Resumo
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Avaliar a acurácia e aceitabilidade da auto-coleta utilizando um novo coletor - SelfCervix® - para a detecção de DNA de HPV.
Foram incluídas no estudo 73 mulheres com idade entre 25–65 anos que realizaram seu rastreamento regular do câncer de colo do útero entre Março e Outubro de 2016. Estas mulheres realizaram a auto-coleta, seguida de coleta profissional e as amostras foram analisadas paraa presença de DNA de HPV. Após, elas responderam um questionário sobre a experiência da auto-coleta.
As taxas de detecção de DNA de HPV por auto-coleta foram altas e similares as da coleta profissional. Sessenta e quatro (87,7%) pacientes responderam o questionário de experiência. A maioria (89%) considerou a auto-coleta confortável, e 82,5% preferiram o método comparado a coleta profissional. As razões citadas foram economia de tempo e conveniência. Cinquenta e uma (79,7%) mulheres confirmaram que recomendariam a auto-coleta.
Auto-coleta utilizando o novo coletor desenvolvido no Brasil não é inferior na detecção de DNA de HPV quando comparada a coleta profissional, e apresenta uma boa aceitabilidade pelas mulheres. Desta maneira, pode ser uma opção para alcançar populações que não realizam o rastreamento padrão.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(6):457-462
DOI 10.1590/S0100-72032004000600006
OBJETIVOS: avaliar o desempenho da colpocitologia oncológica (CO) e da Captura de Híbridos II (CHII) para o diagnóstico de lesão cervical histológica significativa (NIC2/3) em mulheres encaminhadas com CO contendo atipias celulares de significado indeterminado (ASCUS) ou lesão escamosa intra-epitelial de baixo grau (LSIL). MÉTODOS: estudo de corte transversal no qual foram incluídas 161 mulheres encaminhadas, entre agosto de 2000 e setembro de 2002, devido a CO com resultado de ASCUS ou LSIL. As mulheres responderam a questionário específico sobre características sociodemográficas e reprodutivas e foram submetidas a exame ginecológico com coleta de CO e CHII, sendo realizada colposcopia com eventual biópsia de áreas suspeitas. Foi aplicado o teste do qui-quadrado para as associações da idade, uso de condom, uso de anticoncepcional oral e tabagismo com os resultados da CHII. Foram calculados a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo da CO e da CHII para detectar NIC2/3. Todos os cálculos foram realizados com intervalos de confiança estatística de 95%. RESULTADOS: sessenta e sete porcento das mulheres com menos de 30 anos de idade tiveram testes positivos para o HPV. A CO e CHII tiveram sensibilidade de 82% em detectar NIC2/3 quando considerados como positivos ASCUS, LSIL ou HSIL. Quando se consideram como positivas apenas as CO com HSIL, este exame apresenta acentuado ganho de especificidade (de 29 para 95%) e valor preditivo positivo (de 12 para 50%), superando a CHII, porém com redução igualmente significativa de sua sensibilidade (de 82 para 41%). CONCLUSÕES: nossos resultados indicaram grande potencial da CHII para detectar mulheres com NIC2/3 entre as pacientes com ASCUS/LSIL na CO de encaminhamento.