Resistência a insulina Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    A prevalência da síndrome metabólica nos diferentes fenótipos da síndrome do ovário policístico

    . ;:37-43

    Resumo

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    A prevalência da síndrome metabólica nos diferentes fenótipos da síndrome do ovário policístico

    . ;:37-43

    DOI 10.1055/s-0038-1676568

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    Objetivo

    Avaliar a prevalência da síndromemetabólica nos fenótipos da síndrome do ovário policístico.

    Métodos

    Trata-se deum estudo transversal envolvendo 111 mulheres comidade entre 18 e39 anos com diagnóstico de síndrome do ovário policístico, segundo os critérios de Roterdã, e agrupadas em quatro fenótipos: A: Disfunção ovulatória + hiperandrogenismo + ovários policísticos;B: disfunçãoovulatória + hiperandrogenismo; C: hiperandrogenismo + ovários policísticos; D: disfunção ovulatória + ovários policísticos. Para avaliar a presença de síndrome metabólica, foram medidos os níveis séricos de triglicérides, colesterol HDL e glicemia de jejum, pressão arterial e circunferência da cintura.

    Resultados

    A prevalência de síndrome metabólica encontrada nesta amostra foi de 33,6%, e não houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre os quatro fenótipos. Entretanto, o fenótipo D apresentou um nível médio de glicose significativamente mais alto após o jejum (93,6 mg/dL) e duas horas após a ingestão de uma solução com 75g de glicose anidra (120 mg/dL), bem como o menor nível médio de colesterol HDL (44,7 mg/dl). As mulheres deste grupo demonstraram alta prevalência de circunferência abdominal ≥ 80 cm (68,2%), bem como a maior média de circunferência abdominal (90,1 cm). Entre as mulheres com circunferência abdominal ≥ 80 cm, o fenótipo A aumentou em aproximadamente 6 vezes a chance de desenvolver síndrome metabólica em relação ao fenótipo C.

    Conclusão

    Os quatro fenótipos da síndrome do ovário policístico demonstraram taxas semelhantes de prevalência de síndrome metabólica; a obesidade abdominal apresentou papel relevante no desenvolvimento de alterações metabólicas, independentemente do fenótipo.

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    Associação entre resistência à insulina e fatores de risco cardiovascular em pacientes com síndrome dos ovários policísticos

    . ;:188-195

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    Associação entre resistência à insulina e fatores de risco cardiovascular em pacientes com síndrome dos ovários policísticos

    . ;:188-195

    DOI 10.1055/s-0038-1642634

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    Objetivo

    Analisar a associação entre os métodos indiretos de avaliação de resistência à insulina (RI) e parâmetros pressóricos, antropométricos e bioquímicos em uma população de pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP).

    Métodos

    Estudo transversal realizado no Hospital Universitário de Brasília (HUB), envolvendo pacientes que apresentaram o diagnóstico de SOP no período de janeiro de 2011 a janeiro de 2013. O diagnóstico de RI foi obtido por meio de quatro métodos indiretos: insulinemia de jejum, relação glicemia de jejum/insulinemia de jejum (G/I), avaliação da resistência à insulina através do modelo homeostático (HOMA-IR) e índice quantitativo de sensibilidade à insulina (QUICKI). Os dados foram analisados utilizando o teste de proporções, o teste do Qui-quadrado e o teste exato de Fisher, quando indicado.

    Resultados

    Foram avaliadas 83 pacientes com idade média de 28,79 ± 5,85 anos. A RI foi diagnosticada em 51,81-66,27% dos casos pela relação G/I e QUICKI, respectivamente, e o teste de proporções não evidenciou diferença significativa entre osmétodos analisados. A proporção de diagnósticos de RI foi estatisticamente maior em mulheres obesas em comparação à proporção de mulheres com índice de massa corporal (IMC) normal. Foi observada uma associação estatisticamente significativa entre todos os métodos diagnósticos de RI e IMC, circunferência da cintura (CC) e produto de acumulação lipídica (LAP). Quanto à hipertensão arterial (HA), foi observada associação significativa de acordo com três métodos, com exceção da relação G/I.

    Conclusão

    A prevalência de RI variou conforme o método diagnóstico utilizado, mas não houve diferença estatística entre eles. A proporção de diagnósticos de IR foi maior nas mulheres obesas do que naquelas com peso normal. Foi observada associação significativa entre RI e CC, IMC e LAP, assim como com dislipidemia e HA em uma proporção elevada de pacientes.

