-
Review Article
Síndrome do ovário policístico na adolescência: Desafios no diagnóstico e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):425-433
27/06/2022
Resumo
Review ArticleSíndrome do ovário policístico na adolescência: Desafios no diagnóstico e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(4):425-433
27/06/2022Visualizações93Ver maisResumo
Diagnosticar a síndrome do ovário policístico (SOP) durante a adolescência é um desafio, uma vez que o desenvolvimento puberal normal se sobrepõe às características típicas desta síndrome. Os autores têm por objetivo resumir as evidências existentes sobre a SOP na adolescência, particularmente seus critérios diagnósticos e opções terapêuticas. Uma pesquisa em bases de dados médicas como PubMed e MedScape foi realizada. Os critérios de diagnóstico incluem ciclos menstruais irregulares de acordo com o tempo pós-menarca e evidência de hiperandrogenismo clínico e/ou hiperandrogenismo bioquímico, após exclusão de outras causas. A morfologia policística dos ovários não deve ser usada como um critério diagnóstico. O tratamento deve ser direcionado às manifestações e/ou comorbilidades, mesmo na ausência de um diagnóstico definitivo. As intervenções no estilo de vida são o tratamento de primeira linha. Contraceptivos orais combinados, metformina ou antiandrogênios também podem ser considerados como adjuvantes. O rastreamento da SOP na adolescência é fundamental, pois permite uma intervenção precoce ao nível dos sintomas e comorbilidades presentes levando a melhores resultados reprodutivos e metabólicos a longo prazo.
-
Short Communication
O aconselhamento nutricional promove mudanças nos hábitos alimentares de adolescentes com excesso de peso e obesas e com síndrome dos ovários policísticos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(12):692-696
01/12/2017
Resumo
Short CommunicationO aconselhamento nutricional promove mudanças nos hábitos alimentares de adolescentes com excesso de peso e obesas e com síndrome dos ovários policísticos
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(12):692-696
01/12/2017Visualizações65Resumo
Objetivo
Avaliar os efeitos do aconselhamento nutricional sobre os hábitos alimentares e os parâmetros antropométricos de adolescentes com sobrepeso e obesidade e com síndrome do ovário policístico (SOP).
Métodos
Este foi um estudo prospectivo, longitudinal e autocontrolado. Trinta adolescentes com idades entre 13 e 19 anos e diagnosticadas com SOP receberam aconselhamento nutricional. Após 6 meses de acompanhamento, os resultados foram avaliados através do peso corporal, índice demassa corporal (IMC) e a circunferência da cintura (CC).
Resultados
Sessenta por cento das adolescentes aderiram ao aconselhamento nutricional e, destas, 50% perderam peso. Adolescentes que perderam peso mudaram seus hábitos alimentares adotando dietas hipocalóricas e comendo mais refeições por dia, seguindo orientação nutricional. A circunferência da cintura (CC) diminuiu significativamente, embora o peso corporal tenha diminuído de forma não significativa após a adoção de uma dieta hipocalórica.
Conclusão
Embora a perda de peso não tenha sido significativa, houve redução considerável da CC associada a dietas hipocalóricas e à ingestão de um maior número de refeições por dia.
Palavras-chave: AdolescentesObesidadeorientação nutricionalperda de pesoSíndrome do ovário policísticoVer mais -
Original Articles
Hormônio tireoestimulante e resistência insulínica: sua associação com a síndrome do ovário policístico sem hipotireoidismo clínico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):224-228
01/05/2017
Resumo
Original ArticlesHormônio tireoestimulante e resistência insulínica: sua associação com a síndrome do ovário policístico sem hipotireoidismo clínico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(5):224-228
01/05/2017Visualizações82Resumo
Objetivo
Este estudo analisou a efetividade do hormônio tireoestimulante (TSH) como preditor da resistência insulínica (IR), bem como a associação do TSH com os parâmetros clínicos e metabólicos de mulheres com síndrome do ovário policístico (PCOS) sem hipotireoidismo clínico.
Desenho do Estudo
Estudo de corte transversal com inclusão de mulheres com PCOS e sem hipotireoidismo clínico (n =168).
Métodos
Utilizou-se análise através de curva ROC (Receiver operating characteristic) para determinar o valor de corte para o nível sérico de TSH que poderia maximizar a sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de IR considerada com avaliação da homeostase de resistência insulínica (HOMA-IR) ≥ 2.71. Parâmetros clínicos e metabólicos foram comparados de acordo com o ponto de corte de TSH determinado e com a presença de IR.
Resultados
Níveis séricos de TSH ≥2.77 mIU/L estiveram associados com o diagnóstico de IR, com sensibilidade de 47.9% e especificidade de 65.3%. Não foram evidenciadas diferenças nos parâmetros clínicos, hormonais e metabólicos quando TSH < 2.77 ou TSH de 2.77 - 10 mIU/L.
