístico.
Métodos
Trata-se deum estudo transversal envolvendo 111 mulheres comidade entre 18 e39 anos com diagnóstico de síndrome do ovário policístico, segundo os critérios de Roterdã, e agrupadas em quatro fenótipos: A: Disfunção ovulatória + hiperandrogenismo + ovários policísticos;B: disfunçãoovulatória + hiperandrogenismo; C: hiperandrogenismo + ovários policísticos; D: disfunção ovulatória + ovários policísticos. Para avaliar a presença de síndrome metabólica, foram medidos os níveis séricos de triglicérides, colesterol HDL e glicemia de jejum, pressão arterial e circunferência da cintura.
Resultados
A prevalência de síndrome metabólica encontrada nesta amostra foi de 33,6%, e não houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre os quatro fenótipos. Entretanto, o fenótipo D apresentou um nível médio de glicose significativamente mais alto após o jejum (93,6 mg/dL) e duas horas após a ingestão de uma solução com 75g de glicose anidra (120 mg/dL), bem como o menor nível médio de colesterol HDL (44,7 mg/dl). As mulheres deste grupo demonstraram alta prevalência de circunferência abdominal ≥ 80 cm (68,2%), bem como a maior média de circunferência abdominal (90,1 cm). Entre as mulheres com circunferência abdominal ≥ 80 cm, o fenótipo A aumentou em aproximadamente 6 vezes a chance de desenvolver síndrome metabólica em relação ao fenótipo C.
Conclusão
Os quatro fenótipos da síndrome do ovário policístico demonstraram taxas semelhantes de prevalência de síndrome metabólica; a obesidade abdominal apresentou papel relevante no desenvolvimento de alterações metabólicas, independentemente do fenótipo.
Palavras-chave: FenótipoObesidade abdominalResistência a insulinaSíndrome do ovário policísticosíndrome metabólicaVer maisVisualizações75This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. Resumo
Original ArticlesA prevalência da síndrome metabólica nos diferentes fenótipos da síndrome do ovário policístico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(1):37-43
15/04/2019Visualizações75Resumo
Objetivo
Avaliar a prevalência da síndromemetabólica nos fenótipos da síndrome do ovário policístico.
Métodos
Trata-se deum estudo transversal envolvendo 111 mulheres comidade entre 18 e39 anos com diagnóstico de síndrome do ovário policístico, segundo os critérios de Roterdã, e agrupadas em quatro fenótipos: A: Disfunção ovulatória + hiperandrogenismo + ovários policísticos;B: disfunçãoovulatória + hiperandrogenismo; C: hiperandrogenismo + ovários policísticos; D: disfunção ovulatória + ovários policísticos. Para avaliar a presença de síndrome metabólica, foram medidos os níveis séricos de triglicérides, colesterol HDL e glicemia de jejum, pressão arterial e circunferência da cintura.
Resultados
A prevalência de síndrome metabólica encontrada nesta amostra foi de 33,6%, e não houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre os quatro fenótipos. Entretanto, o fenótipo D apresentou um nível médio de glicose significativamente mais alto após o jejum (93,6 mg/dL) e duas horas após a ingestão de uma solução com 75g de glicose anidra (120 mg/dL), bem como o menor nível médio de colesterol HDL (44,7 mg/dl). As mulheres deste grupo demonstraram alta prevalência de circunferência abdominal ≥ 80 cm (68,2%), bem como a maior média de circunferência abdominal (90,1 cm). Entre as mulheres com circunferência abdominal ≥ 80 cm, o fenótipo A aumentou em aproximadamente 6 vezes a chance de desenvolver síndrome metabólica em relação ao fenótipo C.
Conclusão
Os quatro fenótipos da síndrome do ovário policístico demonstraram taxas semelhantes de prevalência de síndrome metabólica; a obesidade abdominal apresentou papel relevante no desenvolvimento de alterações metabólicas, independentemente do fenótipo.
Palavras-chave: FenótipoObesidade abdominalResistência a insulinaSíndrome do ovário policísticosíndrome metabólicaVer maisThis is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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