Puerpério Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Dispneia e COVID-19: uma revisão de diagnósticos confundidores no período pós-parto

    . ;:862-869

    Resumo

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    Dispneia e COVID-19: uma revisão de diagnósticos confundidores no período pós-parto

    . ;:862-869

    DOI 10.1055/s-0041-1736304

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    O puerpério é um período complexo que se inicia com a dequitação placentária e dura por 6 semanas, no qual a readaptação do organismo materno e a redistribuição do volume sanguíneo ocorrem, além de ser também um cenário propício para eventos pró-trombóticos. No contexto da pandemia de SARS-CoV-2, vírus responsável pela COVID-19, a atenção da comunidade científica e dos profissionais da saúde está voltada a elucidar os aspectos da doença, como a etiologia, a transmissão, o diagnóstico e o tratamento. Considerando o ciclo gravídico-puerperal, é oportuna a revisão de condições clínicas que ocorrem durante este período e que apresentam a dispneia como sintoma, a fimde evitar que ela seja automaticamente associada à COVID-19 sem investigações aprofundadas, o que pode levar à negligência do diagnóstico de outras condições importantes e que podem ser, por vezes, fatais.

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    Influência da amamentação nos resultados do teste oral de tolerância à glicose pós-parto de mulheres com diabetes mellitusgestacional

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2015;37(12):565-570

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    Influência da amamentação nos resultados do teste oral de tolerância à glicose pós-parto de mulheres com diabetes mellitusgestacional

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2015;37(12):565-570

    DOI 10.1590/SO100-720320150005488

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    OBJETIVO:

    Avaliar a influência da amamentação nos resultados do teste oral de tolerância à glicose pós-parto (TTGp) de mulheres que apresentaram diabetes gestacional atendidas em unidade terciária do município de São Paulo.

    MÉTODOS:

    Foram obtidos dados de pacientes com diabetes gestacional no período de janeiro a dezembro de 2014. As informações foram obtidas por meio de acesso aos prontuários eletrônicos e pelo contato telefônico. Seguindo os critérios de inclusão adotados, 132 pacientes foram elegíveis para o estudo. Para análise estatística dos dados, as pacientes foram divididas em dois grupos, segundo a informação de terem ou não amamentado. Foram utilizados os testest de Student, de Mann-Whitney, do χ2 e exato de Fisher, dependendo do tipo de variável analisada. Foram considerados estatisticamente significativos testes com p<0,05.

    RESULTADOS:

    Das 132 pacientes incluídas no estudo, 114 amamentaram e 18 não amamentaram. Em ambos os grupos, houve um predomínio de pacientes na faixa do sobrepeso e/ou obesidade. As pacientes que amamentaram apresentaram índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional menor que as que não amamentaram (p=0,006). No grupo que não amamentou, a idade gestacional de introdução de insulina foi mais precoce (23.21±4.33 versus 28.84±6.17; (p=0,04) e o valor médio da glicemia de jejum do TTGp (91.3±8.7 versus 86.5±9.3; (p=0,01) foi maior do que o grupo que amamentou. A amamentação agiu como fator protetor para o desenvolvimento de intolerância à glicose no TTGp (OR=0,27; IC95% 0,09-0,8). Pela regressão logística, a amamentação mostrou-se ser fator protetor independente.

    CONCLUSÃO:

    Houve relação estatisticamente significativa entre a amamentação e a diminuição do risco de desenvolver intolerância à glicose. Esse ato deve ser estimulado, visto que é uma intervenção efetiva de baixo custo e fácil acesso a todas as pacientes no puerpério.

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    Influência da amamentação nos resultados do teste oral de tolerância à glicose pós-parto de mulheres com diabetes mellitusgestacional
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    Obesidade durante a gravidez: resultados adversos da gestação e do parto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(11):509-513

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    Obesidade durante a gravidez: resultados adversos da gestação e do parto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(11):509-513

    DOI 10.1590/S0100-720320140005024

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    OBJETIVO:

    Avaliar a influência do excesso de peso materno na gestação, no parto e nos desfechos neonatais.

    MÉTODOS:

    Estudo transversal e retrospectivo que incluiu 298 puérperas. As informações foram obtidas por meio de entrevistas e acesso aos prontuários das pacientes. As puérperas foram divididas em três grupos, conforme o índice de massa corpórea pré-gestacional: normal (18,5–24,9 kg/m2); sobrepeso (25,0–29,9 kg/m2) e obesidade (≥30,0 kg/m2). Foram construídos modelos de regressão logística multinominal para ajustar o efeito das variáveis de confusão. Estabeleceram-se intervalos de confiança de 95% (IC95%).

