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    Progressão da doença e desfechos obstétricos em mulheres portadoras de esclerose múltipla em um centro de referência no Nordeste brasileiro

    . ;:165-171

    Resumo

    Original Article

    Progressão da doença e desfechos obstétricos em mulheres portadoras de esclerose múltipla em um centro de referência no Nordeste brasileiro

    . ;:165-171

    DOI 10.1055/s-0040-1722157

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    Resumo

    Objetivo

    Descrever os desfechos obstétricos de pacientes com esclerose múltipla (EM) e o impacto da gravidez e do período pós-parto na progressão da doença.

    Métodos

    Uma série de casos realizada entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, que retrata gestações ocorridas entre 1996 e 2019. As pacientes incluídas neste estudo foram mulheres com EM, que realizam acompanhamento em um centro de referência em EM no Nordeste do Brasil, e que tiveram ao menos uma gestação após o início dos sintomas da EM, ou tiveram o primeiro surto da doença no ano posterior ao parto.

    Resultados

    No total, 26 mulheres e 38 gestações foram avaliadas – dentre as quais, 32 resultaram em partos, e 6, em abortamentos. Houve um aumento significativo na prevalência de surtos durante o pós-parto quando comparado com o período gestacional. Em 16 (42,1%) das gravidezes, houve exposição a terapias modificadoras da doença (TMDs) – 14 (36,8%) a β-interferona, e 2 (5,3%) a fingolimode. As taxas de abortamento, prematuridade e baixo peso ao nascer foram mais elevadas no grupo exposto às TMDs quando comparado com o não exposto.

    Conclusão

    Na amostra deste estudo, houve um aumento significativo na taxa de surtos da EM durante o período pós-parto quando comparado com o período gestacional. Além disso, a exposição às TMDs durante a gestação pode afetar os desfechos obstétricos das pacientes.

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    Progressão da doença e desfechos obstétricos em mulheres portadoras de esclerose múltipla em um centro de referência no Nordeste brasileiro
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    Obesidade durante a gravidez: resultados adversos da gestação e do parto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(11):509-513

    Resumo

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    Obesidade durante a gravidez: resultados adversos da gestação e do parto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(11):509-513

    DOI 10.1590/S0100-720320140005024

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    OBJETIVO:

    Avaliar a influência do excesso de peso materno na gestação, no parto e nos desfechos neonatais.

    MÉTODOS:

    Estudo transversal e retrospectivo que incluiu 298 puérperas. As informações foram obtidas por meio de entrevistas e acesso aos prontuários das pacientes. As puérperas foram divididas em três grupos, conforme o índice de massa corpórea pré-gestacional: normal (18,5–24,9 kg/m2); sobrepeso (25,0–29,9 kg/m2) e obesidade (≥30,0 kg/m2). Foram construídos modelos de regressão logística multinominal para ajustar o efeito das variáveis de confusão. Estabeleceram-se intervalos de confiança de 95% (IC95%).

    RESULTADOS:

    Comparadas às gestantes com peso normal, pacientes com sobrepeso apresentaram chances maiores de cesariana, sendo a odds ratio (OR) de 2,2 e IC95% 1,3–3,9, e as obesas tiveram ainda maiores (OR=4,2; IC95% 2,1–8,1). As chances de desenvolvimento de diabetes gestacional aumentaram nos grupos Sobrepeso (OR=2,5; IC95% 1,1–5,6) e Obesidade (OR=11,1; IC95% 5,0–24,6). A síndrome hipertensiva na gravidez também se mostrou mais provável nas gestantes com sobrepeso (OR=3,2; IC95% 1,2–8,1) e obesas (OR=7,5; IC95% 2,9–19,1). A hemorragia de grande porte no momento do parto somente apresentou maiores valores no grupo de obesas (OR=4,1; IC95% 1,1–15,8). Quanto aos recém-nascidos, a probabilidade de Apgar baixo no primeiro minuto foi superior entre as obesas (OR=5,5; IC95% 1,2–23,7), e a ocorrência de macrossomia aumentou nas mulheres com sobrepeso (OR=2,9; IC95% 1,3–6,3). Os resultados quanto à hipoglicemia neonatal não foram conclusivos.

    CONCLUSÃO:

    As chances de intercorrências maternas (diabetes gestacional, síndrome hipertensiva, hemorragia pós-parto) e neonatais (cesariana, macrossomia e escore Apgar baixo) foram maiores nos grupos com excesso de peso (sobrepeso e obesidade).