Conclusão
Em mulheres com PCOS sem hipotireoidismo, TSH ≥2.77 mIU/L está associado a IR, porém com baixa sensibilidade, mostrando que a dosagem de TSH não é um bom preditor de IR nesta população. Também não se evidenciou alteração clínica ou metabólica que justificasse alteração na investigação desta população. Assim, a resistência insulínica deve ser investigada em todas as mulheres com PCOS, independente dos níveis séricos de TSH.
Palavras-chave: dislipidemiaHipotireoidismohormônio tireoestimulanteresistência insulínicaSíndrome do ovário policísticoVer mais -
Original Article
Qualidade de vida emmulheres com síndrome de ovários policísticos após um programa de treinamento de exercício resistido
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(7):340-347
01/07/2016
Resumo
Original ArticleQualidade de vida emmulheres com síndrome de ovários policísticos após um programa de treinamento de exercício resistido
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(7):340-347
01/07/2016Visualizações87Resumo
Objetivos
Exercícios aeróbicos podem melhorar a qualidade de vida (QV) de mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP). No entanto, não há dados sobre o efeito de um programa de treinamento de exercício resistido (TER) sobre a QV destas mulheres. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de um programa de TER de 16 semanas na QV em mulheres com SOP.
Métodos
Estudo caso-controle com 16 semanas de duração, para o qual foram incluídas 43 mulheres com SOP (grupo com SOP, GSOP) e 51 controles saudáveis com received idade entre 18 a 37 anos (grupo de controle, GC). Todas as mulheres foramsubmetidas ao protocolo TER supervisionado por 16 semanas, e foram avaliadas em dois momentos: na semana 0 (linha de base), e na semana 16 (após TER). A qualidade de vida foi avaliada pelo 36-Item Short Form Health Survey (SF-36).
Resultados
Houve redução significativa da testosterona emambos os grupos após o TER (p < 0,01). O GSOP obteve significativa melhora na capacidade funcional na semana 16 em relação à semana 0 (p = 0,02). O GC apresentou significativa melhora no escore do domínio vitalidade, aspectos sociais e saúde mental na semana 16 em relação à semana 0 (p ≤ 0,01). Houve uma fraca correlação entre os aspectos sociais de domínio SF-36 e o nível de testosterona em mulheres com SOP.
Conclusão
a aplicação de um programa de treinamento físico resistido durante 16 semanas resultou em melhora modesta da QV de mulheres com SOP.
Palavras-chave: exercício aeróbicoSíndrome do ovário policísticoTerapia por exercíciotreinamento de forçaVer mais -
Artigos Originais
Qualidade de vida e aspectos psicossociais da síndrome dos ovários policísticos: um estudo quali-quantitativo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(11):503-510
10/01/2013
Resumo
Artigos OriginaisQualidade de vida e aspectos psicossociais da síndrome dos ovários policísticos: um estudo quali-quantitativo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(11):503-510
10/01/2013DOI 10.1590/S0100-72032013001100005
Visualizações50OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida das mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e compreender a experiência vivida por essas mulheres diante dos sintomas que apresentam. MÉTODOS: Este estudo compreendeu duas abordagens metodológicas - quantitativa e qualitativa, de forma complementar. Foi avaliada a qualidade de vida de 213 mulheres (abordagem quantitativa) por meio do SF-36, sendo 109 com SOP (Grupo Caso: 26,8±5,4 anos) e 104 mulheres saudáveis (Grupo Controle: 23,9±6,7 anos). A análise estatística compreendeu a utilização dos testes t de Student e qui-quadrado, além dos testes de correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Das mulheres do Grupo SOP, 15 participaram do estudo qualitativo, tendo sido entrevistadas mediante uso de roteiro semiestruturado. Os dados qualitativos foram analisados por meio da técnica análise de conteúdo temática categorial. RESULTADOS: Mulheres com SOP apresentaram comprometimento na qualidade de vida quando comparadas ao Grupo Controle (capacidade funcional: 76,5±20,5 e 84,6±15,9, respectivamente; aspectos físicos: 56,4±43,3 e 72,6±33,3; estado geral de saúde: 55,2±21,0 e 62,5±17,2; vitalidade: 49,6±21,3 e 55,3±21,3; aspectos sociais: 55,3±32,4 e 66,2±26,7; aspectos emocionais: 34,2±39,7 e 52,9±38,2; saúde mental: 50,6±22,8 e 59,2±20,2). Em relação aos dados qualitativos, a análise temática categorial aponta que sentimentos de "anormalidade", tristeza, medo e ansiedade estiveram associados aos principais sintomas da SOP: hirsutismo, irregularidade menstrual, infertilidade e obesidade. Esses sintomas repercutiram na vida social, na esfera profissional e no relacionamento conjugal dessas mulheres. CONCLUSÃO: A SOP compromete a qualidade de vida das mulheres, levando-as a se sentirem diferentes das outras mulheres. Por causa disso, a mulher com SOP não necessita apenas de tratamento médico para as repercussões reprodutivas, estéticas e metabólicas, mas de atendimento multiprofissional.
Palavras-chave: Equipe de assistência ao pacientePsicologiaQualidade de vidaSíndrome do ovário policísticoVer mais