Resumo
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A suplementação com ácido fólico (AF) durante a gestação tem sido recomendada pela sociedade médica em todo o mundo, mas alguns estudos têm mostrado que a ingestão de altas quantidades de ácido fólico na dieta pode desencadear danos aos descendentes. Objetivos: Descrever os efeitos da suplementação materna com AF durante a gestação no rim da prole em fases tardias da vida. Fonte de Dados: Trata-se de uma revisão sistemática realizada através da consulta das seguintes bases de dados: Medline, através da Plataforma Pubmed, Lilacs e Scielo. A pesquisa foi realizada utilizando-se as palavras-chave “Ácido Fólico”, “Gestação” e “Rim”. Seleção dos Estudos: Oito estudos foram considerados para esta revisão sistemática. Coleta de Dados: Foram incluídos estudos que abordaram o consumo de ácido fólico durante a gestação e seus efeitos exclusivamente no rim dos descendentes em diferentes fases da vida. Resultados: O consumo gestacional de AF não alterou o volume renal, a taxa de filtração glomerular e a expressão de alguns genes essenciais no rim dos filhotes de mães suplementadas com AF. A associação de AF e selênio na dieta materna foi eficaz na preservação da atividade de enzimas antioxidantes no rim da prole de mães expostas ao álcool. O consumo de AF diminuiu algumas anomalias importantes nos filhotes causadas por drogas teratogênicas, apesar de não ter sido eficiente na prevenção de alguns danos a arquitetura renal. Conclusão: A suplementação com AF não causou toxicicdade renal, exerceu efeito protetor antioxidante e mitigou algumas desordens renais causadas por agressões severas.
Resumo
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Angiomiolipomas (AMLs) são tumores benignos raros derivados do tecido mesenquimal, compostos em graus variados de tecido adiposo, muscular e de vasos sanguíneos. Os AMLs renais (AMLRs) resultam de um evento esporádico e, na maioria dos casos, o diagnóstico costuma ser fortuito, mas quadros de hemorragia e choque podem estar presentes. Durante a gestação, os AMLs podem aumentar de tamanho e romper, provavelmente pela altaexpressãodereceptoreshormonais,epeloaumentodacirculaçãomaternaedapressão abdominal. Os autores apresentam um caso de uma paciente com AMLR roto submetida a tratamento endovascular de urgência no quarto dia pós-operatório de uma cesariana.
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DOI 10.1590/SO100-720320150005077
A síndrome de Herlyn-Werner-Wunderlich (HWW) é uma doença congênita rara dos dutos müllerianos, em que há útero didelfo, hemivagina obstruída e agenesia renal unilateral. A apresentação clínica mais comum é como uma massa abdominal secundária a hematocolpo, dor e dismenorreia. Em alguns casos, porém, como no que apresentamos aqui, a menstruação é normal devido à obstrução de uma hemivagina, e o diagnóstico pode ser tardio. Descrevemos neste trabalho a avaliação e manejo cirúrgico de uma paciente de 13 anos com essa condição que foi diagnosticada com uso de tomografia computadorizada e confirmada por ultrassonografia pélvica e exploração cirúrgica, bem como uma revisão da literatura.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(3):133-138
DOI 10.1590/S0100-72032012000300008
A forma atípica e mais severa da síndrome Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH) ou MRKH tipo II é também conhecida como associação de MURCS, cujo mnemônico significa aplasia/hipoplasia mülleriana (MU), malformação renal (R) e displasia cervicotorácica (CS). Acomete pacientes do sexo feminino com cariótipo e função ovariana normais, acarretando amenorreia primária. Apresenta incidência de 1:50.000, subestimada pelo diagnóstico tardio e etiologia mal definida. Descrevemos um caso em criança e outro em adolescente, com o objetivo de predizer o diagnóstico ainda na infância, antes da instalação do quadro de amenorreia; as pacientes apresentavam em comum malformação renal, agenesia ou hipoplasia de derivados müllerianos e anomalias vertebrais, configurando o diagnóstico de MURCS. A relevância do estudo é mostrar a necessidade de prosseguir a investigação na presença de algum dos sinais da doença, pesquisando anormalidades correlatas, a fim de se estabelecer o diagnóstico precocemente e, consequentemente, orientar pacientes e seus familiares quanto à melhor forma de condução do caso, incluindo aconselhamento genético.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(11):556-562