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    Influência da causa de morte no peso corporal e dos órgãos internos em autópsias perinatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(1):23-28

    Resumo

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    Influência da causa de morte no peso corporal e dos órgãos internos em autópsias perinatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(1):23-28

    DOI 10.1590/S0100-72032014000100006

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    OBJETIVO:

    Avaliar as variações do peso corporal e dos órgãos internos de crianças autopsiadas no período perinatal e sua relação com a causa de morte.

    MÉTODOS:

    Foram incluídos 153 casos de autópsias perinatais realizadas em um hospital universitário do Sudeste do Brasil. Informações sobre causa de morte perinatal, data da autópsia, idade gestacional, peso perinatal e dos órgãos foram recuperadas dos protocolos de autópsia e do prontuário da mãe e/ou do recém-nascido. Foram definidos quatro grupos de causa de morte: malformações congênitas, hipóxia/anóxia perinatal, infecção ascendente e membrana hialina. Encéfalo, fígado, pulmões, coração, baço, timo e suprarrenais foram analisados.

    RESULTADOS:

    O peso das crianças com hipóxia/anóxia perinatal (1.834,6±1.090,1 g versus 1.488 g), membrana hialina (1.607,2±820,1 g versus 1.125 g) e infecção ascendente (1.567,4±1.018,9 g versus 1.230 g) foi maior do que o esperado para a idade gestacional. O peso dos pulmões foi maior nos casos com infecção ascendente (36,6±22,6 g versus 11 g) e menor nos casos com malformação congênita (22,0±9,5 g versus 40 g). O peso do baço foi maior nos casos que apresentaram infecção ascendente (8,6±8,9 g versus 3,75 g ). O peso das suprarrenais foi menor nos casos com malformação congênita (3,9±2,1 g versus 5,5 g), o do timo foi menor nos casos com miscelânea (3,7±1,2 g versus 7,5 g) e o do baço foi menor nos casos com imaturidade pulmonar (0,4±0,1 g versus 1,7 g). Todos esses resultados apresentaram diferenças significativas.

    CONCLUSÕES:

    Este estudo demonstra que as variações do peso das crianças e de seus órgãos estão relacionadas aos tipos de causa de morte perinatal. Esses dados podem contribuir para uma melhor interpretação dos achados de autópsia e a sua relação anatomoclínica.

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    Fatores de risco materno associados à necessidade de unidade de terapia intensiva neonatal

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(1):29-34

    Resumo

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    Fatores de risco materno associados à necessidade de unidade de terapia intensiva neonatal

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(1):29-34

    DOI 10.1590/S0100-72032014000100007

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    OBJETIVO:

    Determinar os fatores de risco materno que levam recém-nascidos à necessidade de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.

    MÉTODOS:

    Foi realizado um estudo prospectivo observacional tipo caso-controle com 222 (proporção 1:1 de casos e controles) gestantes atendidas em maternidade pública. As variáveis analisadas das puérperas foram: idade da menarca, idade da primeira relação sexual, história de doenças crônicas, hábitos, assistência pré-natal, antecedentes obstétricos, intercorrências clínicas na gestação e parto e variáveis sociodemográficas. As variáveis dos recém-nascidos foram: índice de Apgar, idade gestacional, peso ao nascimento, presença ou não de malformação, necessidade de reanimação e complicações nos recém-nascidos nas primeiras 24 horas. As proporções foram comparadas por meio do teste exato de Fisher ou do γ2 de Pearson. Por intermédio de regressão logística, foram elaborados modelos multivariados utilizando Odds Ratio ajustado com intervalo de confiança (IC) de 95%.

    RESULTADOS:

    Em relação à história reprodutiva, foi observado que ≥3 gravidezes e 2 ou 3 cesáreas prévias apresentaram significância estatística (p=0,0 e 0,0, respectivamente). Dentre as complicações que necessitaram de cuidados em UTI neonatal, a prematuridade foi responsável por 61 casos (55,5%), seguido de risco de infecção intraparto, com 46 casos (41,8%). Dentre a história materna, a doença hipertensiva apresentou significância estatística (p=0,0). A ruptura prematura de membranas se associou fortemente à necessidade de UTI neonatal (Odds Ratio - OR=6,1; IC95% 2,6-14,4).

    CONCLUSÕES:

    A ruptura prematura de membranas e as doenças hipertensivas devem ter atenção especial na assistência pré-natal, devido à forte associação de recém-nascidos com necessidades de cuidados em UTI neonatal.

