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Artigo Original08/10/2007
Avaliação clínica da dor e sensibilidade cutânea de pacientes submetidas à dissecção axilar com preservação do nervo intercostobraquial para tratamento cirúrgico do câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(6):291-296
Resumo
Artigo OriginalAvaliação clínica da dor e sensibilidade cutânea de pacientes submetidas à dissecção axilar com preservação do nervo intercostobraquial para tratamento cirúrgico do câncer de mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(6):291-296
DOI 10.1590/S0100-72032007000600003
Visualizações35Ver maisOBJETIVO: avaliar a dor e a sensibilidade cutânea superficial no dermátomo do nervo intercostobraquial (NICB) em pacientes submetidas à dissecção axilar com preservação do NICB para tratamento cirúrgico do câncer de mama. MÉTODOS: realizamos estudo tipo coorte prospectivo de 77 pacientes divididas em Grupo NP (n=34), sem preservação do NICB, e Grupo ICB (n=43), com preservação do NICB. A sensibilidade cutânea foi avaliada um ano após a cirurgia, empregando-se: 1) questionário modificado de McGill; 2) exame clínico incluindo perimetria braquial, pesquisa de sensibilidade táctil e dolorosa; 3) aplicação dos monofilamentos de Semmes-Weinsten que permitem avaliar de forma objetiva, qualitativa e quantitativamente, lesões de nervo periférico. Para análise estatística, foram usados os testes do chi2, Kruskal-Wallis e exato de Fisher. RESULTADOS: a dor foi relatada com maior freqüência pelas pacientes do Grupo NP (23/33) do que pelas pacientes do Grupo ICB (17/42); p=0,012. A sensibilidade dolorosa estava preservada na maioria das pacientes do Grupo ICB (38/42) e em apenas 11/33 do Grupo NP (p<0,01). A pesquisa com os monofilamentos revelou sensibilidade cutânea preservada em 30/41 pacientes do Grupo ICB e em 9/33 pacientes do Grupo NP (p<0,01). Não houve diferença significativa quanto ao número de linfonodos dissecados entre os dois grupos de pacientes (p=0,66). CONCLUSÕES: pacientes submetidas à dissecção axilar com preservação do NICB apresentaram menor sintomatologia dolorosa e maior preservação da sensibilidade cutânea superficial, sem prejuízo do número de linfonodos dissecados durante o esvaziamento axilar.
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Artigo Original08/10/2007
Biópsia de fragmento em nódulos mamários suspeitos com até 10 mm
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(6):317-323
Resumo
Artigo OriginalBiópsia de fragmento em nódulos mamários suspeitos com até 10 mm
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(6):317-323
DOI 10.1590/S0100-72032007000600007
Visualizações43OBJETIVO: avaliar a eficácia diagnóstica da biópsia de fragmento em nódulos mamários suspeitos (Bi-Rads® 4 ou 5) de até 10 mm. MÉTODOS: o estudo foi realizado em 83 mulheres portadoras de 90 nódulos mamários suspeitos, diagnosticados por mamografia (41 nódulos), ultra-sonografia (47 nódulos) ou palpação (dois nódulos), que estiveram em nossa clínica no período de setembro de 2003 a janeiro de 2006. O critério de inclusão foi unicamente o tamanho dos nódulos, que não poderia passar de 1 cm. Os nódulos foram biopsiados com dispositivo automático (pistola Bard, Corington, GA) com agulha de calibre 14, todos guiados pela ultra-sonografia. De acordo com a análise do seu resultado, as biópsias foram classificadas em verdadeiros-positivos, falsos-positivos, verdadeiros-negativos e falsos-negativos. Foram então calculadas a sensibilidade e a especificidade da biópsia de fragmento dirigida por ultra-sonografia realizada em nódulos de até 1 cm. RESULTADOS: a média de idade das mulheres foi de 52,8 anos e o diâmetro médio dos nódulos foi de 7,3 mm, sendo o maior de 10 mm e o menor de 3 mm. Os resultados das biópsias mostraram 40 casos benignos (44,4%); 49 casos malignos (54,4%) e um caso (1,2%) de material considerado inconclusivo. Essa paciente foi submetida à nova biópsia de fragmento sob controle ultra-sonográfico, dessa vez obtendo-se material conclusivo. Houve concordância entre os achados anatomopatológicos e imagenológicos em 89 dos casos. A sensibilidade da biópsia de fragmento para o diagnóstico do câncer de mama foi de 98,8% e a especificidade foi de 100%. CONCLUSÕES: os resultados obtidos pela biópsia de fragmento guiada pela ultra-sonografia em nódulos sólidos de até 10 mm nesse trabalho são semelhantes aos melhores resultados de qualquer tipo de biópsia na literatura. Portanto, nódulos menores que 10 mm podem ser abordados histologicamente pela biópsia de fragmento com segurança.