    RESULTADOS:

    Comparadas às gestantes com peso normal, pacientes com sobrepeso apresentaram chances maiores de cesariana, sendo a odds ratio (OR) de 2,2 e IC95% 1,3–3,9, e as obesas tiveram ainda maiores (OR=4,2; IC95% 2,1–8,1). As chances de desenvolvimento de diabetes gestacional aumentaram nos grupos Sobrepeso (OR=2,5; IC95% 1,1–5,6) e Obesidade (OR=11,1; IC95% 5,0–24,6). A síndrome hipertensiva na gravidez também se mostrou mais provável nas gestantes com sobrepeso (OR=3,2; IC95% 1,2–8,1) e obesas (OR=7,5; IC95% 2,9–19,1). A hemorragia de grande porte no momento do parto somente apresentou maiores valores no grupo de obesas (OR=4,1; IC95% 1,1–15,8). Quanto aos recém-nascidos, a probabilidade de Apgar baixo no primeiro minuto foi superior entre as obesas (OR=5,5; IC95% 1,2–23,7), e a ocorrência de macrossomia aumentou nas mulheres com sobrepeso (OR=2,9; IC95% 1,3–6,3). Os resultados quanto à hipoglicemia neonatal não foram conclusivos.

    CONCLUSÃO:

    As chances de intercorrências maternas (diabetes gestacional, síndrome hipertensiva, hemorragia pós-parto) e neonatais (cesariana, macrossomia e escore Apgar baixo) foram maiores nos grupos com excesso de peso (sobrepeso e obesidade).

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  • Relatos de Casos

    Pneumoperitônio pós-cesárea: relato de caso

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(5):289-292

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    Relatos de Casos

    Pneumoperitônio pós-cesárea: relato de caso

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(5):289-292

    DOI 10.1590/S0100-72031998000500009

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    A associação de pneumoperitônio, dor abdominal e íleo paralítico no período pós-operatório relaciona-se, na maioria dos casos, à perfuração de vísceras ocas. Os autores apresentam um caso de pós-operatório de cesariana por DPPNI em que a paciente evoluiu com importante distensão e dor abdominal. Realizada radiografia de tórax e abdome evidenciou-se importante dilatação das alças de intestino grosso e delgado e pneumoperitônio, foi submetida a laparotomia exploradora com a hipótese diagnóstica de perfuração intestinal. Na cirurgia, no entanto, não foi encontrada lesão gastrintestinal; foi confirmado o diagnóstico de pneumoperitônio, identificando-se hemoperitônio e hematoma subaponeurótico infectados (E. coli). A evolução pós-operatória foi satisfatória, mantendo-se antibioticoterapia (ceftriaxona + metronidazol) por 4 dias. A paciente teve alta no 7º dia pós-laparotomia. Depois de revisão da literatura pertinente, os autores concluem que o presente caso de pneumoperitônio relacionou-se possivelmente à infecção por bactéria produtora de gás em paciente com quadro clínico de íleo paralítico.

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  • Trabalhos Originais

    Fisioterapia para redução da diástase dos músculos retos abdominais no pós-parto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(5):267-272

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    Fisioterapia para redução da diástase dos músculos retos abdominais no pós-parto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(5):267-272

    DOI 10.1590/S0100-72031999000500004

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    Objetivos: constatar se a intervenção fisioterápica no puerpério imediato é capaz de contribuir para a redução da diástase mais precocemente. Métodos: foi realizado um estudo longitudinal e aleatório, com 50 puérperas recrutadas na Maternidade-Escola Hilda Brandão da Santa Casa de Belo Horizonte (MEHB-SCBH), no período de abril a setembro de 1998. O grupo controle (N = 25) foi submetido à avaliação e mensuração da diástase (6 horas e 18 horas após o parto) e no grupo de tratamento (N = 25) foi realizada a mesma avaliação e mensuração acima, assim como um protocolo de atendimento fisioterápico, 6 e 18 horas após o parto. Utilizou-se um paquímetro, instrumento de medida de precisão, na mensuração da diástase nas avaliações. Resultados: no período de 18 horas pós-parto, o grupo controle apresentou uma redução da diástase de 5,4% e o grupo de tratamento de 12,5%, em relação à primeira medida (6 horas após o parto), (p<0,001, com intervalo de confiança de 99%). Conclusões: estes resultados demonstram que o atendimento fisioterápico no puerpério imediato determina redução significativa na diástase dos músculos retos abdominais (DMRA) após cada atendimento, bem como redução relevante quando comparada com o grupo controle, contribuindo positivamente para a recuperação dos músculos retos abdominais mais precocemente.