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    Associação entre lipid accumulation product (LAP) e hirsutismo na síndrome do ovário policístico

    . ;:71-76

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    Associação entre lipid accumulation product (LAP) e hirsutismo na síndrome do ovário policístico

    . ;:71-76

    DOI 10.1055/s-0036-1571423

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    Objetivo

    A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é o distúrbio endócrino mais comumemmulheres entre amenarca e a menopausa. O hiperandrogenismo clínico é o critério diagnóstico mais importante da síndrome, que se manifesta como hirsutismo em70% dos casos. Portadores de SOP hirsutas têmelevado risco cardiovascular. O Lipid accumulation product (LAP) é um índice para a avaliação da acumulação de lípidos nos adultos e é um preditor de risco cardiovascular. O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre LAP e hirsutismo em portadoras da SOP.

    Métodos

    Estudo observacional transversal de banco de dados secundário, que incluiu 263 pacientes do Ambulatório de Hiperandrogenismo no período de novembro de 2009 a julho de 2014. Foram excluídas pacientes sem o índice de Ferriman-Gallwey e/ ou LAP. Foram utilizados como critérios diagnósticos da SOP os critérios de Rotterdam. Todas as pacientes foram submetidas à avaliação médica seguida da aferição e registro dos dados antropométricos e a realização dos seguintes exames laboratoriais: hormônio estimulante da tireoide (TSH), hormônio folículo estimulante (FSH), prolactina (PRL), Testosterona total, globulina ligadora dos hormônios sexuais (SHBG), 17-α- hidroxiprogesterona, (fase folicular), perfil lipídico, teste oral de tolerância à glicose, glico-hemoglobina a1C, insulina basal. Outras dosagens laboratoriais foram determinadas à critério clínico. O LAP e o HOMA-IR (homeostatic model assessment) foram calculados com os dados obtidos. As pacientes foram divididas em dois grupos: grupo das portadoras de SOP com LAP normal (LAp < 34,5) e grupo das portadoras de SOP com LAP alterado (LAP >34,5) para as comparações do hirsutismo. Para a análise estatística, foram utilizados os programas SPSS Statistics for Windows(r) e Microsoft Excel(r), sendo feitas análises descritivas (frequências, percentuais, médias, desviospadrão) e comparativas (t-Student e qui-quadrado). Foram consideradas relações significativas quando p-valor foi menor ou igual a 0,05.

    Resultados

    O LAP foi elevado na maioria das pacientes (n = 177; 67,3%) e o índice de Ferriman-Gallwey (IF) demonstrou que 58,5% das pacientes (n = 154) eram hirsutas. A análise por quartis de LAP, demonstrou correlação positiva (p = 0,04) entre pacientes comIF elevado e LAP no quartil superior (>79,5) quando comparadas àquelas com LAP menor que 29,0 (quartil inferior).

    Conclusão

    O estudo demonstrou associação do LAP elevado e hirsutismo. O escore de Ferriman-Gallwey poderia representar uma ferramenta simples e de baixo custo para inferir risco cardiovascular aumentado em portadoras da síndrome.

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    Associação entre lipid accumulation product (LAP) e hirsutismo na síndrome do ovário policístico
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    Acantose nigricante: inter-relações metabólicas inerentes à síndrome dos ovários policísticos

    . ;:410-415

    Resumo

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    Acantose nigricante: inter-relações metabólicas inerentes à síndrome dos ovários policísticos

    . ;:410-415

    DOI 10.1590/SO100-720320140005078

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    OBJETIVO:

    Estabelecer a prevalência da acantose nigricante (AN) no contexto da síndrome dos ovários policísticos (SOP) e as respectivas associações com a obesidade, a resistência insulínica (RI), a insulinemia e a síndrome metabólica (SM).

    MÉTODOS:

    Em um estudo transversal e prospectivo, foram selecionadas cem pacientes acometidas pela SOP, diagnosticadas segundo o Consenso de Rotterdam (2003). O exame cutâneo incluiu, além da verificação da presença da AN, a presença do hirsutismo (escore ≥8) e da acne. Foram investigados os dados clínicos e bioquímicos, os fatores de risco cardiovascular que se fazem presentes na SM, como circunferência abdominal (CA), obesidade, hipertensão e os índices de HDL e triglicérides. O modelo de aferição da resistência insulínica foi realizado por meio do teste homeostatic model assessment of insulin resistance(HOMA-IR).

