Resumo
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DOI 10.1590/SO100-720320150005292
Determinar a expressão básica dos transportadores ABC em uma linhagem celular do
câncer epitelial de ovário, e investigar se o acetaminofen e o ibuprofeno em
baixas concentrações são capazes de inibir o crescimento desta linhagem celular in
vitro.
A linhagem celular TOV-21 G foi exposta a diferentes concentrações de
acetaminofen (1,5 a 15 µg/mL) e ibuprofeno (2,0 a 20 µg/mL), de 24 a 48 horas. O
crescimento celular foi avaliado utilizando-se um ensaio de viabilidade celular. A
morfologia celular foi determinada por meio da microscopia de fluorescência. O
perfil de expressão gênica foi estabelecido por um painel de 42 genes da
superfamília de transportadores ABC.
Observou-se um decréscimo significativo no crescimento das células TOV-21 G
expostas a 15 µg/mL de acetaminofen durante 24 (p=0,02) e 48 horas (p=0,01), ou a
20 µg/mL de ibuprofeno por 48 horas (p=0,04). Ao avaliar a morfologia das células
cultivadas, não foi observada evidência de apoptose extensiva. A linhagem de
células estudada subexpressa os genes de ABCA1, ABCC3, ABCC4, ABCD3, ABCD4 e ABCE1
na superfamília de transportadores ABC.
Este estudo fornece evidências in vitro referentes aos efeitos inibidores do
crescimento de concentrações terapêuticas do acetaminofen e ibuprofeno na linhagem
celular testada. Além disso, as células TOV-21 G apresentaram uma expressão
reduzida de genes dos transportadores ABCA1, ABCC3, ABCC4, ABCD3, ABCD4 e
ABCE1.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(7):137-142
DOI 10.1590/S0100-72032011000700004
OBJETIVO: Avaliar o efeito da trimegestona sobre a proliferação celular do tecido mamário de ratas castradas. MÉTODOS: Foram utilizadas 45 ratas adultas e virgens, da linhagem Wistar, submetidas à castração. Após o 60º dia da castração, confirmado o hipoestrogenismo, os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos, conforme o tratamento proposto: controle (n=15) recebeu soro fisiológico 0,9%; estrogênio (n=15) recebeu 17 beta-estradiol; e combinado (n=15) recebeu 17 beta-estradiol associado à trimegestona, todos por 60 dias consecutivos. Após o término do tratamento, procedeu-se a exérese das mamas inguinais, destinadas a análise morfométrica pela coloração de hematoxilina e eosina (HE) e imuno-histoquímica pela quantificação do anticorpo anti-PCNA no tecido mamário, seguido de eutanásia. Os parâmetros morfométricos avaliados foram: proliferação celular epitelial, atividade secretora e alteração do estroma mamário. Ocorreram nove óbitos durante o experimento. As variáveis foram submetidas à análise estatística adotando-se como significante p<0,05. RESULTADOS: Foram observadas alterações histológicas em 16/36 ratas, hiperplasia epitelial leve em 13/36, hiperplasia epitelial moderada em 3/36, não sendo encontrada hiperplasia epitelial severa. Encontrou-se fibrose no estroma em 10/36 e atividade secretora em 5/36 das ratas. Todas as variáveis do estudo morfométrico foram significantes comparando-se os grupos controle e estrogênio (p=0,03), e nenhuma foi significante na comparação dos grupos controle e combinado (p=0,4). A análise imuno-histoquímica não mostrou diferença entre os grupos. CONCLUSÃO: Os hormônios usados em ratas castradas aumentaram a proliferação de células mamárias, tanto o 17 beta-estradiol isolado quanto associado à trimegestona, porém este efeito parece ser menor quando se emprega a associação, o mesmo ocorrendo em relação à fibrose do estroma mamário.