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Original Article
Um estudo do cenário atual da residência em obstetrícia e ginecologia durante a pandemia de COVID-19
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):377-383
08/09/2023
Resumo
Original ArticleUm estudo do cenário atual da residência em obstetrícia e ginecologia durante a pandemia de COVID-19
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(7):377-383
08/09/2023Visualizações76Ver maisResumo
Objetivo
Analisar o impacto pandemia de COVID-19 sobre a residência de ginecologia e obstetrícia do Estado de São Paulo.
Métodos
Estudo transversal desenvolvido por representantes dos residentes da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP). Foram coletados dados de questionários aplicados aos residentes de ginecologia e obstetrícia cadastrados no site da SOGESP em fevereiro de 2022. Os entrevistados responderam sobre repercussões da pandemia sobre a residência médica e se tiveram suporte técnico e psicológico durante o período.
Resultados
Foram levantados 247 questionários de residentes de ginecologia e obstetrícia. Os residentes apresentaram idade de 28,3 ± 3 anos, sendo a maioria do sexo feminino (88,4%). O deslocamento para “covidários” foi referido por 62,34% dos avaliados, porém somente 35,6% referiram equipamento de proteção individual completamente adequado e apenas 7,7% referiram instrução completa teórica e técnica para o suporte destes pacientes. Quase a totalidade dos entrevistados afirmou que o setor de ginecologia foi o mais afetado. A maioria dos entrevistados considerou que o os residentes do segundo ano foram os que tiveram maior prejuízo, sendo que mais da metade dos residentes do 1° e 2° ano afirmou ter desejado desistir da residência durante a pandemia. Mais de 80% dos residentes referiram aulas teóricas e/ou apresentação de artigos online, reforçando o fato de que as atividades virtuais ganharam um espaço maior dentro da residência médica.
Conclusão
A pandemia impactou nas residências em maior proporção nos ambulatórios e cirurgias ginecológicas, interferindo também sobre o desejo do médico de seguir com o programa.
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Short Communication
Médicos residentes, o grupo e a formação da identidade profissional durante a pandemia do COVID-19
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(8):797-801
29/06/2022
Resumo
Short CommunicationMédicos residentes, o grupo e a formação da identidade profissional durante a pandemia do COVID-19
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(8):797-801
29/06/2022Visualizações61Ver maisResumo
A residência médica ainda é considerada o padrão-ouro para a formação médica de qualidade, sendo o processo de construção da identidade profissional de um médico especialista um de seus elementos centrais. Os residentes obtêm essa identidade, entre outros fatores, por meio do ambiente educacional e da interação direta com colegas e supervisores. No entanto, as modificações nas rotinas assistenciais e educacionais durante a recente pandemia de coronavirus disease 2019 (Covid-19) prejudicaram significativamente esses canais. Este estudo faz parte de um projeto de pesquisa qualitativa com o objetivo de analisar a formação da identidade profissional em um programa de residência médica em ginecologia e obstetrícia em um hospital público do sul do Brasil. Os autores realizaram 28 entrevistas semiestruturadas com médicos residentes e preceptores, bem como um grupo focal com residentes. Tanto as entrevistas como as reuniões com o grupo focal foram gravadas, transcritas e analisadas no esforço de construir categorias analíticas. Foi identificado que o movimento restrito e o contato físico forçaram o uso de meios alternativos de interação interpessoal, como a comunicação por meio de mídias sociais ou aplicativos de mensagens instantâneas. Isso também afetou as atividades educacionais, como as rounds, palestras e seminários. Essas mudanças representam um impacto significativo, principalmente no Brasil, onde a proximidade física é uma importante característica cultural, mesmo em ambientes de trabalho e de estudo. Conjectura-se que esse novo tipo de interação virtual também afetará a formação da identidade profissional entre os ginecologistas-obstetras. Esses achados sugerem que os programas de residência médica devem estar atentos às mudanças na formação dos residentes para garantir que o perfil do especialista e as competências esperadas, consolidadas ao longo de muitos anos, não sejam perdidos.
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Original Article
Avaliação de Treinamento de Múltiplas Abordagens em Laparoscopia para Residentes de Obstetrícia e Ginecologia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(7):404-410
26/08/2020
Resumo
Original ArticleAvaliação de Treinamento de Múltiplas Abordagens em Laparoscopia para Residentes de Obstetrícia e Ginecologia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(7):404-410
26/08/2020Visualizações66Ver maisResumo
Objetivo
Analisar a aplicabilidade e eficiência de um treinamento em laparoscopia com múltiplas abordagens, em melhorar as habilidades laparoscópicas básicas de residentes de ginecologia e obstetrícia (GO).
Métodos
Estudo transversal, observacional e descritivo, desenvolvido no Centro de Treinamento em Experimentação e Cirurgia (CETEC) do Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein com residentes de GO. Foram aplicadas avaliações teóricas e práticas a 24 residentes de GO com o objetivo de avaliar suas habilidades laparoscópicas antes e após sua participação em um curso de 8 semanas. O curso envolveu palestras teóricas e exercícios práticos de cirurgia laparoscópica através de modelos de borracha, caixas pretas, simuladores virtuais e modelos animais (porcos).
Resultados
Houve uma melhora geral na habilidade dos residentes, comaumento do número de respostas corretas na avaliação teórica e diminuição do tempo na execução dos testes práticos (montagem do porta-agulha e realização de nó laparoscópico). O curso foi avaliado pelos alunos como altamente relevante por melhorar suas habilidades cirúrgicas e motivá-los a continuar praticando.
Conclusão
O treinamento laparoscópico utilizando múltiplas abordagens resultou em melhora significativa das habilidades cirúrgicas atrelado a alto nível de satisfação dos participantes. Novos estudos ainda são necessários para mensurar a retenção destas habilidades adquiridas a longo prazo.