DOI 10.1590/S0100-72032010001100007
OBJETIVO: avaliar os efeitos da administração da associação zidovudina-lamivudina-ritonavir nos fígados e rins de ratas prenhes e seus conceptos do ponto de vista morfológico e fisiológico. MÉTODOS: 40 ratas albinas prenhes foram aleatoriamente divididas em 4 grupos: 1 controle (Ctrl: controle de veículo) e 3 experimentais (Exp1x, Exp3x e Exp9x). Estes últimos foram tratados por solução oral de zidovudina/lamivudina/ritonavir (Exp1x: 10/5/20 mg/kg; Exp3x: 30/15/60 mg/kg; Exp9x: 90/45/180 mg/kg). As drogas e o veículo foram administrados por gavagem, desde o 1º até o 20º dia de prenhez. No último dia do experimento, todos os animais foram anestesiados e sangue foi retirado da cavidade cardíaca para avaliação sérica das enzimas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), por método calorimétrico, bem como da ureia, determinada por método cinético-enzimático, e creatinina, por método cinético-colorimétrico. Em seguida, fragmentos dos fígados e rins maternos e fetais foram coletados, fixados em formol a 10% e processados segundo os métodos histológicos para inclusão em parafina. Cortes com 5 µm de espessura foram corados pela hematoxilina-eosina (HE) e analisados por microscopia de luz. Na leitura das lâminas, considerou-se o padrão de normalidade para fígado e rins, tais como: hepatócitos, espaço porta íntegros e veias hepáticas bem definidas. Nos rins, a presença de corpúsculos renais, túbulos contorcidos e alças de Henle típicos. Nos fígados fetais considerou-se, ainda, a morfologia das células da linhagem eritrocitária nas diferentes fases do desenvolvimento, bem como os megacariócitos. Quando houve alteração da coloração padrão estabelecida para as estruturas hepáticas e renais, alteração na morfologia de núcleos, rompimento de limites de alguma organela citoplasmática, presença de congestão vascular, tudo isso foi entendido como provavelmente provocado pelas drogas em sua(s) dose(s) de aplicação. A avaliação estatística foi realizada por análise de variância (ANOVA), completada pelo teste de Tukey-Kramer (p<0,05). RESULTADOS: os fígados maternos dos grupos Ctrl, Exp1x e Exp3x mostraram hepatócitos típicos, espaço porta íntegros e veias hepáticas com aspecto normal. No fígado materno do grupo Exp9x, foram encontrados hepatócitos com sinais de atrofia e apoptose (eosinofilia citoplasmática e núcleos picnóticos). Além disso, identificou-se vasodilatação dos capilares sinusoides (congestão). Os rins maternos dos grupos Ctrl e Exp1x apresentaram-se normais, com corpúsculos renais, túbulos contorcidos e alças de Henle típicos. Já nos grupos Exp3x e Exp9x, foram encontrados congestão vascular, glomérulos pequenos ricos em células contendo núcleos hipercromáticos, sendo mais intensos no Exp9x. Com relação aos fígados e rins fetais, não foram observadas alterações morfológicas ou fisiológicas nos grupos estudados. Encontrou-se aumento significante nos níveis da AST (305,70±55,80; p<0,05) e da creatinina (0,50±0,09; p<0,05) no grupo Exp9x. CONCLUSÕES: nossos resultados evidenciam que a administração da associação zidovudina/lamivudina/ritonavir a ratas prenhes em altas doses causa alterações morfológicas e funcionais nos fígados e rins maternos. Não houve alterações nem morfológicas nem fisiológicas nos fígados e rins fetais.