Palavras-chave: BiopsiaNeoplasias mamáriasVer mais -
Artigo Original30/07/2007
Avaliação da eficiência da biópsia excisional após agulhamento de lesões não palpáveis da mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(4):200-204
Resumo
Artigo OriginalAvaliação da eficiência da biópsia excisional após agulhamento de lesões não palpáveis da mama
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(4):200-204
DOI 10.1590/S0100-72032007000400006
Visualizações50Ver maisOBJETIVO: o objetivo deste estudo foi analisar os achados histológicos de lesões não palpáveis da mama localizadas por agulhamento. MÉTODOS: no estudo, 48 mulheres foram submetidas a 51 biópsias por agulhamento de lesão não palpável da mama, detectada mamograficamente, durante o período de agosto de 2001 a abril de 2005. As indicações para biópsia foram microcalcificações agrupadas, nódulos sólidos, distorção da arquitetura do parênquima e assimetria focal. As lesões foram localizadas no pré-operatório usando o método de agulhamento e todos os procedimentos foram realizados sob anestesia local e sedação endovenosa. RESULTADOS: o estudo anatomopatológico revelou se tratar de carcinoma 16 (31,4%) casos, sendo que oito (50%) casos se tratavam de carcinoma in situ e oito (50%) de carcinoma invasivo. O procedimento amostrou satisfatoriamente todas as lesões. Nas lesões malignas, em apenas 18,7% das lesões as margens cirúrgicas estavam comprometidas e novo procedimento foi realizado. Poucas pacientes apresentam complicações pós-operatórias. Quatro (7,8%) apresentaram deiscência de sutura sendo que, destas, duas (3,9%) evoluíram com infecção local. CONCLUSÕES: a localização de lesões não palpáveis da mama por agulhamento é um procedimento simples, com boa acurácia e seguro na detecção precoce do câncer de mama. O tratamento cirúrgico apropriado em procedimento único faz da técnica um excelente método no diagnóstico e tratamento deste tipo de lesão.
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Artigo de Revisão30/07/2007
Nódulos benignos da mama: uma revisão dos diagnósticos diferenciais e conduta
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(4):211-219
Resumo
Artigo de RevisãoNódulos benignos da mama: uma revisão dos diagnósticos diferenciais e conduta
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(4):211-219
DOI 10.1590/S0100-72032007000400008
Visualizações35Ver maisOs nódulos mamários benignos são responsáveis por até 80% das massas palpáveis. Seu diagnóstico diferencial é amplo, envolvendo os cistos mamários, os fibroadenomas, os tumores filóides, os papilomas, os lipomas, os hamartomas e os adenomas, entre outros. O fibroadenoma é a neoplasia mamária mais comum em pacientes menores de 35 anos e os cistos são mais freqüentes na perimenopausa. O diagnóstico diferencial entre nódulos sólidos ou císticos poderá ser feito por meio da punção aspirativa com agulha fina ou pela ultra-sonografia, sendo terapêutica para os últimos. Neste artigo serão revisados os aspectos diagnósticos diferenciais entre estes tumores e as novas abordagens terapêuticas.