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    Resultados obstétricos no segundo parto em mulheres com uma cesárea anterior: um estudo de coorte retrospectivo no Peru

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(4):148-152

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    Resultados obstétricos no segundo parto em mulheres com uma cesárea anterior: um estudo de coorte retrospectivo no Peru

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(4):148-152

    DOI 10.1590/S0100-72032013000400003

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    OBJETIVO: Analisar os resultados obstétricos no segundo parto de mulheres que já haviam realizado uma cesariana. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo em um hospital materno. Foram incluídas mulheres grávidas que deram à luz (vaginal ou cesárea) de 2001 a 2009. Os principais critérios de inclusão foram: mulheres com 24 a 41 semanas de gestação e com um parto prévio. Duas coortes foram selecionados, sendo uma incluindo mulheres com uma cesariana anterior (n=7.215) e outra com um parto vaginal (n=23.720). Ambos os grupos foram comparados, e uma regressão logística foi realizada para ajustar devido às variáveis de confusão. Os resultados obstétricos incluídos foram ruptura uterina, placenta prévia, complicações relacionadas com uma placentação inadequada, tais como descolamento prematuro da placenta, pré-eclâmpsia e parto prematuro espontâneo. RESULTADOS: Mulheres com uma cesariana anterior foram mais propensas a ter resultados adversos, tais como ruptura uterina (OR=12,4, IC95% 6,8-22,3), descolamento prematuro da placenta (OR=1,4, IC95% 1,1-2,1), pré-eclâmpsia (OR=1,4, IC95% 1,2-1,6) e parto prematuro espontâneo (OR=1,4, IC95% 1,1-1,7). CONCLUSÕES: Pessoas com uma cesárea anterior têm resultados obstétricos adversos na gravidez subsequente, incluindo ruptura de útero, distúrbios relacionados com uma placentação inadequada, tais como pré-eclâmpsia, parto prematuro espontâneo e descolamento prematuro da placenta.

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    Resultados obstétricos no segundo parto em mulheres com uma cesárea anterior: um estudo de coorte retrospectivo no Peru
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    Alterações do fluxo sanguíneo em artéria umbilical na síndrome hipertensiva gestacional e suas implicações nos resultados neonatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(2):71-77

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    Alterações do fluxo sanguíneo em artéria umbilical na síndrome hipertensiva gestacional e suas implicações nos resultados neonatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(2):71-77

    DOI 10.1590/S0100-72032013000200006

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    OBJETIVO: Avaliar as características antropométricas, a morbidade e mortalidade de recém-nascidos (RN) prematuros nascidos vivos de mães hipertensas em função da presença ou não de diástole zero (DZ) ou reversa (DR) na doplervelocimetria arterial umbilical. MÉTODOS: Estudo prospectivo, envolvendo RN prematuros nascidos vivos de gestantes hipertensas, com idade gestacional entre 25 e 33 semanas, submetidas à doplervelocimetria da artéria umbilical nos 5 dias que antecederam o parto, realizado no Hospital do Distrito Federal, entre 1º de novembro de 2009 e 31 de outubro de 2010. Os RN foram estratificados em dois grupos, conforme o resultado da doplervelocimetria da artéria umbilical: Gdz/dr=presença de diástole zero (DZ) ou diástole reversa (DR) e Gn=doplervelocimetria normal. Medidas antropométricas ao nascimento, morbidades e mortalidade neonatal foram comparadas entre os dois grupos. RESULTADOS: Foram incluídos 92 RN, assim distribuídos: Gdz/dr=52 RN e Gn=40 RN. No Gdz/dr a incidência de RN pequenos para idade gestacional foi significativamente maior, com risco relativo de 2,5 (IC95% 1,7‒3,7). No grupo Gdz/dr os RN permaneceram mais tempo em ventilação mecânica mediana 2 (0‒28) e no Gn mediana 0,5 (0‒25), p=0,03. A necessidade de oxigênio aos 28 dias de vida foi maior no Gdz/dr do que no Gn (33 versus10%; p=0,01). A mortalidade neonatal foi maior em Gdz/dr do que em Gn (36 versus 10%; p=0,03; com risco relativo de 1,6; IC95% 1,2 - 2,2). Nessa amostra a regressão logística mostrou que a cada 100 gramas a menos de peso ao nascer no Gdz/dr a chance de óbito aumentou 6,7 vezes (IC95% 2,0 - 11,3; p<0,01). CONCLUSÃO: Em RN prematuros de mães hipertensas com alteração na doplervelocimetria da artéria umbilical a restrição do crescimento intrauterino é frequente e o prognóstico neonatal pior, sendo elevado o risco de óbito relacionado ao peso ao nascimento.