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    Fisioterapia para redução da diástase dos músculos retos abdominais no pós-parto
  • Artigos Originais

    Tratamento da endometrite puerperal com antibioticoterapia parenteral exclusiva

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2005;27(8):456-460

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    Tratamento da endometrite puerperal com antibioticoterapia parenteral exclusiva

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2005;27(8):456-460

    DOI 10.1590/S0100-72032005000800004

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    OBJETIVO: analisar a efetividade e segurança da antibioticoterapia parenteral hospitalar exclusiva para tratamento da endometrite puerperal, em população de baixo nível socioeconômico. MÉTODOS: estudo clínico prospectivo, que avaliou 21 puérperas com diagnóstico de endometrite puerperal, cujas gestações foram resolvidas em hospital universitário por cesárea (52,4%) ou parto normal (47,6). A amostra caracterizou-se por baixo nível socioeconômico e de escolaridade. Foram submetidas ao regime de antibioticoterapia parenteral exclusiva, apenas durante o período de internação (grupo ATP-EX). Os resultados foram comparados com aqueles obtidos de série histórica do mesmo serviço (20 casos) submetidas a antibioticoterapia parenteral hospitalar, complementada por terapia via oral ambulatorial (grupo ATP+VO). As pacientes foram avaliadas clinicamente em retornos periódicos visando identificar casos de recidivas e complicações infecciosas. RESULTADOS: uma paciente do grupo ATP+VO necessitou de reinternação no 6º dia após a alta por recrudescência da endometrite. Não foi observada nenhuma complicação entre as pacientes do grupo ATP-EX. CONCLUSÃO: para o tratamento de endometrite puerperal, não foi observado benefício adicional com a adição da antibioticoterapia oral complementar após a alta. Os resultados com o uso da antibioticoterapia parenteral exclusiva durante a internação indicam que esse esquema pode ser utilizado com segurança em população de baixo nível socioeconômico.

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  • Trabalhos Originais

    Toxoplasmose: soroprevalência em puérperas atendidas pelo Sistema Único de Saúde

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(8):627-632

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    Toxoplasmose: soroprevalência em puérperas atendidas pelo Sistema Único de Saúde

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(8):627-632

    DOI 10.1590/S0100-72032004000800006

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    OBJETIVO: estabelecer a taxa de soroprevalência para toxoplasmose em puérperas atendidas pelo SUS, em duas maternidades de Cuiabá, buscando relacioná-la à idade, antecedentes de abortamento e ao conhecimento desta doença pelas mulheres. MÉTODOS: trata-se de estudo de corte transversal, sendo a amostra constituída por 205 mulheres, com idade entre 14 e 43 anos, no primeiro ou segundo dias de puerpério, atendidas nestes hospitais durante dois meses. Cada mulher foi entrevistada através de um pequeno questionário e submetida à coleta de amostra de sangue periférico. Estas amostras foram armazenadas a 20°C até serem analisadas. A soroprevalência foi determinada, quantitativamente, pela detecção de imunoglobulina G específica contra toxoplasma, através de um método imunoenzimático indireto. Todas as amostras foram analisadas ao mesmo tempo. RESULTADOS: a média de idade das pacientes foi de 22,4 anos, tendo em média 2,2 gestações, sendo a maioria primigestas. A soropositividade para toxoplasma foi detectada em 165 (70,7%) das 205 puérperas estudadas. Não se identificou associação significante entre soropositividade para toxoplasmose e a idade das mulheres (p = 0,967) ou o abortamento prévio (p = 0,82). A maioria das mulheres incluídas neste estudo desconhecia a existência da toxoplasmose (78%) e não se identificou associação significante entre este aspecto e maior soroprevalência contra a doença (p = 0,49). CONCLUSÕES: esta alta prevalência encontrada é concordante com muitos estudos nacionais e estrangeiros. Permanece, entre o grupo de mulheres incluídas neste estudo, um importante contingente delas (29,3%) sob risco de contaminação. A ausência de associação significante entre soroprevalência e a idade das pacientes, relato de abortamento prévio e conhecimento ou não da doença é concordante com alguns estudos e discordante de outros.

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    Avaliação preliminar do programa de humanização no pré-natal e nascimento no Brasil

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(7):517-525

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    Avaliação preliminar do programa de humanização no pré-natal e nascimento no Brasil

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(7):517-525

    DOI 10.1590/S0100-72032004000700003

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    OBJETIVO: avaliar a experiência da implantação do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) no Brasil, por meio de estudo descritivo, populacional, com informações referentes aos anos de 2001 e 2002. MÉTODOS: o estudo foi realizado a partir da análise documental e dos dados gerados no SISPRENATAL, avaliando comparativamente entre os estados, regiões e período, os indicadores relativos aos critérios para o acompanhamento pré-natal. RESULTADOS: até o final de 2002, 3.983 municípios aderiram no país (72% de adesão) e, destes, 71% apresentaram produção, constituindo banco de dados com 720.871 mulheres. Em 2002, apenas 28% das gestantes estavam inscritas, das quais 25% até 120 dias de gestação. Cerca de 22% das mulheres tiveram seis consultas, 6% a consulta puerperal e os exames obrigatórios, apenas 4% também foram submetidas ao teste para HIV e receberam vacina antitetânica, e 12% tiveram dois exames para a sífilis. Houve importantes variações regionais, geralmente com melhores indicadores para as regiões Sudeste e Sul. CONCLUSÕES: apesar de os indicadores de qualidade de assistência mostrarem melhora de 2001 para 2002, os baixos percentuais registrados ratificam a necessidade de permanentes avaliações e novas intervenções com o objetivo de melhorar a qualidade desta atenção, prioritariamente nas regiões Norte e Nordeste.

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