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Artigo de Revisão21/06/2007
A pesquisa do linfonodo sentinela para o câncer de mama na prática clínica do ginecologista brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(3):158-164
Resumo
Artigo de RevisãoA pesquisa do linfonodo sentinela para o câncer de mama na prática clínica do ginecologista brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(3):158-164
DOI 10.1590/S0100-72032007000300008
Visualizações49Ver maisO estudo histopatológico dos linfonodos axilares continua sendo o melhor parâmetro para a avaliação do prognóstico do câncer de mama. No entanto, como em cerca de 80% das pacientes com tumores de até 2 cm os linfonodos não apresentam comprometimento neoplásico, foi proposta, há alguns anos, a dissecção do linfonodo sentinela, reduzindo a morbidade cirúrgica nas pacientes com resultado negativo. Recentemente, esta técnica cirúrgica disseminou-se no Brasil, mas existem duas questões importantes: qual a probabilidade de resultado falso-negativo, ou seja, deixar de identificar um linfonodo comprometido pelo câncer, e se o subestadiamento pelo resultado falso-negativo exporia a paciente ao risco de recidiva axilar ou mesmo metástase a distância, pela utilização de terapia cirúrgica e adjuvante menos agressiva. A revisão da literatura mostra que a taxa de falsos-negativos varia de 5 a 10%, sendo o principal fator associado à falta de experiência do cirurgião. Embora as recidivas axilares sejam raras, não é ainda possível avaliar o efeito a longo prazo de deixar de retirar linfonodos comprometidos, devido ao curto período de seguimento. Portanto, a recomendação é que o linfonodo sentinela só seja realizado por cirurgiões com experiência comprovada pela pequena taxa de resultados falso-negativos.
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Artigo Original04/04/2007
Avaliação da resposta à quimioterapia primária em amostra de mulheres brasileiras com tumores de mama localmente avançados
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(1):18-26
Resumo
Artigo OriginalAvaliação da resposta à quimioterapia primária em amostra de mulheres brasileiras com tumores de mama localmente avançados
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(1):18-26
DOI 10.1590/S0100-72032007000100004
Visualizações53Ver maisOBJETIVO: avaliar a resposta loco-regional à quimioterapia primária nas pacientes com câncer de mama nos estadios II e III. MÉTODOS: foi realizado um estudo clínico retrospectivo e analítico de 97 pacientes no estadios II e III, no período de janeiro de 1993 a dezembro de 2004, submetidas a três ou quatro ciclos de quimioterapia primária com 5-fluorouracil (500 mg/m²), epirrubicina (50 mg/m²) e ciclofosfamida (500 mg/m²) ou doxorrubicina (50 mg/m²) e ciclofosfamida (500 mg/m²) e posteriormente ao tratamento loco-regional cirúrgico conservador ou radical. Para estudo da associação entre as variáveis (idade, estado menopausal, volume tumoral pré-quimioterapia, estado axilar, estádio, esquema terapêutico e número de ciclos) foram utilizados os testes do chi2 e o exato de Fisher. Para as variáveis quantitativas (volume tumoral pelo estudo anátomo-patológico e volume tumoral clínico pós-quimioterapia) foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. O nível de significância utilizado foi de 5%. RESULTADOS: a média de idade da população estudada foi de 52,2 anos. No estádio II, tivemos 56,8% dos casos e no estádio III, 43,2%. Aproximadamente metade das pacientes receberam FEC50 e 50%, AC. Obtivemos uma resposta clínica objetiva com o tratamento quimioterápico primário em 64,9% dos casos. A resposta clínica completa ocorreu em 12,3% das pacientes; já a resposta patológica completa aconteceu em 10,3% dos casos. Observamos uma correlação significante entre o número de ciclos e a resposta à quimioterapia primária. Também verificamos uma concordância significante entre a avaliação pelo exame clínico da resposta à quimioterapia primária e o achado anátomo-patológico. CONCLUSÕES: o número de ciclos foi importante para a resposta loco-regional, sendo que as pacientes que receberam maior número de ciclos obtiveram melhores respostas. Também foi possível avaliar a resposta tumoral pelo exame clínico, pois houve concordância com o anátomo-patológico.