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    Taxa de infecção e sorotipos de Streptococcus agalactiae em amostras de recém-nascidos infectados na cidade de Campinas (SP), Brasil

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(12):544-549

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    Taxa de infecção e sorotipos de Streptococcus agalactiae em amostras de recém-nascidos infectados na cidade de Campinas (SP), Brasil

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(12):544-549

    DOI 10.1590/S0100-72032012001200003

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    OBJETIVO: Descrever os casos e o perfil microbiológico dos sorotipos de Streptococcus agalactiae provenientes de recém-nascidos em um Centro de Referência da Saúde da Mulher na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal clínico-laboratorial realizado de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. As cepas suspeitas, isoladas em amostras de sangue e líquor, foram identificadas a partir da hemólise em ágar sangue, coloração de Gram, provas de catalase, teste de CAMP, hidrólise do hipurato ou por automação microbiológica Vitek 2 BioMerieux®. A seguir, estas cepas foram tipadas por PCR utilizando sucessivamente primers específicos para espécie e para nove sorotipos de S. agalactiae. RESULTADOS: Foram isoladas sete amostras de sangue, uma de líquor e uma de secreção ocular provenientes de nove recém-nascidos com infecções causadas pelo S. agalactiae, sendo sete casos de infecção de início precoce e duas de início tardio. Apenas um destes casos foi positivo para amostras pareadas mãe-filho. Para um total de 13.749 partos no período, os 7 casos correspondem a 0,5 caso de infecção precoce por Streptococcus do Grupo B a cada 1 mil nascidos vivos (ou 0,6 casos por 1 mil, incluindo os 2 de infecção tardia), tendo ocorrido 1, 3, 2, nenhum e 3 casos (um precoce e dois tardios), respectivamente, nos anos de 2007 a 2011. Foi possível realizar o PCR para sete amostras, sendo duas de cada um dos sorotipos Ia e V e o sorotipo III em três amostras, uma delas em um recém-nascido e outras duas em amostra pareada mãe-filho. CONCLUSÕES: Embora com casuística limitada, os sorotipos encontrados coincidem com os mais prevalentes na literatura mundial, mas diferem dos estudos brasileiros, exceto para o sorotipo Ia.

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    Acurácia da estimativa ultrassonográfica do peso fetal e influência de fatores maternos e fetais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(9):240-245

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    Acurácia da estimativa ultrassonográfica do peso fetal e influência de fatores maternos e fetais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(9):240-245

    DOI 10.1590/S0100-72032011000900004

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    OBJETIVO: Avaliar a eficácia da estimativa ultrassonográfica na predição do peso fetal e analisar fatores maternos e/ou fetais que interferem no resultado. MÉTODOS: Estudo prospectivo e transversal, que incluiu 106 pacientes, nas quais foram realizadas 212 avaliações pela ultrassonografia, por 2 observadores, no máximo 24 h antes do parto. Foram mensurados os seguintes parâmetros: diâmetro biparietal (DBP), circunferência cefálica (CC), circunferência abdominal (CA) e comprimento do fêmur (CF).O peso fetal foi estimado utilizando-se a fórmula de Hadlock 4 parâmetros, e os resultados foram comparados com o peso no nascimento. Os fatores maternos avaliados foram peso materno, índice de massa corpórea (IMC) e distância entre a pele e o útero na ultrassonografia; e os fatores fetais: apresentação, posição, localização e espessura placentária, peso fetal e índice de líquido amniótico (ILA). RESULTADOS: Foi observada boa correlação entre o peso estimado e o peso no nascimento (R=0,97). Em 79,2% dos casos, a variação do peso fetal estimado, em relação ao peso no nascimento, foi de até 10% e, em 92,4% dos casos, de até 15%. O único fator materno que apresentou correlação positiva com o erro percentual na estimativa do peso fetal foi a distância entre a pele e o útero (R³0,56). A avaliação do peso fetal mostrou correlação negativa com o erro percentual (R=-0,36; p<0,001), com tendência significante em superestimar o peso no grupo abaixo de 1000 g (p<0,05). O ILA mostrou baixa relação negativa com o erro percentual (R=-0,21; p<0,001), sem diferença nos erros percentuais entre os diferentes grupos de ILA (p=0,516). CONCLUSÕES: A estimativa ultrassonográfica do peso fetal apresenta boa acurácia. O erro na estimativa do peso fetal é diretamente proporcional à distância entre a pele e o útero materno e inversamente proporcional ao peso fetal. O volume de líquido amniótico não interferiu significantemente na predição do peso fetal.

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