    RESULTADOS:

    A prevalência da AN (53%) mostrou correspondência significativa com o hirsutismo (p=0,02), o índice de massa corpórea (IMC) (p<0,01), a insulinemia basal (p<0,01), o HOMA-IR (p<0,01) e a SM (p<0,05). A SM alcançou a prevalência de 36% e associou-se significativamente apenas com a AN (p<0,01). Conquanto ausente o diabetes mellitus, sobressaem as conotações do HOMA-IR alterado (p=0,01) com a SM (p<5%) e a AN (p<0,01).

    CONCLUSÕES:

    A AN integra o quadro fenotípico grave da SOP como mais um signo previsível dos riscos da doença cardiovascular.

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    Manifestações clínicas, bioquímicas, ultrassonográficas e metabólicas da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(6):249-254

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    Manifestações clínicas, bioquímicas, ultrassonográficas e metabólicas da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(6):249-254

    DOI 10.1590/S0100-72032013000600003

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    OBJETIVO: Avaliar os parâmetros clínicos, ultrassonográficos, bioquímicos e as alterações metabólicas em adolescentes com síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado com 44 adolescentes entre 12 e 19 anos, com diagnóstico de SOP pelo Consenso de Rotterdam. As alterações metabólicas foram avaliadas de acordo com as recomendações da Federação Internacional de Diabetes, sendo consideradas: circunferência da cintura (CC) >percentil 90 (10-15 anos de idade) ou >80 cm (idade >16 anos); glicemia de jejum >100 mg/dL; triglicerídios >150 mg/dL; HDL <40 mg/dL, e pressão arterial >Hg 130/85 mm. RESULTADOS: A média de idade foi de 16,7±2,2 anos e da idade da menarca 11,8±1,4 anos. A irregularidade menstrual mais observada foi amenorreia (72,7%) seguida de oligomenorréia (27,3%); hirsutismo foi observado em 86,4% e acne em 56,8%. Ovários policisticos ao ultrassom observados apenas em 27,3%. A média do IMC foi de 30,3±6,6 kg/m². De acordo com o IMC, 52,3% das adolescentes eram obesas, 13,6% estavam com sobrepeso e 6,8% eram eutróficas. O aumento da circunferência da cintura (63,6%, 28/44) e a redução do HDL-C (34,1%, 15/44) foram as alterações metabólicas mais observadas. Triglicerídios aumentados foram observados em 27,3% (12/44), pressão arterial e aumento da glicemia de jejum alterada foram encontrados em 9,1% (4/44) e 4,5% (2/44) dos casos, respectivamente. Acantosis nigricans foi observada em 52,3% das adolescentes com SOP e a resistência insulinica encontrada em 62,8%. A sindrome metabólica foi identificada em seis adolescentes (13,6%), sendo todas obesas ou com sobrepeso. CONCLUSÃO: Entre as adolescentes com SOP do estudo, a irregularidade menstrual e o hirsutismo são as manifestações clínicas mais frequentes, enquanto os achados ultrassonográficos compatíveis com ovários policísticos são os menos prevalentes. A obesidade associada à resistência à insulina predispõe estas adolescentes à maior frequência de alterações metabólicas.

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    Resistência à insulina em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: relação com as variáveis antropométricas e bioquímicas

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(2):74-79

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    Resistência à insulina em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: relação com as variáveis antropométricas e bioquímicas

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(2):74-79

    DOI 10.1590/S0100-72032012000200006

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    OBJETIVO: Analisar a prevalência de resistência à insulina de acordo com diferentes medidas antropométricas e bioquímicas em mulheres com síndrome dos ovários policísticos. MÉTODOS: Foram analisadas, retrospectivamente, 189 pacientes com síndrome dos ovários policísticos. O diagnóstico de resistência à insulina foi obtido utilizando-se insulinemia, HOMA-IR, QUICKI, índice de sensibilidade à insulina e relação glicemia/insulina. Foram utilizados o índice de massa corpórea e o lipid accumulation product. Para análise dos resultados, aplicou-se a estatística descritiva, a ANOVA, o pós-teste de Tukey e a correlação de Pearson. RESULTADOS: As pacientes apresentaram média de idade de 24,9±5,2 e de índice de massa corpórea de 31,8±7,6. O percentual de pacientes obesas foi de 57,14%. Dentre os métodos de investigação de resistência à insulina, o índice de sensibilidade à insulina foi a técnica que mais detectou (56,4%) a presença de resistência à insulina nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos. Em 87% das pacientes obesas, detectou-se a resistência à insulina. A relação glicemia/insulinemia de jejum e o índice de sensibilidade à insulina apresentaram correlação forte com o lipid accumulation product. CONCLUSÃO: A prevalência de resistência à insulina variou de acordo com o método utilizado e foi maior quanto maior o índice de massa corpórea. O lipid accumulation product também está relacionado à resistência à insulina.