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Relato de Caso19/03/2006
Reação anafilática ao corante azul patente durante a biópsia do linfonodo sentinela em câncer de mama inicial: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(12):728-732
Resumo
Relato de CasoReação anafilática ao corante azul patente durante a biópsia do linfonodo sentinela em câncer de mama inicial: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(12):728-732
DOI 10.1590/S0100-72032006001200007
Visualizações42A biópsia do linfonodo sentinela no tratamento do câncer de mama vem substituindo a linfadenectomia em casos iniciais. Este tratamento pode ser realizado com o corante azul vital e/ou radiofármaco. Há relatos de reações alérgicas ao corante com diferentes graus de severidade. Relata-se um caso de reação anafilática severa após injeção intradérmica do corante azul patente, em paciente com diagnóstico de carcinoma ductal in situ. O corante azul patente, apesar de facilitar a detecção do linfonodo, apresenta risco de desencadear reações anafilactóides. É necessário que a equipe envolvida tenha preparo para diagnosticar e tratar esta complicação.
Palavras-chave: Agentes corantesAnafilaxiaBiópsia de linfonodo-sentinelaCarcinoma intraductal não infiltranteHipersensibilidadeNeoplasias mamáriasRelatos de casosVer mais -
Artigo Original19/03/2006
Carcinoma ductal in situ da mama: critérios para diagnóstico e abordagem em hospitais públicos de Belo Horizonte
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(12):721-727
Resumo
Artigo OriginalCarcinoma ductal in situ da mama: critérios para diagnóstico e abordagem em hospitais públicos de Belo Horizonte
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(12):721-727
DOI 10.1590/S0100-72032006001200006
Visualizações41Ver maisOBJETIVOS: avaliar os aspectos clínicos, radiológicos, anátomo-patológicos e terapêuticos de uma série de casos de carcinoma ductal in situ (CDIS) da mama de pacientes atendidos em três hospitais públicos de Belo Horizonte (MG). MÉTODOS: foram selecionados dos arquivos médicos todos os casos de câncer de mama diagnosticados entre os anos de 1985 e 2000, encontrando-se 179 casos com diagnóstico de CDIS. Fez-se revisão anátomo-patológica das lâminas e obtiveram-se dados clínicos completos, mamografias e informações sobre tratamento em 85 casos. RESULTADOS: a maioria dos casos eram assintomáticos e os diagnósticos foram feitos pela mamografia (68,2%), sendo as microcalcificações a alteração radiológica mais freqüente. Houve aumento progressivo no diagnóstico de CDIS ao longo dos anos simultâneo à introdução do exame periódico mamográfico. Houve concordância entre o diagnóstico inicial e após a revisão histopatológica em 72,9% dos casos. Em três casos, o diagnóstico original de CDIS não foi confirmado pela revisão, tratando-se de hiperplasias com atipias. O achado de microcalcificações radiológicas foi confirmado no estudo histopatológico em 95,6%. A metade dos pacientes foi submetida à mastectomia. Nos casos submetidos à linfadenectomia axilar, todos os linfonodos dissecados foram negativos para metástases. CONCLUSÕES: os dados encontrados estão de acordo com a literatura, que mostra um aumento do diagnóstico do CDIS a partir de 1990. Houve importante variação interobservador entre os diagnósticos anátomo-patológicos iniciais e os da revisão, sendo que os diagnósticos iniciais tendiam para malignidade. Houve grande número de tratamentos mais radicais como a mastectomia e esvaziamentos axilares, que provavelmente, com os conhecimentos atuais, seriam substituídos por tratamentos conservadores e biópsia do linfonodo sentinela.