Resumo
. ;:570-577
A colpopexia sacral é um dos procedimentos padrão para tratar o prolapso de órgãos pélvicos apical. Na maioria dos casos, uma tela sintética é usada para facilitar a colposuspensão. A espondilodiscite é uma complicação rara, mas potencialmente grave, que deve ser prontamente diagnosticada e tratada, apesar da falta de consenso no manejo dessa complicação. Relatamos um caso de espondilodiscite após histerectomia supracervical laparoscópica e colpopexia sacral tratada conservadoramente. Também apresentamos uma revisão da literatura sobre essa complicação rara. Uma abordagem conservadora sem remoção da tela pode ser possível em pacientes selecionadas (estáveis, sem lesões vaginais, exposição da tela ou comprometimento neurológico grave). Hemoculturas e cultura de biópsias guiadas por imagem devemser realizadas para direcionar a antibioticoterapia. O tratamento conservador versus o cirúrgico deve ser avaliado regularmente, dependendo da progressão clínica e analítica. Uma equipe multidisciplinar é de suma importância no acompanhamento desses pacientes.
Resumo
. ;:31-36
Avaliar o polimorfismo rs42524 do gene pró-colágeno tipo I alfa (α) 2 (COL1A2) como fator relacionado ao desenvolvimento de prolapso de órgãos pélvicos (POP) em mulheres brasileiras.
O estudo envolveu 112 mulheres com POP nos estádios III e IV (grupo caso) e 180 mulheres com POP nos estádios zero e I (grupo controle). Outros dados clínicos foramobtidos pormeio de entrevistas comas pacientes sobre seu históricomédico, e o sangue das voluntárias também foi coletado para extração de DNA genômico. A região promotora do gene COL1A2 contendo o polimorfismo rs42524 foi amplificada, e a discriminação entre as variantes G e C foi realizada por digestão dos produtos de reação em cadeia da polimerase (RCP) com a enzima MspA1I, seguida de análise por eletroforese em gel de agarose.
Foram analisadas 292 mulheres. No grupo caso, 71 tinham o genótipo G/G, 33 tinham o genótipo G/C, e 7 tinham o genótipo C/C. Por sua vez, a relação no grupo controle foi de 117 G/G, 51 G/C e 11 C/C. Não houve diferenças significativas entre os grupos.
Nossos dados não mostraram associação do polimorfismo do gene COL1A2 com a ocorrência de POP.