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    Anormalidades metabólicas em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: obesas e não obesas

    . ;:310-316

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    Anormalidades metabólicas em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: obesas e não obesas

    . ;:310-316

    DOI 10.1590/S0100-72032011000600008

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    OBJETIVO: Comparar as características metabólicas de mulheres jovens do sudeste brasileiro, obesas e não obesas com síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 218 mulheres de idade reprodutiva com diagnóstico de SOP - 90 mulheres não obesas (IMC entre 18,5 e 29,9 kg/m²) e 128 pacientes obesas (IMC >30 kg/m²), selecionadas no momento do diagnóstico. Foram comparadas as frequências de resistência insulínica (RI), intolerância à glicose (IG), síndrome metabólica (MetS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e os valores médios de colesterol total (CT), triglicérides (TG), lipoproteínas de alta (LDL) e baixa densidade (HDL), entre as pacientes obesas e não obesas com SOP. Foram comparadas também as características clínicas e hormonais (hormônio folículo estimulante, luteinizante, prolactina, hormônio tireoestimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona e 17-hidroxiprogesterona) nos dois grupos. A análise estatística foi realizada com o auxílio do software SAS 9.0. Para análise das variáveis com distribuição normal, utilizou-se o teste t de Student não pareado; na ausência desta característica, o teste utilizado foi Mann-Whitney bicaudal. Para as variáveis qualitativas utilizou-se o teste Exato de Fisher. Em todas as análises, foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: As frequências de RI, IG e MetS foram significativamente mais elevadas em pacientes com SOP obesas do que não obesas (66,7, 29,9 e 63% versus 24,7, 12,2 e 16.4%, respectivamente). As pacientes obesas apresentaram maiores níveis de CT e TG (189,8±35.8 mg/dL e 145.4±71.1 mg/dL, respectivamente) do que as não obesas (172,1±38.4 mg/dL e 99,3±54 mg/dL, respectivamente). Ambos os grupos apresentaram níveis médios de HDL abaixo de 50 mg/dL. CONCLUSÕES: Mulheres obesas jovens com SOP apresentam maior frequência de RI, IG e SM do que as não obesas. Todavia, a ocorrência dos distúrbios metabólicos é elevada também na pacientes não obesas, sugerindo que a presença da síndrome favoreça o desenvolvimento de comorbidades metabólicas, com potenciais repercussões a médio e longo prazos.

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  • Relato de Caso

    Lipodistrofia parcial familiar do tipo Dunnigan: atenção ao diagnóstico precoce

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(2):99-103

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    Relato de Caso

    Lipodistrofia parcial familiar do tipo Dunnigan: atenção ao diagnóstico precoce

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(2):99-103

    DOI 10.1590/S0100-72032011000200008

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    A lipodistrofia parcial familiar tipo Dunnigan é uma doença autossômica dominante rara. Em sua forma clássica, é resultante de uma mutação missense heterozigótica no gene LMNA, que codifica a proteína nuclear denominada lâmina tipo A/C. Caracteriza-se pelo desaparecimento progressivo do tecido adiposo subcutâneo nos membros, região glútea, abdome e tronco, que se inicia na puberdade, acompanhado de acúmulo de gordura em outras áreas, como a face, queixo, grandes lábios e região intra-abdominal, conferindo o aspecto de hipertrofia muscular e simulando o fenótipo de síndrome de Cushing. Mulheres afetadas são particularmente predispostas à resistência à insulina e suas complicações, incluindo sinais da síndrome dos ovários policísticos. Com o objetivo de alertar para o diagnóstico precoce, que possibilita a adoção de medidas que minimizam os graves distúrbios metabólicos vinculados à desordem, relatamos o caso de uma paciente em que a investigação foi realizada somente ao final da quinta década de vida. A aparente hipertrofia muscular e o acentuado depósito de gordura nos grandes lábios possibilitam aos médicos ginecologistas a suspeita diagnóstica.

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