Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(5):297-298
DOI 10.1590/S0100-72031999000500009
A ablação endometrial por via histeroscópica é uma técnica utilizada em casos de sangramento uterino anormal com resposta desfavorável ao tratamento clínico. Mesmo com destruição ou ressecção das camadas funcional e basal do endométrio é possível ocorrer uma gravidez posterior à intervenção. No entanto essas gestações freqüentemente terminam em abortamento ou se apresentam com complicações. Relata-se o caso de uma paciente que desenvolveu gravidez a termo sem intercorrências após ter realizado ablação endometrial por sangramento uterino anormal resistente ao tratamento clínico.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2001;23(3):169-173
DOI 10.1590/S0100-72032001000300006
Objetivo: avaliar a eficácia da ablação histeroscópica do endométrio no tratamento cirúrgico da menorragia. Métodos: foram realizadas 200 ablações histeroscópicas do endométrio no período de abril de 1991 a abril de 1999 em pacientes de clínica privada dos autores. Todas as pacientes apresentavam sangramento uterino anormal de causa benigna rebelde ao tratamento clínico. O procedimento foi realizado em ambiente hospitalar sob anestesia de bloqueio (raqui ou peridural). Nos primeiros quatro anos utilizou-se a glicina 1,5% como meio de distensão da cavidade uterina e nos últimos quatro anos o manitol 3%. O seguimento variou de 8 meses a 8 anos. Resultados: das 200 pacientes, 180 (90%) mostraram-se satisfeitas com o procedimento, relatando diminuição acentuada do fluxo menstrual. A análise histológica do endométrio após ressecção histeroscópica revelou atividade proliferativa em 104 pacientes (52%), e secretora em 34 (17%). A hiperplasia endometrial esteve presente em 20 pacientes (10%). As pacientes que se submeteram à ressecção apresentaram a cavidade uterina diminuída e formação de sinéquias fibrosas, ao passo que nas pacientes que foram submetidas à destruição endometrial a cavidade mostrou-se diminuída porém sem formação de sinéquias. Duas pacientes apresentaram quadro de hipervolemia moderada durante o procedimento, que respondeu bem ao tratamento clínico. Ocorreu um episódio de perfuração uterina durante a fase de dilatação e cinco casos de hematômetra foram registrados. Conclusões: A ablação histeroscópica do endométrio é um procedimento seguro e eficaz em pacientes selecionadas no tratamento da menorragia de causa benigna rebelde a tratamento clínico.